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AULA 8. AVALIAÇÃO PSICOMOTORA

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Avaliação Psicomotora
Prof(a): Marineide M. 
Nogueira
Avaliação Psicomotora
BPM (Bateria Psicomotora):
desenvolvida por Vitor da Fonseca (1976), permite a 
detecção qualitativa de sinais funcionais desviantes e a 
análise dos fatores psiconeurológicos subjacentes, 
tentando contribuir para a compreensão dos problemas 
de aprendizagem e de desenvolvimento na criança. 
permite a obtenção de dados importantes para a 
identificação qualitativa de problemas psicomotores e 
de aprendizagem; 
é instrumento de identificação de sinais psicomotores, 
e não um exame neurológico.
Avaliação Psicomotora
A aquisição ou desenvolvimento dos 
elementos ou fatores psicomotores segue 
uma hierarquização vertical, cuja 
organização funcional, assim, apresenta-se:
Tonicidade:
Aquisições neuromusculares, conforto tátil e 
integração de padrões motores 
antigravíticos (do nascimento aos 12 
meses).
Equilibração: 
Aquisição da postura bípede, segurança 
gravitacional, desenvolvimento dos padrões 
locomotores (dos 12 meses aos 2 anos).
Avaliação Psicomotora
Lateralização: 
Integração sensorial, investimento emocional, 
desenvolvimento das percepções difusas e 
dos sistemas aferentes e eferentes (dos 2 aos 
3 anos).
Noção do Corpo: 
Noção do Eu, consciencialização corporal, 
percepção corporal, condutas de imitação 
(dos 3 aos 4 anos).
Estruturação Espaço- Temporal: 
Desenvolvimento da atenção seletiva, do 
processamento da informação, coordenação 
espaço- corpo, proficiência da linguagem (dos 
4 aos 5 anos).
Avaliação Psicomotora
Praxia Global: 
Coordenação oculomanual e oculopedal, 
planificação motora, integração rítmica (dos 
5 aos 6 anos).
Praxia Fina: 
Concentração, organização, especialização 
hemisférica (dos 6 aos 7 anos).
A BPM compõe-se dos sete fatores 
psicomotores, subdivididos em 26 subfatores, 
definidos em termos psiconeurológicos e 
comportamentais funcionais dos sinais 
detectados, obedecendo uma escala de 
pontuação que varia de 1 (apraxia) à 4 
(hiperpraxia).
Avaliação Psicomotora
O resultado total da BPM é obtido 
cotando nos 4 fatores apresentados, 
todos os subfatores, sendo a cotação 
média de cada fator arrendondada.
A cotação global será transcrita para a 
primeira página, onde se encontra o 
perfil psicomotor.
As tarefas da BPM ajudam a identificar 
o grau de maturidade psicomotora da 
criança.
Avaliação Psicomotora
ESCALA DE PONTOS DA BPM
Pontos da 
BPM
Tipo de 
Perfil 
Psicomotor
Dificuldades de 
Aprendizagem
27 – 28... Superior ------------
22 – 26... Bom -------------
14 – 21... Normal -------------
9 – 13... Dispráxico Ligeiras 
(específicas)
7 – 8... Deficitário Significativas 
(moderadas ou 
severas)
Avaliação Psicomotora
1. Perfil Psicomotor:
Superior e bom (hiperpráxico): Obtidos p/ 
crianças que não apresentam dificuldades de 
aprendizagem específica, possuidoras de uma 
organização psiconeurológica normal.
Normal (eupráxico): Crianças sem 
dificuldades de aprendizagem, podendo 
apresentar fatores psicomotores variados e 
diferenciados, ou seja, com possibilidade de 
surgir subfator que revele imaturidade ou 
imprecisão de controle.
Avaliação Psicomotora
Dispráxico: Identifica as dificuldades de 
aprendizagem leves, traduzindo a presença de 
sinais desviantes, com significação 
neuroevolutiva, conforme a idade e a 
severidade que a criança apresenta.
Deficitário (apráxico): Obtido por crianças com 
dificuldades de aprendizagem significativas, 
do tipo moderado ou severo, com sinais 
disfuncionais evidentes, que não realizam ou 
realizam de forma imperfeita e incompleta a 
maioria das tarefas da BPM.
OBS: Criança neurologicamente saudável deve 
ter pouca dificuldade na execução de qualquer 
das tarefas, depois dos 7 anos de idade.
Avaliação Psicomotora
Criança, adulto ou pessoa na 3ª idade 
com síndrome cerebelar orgânica, 
falha em tarefas da bateria. 
Problemas de tremor, desorientação 
espacial, assomatgnosias, apraxias e 
agnosias são sintomas patológicos 
que podem ocorrer em qualquer idade 
e comprometer o desempenho na 
avaliação psicomotora.
Avaliação Psicomotora
BATERIA PSICOMOTORA (BPM)
Destinada ao Estudo do Perfil Psicomotor da Criança
(Vítor da Fonseca, 1975)
NOME ........................................................... SEXO: F ( ) M ( ) 
DATA NASC. ....../....../.......... IDADE .... ANOS .... MESES
FASES DE APRENDIZAGEM 
...................................................................
OBSERVADOR ......................................
DATA DA OBSERVAÇÃO ......../....../..........
PERFIL
1ª UNIDADE 4 3 2 1 CONCLUSÕES E INTERPRETAÇÕES
TONICIDADE
___________________________________________________
EQUILIBRAÇÃO
___________________________________________________
2ª UNIDADE
LATERALIZAÇÃO
____________________________________________________
NOÇÃO DO CORPO
_____________________________________________________
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL
__________________________________________________
______________________________________________________
3ª UNIDADE
PRAXIA GLOBAL
____________________________________________________
PRAXIA FINA
____________________________________________________
Escala de Pontuação:
1. Realização imperfeita, incompleta e desordenada 
(fraco) – perfil apráxico
2. Realização com dificuldades de controle 
(satisfatório) – perfil dispráxico
3. Realização controlada e adequada (bom) – perfil 
eupráxico
4. Realização perfeita, econômica, harmoniosa e bem 
controlada (excelente) – perfil hiperpráxico
• Recomendações (Projeto terapêutico-pedagógico): 
..................................................................................
• ...................................................................................
• ...................................................................................
Avaliação Psicomotora
2. Aspecto Somático:
a)Aspectos tipológicos (segundo evolução 
do embrião):
Ectomorfismo (Ectoderme ou Fascículo Externo: 
Formará o SNP e SNC, a retina, a córnea, o cristalino, o 
nervo óptico etc):
Linearidade e magreza corporal, com tronco 
reduzido e membros compridos, ombros 
largos, pescoço fino e comprido, queixo 
recuado e testa larga.
Avaliação Psicomotora
Mesomorfismo (Mesoderme ou Fasc. Intermédio: 
Formará os músculos, os ossos, o miocárdio, artérias, 
veias etc) :
Estrutura muscular e atlética do corpo, ombros 
e peitos largos e abdômen pequeno, com 
pouca gordura subcutânea.
Endomorfismo (Endoderme ou Fasc. Interno: 
Formará o tubo digestivo, o epitélio respiratório, a 
tireóide... ):
Aspecto arredondado e amolecido do corpo, 
geralmente gordos, com o tronco extenso e 
os membros curtos e flácidos, ossos 
pequenos.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
b) Desvios Posturais: observa-se a 
presença de
Lordoses, cifoses, escolioses..devem ser 
registrados, assim como, sinais de 
raquitismo, distonias, pés planos, joelho 
recurvado...
c) Controle Respiratório:
Deve-se verificar a amplitude toráxica, a 
coordenação tóraco-abdominal, o ritmo 
respiratório, sinais de fadiga ou 
manifestações asmáticas.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Controle Respiratório:
Na inspiração e expiração é sugerido 
que a criança realize 4 inspirações 
ou expirações simples: 1 pelo nariz, 1 
pela boca, 1 rápida e outra lenta 
(apnéia).
Na apnéia é sugerido que a criança 
mantenha-se em bloqueio torácico o 
máximo de tempo possível. (Usar 
cronômetro).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. Realizações corretas e controladas; 
3. Realizações completas;
2. Realizações sem controle e com fraca amplitude, ou 
com sinais dedesatenção;
1. Não realizou as 4 inspirações ou expirações, ou as 
realizou de forma incompleta e inadequada.
Cotação para a Apnéia:
4. Bloqueio torácico mantido por mais de 30s, sem 
sinais de fadiga;
3. Bloqueio torácico mantido entre 20-30s, sem sinais 
de fadiga ou de descontrole;
2. Mantêm-se entre 10-20s, com sinais evidentes de 
fadiga ou de descontrole;
1. Não ultrapassa os 10s, ou não realiza a tarefa. 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Fatigabilidade:
Observação geral durante a realização total da BPM, 
traduzindo ainda o grau de atenção e motivação, 
quando de sua realização.
Cotação:
4. Não mostrou nenhum sinal de fadiga, mantendo-se 
motivada e atenta durante todas as tarefas; 
3. Revelou alguns sinais de fadiga, sem significado 
clínico;
2. Revelou sinais de fadiga em várias tarefas, 
demonstrando desatenção e desmotivação;
1.Resistiu às tarefas, manifestando frequentes sinais 
de fadiga e de labilidade das funções de alerta e de 
atenção.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Tonicidade:
Formas de Tonicidade:
(a) de repouso ou de fundo, de caráter 
permanente, assegurando a preparação 
da musculatura para as múltiplas 
formas de atividade postural e práxica;
(b) de atividade, atuando 
permanentemente na postura e praxia, 
facilitando ou inibindo a atividade dos 
motoneurônios alfa e gama.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA –
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Tonicidade:
Subfatores da Tonicidade (tônus de 
suporte): 
a) Extensibilidade:
É o maior comprimento possível que 
podemos imprimir a um músculo, afastando 
as suas inserções.
Permite observar o grau de mobilização e de 
amplitude que uma articulação pode atingir.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Tonicidade:
Hipotonia é sinônimo de 
hiperextensibilidade, característica da 
astenia, da passividade, hipoatividade, 
bradicinesia, flacidez, ataxias etc.
Hipertonia é sinônimo de 
hipoextensibilidade, característica da 
hiperatividade, impulsividade, dispraxia, 
instabilidade etc
Criança com dominância lateral D apresenta 
maior extensibilidade no membro 
contralateral.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Tonicidade:
Nos MMII, explora-se a 
extensibilidade dos adutores, 
extensores da coxa e quadríceps 
femural.
Nos MMSS, explora-se a 
extensibilidade dos deltóides 
anteriores e peitorais, flexores do 
antebraço e extensores do punho.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
a) Extensibilidade:
MMII
Observação dos 
adutores:
Sentada, com apoio 
póstero-lateral das 
mãos, afastando 
lateralmente as pernas, 
estendidas ao máximo.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Extensibilidade: MMII
Observação do quadríceps femural:
Deitada, em DV, com flexão das pernas até à vertical. 
Nesta posição, o observador deve afastar lateral e 
exteriormente ambos os pés.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Extensibilidade: MMII
Observação dos extensores da coxa:
Deitada, em DD, elevar as pernas até fletir as coxas 
sobre a bacia. 
O observador assiste a criança a realizar a extensão 
máxima das pernas.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. Afastamento segmentar entre 140°-180° nos 
adutores e extensores da coxa, e afastamento dos 
calcanhares da linha média dos glúteos, superior a 
20cm-25cm nos quadríceps femurais. 
3. Afastamento entre 100°-140° (...), entre 15cm-20cm 
nos quadríceps femurais. 
2. Atinge entre 60°-100° de afastamento de adutores e 
extensores da coxa, e afastamento de 10cm-15cm 
nos quadríceps femurais, com sinais de 
contratibilidade e esforço visíveis. 
1. Valores semelhantes aos anteriores, com evidências 
de hipotonia ou hipertonia, de hiperextensibilidade 
ou hipoextensibilidade, de limitação ou 
hiperamplitude (lassidão), compatível com disfunção 
tônica (ex. hemiparesia, espasticidade, rigidez, 
atetose, ataxia etc)
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Extensibilidade:
MMSS
Observação dos deltóides 
anteriores e peitorais:
De pé, braços pendentes e 
descontraídos; o 
observador deve assistir na 
aproximação máxima dos 
cotovelos atrás das costas.
Deve ser observado se os 
cotovelos se tocam ou 
medir a distância a que 
ficam um do outro.
Extensibilidade: MMSS
Observação dos flexores do antebraço:
avalia o ângulo formado pelo antebraço e o braço, após 
extensão máxima do antebraço, e a amplitude de supinação da 
mão. 
Observação dos extensores do punho: (inclui a flexão 
máxima da mão sobre o antebraço - ângulo do punho). 
O observador deve assistir na flexão da mão, pressionando o 
polegar. 
Verificar se o polegar toca no antebraço ou medir a distância a 
que fica da sua superfície anterior.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. Os cotovelos se tocam, e realiza extensão total do 
antebraço; máxima supinação das mãos nos flexores 
do antebraço; toca com o polegar na superfície 
anterior do antebraço nos extensores de punho, 
facilmente. 
3. Idem a anterior, porém com maior resistência e 
mobilização mais assistida e forçada. 
2. Não toca com os cotovelos, nem com o polegar nas 
respectivas explorações, acusando resistência e 
rigidez à mobilização; sinais de esforço, 
hipoextensibilidade ou hiperextensibilidade. 
1. Sinais óbvios de resistência ou lassidez, sugerindo 
perfil tônico desviante e atípico (disfunção).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
b) Passividade
“É a capacidade de relaxamento 
passivo dos MM e suas 
extremidades distais (mãos e pés) 
perante mobilizações, oscilações e 
balanços ativos e bruscos, 
introduzidos exteriormente pelo 
observador”.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Passividade:
MMII
Sentada numa cadeira, 
suficientemente alta, (os pés 
não tocam o chão).
Movimento pendular das 
pernas, no sentido ântero-
posterior, com pé livre e 
apoio no terço inferior da 
perna; em seguida, deve 
haver mobilização do pé até 
provocar uma rotação 
interna assistida.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Passividade:
MMSS 
De pé, com braços pendentes 
e descontraídos (“mortos”); o 
observador faz 
deslocamentos anteriores, 
balanços e oscilações em 
ambos os braços e mãos, com 
mobilização ântero-posterior 
do terço do antebraço, logo 
acima da articulação do 
punho.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. MM e respectivas extremidades distais com movs. passivos, 
sinergéticos, harmoniosos e de regular pendularidade, de fácil 
descontração na musculatura proximal e distal, e sensibilidade 
do peso dos MM; ausência de manifestações emocionais. 
3. Descontração muscular e ligeira insensibilidade no peso dos 
MM, provocando leves movs. voluntários de oscilação ou 
pendularidade; discretas manifestações emocionais. 
2. Insensibilidade ao peso dos MM, sem descontração; não 
realiza movs. passivos e pendulares provocados 
exogenamente; sinais de distonia, movs. involuntários nas 
extremidades, movs. atetotiformes (lentas torções e 
regulares) e coreiformes (contrações de pequena amplitude) 
nas extremidades; frequentes manifestações emocionais. 
1. Não realiza a prova, ou a realiza de forma incompleta e 
inadequada; total insensibilidade ao peso dos MM e dificuldade 
de descontração; movs. abruptos, convulsivos, irregulares e 
titubeantes; presença exagerada de manifestações emocionais 
atípicas (risos, gesticulações faciais/corporais, agitação, 
instabilidades).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Paratonia
“Incapacidade ou a impossibilidade de 
descontração voluntária”.
“Estado patológico, revelado pelo 
exagero dos reflexos tendinosos, porperturbações nos reflexos plantares, 
sincinesias e descoordenação dos 
movimentos intencionais, 
impossibilitando a realização 
voluntária da resolução motora”.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Paratonia
Atua como frenagem tônica, impedindo o relaxamento 
muscular, prejudicando a realização do movimento, 
alterando a sua precisão, perfeição, harmonia, ritmo e 
regularidade.
Paratonia:
MMII 
DD, em posição de relaxamento (deitado);
Observar assimetrias na postura das pernas e pés, ou 
alguma alteração na coluna e na bacia;
através de mobilizações passivas e de quedas (com 
descontração máxima), deixando cair os membros no 
colchão.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Paratonia
MMII 
Verificar se a criança relaxa (abandona) 
parcial ou totalmemte os MM, deixando-os 
cair no colchão.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Paratonia: MMSS 
DD, com mobilização simultânea e alternada dos MMSS, 
descontraídos até a vertical, seguido de movimentos 
pluridirecionais com a articulação do ombro; 
Queda dos ombros, observando o grau de abandono e 
liberdade tônica de cada membro. 
Realizar manipulações semelhantes com o antebraço e 
mão.
OBS: Membros dominantes acusam menos 
extensibilidade e tendem a apresentar maior 
resistência nas manobras e nas manipulações.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. Não revela tensões ou resistências nas manipulações 
dos quatro membros. 
3. Revela tensões ligeiras e fraca resistência nas 
manipulações, com ligeiras manifestações 
emocionais. 
2. Tensões, bloqueios, resistências moderadas e 
freqüentes em qualquer das manipulações; 
identificação de paratonias de contrações proximais e 
distais. 
1. Tensões, bloqueios e resistências acentuados; 
incapacidade e impulsividade de descontração 
voluntária; manifestações emocionais.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
d) Diadococinesias (tônus de ação)
“Função motora que permite a 
realização de movimentos vivos, 
simultâneos e alternados”.
“Realização coordenada, sucessiva e 
antagônica de movimentos com 
ambas as mãos, que põe em jogo a 
coordenação cerebelosa”. 
Ex: realização rápida de movimentos 
de pronação e supinação, em ambas 
as extremidades superiores. 
Sentada, antebraços fletidos sobre o 
braço, com os cotovelos em apoio 
em cima da mesa e com os braços 
em extensão anterior sem apoio. 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. Movimentos de pronação e supinação realizados 
corretamente, precisos, coordenados e harmônicos. 
3. Movimentos realizados com ligeiro desvio do eixo do 
antebraço, e breve afastamento do cotovelo; realização 
de movs. em espelho, ou alterações de ritmo na 
realização simultânea. 
2. Movs. de pronação e supinação descoordenados, 
dismétricos, sem amplitude ou arrítmicos; nítidos movs. 
em espelho, quando a mão D realiza a tarefa ou vice-
versa. 
1. Não realiza os movs. de pronação e supinação, ou 
movs. associados involuntários bem marcados; perda 
de amplitude e ritmo; movs. em espelho, permanentes; 
sincinesias etc.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
e) Sincinesias
Reações parasitas de imitação dos movimentos 
contralaterais e de movimentos peribucais ou 
linguais.
Movimentos não intencionais, desnecessários, cuja 
eliminação exige inibição tônico-cinética. 
Sincinesias são frequentes nas crianças de 6, 7 e 8 
anos e tendem a desaparecer totalmente a partir dos 
10-12 anos (maturação neurológica).
As sincinesias traduzem movimentos associados que 
acompanham a realização no movimento intencional, 
prejudicando a sua precisão e eficácia.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
e) Sincinesias
Além de fornecerem dados valiosos 
para determinar a lateralidade 
tônico-motora da criança, servem 
para despistar aspectos da tonicidade 
induzida e problemas de ordem 
tônico-emocional. 
Sentada, com as mãos em cima da 
mesa, realizando uma contração 
máxima da mão dominante com uma 
bola de espuma. 
Ao mesmo tempo, observar os 
movimentos de imitação ou 
crispação, quer nos membros 
contralaterais, quer peribucais, ou 
linguais, visando à detecção de 
sincinesias bucais ou contralaterais.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Cotação:
4. Não apresenta sincinesias bucais ou contralaterais; 
ausência de movs. associados. 
3. Realiza as tarefas com sincinesias contralaterais 
pouco óbvias e imperceptívais: detecção de ligeiros 
movimentos ou contrações tônicas associadas.
2. Presença de sincinesias bucais e contralaterais 
marcadas e óbvias: realização com sinais desviantes; 
presença de movimentos associados não inibidos. 
1. Sincinesias evidentes, com flexão do cotovelo, 
crispação dos dedos da mão contralateral, tensões 
tônico-faciais e sincinesias linguais; tremores etc.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Significação Psiconeurológica
Todas as sensações, para serem integradas, 
necessitam de um tônus ideal (eutonia). 
A observação de sinais tônicos atípicos pode 
ajudar a compreender vários problemas de 
desenvolvimento psiconeurológico na 
criança, uns implicados com a 
psicomotricidade, outros com as 
aprendizagens simbólicas.
A atenção, a orientação, o controle, a 
adaptação etc., reclamam a participação da 
tonicidade, função de transição entre o corpo 
e o cérebro e entre esse e o meio.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Equilibração:
É uma condição básica da organização psicomotora;
envolve uma multiplicidade de ajustamentos posturais 
antigravíticos, que dão suporte a qualquer resposta 
motora.
Reúne um conjunto de aptidões estáticas e dinâmicas, 
abrangendo o controle postural e o desenvolvimento 
das aquisições de locomoção.
O nível de organização neurológica da equilibração 
envolve essencialmente o tronco cerebral, o cerebelo e 
os gânglios da base.
É atribuído ao mesencéfalo os mecanismos que 
integram os reflexos tônicos do pescoço, labirínticos, 
oculares, de endireitamento e até mesmo os padrões 
motores de sentar, levantar e andar.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
O sistema vestibular, órgão especializado da 
equilibração, compreende um componente 
funcional periférico ao nível do ouvido 
interno e um componente funcional interno; 
responde pela postura, orientação espacial, 
organização perceptiva, e pelo potencial de 
aprendizagem; está envolvido nas funções de 
vigilância, de alerta e de atenção; repercute 
em toda a organização psicomotora.
A insegurança postural ou gravitacional gera 
instabilidade emocional, hiperatividade, 
ansiedade, distratibilidade etc, alterando as 
condições necessárias ao processamento da 
informação.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Subfatores da Equilibração:
a) Imobilidade:
É a capacidade de inibir voluntariamente 
qualquer movimento durante um curto lapso de 
tempo.
Sua observação, permite avaliar a capacidade 
da criança em conservar o equilíbrio c/ os olhos 
fechados, os ajustamentos posturais, as 
reações tônico-emocionais (ansiedade, 
turbulância, instabilidade etc.), movs. faciais, 
movs. involuntários, gesticulações, sorrisos, 
oscilações multi e unidirecionais, distonias, 
movs. coreiformes e atetotiformes.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Sinais que podem traduzir disfunções 
vestibulares e cerebelosas:
Movimentos faciais: movs. involuntários da 
cabeça, distonias periorais e perioculares; movs. 
irregulares da boca, dos lábios e da língua; crispações 
faciais localizadas;
Gesticulações: movs. involuntários do tronco; 
desvios simétricos e assimétricos; movs. coréico-
atetósicos; movs. atetóides lentos e irregulares dos 
dedos etc.
Sorrisos: expressões mímicas inadequadas, 
manifestações emocionais transitóriasetc. 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
• Oscilações: flutuações breves da postura, oscilações 
rítmicas, mioclonias involuntárias e bruscas, 
reequilibrações do deslocamento do centro de gravidade 
D/E e frente-trás.
• Rigidez Corporal: distonias, hiperextensão do punho 
e dos dedos; flexão dos ombros; pronação excessiva da 
mão; abdução do punho; bloqueio respiratório ...
• Tiques: movimentos parasitas, sacudidelas, 
fasciculações, movs. palpebrais constantes 
acompanhados de nistagmos, assinergia dos globos 
oculares etc.
• Hiperemotividade: agitação, instabilidade, 
ansiedade, movs. atetósicos.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Equilibração:
a) Imobilidade:
Manter-se na posição 
ortostática durante 60s. 
com os olhos fechados e 
os braços pendentes ao 
lado do corpo, com apoio 
palmar das mãos e dos 
dedos na face lateral da 
coxa, pés juntos, 
simétricos e paralelos. 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Equilibração:
b) Equilíbrio Estático
Consta de 3 provas de 20s., efetuadas em 
2 tentativas possíveis. 
Com crianças (4/5 anos) as provas 
devem ser realizadas com os olhos 
abertos; 
A partir dos 6 anos, c/ os olhos fechados.
As mãos devem apoiar-se nos quadris, 
com a finalidade de evitar movs. 
compensatórios dos braços.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
b) Equilíbrio Estático
As 3 provas são: apoio 
retilíneo, manutenção 
do equilíbrio na ponta 
dos pés e apoio 
unipedal.
No apoio retilíneo, a 
criança deve colocar um 
pé no prolongamento 
exato do outro, 
permanecendo assim 
por 20s.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Equilíbrio Estático
Equilíbrio na ponta dos 
pés: a criança deve 
colocar os pés juntos e 
manter-se em equilíbrio 
no terço anterior dos 
mesmos, e demais 
condições descritas.
Apoio unipedal: a 
criança deve apoiar-se 
num único pé, fletindo a 
perna contrária ao 
joelho, efetuando com 
ela um ângulo reto.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Equilíbrio Dinâmico
O equilíbrio dinâmico exige orientação controlada do 
corpo em situações de deslocamento no espaço, com os 
olhos abertos.
A observação deve captar sinais quanto à precisão, 
economia e melodia dos movimentos, quanto ao seu 
controle em termos quantitativos e qualitativos e 
quanto ao grau de facilidade ou dificuldade relevado nas 
várias tarefas.
As tarefas do equilíbrio dinâmico incluem: marcha 
controlada, evolução na trave (frente, trás, direita e 
esquerda), saltos com apoio unipedal (pé-coxinho 
esquerdo e direito), saltos a pés juntos (frente, trás e 
com os olhos fechados).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Equilíbrio Dinâmico
Na tarefa da marcha 
controlada: a criança 
deverá evoluir no solo 
em cima de uma linha 
reta com 3m de 
comprimentos, de 
modo que o calcanhar 
de um pé toque na 
ponta do pé contrário, 
permanecendo sempre 
com as mãos nos 
quadris.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Equilíbrio Dinâmico
Nas tarefas de 
evolução na trave: a 
criança deve proceder 
como na marcha 
controlada, realizando-
a para frente, para 
trás, para o lado 
direito e esquerdo, 
com as mãos nos 
quadris.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Equilíbrio Dinâmico
Os desvios e desorientações 
espaciais devem ser 
registrados, bem como as 
gesticulações, as 
reequilibrações bruscas, em 
especial na cabeça, sincinesias, 
dismetrias, impulsividades etc.
Na tarefa dos saltos com apoio 
unipedal: a criança deverá 
cobrir os 3m em saltos com 
apoio unipedal, registrando o 
pé escolhido. Uma vez 
terminada a primeira tarefa, a 
criança deverá concluir trajeto 
idêntico com o pé contrário.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Equilíbrio Dinâmico
A observação dos saltos a pés juntos 
nas suas três subtarefas (frente, trás 
e com os olhos fechados), é 
necessária para concluir esse 
subfator. 
Atentar-se à colocação dos pés, da 
bacia, do tronco e da cabeça, 
verificando as possíveis disfunções 
posturais que possam se apresentar.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Significação Psiconeurológica
As disfunções posturais, dadas as múltiplas 
inter-relações do cerebelo com os centros 
límbicos, talâmicos e subtalâmicos, podem 
causar distúrbios de ordem perceptiva e de 
memória.
A equilibração conjuntamente com a 
tonicidade constituem a organização motora 
de base que prepara a organização 
psicomotora superior: lateralidade, 
somatognosia, estruturação espaço-temporal 
e praxias.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Lateralização
A integração bilateral, que compreende as 
tarefas da BPM, quer em nível sensorial (visão 
e audição), quer em nível motor (mão e pé) 
visa detectar discordâncias inter-hemisféricas 
e avaliar o grau de integração dos dois lados 
do corpo, onde entram em jogo o tronco 
cerebral e o mesencéfalo.
A lateralização, subentende diferentes níveis 
de complexidade: identificação das partes do 
corpo, identificação dupla homolateral; 
identificação dupla contralateral, de partes do 
corpo no outro, e de partes do corpo no outro 
e no próprio.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Lateralização
As tarefas da BPM visam determinar a 
consistência da preferência dos 
telerreceptores (visão e audição) e dos 
proprioefetores (mãos e pés).
Lateralização Ocular (olho preferencial): pede-
se à criança para olhar primeiro através de um 
tubo ou canudo de papel e depois de um 
buraco feito no centro de uma folha de papel 
normal.
A apresentação do tubo deve ser feita na linha 
média do corpo da criança, para não 
condicionar o uso da mão. A mão que agarra o 
tubo é a mão dominante.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Lateralização ocular
A criança deve segurar a folha de 
papel com ambas as mãos, e espreitar 
pelo buraco com o olho preferencial.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Lateralização
Lateralização Auditiva 
(ouvido preferencial):
pede-se à criança para 
auscultar um relógio de 
corda e em seguida para 
simular o atendimento do 
telefone.
Lateralização Manual 
(mão preferencial): 
sugere-se à criança que 
simule escrever e depois 
cortar o papel com a 
tesoura; se confirmará nas 
tarefas de coordenação 
oculomanual da praxia 
global e fina.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Lateralização
Lateralização Pedal 
(pé preferencial): 
sugere-se à criança 
que dê um passo 
gigante à frente, 
partindo da posição 
de pés paralelos, e 
depois simule enfiar 
as calças, 
registrando-se o 
primeiro pé.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Significação Psiconeurológica
A organização espacial, a elaboração de praxias, a fala e 
a escrita como pensamento cognitivo, requerem 
operações precisas e complexas dos dois hemisférios, 
porém ambos só estão aptos a cooperar e a trabalhar 
conjuntamente quando o tronco cerebral trabalha 
apropriadamente.
A especialização hemisférica desenvolve-se até ao ponto 
do hemisfério D ser responsável pela integração motora, 
libertando o hemisfério E para assumir outras funções, 
nomeadamente as funções cognitivas e a linguagem. Não 
há, portanto, duplicação funcional, mas sim uma 
intercomunicação cooperativa.
As lesões hemisféricas, em adultos, têm demonstrado 
que as lesões direitas afetam a noção do corpo e as 
relações espaciais, enquanto as lesões esquerdas afetam 
outro quadro clínico mais relacionado com as afasias.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Noção do Corpo:
A noção ou imagem do corpo estrutura-se a 
partir dos estímulos periféricosdas 
preferências do movimento corporal, 
resultando em processos de transdução e de 
análise.
A noção do corpo resulta das projeções 
específicas das áreas primárias, mas 
elabora-se e armazena-se como construção 
gnósica corporal (somatognosia) nas áreas 
parientais secundárias (áreas 5 e 7 do 
Brodmann).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Noção do Corpo:
A noção do corpo é uma construção 
polifatorial que envolve a relação com 
o outro e a dimensão geocênctrica da 
linguagem. 
Noção primeiro intuitiva, da qual 
decorre uma auto-imagem sensorial 
interior, passa posteriormente a uma 
noção especializada linguisticamente.
Forma-se da noção de esquema 
corporal e de imagem corporal.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Noção do Corpo:
a) Sentido Cinestésico:
A criança deverá manter-se de pé, c/
os olhos fechados e, em seguida,
sugerir que ela nomeie os vários
pontos do corpo em que foi tocada
tatilmente.
Crianças em idade pré-éscolar (4/5
anos) devem nomear 8 pontos
táteis (nariz, queixo, olhos, orelha,
ombro, cotovelo, mão e pé).
Crianças com + de 6 anos, devem
nomear 16 pontos táteis (testa,
boca ou lábios, olho D, orelha E,
nuca ou pescoço, ombro E, cotovelo
D, joelho E, pé D, pé E, mão E,
polegar, indicador, médio, anelar e
mínimo D).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
b) Reconhecimento Direita-
esquerda:
Envolve uma função de 
decodificação verbal em face da 
noção simbólica do hemicorpo e da 
consciencialização da linha média 
do corpo. 
Envolve, da parte da criança, a 
resposta (output) motora a 
solicitações (input) verbais 
apresentadas pelo observador.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Crianças em idade pré-primária (4/5 anos) 
as solicitações são:
“Mostra-me a tua mão D”; 
“Mostra-me o teu olho E”; 
“Mostra-me o teu pé D”; 
“Mostra-me a tua mão E”.
Crianças em idade escolar (acima de 6 
anos) as solicitações verbais são:
“Cruze a perna D por cima do joelho E”;
“Toca a orelha E com a tua mão D”;
“Aponta o meu olho D com a tua mão E”;
“Aponta a minha orelha E com a tua mão 
D”.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Auto-imagem (face)
Visa estudar a noção do corpo
no seu componente facial.
A criança, de olhos fechados,
com os braços em extensão
lateral, as mãos fletidas e os
respectivos indicadores
estendidos, deve realizar mov.
lento de flexão do braço até
tocar com as pontas dos dedos
indicadores na ponta do nariz.
Realizada 4 vezes, 2 com cada
d) Imitação de Gestos
Cópia gestual bilateral (simultaneamente 
com as 2 mãos). 
São movs. bilaterais (coordenação 
recíproca), a fim de evitar 
confusões de lateralização na 
reprodução de movimentos.
A criança de pé, face ao observador, 
observa o que ele vai realizar.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
d) Imitação de Gestos
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
e) Desenho do Corpo
A criança desenha o que sabe do seu corpo.
Significação Psiconeurológica
Nomear os lados ou membros do corpo, diferenciá-
los intracorporalmente e extracorporalmente é uma
condição de orientação no espaço que é vital para a
organização perceptiva e para as aprendizagens
simbólicas mais complexas.
A noção do corpo é a condição básica para a iniciação
de qualquer movimento intencional.
As perturbações aferentes (impressivas) afetam as
eferentes (expressivas), consequentemente as
alterações nas sensações levam a distúrbios nas
ações.
Diagnosias serão dispraxias.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Estruturação Espaço-Temporal
Envolve basicamente a integração cortical de dados 
espaciais, mais referenciados com o sistema visual (l. 
occipital), e de dados temporais, rítmicos, mais 
referenciados com o sistema auditivo (l. temporal).
A gênese do espaço da criança, resultante da sua 
progressiva organização psicomotora, subentende, 
em paralelo, a apropriação da linguagem e da 
percepção visual.
As fixações em detalhes, contornos, limites, ângulos, 
alinhamentos, estruturas, deslocamentos, orientações 
... estão integradas na gênese da evolução da 
linguagem e do desenvolvimento cognitivo.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
A noção de tempo abrange o tempo estático 
(precedente e subsequente) e o tempo dinâmico 
(passado, presente e futuro). A sequência dos 
acontecimentos e a sua relação temporal são essenciais 
para estabelecer sistemas de relações. 
O ritmo ocorre em várias áreas do comportamento: na 
motricidade (coordenação de movimentos), na audição 
(reconhecimento de estímulos auditivos), na visão 
(exploração sistemática do envolvimento), nas 
aprendizagens escolares (leitura, escrita, cálculo).
Traduzir as tarefas do tempo para o espaço (ouvir uma 
história ou fazer um ditado) e do espaço para o tempo 
(descrever uma imagem, copiar ou ler) é uma condição 
necessária às funções mentais superiores.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
Subfatores da Estruturação Espaço-
Temporal:
a) Organização
Compreende a capacidade espacial concreta
de calcular as distâncias e os ajustamentos
dos planos motores necessários para os
percorrer.
A prova requer a participação das áreas
parientais e occipitais, (área 5 e 7), onde se
opera a fusão de dados direcionais e
espaciais.
Sugere-se à criança para andar de um ponto
da sala a outro na distância de 5m, contando
o nº de passos em voz alta.
Pede-se à criança para realizar o 2º percurso
com mais 1 passo, ou mais 3 passos.
Por último, solicita-se que realize o 3º
percurso com menos 1 passo ou - 3 passos.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
b) Estruturação Dinâmica
Compreende a capacidade de 
memorização sequencial visual (de 
curto-termo) de estruturas espaciais 
simples.
Aprecia a capacidade da criança 
reproduzir de memória sequências de 
fósforos em posições e orientações 
espaciais determinadas.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
b) Estruturação 
Dinâmica
Sugere-se à criança que 
observe durante 3, 4 ou 5s 
as fichas respectivas com 
3, 4 e 5 fósforos, após os 
quais deverá reproduzir 
exatamente as mesmas 
sequências com os 
fósforos, mantendo a 
orientação da esquerda 
para a direita.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Representação Topográfica
Retrata a capacidade espacial 
semiótica e a capacidade de 
interiorização de uma trajetória 
espacial apresentada num 
levantamento topográfico.
O material é uma folha de papel e 
um lápis.
O observador com a criança 
realiza o levantamento 
topográfico da sala, reproduzindo 
exatamente as suas proporções 
espaciais e a localização do 
mobiliário, identificando com os 
respectivos números. 
Desenhando, posteriormente, um 
trajeto com um lápis, solicitando-
lhe sua realização motora.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL 
d) Estruturação Rítmica
Compreende a capacidade de memorização e 
reprodução motora de estruturas rítmicas.
Avalia problemas de percepção auditiva e de 
memorização de curto-termo e a translação dos 
estímulos auditivos para as respostas motoras.
Sugere-se à criança que ouça com atenção a sequência 
de batimentos apresentada, devendo, em seguida, 
reproduzir a mesma estrutura e o mesmo número de 
batimentos.
As estruturas rítmicas são:
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Significação Psiconeurológica
Em termos neuropatológicos, a lesão da região 
temporal E cai no âmbito da afasia sensorial e da 
agnosia acústica, afetando o núcleo do analisador 
auditivo.
Aspectos visoperceptivos (reconhecimento de 
objetos, análise e síntese visual, dificuldades de 
discriminação, problemasde figura-fundo, 
dificuldade de reconhecimento facial ...) aspectos 
visoespaciais (problemas de direção, distância, 
orientação topográfica ...) e aspectos 
visoconstrutivos (problemas de agrupamento e de 
grafomotricidade ...) podem emergir de distúrbios 
resultantes das disfunções visotátil-cinestésicas que 
estão em jogo nos subfatores de orientação, 
estruturação dinâmica e representação tempográfica.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
PRAXIA GLOBAL
Envolve a organização da atividade 
consciente e a sua programação, regulação 
e verificação.
A praxia global, por compreender tarefas 
motoras sequenciais globais; está 
relacionada com a área 6 (realização e a 
automação dos movimentos globais 
complexos), que se desenrolam num certo 
período de tempo e exigem a atividade 
conjunta de vários grupos musculares.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Subfatores da Praxia Global
a) Coordenação oculomanual
Material: uma bola de tênis, 
um cesto de papel, uma 
cadeira e uma fita métrica.
Sugere-se à criança de pé
que lance uma bola de tênis
para dentro de um cesto de
papel colocado em cima de
uma cadeira, a uma distância
de 1,50m (crianças de 4/5
anos), e de 2,50m para
crianças em idade escolar.
b) Coordenação
oculopedal
Compreende a capacidade
de coordenar movimentos pedais com referências 
perceptivo-visuais (requer a coordenação apendicular 
dos MMII).
Material: uma bola de tênis, uma cadeira e uma fita
métrica.
Sugere-se à criança de pé que chute uma bola de tênis
para passar entre as pernas da cadeira, a uma distância
igual à situação anterior.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Dissociação:
MMSS: Sugere-se à criança de pé
que realize vários batimentos
das mãos, em cima da mesa, de
acordo c/ a seguinte sequência:
2 batimentos da mão D, 2 da E
(2MD/2ME);
2 batimentos da mão D, 1 da E
(2MD/1ME);
1 batimento da mão D, 2 da E
(1MD/2ME);
2 batimentos da mão D, 3 da E
(2MD/3ME).
Sequencialmente reproduzida 
pelo menos 4 vezes. 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Dissociação: MMII
Sugere-se à criança de pé que 
realize batimentos das mãos em 
cima da mesa seguidos dos pés 
no solo, na seguinte estrutura 
seqüencial:
1 batimento da mão D, 2 da E, 1 
do pé D e 2 do E 
(1MD/2ME/1PD/2PE); 
2 batimentos da mão D, 1 da E, 
2 do pé D, 1 do E 
(2MD/1ME/2PD/1PE);
2 batimentos da mão D, 3 da E, 
1 do pé D, 2 do E 
(2MD/3ME/1PD/2PE
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
d) Prova de agilidade: 
a criança deve saltitar, 
afastando e juntando 
as pernas, devendo 
bater as mãos na 
mesma hora em que 
afasta as pernas, sem 
interromper a 
sequência do saltitar.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Significação psiconeurológica:
A praxia global (e naturalmente a praxia fina), 
exige a atenção voluntária, a planificação 
motora, o registro e a seleção de engramas, 
muito antes de desencadear o movimento; isto 
é, a intenção precede a ação.
O objetivo da praxia global na BPM é avaliar o 
rendimento motor, bem como a qualidade da 
integração sensorial e psicomotora que 
evidencia a integridade do cérebro, desde o 
tronco cerebral aos hemisférios. O cérebro diz 
aos músculos o que fazer, mas as sensações 
vindas dos músculos e do corpo 
(proprioceptividade) é que permitem ao 
cérebro fazer o que transmitiu. 
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
PRAXIA FINA
Mão e inteligência ligam-se e formam-se 
dialeticamente.
A praxia fina evidencia a velocidade e a 
precisão dos movs. finos e a facilidade de 
reprogramação de ações, à medida que as 
informações tátil-perceptivas se ajustam às 
informações visuais.
A íntima relação que a praxia fina tem com a 
percepção visual é de grande importância para 
o desenvolvimento psicomotor e para o 
desenvolvimento da aprendizagem, 
nomeadamente da leitura, escrita e cálculo.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
Subfatores da Praxia Fina:
a) Coordenação Dinâmica Manual
Solicita-se à criança sentada para 
compor uma pulseira de clips o 
mais depressa possível (5 clips 
para as crianças em idade de 4/5 
anos e 10 para as em idade acima 
de 6 anos).
Deve-se realizar 1 a 2 ensaios, 
nos quais a criança deverá 
compor e descompor a pulseira. O 
tempo de composição e de 
decomposição devem ser 
registrados.
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
b) Tamborilar
O observador deve demonstrar à
criança como é que os dedos
devem estar colocados, realizando
círculos na transição dedo para
dedo, desde o indicador até o
mínimo, e, em seguida, na direção
inversa (2, 3, 4, 5 e 5, 4, 3, 2).
Sugere-se à criança sentada que
imite os movimentos e que
complete no mínimo 3 ensaios
antes de realizar a tarefa. As suas
mãos devem ser avaliadas,
realizando cada uma 3 sequências
separadas e 1 simultânea
(tamborilar bimanual simultâneo).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL 
c) Velocidade- Precisão:
Compreende 2 tarefas de coordenação 
práxica do lápis, que envolve a 
preferência manual e a coordenação 
visográfica.
Material: Folha de papel quadriculada,
lápis bem afiado e cronômetro.
Sugere-se à criança sentada que realize
o maior nº de pontos e cruze-os por
30s., tendo como referências espaciais
os limites dos quadrados do papel e a
realização sequencial da E para a D.
O nº de pontos considerados para
cotação envolve sua contagem total
(realização de velocidade), menos os
sem êxito: traços, pontos a mais,
tangentes, omissões, saltos de espaços
... (realização de precisão).
AVALIAÇÃO PSICOMOTORA
Significação Psiconeurológica
O triângulo postura-visão-mão é uma recoordenação
sistêmica que está na base da praxia fina.
As tarefas da coordenação dinâmica manual, do
tamborilar e da velocidade-precisão permitem-nos
detectar problemas perceptivo-visuais (estrabismo,
problemas de visão binocular, excessiva aproximação
dos objetos ou das mãos, nistágmo, distorções
perceptivas de figuras-fundo, orientação em relação
espacial...); problemas proprioceptivos (hipertonia,
rigidez, crispação...); problemas de coordenação e
inibição cerebelosa (dismetrias, tremores, preensão
trêmula e titubeante...), e também problemas de
automatização (movimentos excessivamente vigiados,
hipercontrolados, sem fluidez...)
Obrigada! 
Marineide M Nogueira

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