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2/16/2016 1 Prof. Msc: Renato Claudino. Conteúdo referente a capitulo de envelhecimento 1. Proposta de aula: Conceituar envelhecimento humano e sua relação com o modelo brasileiro e idosos de outras nações; Identificar indicadores do envelhecimento em números tais como- pirâmides etárias do Brasil; Entender mudanças ocorridas nos idosos brasileiros. 2/16/2016 2 Definição de população, expectativa de vida e transição demográfica no Brasil e no exterior; Fatores de envelhecimento da população brasileira; Considerações da ONU e OPAS, para envelhecimento bem sucedido; Idosos Brasileiros- vivencias e desafios para a terceira idade. População- O conceito de população vem do termo latim populatio. Na sua acepção mais habitual, a palavra faz referência ao conjunto de pessoas que habitam a Terra ou qualquer divisão geográfica desta (DEVEGHUT, 2008). Termos quantitativos; 2/16/2016 3 Sexo; Etnia; Economicamente ativa; Natalidade e fecundidade; Mortalidade; Posição Geográfica (municípios, cidades, estados, países) Idade; O que promove a transição demográfica de uma população? 2/16/2016 4 Avanços Tecnológicos (BERGEN et al., 2008; GAI et al., 2010; WHO, 2007 ) VACINAS E MEDICAMENTOS Redução da mortalidade e da fecundidade (NASRI, 2008; MAZO et al., 2009 ) Redução da natalidade (NASRI, 2008; MAZO et al., 2009 ) Redução da fecundidade (NASRI, 2008; MAZO et al., 2009 ) 2/16/2016 5 De acordo com IBGE 2010, a queda da fecundidade e baixa natalidade, é um fator decisivo para o envelhecimento, pois as faixas adultas ampliam-se em relação as idades mais jovens. Frente a essas colocações, os países europeus experimentaram esta mudança, no século IX, a partir da revolução industrial. O que levou 1 século para que a taxa de natalidade se estabilizasse (COHEN, 2003; STALENHOEF et al., 2002). É o fenômeno que se caracteriza pela passagem de uma situação de alta mortalidade e fecundidade, com uma população predominantemente jovem e em fraca expansão, para uma de baixa mortalidade e, gradualmente, baixa fecundidade (VERAS, 2008). 2/16/2016 6 BRASIL – ANTES 1940 Baby Boom – de 40 a 60 (manifestações sociais) BRASIL - ATUAL IDOSOS 2/16/2016 7 2/16/2016 8 IBGE 2010 IBGE 2010 2/16/2016 9 IBGE 2010 Em seguida, no final da década de 60, as transformações na expectativa de vida da população brasileira iniciaram-se, de forma rápida e generalizada, com declínio da natalidade (FERREIRA et al., 2010), fato que ocorreu em virtude da urbanização e migração para grandes centros urbanos. (TANNURE et al., 2010). 2/16/2016 10 SAIRAM DAS CIDADES ENTRARAM NAS CIDADES - EMIGRANTES Nesses últimos anos de transformações, a expectativa da população brasileira aumentou aproximadamente 25 anos. (PALLONI et al., 2002). Portanto, com a maior longevidade da população brasileira. 2/16/2016 11 Adulto – 25-44 Adulto meia-idade – 45-64 Idoso-jovem – 65-74 Idoso – 75-84 Idoso-idoso – 85-99 Idoso-velho > 100 60 ou mais (países em desenvolvimento- BRASIL); 65 ou mais (países desenvolvidos- EUA, INGLATERRA..); muito idosos (very old): 80 e 85 ou mais. 2/16/2016 12 De acordo com a política nacional do idoso e o estatuto - “considera-se idoso o sujeito que apresente sessenta anos completos e acima dessa” 2/16/2016 13 2/16/2016 14 População residente Florianópolis 421.410 Joinville 515.288 Balneário Camboriú 108.811 Idosos residentes 60 anos ou mais Florianópolis 48.136 Joinville 45.717 Balneário Camboriú 12.756 2/16/2016 15 Média idade no mundial OPAS 2013 2/16/2016 16 A população mundial está envelhecendo rapidamente.Entre 2000 e 2050, a proporção da população mundial com mais de 60 anos vai dobrar de cerca de 11% para 22%. O número de pessoas com 60 anos ou mais para aumentar de 605 a 2.000 milhões no mesmo período. O número de pessoas com 80 anos ou mais vai quadruplicar no período 2000-2050. Em 2050 o mundo terá quase 400 milhões de pessoas com 80 anos ou mais. Nunca antes a maioria dos adultos de meia-idade tinham pais vivos Projeções para os próximos anos Projeções para os próximos anos A necessidade de cuidados de longa duração está a aumentar. O número de pessoas mais velhas que já não são capazes de cuidar de si próprias nos países em desenvolvimento está previsto para quadruplicar até 2050. Muitos dos muito velhos perdem a capacidade de viver de forma independente por causa da dificuldade de locomoção, a fragilidade ou outros problemas de saúde física ou mental. Muitos necessitam de cuidados a longo prazo, inclusive de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e profissionais médicos em casa, comunidade, residências e de cuidados de base hospitalar. O nível de cuidados primários de saúde eficaz para as pessoas mais velhas é crucial. O bom atendimento é importante para a promoção da saúde dos idosos, a prevenção de doenças e gerenciamento de doenças crônicas. 2/16/2016 17 Projeções para os próximos anos O envelhecimento saudável começa com comportamentos saudáveis nos estágios iniciais da vida. Precisamos reinventar nossas premissas da velhice. A sociedade precisa quebrar estereótipos e desenvolver novos modelos de envelhecimento para o século 21. Todos os benefícios de comunidades, locais de trabalho e das sociedades que incentivam a participação ativa e visível de pessoas mais velhas As doenças que afetam a população jovem são principalmente as moléstias infecto-contagiosas. As doenças no idoso mudam para o padrão de doenças crônicas, nesse caso, observamos maior uso de medicamentos, realização de exames com maior freqüência e maior taxa de utilização de unidades de saúde. 2/16/2016 18 Agudo Cronicidade 2/16/2016 19 O custo médio de assistência ao idoso = 3x o custo da assistência a população em geral. Envelhecimento Populacional: Para cada 100 pessoas potencialmente ativas (15 a 64anos) existem 55 pessoas potencialmente inativas (0 a14 anos e mais de 65 anos) – Problema na Previdência Social. 2/16/2016 20 De acordo com Berquo (1999); Caramano (2004), Neri (2007) FEMINIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO (VERAS, 2012) 2/16/2016 21 DESCENDÊNCIAS FAMILIARES LOCAL DE MORADIA 2/16/2016 22 RELIGIÃO 2/16/2016 23 ALGUNS FATORES HISTÓRICOS QUE NORTEARAM AS DISPUTAS POLITICOS E SOCIAIS PARA UM MELHOR QUALIDADE E DIGNIDADE DE VIDA PARA O IDOSO BRASILEIRO: 1885- Lei saraiva-Cotegipe (lei dos sexagenários); libertação escravos acima de 60 anos 2/16/2016 24 Decreto lei 4.682 de 24 janeiro de 1923 – lei Eloy Chaves. – Direito social do trabalhador. Década de 30- ampliada a cobertura previdenciária; 1934 (constituição- os direito do idoso foram inscritos como forma trabalhista. Quando velho era improdutivo, e o velho agricultor, não tinha direito) Modificados os inciso da constituição o que estabeleceu um seguro de velhice para o trabalhador em 1937; Década de 70 o INPS (instituto nacional de previdência social (extinto))- 1979 intitulado como LBA (Legião Brasileira de Assistência) e por fim PAPI (Programa de Atendimento a pessoa Idosa); 1967 – SESC foi a primeira instituição a capacitar idosos comerciários – intervenção da gerontologia social. 2/16/2016 25 Década de 80 – iniciaram atividades relacionadas as pessoas idosas que envolviam todos os aspectos governamentais em todo o Brasil; 1982- SESC São Paulo realizou o 1º encontro nacional de idosos, em 1984 o 2º encontro com mais de 2000 idosos. Nesseencontro foi promulgada a carta de declaração dos direitos dos idosos brasileiros. Em 1987 a 3º encontro com mais de 3000 idosos; Sociedade brasileira de geriatria e gerontologia (SBGG)- lança a primeira revista em 1969. Em 1988 junto com a carta dos idosos, entra em vigor a importância a velhice no seu artigo 230: A família, a sociedade e o estado têm dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade defendendo sua dignidade e bem estar e garatindo-lhes direito à vida. 2/16/2016 26 1988 ocorreu a VIII conferencia de saúde na qual foi apresentado o programa sobre a política de envelhecimento; 1989 Portaria 22 setembro estabeleceu normas mínimas de funcionamento das ILPIS. As Universidades começaram a desenvolver trabalhos com as pessoas idosas em 80: UFSC (NETI), UFSM (NIETATI); Após em 1998 haviam 119 Universidades (publicas e privadas) e institutos federais atuando em pesquisa e extensão para idosos. Lei n 10.741 de 01 de outubro de 2003 – Estatuto do idoso- é uma legislação que prevê direitos para os maiores de 60 anos. Estatuto promove: Acesso ao mercado de trabalho e profissionalização; Cultura; lazer; esporte; Assegura políticas do promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde do idoso. 2/16/2016 27 Centenários, por definição, são sobreviventes que chegaram aos cem anos, ou seja, viveram cerca de 20 anos a mais do que a expectativa de vida média dos países desenvolvidos. O número de centenários no mundo, em 1950, era de 24.000, hoje é de 269.000 e a projeção para 2050 é de 3,8 milhões. Diante deste fato, cada vez, há maior interesse sobre essa população, com estudos focando as áreas médica, fisiológica e genética. 2/16/2016 28 Os pesquisadores desse estudo selecionaram pesquisas gerontológicas com abordagem multidisciplinar, realizadas na Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e China, por se tratarem de estudos conhecidos mundialmente. A seguir, apresenta-se sucintamente a situação dos centenários na América Latina e no Brasil. Alemanha – 156 centenários; EUA- 1500 centenários; Italia-500 centenários; Japão- 2500 centenários; China- 10.457 centenários; “A prevalência de demência foi de 52% (Kliegel et al., 2004a; 2004b). Assim, ao contrário do que se pensava, a variabilidade da função cognitiva na velhice extrema foi bastante significativa.” “Os indivíduos centenários demonstraram alto nível de bem-estar e valorização positiva de suas vidas, apesar da presença de substanciais limitações físicas e cognitivas (Jopp e Rott, 2004b).” “maioria do sexo feminino, com baixa escolaridade, renda de 4 a 7.000 dólares, com alterações da visão e da audição, usando em média duas medicações por dia, resistindo à institucionalização, com estilo de vida próprio, mostrando-se satisfeito com a vida” 2/16/2016 29 “A genética, considerada por muito tempo como fator-chave da longevidade, mostrou exercer papel importante, mas não determinante desta. Enquanto alguns centenários foram oriundos de famílias com história de outros indivíduos longevos, outros não apresentaram essa variável (Poon, 1990).” “Diferente das mulheres, 100% dos homens centenários eram casados, sendo que muitos deles viveram em companhia de suas esposas por 70 a 80 anos, sugerindo que essa estabilidade conjugal poderia ter contribuído favoravelmente para sua longevidade” “Houve forte correlação entre a capacidade reprodutiva das mulheres centenárias e o envelhecimento saudável. Aproximadamente 20% delas geraram filhos após os 40 anos” Verificou-se que não existe um perfil único de indivíduos centenários, assim como não há receita única para alcançar a longevidade. São muitos os determinantes do envelhecimento saudável, estando entre eles: genética, estilo de vida, condições ambientais, hábitos alimentares, espiritualidade, humor, baixo nível de estresse, suporte familiar, moderação e, sobretudo, atitude positiva diante da vida. 2/16/2016 30 “As doenças incapacitantes manifestaram-se, em média, após os 97 anos de idade. Os centenários apresentaram baixa incidência de câncer, sendo que apenas três entre os 150 investigados tiveram câncer de pele ou de próstata. A doença mais comumente encontrada foi a artrite. Eles tomavam, em média, apenas uma medicação por dia” “Os centenários foram mais aptos a lidar com o estresse do que a maior parte dos indivíduos em outras faixas etárias” “Estes centenários apresentaram baixo índice de massa corporal (IMC) (18 a 22 kg/m2) por manterem dieta hipocalórica, consumo de carboidratos complexos não- refinados, assim como estarem fisicamente ativos com caminhadas, jardinagem e atividades domésticas regulares.” O número de pessoas com mais de cem anos quase duplicou. Em 1991, haviam apenas 13.865 indivíduos com essa idade, enquanto no ano 2000 esse número passou para 24.576, sendo 14.153 mulheres e 10.423 homens (IBGE, 2009a, 2009b). Dentre os estados brasileiros com o maior número de centenários, destacam-se São Paulo, com 4.457, seguido da Bahia (2.808), Minas Gerais (2.765), Rio de Janeiro (2.029) e Rio Grande do Sul (1.313). 2/16/2016 31 Na perspectiva de curso de vida, os idosos compõem coortes de idade, movendo-se pela linha do tempo histórico, sendo que cada coorte reflete suas diferentes experiências de vida moldadas pelas circunstâncias encontradas em sua vida prévia (HAREVEN, 1994). Nos próximos 30 anos, de cada quatro brasileiros, um será idoso. Estas pessoas já nasceram: os velhos do presente e do futuro do Brasil. 2/16/2016 32 2/16/2016 33 No plano individual: Processo que implica múltiplas trajetórias de vida e a adaptação dos indivíduos e de suas famílias às condições socioeconômicas que enfrentam na velhice (CRISTOPHE, 2009) No plano coletivo: PROCESSO SOFRE DIFERENTES INFLUÊNCIAS DE ORDEM SOCIOCULTURAL: ACESSO A OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS, CUIDADOS EM SAÚDE, TRABALHO, AO LONGO DO CURSO DA VIDA, QUE SE ESTENDEM ÀS FASES TARDIAS DA VIDA, COMO A VELHICE (AUGÉ, 2014). 2/16/2016 34 PALLONI, A.; PINTO-AGUIRRE, G.; PELAEZ, M. Demographic and health conditions of ageing in Latin America and the Caribbean. International journal of epidemiology, v. 31, n. 4, p. 762-71, 2002. MAZO, G. Z.; LOPES, A. M.; BENEDETTI, B. T. Atividade Fisica e do idoso: Concepções Gerontológicas. 3rd ed., Porto Alegre: Sulina, p.17-21, 2009, IBGE. Sinopse do censo demografico. p.220. Brasília, 2010. TANNURE, M. C.; ALVES, M.; SENA, R. R.; CHIANCA, T. C. M. Perfil epidemiológico da população idosa de Belo Horizonte, MG, Brasil. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 63, n. 5, p. 8, 7, 9, 2010. 2/16/2016 35 Quais são os determinantes para a mudança da expectativa de vida da população brasileira. Qual conceito cronológico de idade e como está dividida. De acordo com a pirâmide etária, qual a contribuição que a mesma pode trazer em relação as mudanças da população idosa.
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