Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia do Sistema Nervoso Central/Autônomo – Fármacos Atuante Marivane Matos Sabrina de Souza Sara de Oliveira Thainá Thauane Farmacologia do Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema nervoso central Os fármacos que agem no sistema nervoso central (SNC) influencia na vida de todos, todos os dias. São agentes de valor terapêutico inestimável , pois podem exercer efeitos psicológicos e fisiológicos específicos. Os fármacos que atingem o SNC podem de forma seletiva aliviar a dor, reduzir a febre , suprimir o movimento desordenado, induzir o sono ou o despertar a tendência aos vômitos. A auto- administração sem prescrição dos fármacos que agem no SNC é uma prática disseminada. Estimulantes socialmente aceitáveis e agentes antiansiedade proporcionam estabilidade, alívio e mesmo prazer para muitos. A qualidade singular dos fármacos que atingem o sistema nervoso central e o transitoriamente ligados a conjuntos de processamento de informações maiores. A patologia da doença de Alzheimer, p. ex., destrói a integridade dos módulos colunares e as conexões corticorticais. Sistema límbico “o sistema limbico é uma designação arcaica para uma montagem de regiões cerebrais ( formação do hipocampo, complexo amigdaloide, septo, núcleo alfatorios, gânglios com base e núcleos selecionados do encéfalo). Diencéfalo: o tálamo situa-se no centro do cérebro, a baixo do córtex e dos gânglios abaixo e acima do hipotálamo. Os neurônios do tálamo estão arranjados em grupos distintos , ou núcleos , estruturais pareados ou mediados que agem como auxiliares entre as vias sensoriais aferentes. HIPOTALAMO: E a principal região de integração para todo sistema nervoso autônomo e, dentre outras funções, ele regula a temperatura corporal , o equilíbrio hídrico . MESENCEFALO E TRONCO FETAL: o mesencéfalo , a ponte e bulbo, conectam os hemisferio cerebrais e o tálamo – hipotálamo a medula espinhal. Essas porções ponte do SNC contem a maioria dos núcleos do nervo craniano. CEREBRO: o cérebro tem origem nas porções posteriores da ponte atrás do hemisferio cerebrais. Anestesia Geral Anestesia geral A anestesia geral é uma técnica anestésica que promove abolição da dor (daí o nome anestesia), paralisia muscular, abolição dos reflexos, amnésia e, principalmente, inconsciência. Esta forma de anestesia faz com que o paciente torne-se incapaz de sentir e/ou reagir a qualquer estímulo do ambiente, sendo a técnica mais indicada nas cirurgias complexas, longas e de grande porte. A anestesia geral é muito temida pela população em geral, muito porque há diversos mitos a seu respeito e pouca informação disponível para o público leigo. A anestesia geral possui quatro fases pré-medicação indução manutenção recuperação A fase de pré-medicação: é feita para que o paciente chegue ao ato cirúrgico calmo e relaxado. Normalmente é administrado um ansiolítico (calmante) de curta duração, como o midazolam, deixando o paciente já com um grau leve de sedação. Deste modo, ele entra na sala de operação sob menos estresse. A fase de indução: é normalmente feita com drogas por via intravenosa, sendo o Propofol a mais usada atualmente. Após a indução, o paciente rapidamente entra em sedação mais profunda, ou seja, perde a consciência, ficando em um estado popularmente chamado de coma induzido. O paciente apesar de estar inconsciente, ainda pode sentir dor, sendo necessário aprofundar ainda mais a anestesia para a cirurgia poder ser realizada. Para tal, o anestesista também costuma administrar um analgésico opioide (da família da morfina) como o Fentanil. No início da fase de manutenção: as drogas usadas na indução, que têm curta duração, começam a perder efeito, fazendo com que o paciente precise de mais anestésicos para continuar o procedimento. Nesta fase, a anestesia pode ser feita com anestésicos por via inalatória ou por via intravenosa. A fase de recuperação: novamente analgésicos opioides são administrados para que o paciente não acorde da anestesia com dores no local onde foi cortado. RISCOS DA ANESTESIA GERAL Existe um mito de que a anestesia geral é um procedimento perigoso. Complicações exclusivas da anestesia geral são raras, principalmente em pacientes saudáveis. Na maioria dos casos, as complicações são derivadas de doenças graves que o paciente já possuía, como doenças cardíacas, renais, hepáticas ou pulmonares em estágio avançado, ou ainda, por complicações da própria cirurgia, como hemorragias ou lesão/falência de órgãos vitais. PACIENTE COM ANESTESIA GERAL POR VIA ENDOVENOSA Anestesia local Geralmente os anestésicos locais são injetados na região do corpo que se deseja anestesiar e assim bloqueiam localmente as terminações nervosas, que passam a não mais captarem impulsos nervosos de dor ou das demais sensibilidades, sem afetar a consciência. O anestésico local também pode vir sob a forma de pomadas, cremes ou gel, para aplicações superficiais na pele ou mucosas. É importante que o anestésico local atinja seu local de ação em concentração suficiente para produzir a perda da sensibilidade dolorosa, mas isso nem sempre ocorre, como em regiões inflamadas e infeccionadas. A anestesia local deve ser usada para cirurgias simples, que abrangem pequenas áreas, como retirar uma verruga, para realizar certas pequenas cirurgias plásticas ou suturar cortes na pele. Os efeitos colaterais dos anestésicos locais habitualmente são de pequena intensidade. Embora esses fármacos sejam administrados em pequenas doses, eles acabam alcançando outros órgãos e é neles que podem produzir reações secundárias. As mais frequentes são: ansiedade; confusão mental; convulsões (raramente); depressão nervosa; depressão respiratória (quando usados em altas doses); vasodilatação; diminuição da frequência cardíaca e reações alérgicas. ANESTESICOS LOCAL LIDOCAÍNA: introduzida em 1948, é atualmente o anestésico local mais amplamente utilizado. BUPIVACAÍNA: introduzida em 1963, é um anestésico local do tipo amido amplamente utilizado. Ela e utilizada durante o parto ou período pós – operatório. ETIDOCAÍNA: introduzida em 1972, é uma aminoamida de longa duração. MEPIVACAÍNA: introduzida em 1957, é uma aminoamida de ação intermediaria. PRILOCAÍNA: é um aminoamida de ação intermediaria. ROPIVACAÍNA: a toxicidade cardíaca da bupivacaína aumentou o interesse a respeito Do desenvolvimento de um anestésico local menos tóxico e de ação mais prolongada. PROCAÍNA: introduzia em 1905, foi o primeiro anestésico local sintético e aminoéster. TETRACAÍNA: introduzida em 1932 , e um aminoéster de longa ação Anestesia local Hipnóticos e Sedativos HIPNÓTICOS E SEDATIVOS CONCEITO: São depressores gerais ou não seletivos do SNC, utilizados para reduzir a inquietação e tensão, induzir a sedação e para combater a insônia. São usados para acalmar pacientes nervosos, ansiosos ou excitados. Os agentes sedativo-hipnóticos estão entre as drogas mais largamente prescritas em todo o mundo. É um dos grupos de fármacos mais utilizados no mundo; De 5 a 10% da população mundial recebe a prescrição de hipnótico por ano; 16% das pessoas idosas fazem uso continuo de hipnóticos; Frequentemente são associados em virtude da sintomatologia apresentada pelo paciente. • Medicamentos utilizados para induzir ou manter o sono. • Sono: Importante papel homeostático • Atividade motora; • Homeotérmica; • Regulação Neuroendócrina; • Processos metabólicos. Sono Processo ativo do sistema nervoso central, caraterizado pela sucessão cíclica de diversasalterações psicofisiológicas. Conservação da energia; Redução da temperatura cerebral; Recuperação da sensibilidade a neurotransmissores. Transtorno de Insônia Queixa de insatisfação com a quantidade ou qualidade do sono pelo menos três noites na semana por no mínimo três meses. 1/3 da população mundial apresenta sintomas de insônia 6 – 10% sofrem de transtorno de insônia Prevalência maior em mulheres (1,5x) • Dificuldade de iniciar o sono (insônia inicial) • Dificuldade de mantes o sono (insônia intermediária) • Despertar precoce (insônia final) • Sono não restaurador Depressores reversíveis do SNC Atualmente lideram vendas em drogarias, farmácias, sendo comercializados mais que o necessário. Os depressores do SNC discutidos incluem os: Benzodiazepínicos Barbitúricos Agentes sedativos – hipnóticos de estrutura variada •Para-aldeído e hidrato de cloral Barbitúricos • Até os anos 60 eram o maior grupos de substâncias hipnóticas sedativas prescritas. • Atividade depressora do SNC produzindo efeitos semelhantes aos anestésicos inalatórios. • Altas doses morte por depressão respiratória e cardiovascular. • Pentobarbital, fenobarbital, tiopental. • Utilizados principalmente em anestesia e no tratamento da epilepsia. Obs: Não são mais recomendados como hipnóticos sedativos. Principais Efeitos Colaterais • Tolerância e dependência. • Interação farmacológicas muitos importantes: são indutores das enzimas do citocromo P450, aumentando o metabolismo de muitos fármacos. • Interage com o álcool e outros depressores do SNC potencializando seus efeitos. • Pequena faixa terapêutica. Benzodiazepínicos • Fármacos de escolha e são utilizados como reguladores do sono. • Atuam de modo seletivo sobre os receptores GABA; • Ativam os neurônios GABA-érgicos aumentando o influxo de cloreto via GABA; • Utilização do GABA endógeno. • Não interferem na Glicina e Glutamato; • Anticonvulsivantes Vantagens sobre os hipnóticos: • Margem de segurança relativa; • Elevado índice terapêutico; • Não alteram qualitativa ou quantitativamente o sono; • Insignificante efeito indutor enzimático = menor interação medicamentosa com outros fármacos Principais Efeitos Colaterais • Graus variáveis de delírio • Lassidão • Aumento do tempo de reação • Incoordenação motora • Confusão e amnésia anterógrada • Comprometimento das funções mentais e motoras Outros desconfortos: • Fraqueza; • Cefaléia; • Visão turva; • Vertigem, náuseas e vômitos; • Desconforto epigástrico e diarréia; • Dores articulares; • Dor toráxica; • Incontinência urinária Usos terapêuticos: Hipnóticos; Sedativos; Ansiolíticos; Anticonvulsivantes; Pré- anestésicos. Obs: Se administrados em grandes quantidades podem causar morte por parada cardiorrespiratória; Associação com drogas que fazem bloqueio na recaptação da serotonina (5HT) são eficazes. Benzodiazepínicos de uso mais comum BROMAZEPAM Indicação: Ansiolítico, hipnótico, relaxante neuro musculoesquelético e sedativo. Mecanismo de Ação: Não totalmente elucidado. Há uma hipótese que envolve o transmissor GABA, o maior inibidor da transmissão do SNC. Contra Indicações: Hipersensibilidade aos BZB ou qualquer componente, lactação, glaucoma de ângulo fechado, primeiro trimestre da gravidez. CLORDIAZEPÓXIDO Indicação: Ansiolítico, Sedativo, Hipnótico. Mecanismo de Ação: Foram propostos vários MA, calcula-se que após interagir como receptor neuronal específico da membrana, potencializam ou facilitam a ação inibitória do GABA mediador da inibição tanto em nível pré como pós sináptico e bloqueio da excitação cortical límbica, após estimular a formação da retícula do talo cerebral. Contra Indicações: Idosos (cautela), miastenia gravis, insuficiência respiratória ou com apneia do sono, porfíria. Atravessa a barreira placentária. Diazepam Indicação: Ansiolítico, anticonvulsivo, relaxante muscular e sedativo, Uso em convulsões e espasmos musculares, insônia, pré procedimentos clínicos ou exames como endoscopia e tomografia. Mecanismo de Ação: Depressor do SNC, aumenta a ação do ácido gama aminobutírico no cérebro. Contra Indicações: Gravidez, amamentação, operadores de máquinas ou motoristas LORAZEPAM Indicações: Tratamentos quimioterápicos (propriedades antieméticas), ansiedade, insônia, transtorno bipolar, agarofobia, claustrofobia, depressão, antiemético. Mecanismo de Ação: Desconhecido. Acredita-se que interage com o complexo receptor de benzodiazepínicos – GABA, e aumenta a afinidade do GABA. Contra Indicações: Pacientes com comprometimento das funções respiratórias, gravidez, amamentação. Antidepressivos GABA Principal neurotransmissor inibitório no cérebro (ácido gama- aminobutírico) Esse neurotransmissor é formado a partir do glutamato pelo ácido glutâmico descarboxilase – enzima encontrada apenas em neurônios que sintetizam GABA no cérebro. RECEPTORES GABA: GABA A: consiste em canal regulado por ligante; de localização pós sináptica; o canal é seletivamente permeável ao Cl. Na presença de GABA, o receptor GABA A é aberto, permitindo o influxo de Cl que hiperpolariza a célula, reduzindo, assim, a sua excitabilidade. Esse receptor é formado por: sítio ligante de GABA; um ou mais sítios moduladores; canal iônico – os sítios moduladores fazem ligação específica com benzodiazepínicos e barbitúricos. RECEPTOR GABA A RECEPTOR GABA B Este receptor é acoplado à proteína G. Apresentam localização pré e pós sináptica; efeitos de inibição dos canais de cálcio operados por voltagem (reduzindo, assim, a liberação de transmissor) e de abertura dos canais de potássio (diminuindo, dessa maneira, a excitabilidade pós sináptica) GLUTAMATO Principal neurotransmissor excitatório do SNC. Dois grupos de receptores de glutamato: - Ionotrópicos (AMPA, cainato e NMDA) - Metabotrópicos (acoplados à proteína G) MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS Os principais mecanismos de ação dos fármacos anticonvulsivantes são: Potencialização da ação do GABA Inibição da função do canal de sódio e/ou cálcio Inibição da liberação de glutamato Bloqueio dos receptores de glutamato Canal de sódio: excitabilidade da membrana (responsável pela despolarização durante o potencial de ação). Os fármacos bloqueiam preferencialmente a excitação das células que estão disparando repetitivamente e, quanto maior a frequência de disparo, maior o bloqueio produzido. Canal de cálcio: Também conhecidos como canais lentos de cálcio, responsáveis pela excitação das fibras nervosas. Existem dois tipos: canais T e canais L. A redução do fluxo de cálcio através de canais de cálcio do tipo T é usada nas crises de ausência. Os fármacos antiepilépticos são amplamente eficazes em controlar as convulsões (50-80% dos pacientes), embora efeitos indesejáveis sejam comuns. Logo, para se medicar pacientes com epilepsia, o médico deve escolher os fármacos que melhor controlarão as convulsões, levando em conta os possíveis efeitos adversos (e se os mesmos são toleráveis ao paciente). Fármacos antiepilépticos Tipos de EPILEPSIA Parciais : simples, complexas, com generalização secundária; Generalizadas: ausência, tônico-clônicas, tônicas, atônicas, mioclônicas; Crises não-classificadas : (neonatais + espasmos infantis). Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Simpático/Parassimpático Sistema nervoso Autônomo Divisões Anatômo/fisiológicas: Sistema Nervoso Autônomo – Aspectos Funcionais Sistema Nervoso Autônomo Diferenças ... Receptores Colinérgicos (Parassimpático)• Os receptores nicotínicos são canais iónicos na membrana plasmática de algumas células, cuja abertura é desencadeada pelo neurotransmissor acetilcolina, fazendo parte do sistema colinérgico. Receptores nicotínicos Os receptores nicotínicos são divididos em três classes principais: Muscular = são confinados à junção neuromuscular esquelética Ganglionar = responsáveis pela transmissão nos ganglios simpáticos e parassimpáticos Do SNC = encontram-se disseminados no cérebro e são heterogêneos quanto a sua composição • São receptores metabotrópicos acoplados a proteínas G, presentes no corpo humano e animal. • São estimulados pela acetilcolina, desencadeando uma cascata intracelular que é responsável pelas respostas ditas "muscarínicas“. • Se dividem em M1 até ao M5, onde o M2 e M4 são iníbitorios e o M1,M3,M5 são excitatorios. Receptores muscarínicos: Receptores muscarínicos: 5 receptores distintos M1: neurais M2: cardíacos M3: glandulares/ musculares lisos M4 e M5: SNC Ação do Receptores Muscarínicos Agonistas Colinérgicos Fármaco ou medicamento agonista colinérgico, são os caracterizados pelos efeitos que produzem de modo semelhante aos da acetilcolina, e, agindo ao nível da sinapse colinérgica (do sistema nervosos autônomo parassimpático). Os Fármacos Colinérgicos são Divididos em dois Tipo: Agonistas colinérgicos de ação direta, também denominados de colinérgicos diretos ou colinomiméticos diretos ou parassimpaticomiméticos diretos :que agem nos receptores colinérgicos como agonistas, ativando esses receptores e desencadeando respostas semelhantes às provocadas pela estimulação do parassimpático. Agonistas colinérgicos de ação indireta, também denominados de colinérgicos indiretos ou colinomiméticos indiretos ou parassimpaticomiméticos indiretos: que embora não tenham ação direta sobre os receptores colinérgicos, são drogas que proporcionam maior tempo da ação da acetilcolina, inibindo a enzima que tem o poder de destruir a acetilcolina, portanto, os inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos Fármaco de Ação Direta: •Mais utilizados: Betanecol, e, a pilocarpina. •O betanecol (Liberan)) •É um éster da colina, que não é hidrolisado pela acetilcolina, e, possui intensa atividade muscarínica, e, pouca ou nenhuma ação nicotínica. • Devido a ação de estimular o músculo detrusor da bexiga, e, relaxar o trígono e o esfíncter, provocando a expulsão da urina, o betanecol é utilizado para estimular a bexiga atônica, principalmente no pós-parto, e, na retenção urinária não- obstrutiva pós-operatória. •Efeitos adversos: •efeitos adversos da estimulação colinérgica generalizada, como a queda da pressão arterial, a sudorese, a salivação, o rubor cutâneo, a náusea, a dor abdominal, a diarréia e o broncoespasmo •Sua via de administração tem que ser oral ou subcutânea FÁRMACOS DE AÇÃO INDIRETA ou ANTICOLINESTERÁSICOS: •Mecanismo de ação: inibem a enzima acetilcolinesterase, prolongando a ação da acetilcolina; •Provocam a potencialização da transmissão colinérgica nas sinapses autônomas colinérgicas e na junção neuromuscular. •Estes anticolinesterásicos podem ser: •reversíveis, se a ação não for prolongada, e, •irreversíveis, se esta ação for prolongada. •Fármacos anticolinesterásicos reversíveis: Fisostigmina – neostigmina – piridostigmina – edrofônio – inibidores dirigidos contra a enzima acetilcolinesterase no SNC. •A fisostigmina (Antilirium) (Enterotonus), •alcalóide que consiste em uma amina terciária, •bloqueia de modo reversível a acetilcolinesterase •potencializa a atividade colinérgica em todo o organismo •A duração de ação : 2 a 4 horas. Usos clínicos da fisostigmina: tratamento do glaucoma porque produz miose, e, contração do músculo ciliar permitindo a drenagem dos canais de Schlemm, o que diminui a pressão intraocular, tratamento da superdosagem de fármacos com atividade anticolinérgica (por exemplo, a atropina, fenotiazínicos, e antidepressivos tricíclicos, pois, estes fármacos penetram no SNC Utilizada na atonia do intestino e da bexiga, aumentando a motilidade destes órgãos. •a via de administração são IM E IV. INIBIDORES DIRIGIDOS CONTRA A ENZIMA ACETILCOLINESTERASE NO SNC Consistem nos fármacos utilizados no tratamento da Doença de Alzheimer, pois tem facilidade em penetrar no SNC, e, com ação inibitória (reversível) da enzima acetilcolinesterase, consequentemente, aumentando o nível de acetilcolina. Receptores Adrenérgicos No sistema nervoso simpático, 2 classes de adrenoceptores são distinguidos alfa e beta, e são identificados baseado nas respostas dos adrenérgicos agonistas: epinefrina, norepinefrina e isoproterenol. 1 ) Os alfa receptores são subdivididos em alfa 1 e alfa 2. Para os receptores alfa existe uma ordem decrescente de resposta: epinefrina >= norepinefrina >> isoproterenol Receptores alfa 1: estão presentes na membrana dos órgãos efetores pós- sinápticos e são mediadores de efeitos clássicos. 2- Receptores alfa2: localizados nos terminais dos nervos pré- sinápticos e em outras células como a célula beta do pâncreas. O alfa2 serve como mecanismo modulador local para a diminuição do neuromediador sináptico.E são mediados pela inibição da adenilciclase e o controle do nível de AMPc intracelular. Beta receptores: Os beta receptores exibem respostas diferentes daquelas vistas nos alfa receptores. Para os beta receptores a ordem decrescente da resposta: isoproterenol > epinefrina > norepinefrina. Os beta receptores são divididos em Beta 1 e Beta 2. O receptor Beta l tem aproximadamente igual afinidade para a epinefrina e norepinefrina. O receptor Beta 2 tem maior afinidade a epinefrina do que a norepinefrina. Recepção do neurotransmissor através do beta l ou beta 2 resulta na ativação da adenilciclase aumentando a concentração de AMPc dentro da célula. Alfa 1: Vasoconstrição –aaumento da resistência periférica – aumento da pressão arterial –midríase – estimulo da contração do esfíncter superior da bexiga – secreção salivar – glicogenólise hepática – relaxamento do músculo liso gastrintestinal. Alfa 2: Inibição da liberação de neurotransmissores, incluindo a noradrenalina – inibição da liberação da insulina – agregação plaquetária – contração do músculo liso vascular. Beta 1: Aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) – aumento da força cardíaca (da contratilidade do miocárdio) – aumento da lipólise. Beta 2: Broncodilatação – vasodilatação – pequena diminuição da resistência periférica – aumento da glicogenólise muscular e hepática – aumento da liberação de glucagon – relaxamento da musculatura lisa uterina – tremor muscular. Beta 3 - Termogênese e lipólise. Agonistas adrenérgicos Também chamados de simpaticomiméticos ou adrenomiméticos ou apenas adrenérgicos, constituem os fármacos que estimulam direta ou indiretamente os receptores adrenérgicos ou adrenoreceptores. O efeito de um fármaco agonista adrenérgico administrado em determinado tipo de célula efetora depende da seletividade desta droga pelos receptores, assim como, das características de resposta das células efetoras, e, do tipo predominante de receptor adrenérgico encontrado nas células. Os agonistas adrenérgicos podem ser de: Agonistas de ação indireta – são os que não afetam diretamente os receptores pós-sinápticos, mas provocam a liberação de noradrenalina dos terminais adrenérgicos. Os fármacos de ação indireta são: anfetamina – tiramina. Agonistas de ação mista – são os que ativam os receptores adrenérgicos na membrana pós sináptica, e, causam a liberação de noradrenalinados terminais pré- sinápticos (adrenérgicos). Os fármacos de ação mista são: efedrina – metaraminol 1. Agonistas de ação direta - São os que atuam diretamente nos receptores adrenérgicos alfa ou beta produzindo efeitos semelhantes ou liberando a adrenalina pela medula adrenal. Os fármacos de ação direta são: adrenalina – noradrenalina – isoproterenol – fenilefrina – dopamina – dobutamina – fenilefrina – metoxamina – clonidina – metaproterenol ou orciprenalina – terbutalina – salbutamol ou albuterol. Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta Não- seletivos Dopamina • Estimula predominantemente os receptores adrenérgicos alfa (em doses altas) e beta 1 (em doses baixas). • Consiste no precursor metabólico da adrenalina, e, ocorre normalmente no SNC, nos gânglios de base e na medula adrenal. •A dopamina é fármaco de escolha para o tratamento do choque, tem sido também usada no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. Aumentando a pressão sangüínea devido à estimulação do coração (no receptor beta 1), e, aumenta a circulação sangüínea renal e do baço. •No rim aumenta a filtração glomerular provocando a diurese de sódio • A única via de administração é intravenosa em infusão, inclusive pode causar necrose tecidual em conseqüência do extravasamento durante a infusão. Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos Salbutamol Administração inalatória e oral Inalatória: broncodilatação significatica em 15 minutos podendo persistir por3-4h Oral: início do efeito lento; alívio sintomático do brroncoespasmo, tem potencial de retardar o trabalho de parto prematuro. Fim...
Compartilhar