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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
CAMPUS REALEZA
CCR: TERAPÊUTICA VETERINÁRIA
ALINE BIAZOTTO PEREIRA DA SILVA
EVANDRO MILANI PRETTO
EVERTON STOCK
MICHEL FRITZ
FLUIDOTERAPIA EM GRANDES E PEQUENOS ANIMAIS
REALEZA
2017
REALEZA
2017
INTRODUÇÃO
FLUIDOTERAPIA
A fluidoterapia foi descrita por Thomas Latta, pela primeira vez em 1832, quando relatou em uma carta sobre a reanimação de um paciente humano com cólera após administração de fluidoterapia intravenosa. A fluidoterapia é considerada um tratamento de suporte, tendo como principais objetivos expandir a volemia, corrigir desequilíbrios hídricos e eletrolíticos, suplementar calorias e nutrientes, auxiliar no tratamento da doença primária. (HLAVAC, 2008). Pacientes com doenças renais ou cardíacas são mais susceptíveis a desidratação.
O volume total de líquido a ser administrado deve incluir fundamentalmente a quantidade de fluidos perdida pela desidratação e as necessidades diárias de manutenção (GROSS, 1992; SCHMALL, 1997). O déficit de fluido perdido pode ser calculado multiplicando-se a porcentagempercentagem estimada de desidratação pelo peso do animal em quilo. Já as necessidades de manutenção são variáveis de acordo com a idade, atividade, e temperatura ambiente e ingestão de água. 
Animais jovens, como neonatos, possuem maiores necessidades de manutenção em relação a animais adultos, pois seu peso de agua corporal pode chegar a 90%, enquanto que pacientes com doenças renais ou cardíacas são mais susceptíveis a desidratação. De forma geral, emprega-se a quantidade de 50 a 100ml/kg/dia, utilizando-se os valores inferiores de reposição para animais adultos e os superiores para animais jovens (SEAHORN; CORNICK-SEAHORN, 1994; SCHMALL, 1997).
Os líquidos do corpo dos animais estão distribuídos, geralmente, da seguinte forma: como água corporal total; como como líquido intracelular (LIC), que são equivalentes a 40% ou cerca de ⅔ do peso do animal. O restante, ou ⅓ do peso do animal, constituem o volume do LEC, que é o líquido extracelular ouextracelular ou intersticial, constituído pelo líquido no plasma sanguíneo e volume do líquido extracelular, que é a soma do volume do líquido extracelular e o volume do plasma.
AVALIAÇÃO DO GRAU DE DESIDRATAÇÃO 
A maneira mais adequada de se determinar a necessidade e, ao mesmo tempo, elaborar o plano de reposição hidroeletrolítica, baseia-se na análise de informações precisas obtidas mediante a anamnese, o exame físico e, quando disponível, a realização de provas laboratoriais. (HLAVAC, 2008). Principalmente sob condições de campo, nas quais, na maioria das vezes, o recurso laboratorial não é disponível, o conhecimento preliminar dos mecanismos fisiopatológicos inerentes às mais variadas doenças é de fundamental importância para a elaboração lógica e correta do plano de reposição hidroeletrolítica (DEARO, 2001). 
A estimativa eleita como o melhor método é feita pela avaliação da elasticidade da pele, do tempo de preenchimento capilar e da hidratação de mucosas. Nos sinais clínicos normalmente relacionados às condições de perda hídrica, pode-se incluir a perda de peso, o aumento da freqüuência cardíaca e do tempo de preenchimento capilar, perda da elasticidade cutânea, ressecamento das mucosas, diminuição da temperatura nas extremidades e diminuição da produção de urina (Spier et al., 1990; Schmall, 1992 apud Dearo, 2001; Lisboa , 2008; Stainki, 2008). 
Desequilíbrios no balanço hídrico entre os compartimentos, podem resultar de uma diminuição da ingestão, aumento das perdas de fluidos e eletrólitos, ou ainda de uma combinação desses fatores. (BLAZIUS, 2008). As alterações dos volumes dos compartimentos intra e extracelular, produzidas em inúmeras condições clínicas, determinam mudanças nas respectivas pressões osmóticas com a conseqüuente redistribuição da água entre os compartimentos. (BLAZIUS, 2008). Na prática isso pode ser observado quando ocorre perda aguda de líquidos, como na diarreéia ou vômitos. O aumento da pressão oncótica resultado da perda hídrica determina o movimento de água do compartimento intra para o extracelular até restabelecer um novo equilíbrio osmótico (Rose, 1981; Schmall, 1997 apud Dearo, 2001).
Os exames laboratoriais, como urinálise, avaliam o grau de desidratação a partir da concentração urináaria. Isostenúria em animais desidratados podem indicar insuficiência renal, hiper e hipoadrenocorticismo, uso de glicocorticoides, diuréticos ou até mesmo fluidoterapia. Se o animal urinar durante a fluidoterapia indica um bom sinal. O exame de Volume corpuscular médio (VCM) Proteínas plasmáticas totais (PT) podem indicar enterites, hipoproteinemia, anemia, doenças hepáticas ou renais.	Comment by Everton Stock: Autor?
Os sintomas podem variar de acordo com o grau e o tipo da desidratação. . Em alguns casos, o animal pode não apresentar clinicamente sinais de desidratação, principalmente se há perda de eletrólitos. A desidratação inferior a 5% geralmente não apresenta manifestações clínicas significativas e a. A gordura subcutânea interfere bastante na estimativa da desidratação, pois animais obesos podem apresentar subestimativa de desidratação, e os animais magros, superestimativa. 
. 
Fonte: HYPERLINK "http://www.vetarq.com.br/2015/03/protocolo-de-conduta-clinica-diarreia.html" \h http://www.vetarq.com.br/2015/03/protocolo-de-conduta-clinica-diarreia.html Acesso em: 17 nov. 2017.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FLUIDOS
 VIA INTRAVENOSA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FLUIDOS
Via intravenosa
A via intravenosa é a de eleição para a fluidoterapia na grande maioria das situações clinicas, principalmente quando se deseja a administração de grandes volumes e de forma rápida. (DEANO E RIECHMANN, 2001).
É a mais comum via de administração de fluidos. Os vasos mais utilizados para a introdução dos cateteres são, sendo as veias jugular, safena e cefálica os vasos mais utilizados para a introdução dos cateteres. . Antes de inserir o cateter, faz-se a assepsia e tricotomia e assepsia do local. 
Esta via é aÉ mais indicada para situações emergenciais como desidratação grave, pois permite uma rápida expansão de volume, é eficaz e com efeito imediato. Esta via é indicada para a administração de fluído, anestésicos, medicamentos, alimentação parenteral e derivados de sangue. Complicações comuns deste acesso são inflamação local, risco de trombose, falta de assepsia adequada, além de alguns animais não aceitarem o acesso e morderem o cateter (HLAVAC, 2008).
 VIA SUBCUTÂNEA
É uma via muito utilizada, porém não é indicada para pacientes com desidratação moderada a grave ou para aqueles que apresentam comprometimento circulatório, como vasoconstrição periférica, em animais hipotensos ou hipotérmicos, pois há a chance dode o fluido não ser absorvido pois. aA circulação cutânea é reduzidaestá diminuída em animais com depleção de volume, resultando em absorção lenta. 
Soluções isotônicas de Ringerde ringer com lactato e a solução salina a 0,9% são os fluídos de escolha para a aplicação subcutânea. É iImportante salientar que soluções que contenham dextrose também não podem ser administradas por esta via (HLAVAC, 2008). 	Comment by Everton Stock: PQ?
Se não houver uma assepsia de forma correta, pode haver formação de abscessos e celulite e outras complicações decorrentes. Esta via éÉ uma forma barata e prática de aplicação, permitindo até mesmo ao proprietário aplicar em suana própria casa. Entretanto, se não houver uma assepsia de forma correta, pode haver formação de abscessos, celulite e outras complicações. A via subcutânea não é utilizada para fluidoterapia em grandes animais em razão do grande volume que comumente é administrado nessas espécies (GROSS, 1992). 
 VIA ENTERAL
Administram-se soluções de manutenção por esta via, através de seringa ou tubo sonda nasoesofagiafágicnao. É indicada para pacientes estáveis, sem perda de fluido significante. É um método barato, porém com absorçãolenta. As complicações podem ser, por exemplo, a ocorrência de falsa via, vômito quando a taxa de administração é muito alta, e hipercalemia por excesso de suplementação de potássio.
 VIA INTRA-OSSEA
É uma excelente alternativa à intravenosa em pacientes pequenos, filhotes, ou com colapso de veias (muito desidratados). Considera-se que os fluíidos administrados intra-ósseo caem diretamente na corrente sanguínea. Em pequenos animais, pediátricos e neonatos, a medula óssea do fêmur e do úmero, ocasionalmente, é acessada com mais facilidade do que as veias de pequeno calibre colapsadas. É necessária rigorosa técnica de assepsia para evitar infecção e, por consequeguinte a isso, formação de abscesso e sepse, ou ainda, lesão iatrogênica aos nervos regionais.. Esse procedimento é dolorido, e devendo-se infiltrar lidocaína na pele, o tecido subcutâneo e no periósteo antes da introdução do cateter. Também, pode haver lesão iatrogênica aos nervos regionais .(HLAVAC, 2008).
 Embora quase sempre essa via seja indicada para animais muito jovens e pequenos, tal procedimento raramente é utilizada. Esta via pode ser utilizada para administrações rápidas e em curto prazo, possui rápida absorção e é recomendada para emprego de fluídos, medicamentos e derivados do sangue. (HLAVAC, 2008).
 VIA ORAL
A via oral é, sem dúvida nenhuma, a mais segura. Além de permitir a administração de grandes volumes de líquidos e eletrólitos em um curto espaço de tempo é de baixo custo. Entretanto, para que possa ser utilizada é necessário que as funções de transporte e absorção intestinais não estejam comprometidas. (DEARO e REICHMANN, 2001). Qualquer tipo de fluido pode ser empregado, mas. nNão deve ser a única via em pacientes muito desidratados.
 VIA RETAL
Não é tipicamente utilizada, mas é a via preferencial para administração de drogas a pacientes com encefalopatia hepática ou em outros casos específicos. Estes pacientes normalmente estão tão deprimidos que não toleram administração de drogas por via oral.	Comment by Everton Stock: Autor?
 VIA INTRAPERITONEAL
É raramente utilizada, mas propicia uma absorção relativamente rápida de soluções cristalóides. Dentre as preocupações com o uso desta via incluem-se doenças do abdome, lesões de órgãos intracavitários e risco de peritonite por contaminação. Esta via é indicada para neonatos, nos quais é difícil o acesso venoso, e para realização de autotransfusão. A autotransfusão deve ser utilizada com cuidado, só pode ser realizada após se ter certeza de que o trato gastrointestinal não foi perfurado, não havendo contaminação da cavidade e do sangue nela contido com conteúdo intestinal. Soluções que contem acetato devem ser evitadas nesta via por causaremque parecem ser muitao dorloridas quando injetadas no abdome. Soluções isotônicas de Ringer lactato e salina a 0,9% são recomendadas para essa via (HLAVAC, 2008).
 
ESCOLHA DO CATETER
ESCOLHA DO CATETER
A escolha do cateter mais adequado deve levar em consideração o porte do animal, a velocidade de administração, o tempo de permanência, o custo e a capacidade trombogênica do cateter, determinada fundamentalmente pelo seu diâmetro e material de fabricação (SPURLOCK; WARD, 1990; SEAHORN; CORNICKSEAHORN, 1994). Materiais como silicone e poliuretano são os que apresentam menor atividade trombogênica (SPIER et ail., 1990; GARDNER; DONAWICK, 1992; SCHMALL, 1997) Os cateteres mais usados em grandes animais são os de diâmetro 14G e 16G. Sempre que possível, deve-se utilizar o cateter de menor diâmetro, pois quanto menor o trauma vascular, menores serão as possibilidades de ocorrência de complicações (DEARNO E RIECHMANN, 2001). O conhecimento da maneira correta de introdução e manutenção do cateter são vitais para a minimização dos danos vasculares e a maximização do tempo de uso do cateter. (DEARNO E RIECHMANN, 2001). 
Antes da introdução do cateter, deve ser realizada assepsia mediante o uso de luvas estéreis após tricotomia e anti-sepsiaantissepsia cirúrgica do local. O sentido de introdução deve seguir o sentido do fluxo sangüíneosanguíneo. Introduz-se o cateter a 45 graus em relação ao vaso, de preferência veias, e verifica-se se há presença de sangue pelo mandril. Se houver ausência de sangue, significa que o posicionamento do cateter está errado, se isso ocorrer, tirar o cateter e tentar novamente. Em seguida, deve-se manter o mandril imóvel e deslizar somente o cateter para o interior da veiado vaso, mantendo-se o mandril apenas como guia e após a remoção do mandril, acoplar o cateter ao equipo (WILLIAMSON, 1988; TRAUB-DARGATZ, 1999). Após a remoção do mandril, acoplar o cateter ao equipo. 
VOLUME DE ADMINISTRAÇÃO
O plano de reposição hidroeletrolítica deve incluir não só a escolha da solução mais adequada como também sua quantidade, via de administração e velocidade de reposição. 
Dependendo da gravidade da situação, pode fazer-se necessária a aplicação de grandes volumes em velocidade rápida. Em situações amenas, adota-se abordagem menos agressiva. O volume total de líquido a ser administrado deve incluir a quantidade de fluidos perdida pela desidratação e as necessidades diárias de manutenção. O déficit do líquido perdido pode ser calculado multiplicando-se a porcentagem estimada de desidratação pelo peso do animal em quilos. Já as necessidades de manutenção são variáveis de acordo com a idade, atividade e temperatura ambiente. Animais jovens possuem maiores necessidades de manutenção em relação a animais adultos (BLAZIUS, 2008). A estimativa utilizada é de 40 a 60 mL/kg/dia para cães e 70 mL/kg/dia para gatos no cálculo das necessidades de manutenção de fluido, é importante reconhecer que tais estimativas são confiáveis apenas para alguns pacientes veterinários.
 Pode-se usar também uma estimativa de acordo com as perdas, onde a necessidade de manutenção de perdas perceptíveis corresponde de 27 a 40 mL/kg/dia, e das perdas imperceptíveis corresponde de 13 a 20 mL/kg/dia (HLAVAC, 2008). 
Em grandes animais, de forma geral, emprega-se a quantidade de 50 a 100 ml/kg/dia, utilizando-se os valores inferiores para animais adultos e os superiores para animais jovens (DEARO, 2001).
O cálculo do volume de administração é: 
Volume total= % de desidratação x peso (kg) + manutenção
Calculo da reidratação: Volume de reidratação (litros/dia) = % de desidratação x peso corporal (Kg)
A velocidade de reposição dos fluidos deve acompanhar a gravidade da desidratação. A maioria dos pesquisadores concluiu que velocidades de aproximadamente 15 ml/kg/h são razoáveis. Booth e McDonald (1992) demonstram que a velocidade de 90 ml/kg/h é bem tolerada em animais moderadamente desidratados,. sSendo mais indicadao e segurao a fluidoterapia na velocidade de 15 a 50 ml/kg/h de acordo com o grau da desidratação. Sendo estsa velocidade controlada, e a medida que o animal apresentar sinais de restabelecimento a velocidade deve ser reavaliada. Segundo Dearo (2001), a velocidade de administração de fluidos não deve ultrapassar 10 a 20 ml/kg/h, no entanto, em situações graves de grandes déficits hídricos, podem ser adotadas velocidades superiores (BLAZIUS, 2008).
Os vários tipos de sistemas ou aparatos de administração de fluido e de dispositivos de conexão propiciam uma considerável flexibilidade na administração intravenosa de fluído. Vários conectores de saídas múltiplas permitem a infusão simultânea de soluções compatíveis por meio de um único cateter. Todos os sistemas de administração apresentam uma câmara de gotejamento no equipo que permite estimar a taxa de fluxo. Dependendo da marca, o tamanho das gotas é calibrado de modo que 1 mL = 10, 15, 20 ou 60 gotas. Equipos convencionais são calibrados para 10 a 20 gotas por mL, e equipos pediátricos para 60 gotas por mL. O número de gotas por minuto é calculado pela fórmula:
 Gotas/min = volume total de infusão x gotas/mL tempo total de infusão
A taxa de fluxo é controlada pela compressão ou liberação da braçadeira reguladora do equipo intravenoso, ao mesmo tempo em que se observae conta o número de gotas. A taxa de administração de fluído também pode ser controlada pelos reguladores de fluxo de equipo ou, mais corretamente, pela bomba eletrônica de fluídos ou por controladores de taxa de infusão (HLAVAC, 2008).
TIPOS DE FLUIDOS 
Os fluidos cristaloidescristaloides são aqueles solutos com e sem eletrólitos, que conseguem penetrar todos os compartimentos do corpo, como ringer com lactato, solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%, ringer simples, solução glicosada a 5%. Os cristaloides de manutenção ajudam a repor a perda de eletrólitos e fluidos corpóreos, sendo que sua composição é diferente da do plasma. Os cristaloides de reposição visam repor os fluidos e eletrólitos corpóreos perdidos, sendo que sua composição é semelhante à do plasma. Esses podem ser aplicados para a manutenção do paciente, se sua função renal estiver adequada. Precisa-se suplementar obrigatoriamente com potássio, nessas situações. 
Os fluídos coloides são aqueles que contem substancias de alto peso molecular, utilizados exclusivamente no plasma. O colóidecoloide é indicado em pacientes que possuem as proteínas plasmáticas totais (PPT) menores que 3,5 g/dL, e albumina menor que 1,5g/dl, e em casos de choque hipovolêmico. São contra-indicadoscontraindicados em pacientes com falência renal, pois a metabolização e excreção da solução se dão por via renal, em pacientes com coagulopatias, pois podem causar hemorragia e, é importante salientar que estas soluções são acidificantes. (HLAVAC, 2008).
É importante saber que a reposição dos fluidos precisa ser semelhante à dos fluidos perdidos. Pacientes com vomito agudo de conteúdo estomacal, com acidemia láctica e choque hipovolêmico e pacientes que não metabolizam o lactato, não devem ser administrados com a solução de ringer com lactato. Já os pacientes com hipoadrenocorticismo, choque ou obstrução uretral, não podem ser administrados com soluções compostas por potássio. 
Solução de manutenção: são soluções de reposição modificadas, nas quais se adiciona sódio, potássio ou glicose de acordo com as necessidades do animal. As soluções aditivas mais utilizadas incluem dextrose 50%, frutose, cloreto de cálcio, gluconato de cálcio, fosfato de potássio, bicarbonato de sódio a 8,4%, vitaminas do complexo B, cloreto de potássio. Quando utilizar aditivos, o clinico deve lembrar que a osmolaridade final do fluido pode ser maior do que a prevista. A osmolaridade final é influenciada pela adição de miliequivalentes por litro de eletrólito e de milimoles por litro de solutos livres de eletrólitos encontrados na solução. A osmolaridade final também vai variar dependendo do modo de formulação da solução. (HLAVAC, 2008). Como possuem acetato em suas formulações, não são indicados em pacientes com cetose e nem podem ser aplicados em via subcutânea.
 DEXTROSE 5%
De acordo com Mark G. Papich, é uma solução de fluido isotônico, utilizada para administração intravenosa e é usada por curtos períodos, já que é deficiente em eletrólitos. Um de seus efeitos colaterais é o edema pulmonar, se utilizada em altas doses. É mais usada em animais com baixas concentrações de eletrólitos no sangue, porém não é uma solução de manutenção, devido a pouca quantidade de eletrólitos. Também não deve ser considerada uma solução de reposição. Sua dosagem ideal para pequenos animais é de 40- 50mL/kg a cada 24 horas, intravenosa. E em grandes animais é de 45 mL/kg a cada 24 horas, intravenosa. 
 RINGER SIMPLES
É uma solução utilizada como fluido de manutenção e reposição, pois possui concentração eletrolítica balanceada, porém não contém uma base, como a solução de ringer com lactato. Seus efeitos adversos são, devido ser uma solução acidificante, seu uso prolongado faz com que haja excreção renal de bicarbonato, precisando, também, considerar a suplementação com potássio, já que essa solução não gera suplementação de potássio necessária para o paciente. Como a solução contém cálcio, não se pode misturar com fármacos que quelem o cálcio . Sua dosagem ideal para pequenos animais depende do grau de desidratação, sendo que como dose de manutenção, usa-se de 55 - 65 mL/kg/dia ou 2,5 mL/kg/hora, via IV, SC ou intraperitoneal. Para desidratação moderada, usa-se 15se 15-30mL/kg/hora, e para desidratação grave, 50mL/kg/hora. A dosagem ideal para grandes animais, como dose de manutenção é de 40 a 50mL/kg/dia, IV, SC ou IP. Se houver desidratação moderada, a dose é de 15-30 mL/kg/hora, e na desidratação grave, 50mL/g/hora IV.
 RINGER COM LACTATO
É uma solução isotônica, cristalóidecristaloide, com composição semelhante ao LEC, pH 6,5, utilizada para reposição. Tem características alcalinizantes, uma vez que o lactato sofre biotransformação hepática em bicarbonato, sendo indicado para acidoses metabólicas. Por conter cálcio é contra-indicadacontraindicada para pacientes hipercalcêmicos, assim como não é indicada para pacientes hepatopatas. Não deve ser administrada junto com hemoderivados, no mesmo cateter intravenoso, para evitar precipitação do cálcio com o anticoagulante. (HLAVAC, 2008).
 CLORETO DE SÓDIO A 0,9% 
É uma solução cristalóidecristaloide, isotônica, utilizada para reposição, não é uma solução balanceada, pois contém apenas sódio, cloro e água. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com alcalose, hipoadrenocorticismo (por aumentar reposição de sódio), insuficiência renal oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio). (HLAVAC, 2008).
 SOLUÇÃO DE GLICOSE 5% 
Essa solução deve ser empregada em casos de hipoglicemia ou desequilíbrio primariamente hídrico e não eletrolítico, ou seja, naqueles em que a desidratação é hipertônica (BLAZIUS, 2008). Isso pode acontecer com animais que não estejam se alimentando nem ingerindo água e apresentem hipernatremia (Seahorn e Cornick-Seahorn, 1994 apud Dearo, 2001).
CONCLUSÃO
.
 
 
REFERÊNCIAS
BLAZIUS, Renê Darela. FLUIDOTERAPIA EM GRANDES ANIMAIS. 2004. 12 f. Programa de pós-graduação em ciências veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fluidoterapia_gr_anim.pdf > Acesso em: 17 nov. 2017.
CALZAVARA, Carime. PRINCÍPIOS DE CIRURGIA VETERINÁRIA. 2004. 123 f. Caderno didático de cirurgia veterinária - Curso de medicina veterinária, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Belém, 2008. Disponível em: <http://www.vetarq.com.br/2009/09/fluidoterapia-basica-na-medicina.html> Acesso em: 18 nov. 2017.
DEARO, Antônio César de Oliveira; REICHMANN, Peter. Fluidoterapia em grandes animais - Parte 2: quantidade e vias de administração. Revista de Educação Continuada - CRMV-SP, São Paulo, v. 4, n. 3, p.3-11, 2001. Disponível em: <http://revistas.bvs-vet.org.br/recmvz/article/viewFile/3300/2505> Acesso em: 18 nov. 2017.
https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fluidoterapia_peq_anim.pdf
HLAVAC, Nicole Regina Capacchi. FLUIDOTERAPIA EM PEQUENOS ANIMAIS. 2008. 20 f. Programa de pós-graduação em ciências veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fluidoterapia_peq_anim.pdf> Acesso em: 17 nov. 2017.
https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fluidoterapia_gr_anim.pdf
http://revistas.bvs-vet.org.br/recmvz/article/viewFile/3300/2505
PAPICH, M. G.; Manual Saunders Terapêutico Veterinário. Editora MedVet. 814 p. 2ª edição. 2009. 
RABELO, Rodrigo Cardoso. Fluidoterapia. In: RABELO, Rodrigo Cardoso. Emergências de pequenos animais: Condutas clínicas e cirúrgicas no paciente grave. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p. 217-230. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=h_h0qggo96sC&pg=PA217&lpg=PA217&dq=fluidoterapia+conceitos+b%C3%A1sicos&source=bl&ots=ZICZY1KKz7&sig=ODzbCsJ4PqsmPKAHgG01ZNr0VcI&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwifzoT3jcPXAhXKFZAKHRfGDUsQ6AEINjAC#v=onepage&q=fluidoterapia%20conceitos%20b%C3%A1sicos&f=false>Acesso em: 19 nov. 2017
http://www.vetarq.com.br/2009/09/fluidoterapia-basica-na-medicina.html
http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/08/FLUIDOTERAPIA-EM-PEQUENOS-ANIMAIS.pdf
SANTOS, Mariana dos. FLUIDOTERAPIA EM PEQUENOS ANIMAlS. 2004. 98 f. TCC (Graduação) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2004. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/08/FLUIDOTERAPIA-EM-PEQUENOS-ANIMAIS.pdf> Acesso em: 18 nov. 2017
https://books.google.com.br/books?id=h_h0qggo96sC&pg=PA217&lpg=PA217&dq=fluidoterapia+conceitos+b%C3%A1sicos&source=bl&ots=ZICZY1KKz7&sig=ODzbCsJ4PqsmPKAHgG01ZNr0VcI&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwifzoT3jcPXAhXKFZAKHRfGDUsQ6AEINjAC#v=onepage&q=fluidoterapia%20conceitos%20b%C3%A1sicos&f=false
colocar referencias do manual saunders
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REALEZA
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