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1 Queimadura


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1 Queimadura 
Queimadura é uma lesão em determinada parte do organismo desencadeada por um agente físico. (KNOBEL, 2006). Ainda para o autor, estes agentes podem ser classificados em térmicos, elétricos e químicos. Ele também afirma que esta lesão age no tecido ocasionando uma destruição parcial ou total da pele, podendo inclusive avançar para camadas mais profundas, como tecido subcutâneo, músculos tendões e ossos.
Considerando que a pele é um tecido complexo e das mais diversas funções, podemos afirmar que grandes traumas neste tecido, como queimaduras, causam desequilíbrios osmóticos, cicatrizações hipertróficas, infecções e até mesmo a morte. 
https://www.google.com.br/search?biw=1360&bih=662&tbm=isch&sa=1&q=tipos+de+queimadura&oq=tipos+de+queimadura&gs_l=psy-ab.3..0i67k1j0i24k1l3.3199.3199.0.3428.1.1.0.0.0.0.163.163.0j1.1.0....0...1.1.64.psy-ab..0.1.162.aeq7r2y5Qng#imgrc=ds8Os4egPUPDnM:
Dificuldades com a regeneração e cicatrização da pele, ao decorrer de queimaduras, são situações habituais podendo ocasionar deformações e dano a sua função. Assim, existem pesquisas que englobam novas estratégias para o tratamento de regeneração da pele, buscando alcançar cada vez a funcionalidade da pele e suas características íntegras e morfológicas. 
A pele integra reveste o corpo humano protegendo contra agressões externas como fungos, bactérias e também fatores ambientais (VIDAL, 2006). 
A queimadura encontrar-se dentre os traumas mais graves, uma vez que, além das dificuldades físicas que podem levar o paciente à morte, podendo também ocasionar vários outros problemas de distintos ambitos para o paciente de ordem psicológica e social. 
No Brasil, os dados estatísticos a respeito de detrimentos por queimaduras não são facilmente encontrados podendo afirmar que são dados insignificantes. Porém são dados importantes para que se consiga ter uma ideia da magnitude do problema e para que se obtenha um possível mapeamento das características das pessoas mais atingidas e as conjunturas nas quais as queimaduras acontecem, assim sendo possível criar programas de prevenção. 
Assim, buscamos um artigo qual trouxessem dados sobre a temática, foi encontrado um estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas, qual travou umapesquisa através de levantamento dos registros em prontuário de pacientes internados na unidade no período de novembro de 1991 a dezembro de 1993, na unidade de queimados, qual traz um espaço com dez leitos, com atendimento em adultos e crianças oriundos, principalmente, da região do interior do estado de São Paulo.
Foram usados na pesquisa 138 prontuários, nos quais, constatou - se informações como, idade, sexo, área corporal atingida pela queimadura, profundidade, extensão da queimadura.
Dos dados colhidos, podemos perceber que do total de 138 pacientes atendidos pela unidade no período do estudo, 69 (50%) tinham entre 0 e 11 anos. Dentre todos os pacientes pediátricos, os meninos entre 7 e 11 anos foram os mais atingidos (67%). Sendo possível perceber em sua totalidade, vítimas de queimaduras por acidentes domésticos, causadas por agente térmico, sendo a água fervente o agente responsável por 33% dos acidentes, atingindo principalmente as crianças menores de 3 anos, como podemos perceber no gráfico abaixo.
 
 
 
Já quando o assunto trata de pessoas maiores temos uma grande parte dos pacientes vítimas de acidentes de trabalho, ou domésticos nos quais, apresentaram queimaduras de segundo e terceiro graus, sendo que 52% foram atingidos em 20 a 40% da superfície corporal. As áreas atingidas foram principalmente o tórax anterior e posterior e os membros superiores.
Os pacientes adultos do sexo feminino queimaram-se em situações domésticas (67%) e tentativas de suicídio (33%). Os acidentes domésticos com pacientes adultos do sexo feminino ocorreram principalmente na cozinha, envolvendo a utilização de fogões com panelas mal adaptadas e a realização de frituras. 
Já no caso dos pacientes adultos do sexo masculino sofreram queimaduras em situações que envolveram, principalmente, o trabalho. Essas pessoas, com idades entre 20 e 39 anos, representam um grupo que se encontra no período mais produtivo da vida. Países como Irlanda, Austrália e Índia, embora com características econômicas e culturais distintas, apresentaram resultados semelhantes.
Visto, o perfil dos pacientes, ressaltamos a apreensão do ser humano com sua estética após um acidente por queimadura é de extrema importância podendo afetar seu psicológico influenciando o tratamento e reabilitação. (ERAZO, 2006). 
O tratamento de um paciente queimado inclui vários métodos, dependendo da extensão e da gravidade das queimaduras, atendimento de emergência, alívio da dor, debridamento e enxertia entre outros, sendo que, uma equipe multiprofissional, com Médicos, Fisioterapeutas, Enfermeiros, Psicólogos e Terapeuta ocupacional são imprescindíveis para a recuperação do paciente.
Tratamento médico do paciente com queimadura 
O tratamento deve ser delineado considerando a amplitude e profundidade da queimadura, assim como a área de plano corporal total é muito grande o risco de morte e complicações aumenta.
No tratamento imediato é necessário que ele seja orientado como um todo, atendendo à correção das alterações locais e gerais manifestadas no paciente queimado, bem como a prevenção destas mesmas alterações. 
Certas alterações devem ter prioridade de tratamento, em razão do risco de vida imediato que elas condicionam. Todavia, deve-se ter sempre em mente a grande interdependência das alterações apresentadas pelo queimado, de forma que o atendimento de qualquer uma delas resulte sempre em benefício das demais (RUSSO, 1976). 
É comum frente a um grande queimado, procurar corrigir de início as alterações gerais, mormente o estado de choque, relegando a plano secundário os cuidados locais (RUSSO, 1976). 
Contudo, se esses cuidados locais forem aplicados concomitantemente com a terapêutica de correção do estado de choque, os benefícios para o doente serão maiores, pois são as manifestações do local queimado as diretamente responsáveis pelo desarranjo da dinâmica circulatória, que caracteriza o estado de choque (RUSSO, 1976). 
A formulação de um plano de controle inicial para todos os tipos de queimaduras deve ser visto pela ótica de: estrutura e funções fisiológicas da pele, definições relacionadas à extensão e profundidade das queimaduras, classificação das queimaduras, avaliação inicial e procedimentos de estabilização.
Exame básico (ATLS) 
Em uma pesquisa rápida no site Wikipédia temos a definição do programa, trazendo que o Suporte Avançado de Vida no Trauma, traduzindo do inglês Advanced Trauma Life Support (ATLS), é um programa de treinamento para médicos para o manejo de casos de trauma físico agudo, desenvolvido pelo Colégio Americano de Cirurgiões. O programa já foi adotado mundialmente em mais de 40 países,  às vezes sob o nome de Early Management of Severe Trauma (EMST), especialmente fora da América do Norte. 
Seu objetivo é ensinar uma abordagem simplificada e padronizada aos pacientes com trauma. Inicialmente planejado para situações de emergência onde somente um médico e um enfermeiro estivessem presentes, o ATLS é hoje amplamente aceitado como o padrão de cuidado para a avaliação inicial e tratamento. 
Existe um programa paralelo para Enfermeiros, denominado ATCN (Advanced Trauma Care for Nurses), que decorre em paralelo com cursos ATLS.
A premissa do programa ATLS é tratar a maior ameaça à vida antes. Ele defende que a falta de um diagnóstico definitivo e de uma história detalhada não deve tornar mais lenta a aplicação do tratamento indicado para a lesão que traz risco à vida, com as intervenções mais críticas em relação ao tempo sendo realizadas mais precocemente. Entretanto, há evidências mistas que demonstram que o ATLS melhora o desfecho dos pacientes.
Assim, sugere a necessidade de seguir e averiguação dos seguintes procedimentos:
 Vias Aéreas; 
 Boa Respiração;Circulação; 
 Dano Neurológico; 
 Exposição;
Outro Cuidado importante que precisa ser tomado imediatamente após o acidente, é parar o processo da queimadura, retirando objetos que possam perpetuar o processo (relógio, pulseira, anéis, lentes de contato,etc.)
1.2 Procedimentos realizados com os pacientes com queimaduras
Pessoas com queimaduras profundas podem correr sério risco de vida. Quanto maior a extensão, maiores os perigos para a vítima. Existem diferentes graus de lesão. Leve em conta que uma pessoa pode apresentar, ao mesmo tempo, queimaduras de terceiro, segundo e primeiro graus - e cada tipo de lesão pede um socorro específico.
Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer substância que seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto risco de infecção por bactérias, fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do organismo – a pele – está danificada. Também não passe nenhuma pomada no local atingido, pois a pele fica muito sensível após uma queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, machucam ainda mais as células cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções. Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se aparecem nas queimaduras de segundo grau e necessitam ser manuseadas apenas por um profissional especializado. Ou seja, não devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas com uma agulha.
Sendo que fica expressamente proibido passar qualquer coisa que não seja água fria no local, em qualquer caso. 
Para o paciente queimado, estar hospitalizado em um ambiente estranho, com pessoas desconhecidas, o afastamento do lar, dos familiares e dos amigos e, especialmente, submeter-se a procedimentos muitas vezes desconhecidos, gera sentimentos de dor, de ansiedade, de repulsa e de medo.
Tratamentos utilizados para pacientes com queimaduras 
O tratamento irá depender do tipo de queimadura:
Queimadura de 1º grau: 
fazer compressas frias nas primeiras horas após o acidente; 
não colocar pasta de dentes e nem manteiga;
usar óleo mineral ou vaselina líquida para manter a queimadura hidratada; tomar analgésico, se necessário, e usar filtro solar regularmente.
Queimadura de 2º grau superficial: 
As bolhas devem ser drenadas, mas não devem ser retiradas, pois servem de curativo biológico.
 O procedimento deve ser feito preferencialmente por um médico. 
Após o rompimento da bolha, limpeza com água corrente e clorexidina, e curativos com sulfadiazina de prata, nitrato de cério ou com hidrocoloides devem ser feitos. 
Após a cicatrização, deve-se usar filtro solar para evitar o surgimento de manchas.
Queimadura de 2º grau profunda e 3º grau:
Na maioria das vezes, há necessidade de internação hospitalar, pois geralmente ocorrem manifestações sistêmicas, como desequilíbrio acentuado dos níveis de sódio, potássio e/ou cálcio, e desidratação. 
Há também necessidade de retirada de tecidos necrosados, de partículas estranhas na ferida, e até mesmo da realização de enxertos.
Todos os pacientes com queimaduras de 2º e 3º graus devem tomar vacina contra o tétano, ingerir muito líquido e manter os membros acometidos elevados, para alívio da dor e do edema.
Se forem queimaduras significativas na face, mãos, pés e genitália, queimaduras elétricas ou de vias aéreas superiores, a emergência hospitalar deve ser procurada imediatamente, quais poderão ser tomados diversos procedimentos de acordo com a necessidade e possibilidades do hospital.
Escarotomia
É um procedimento emergência realizado por um medico com experiência no atendimento a queimados. No caso de queimaduras de espessura total (3o grau) circunferências de membros ou do tronco, pode ser necessária a realização de escarotomia. 
O edema tecidual pode causar compressão de estruturas em membros e predispor à necrose de extremidades. O aspecto duro e inelástico da pele com queimadura de terceiro grau restringe os movimentos respiratórios e pode levar a insuficiência respiratória.
Este procedimento deve ser realizado na sala de emergência ou mesmo no leito do paciente. É feita a incisão da pele em toda a sua espessura, atingindo-se o subcutâneo.
A escarotomia descompressiva estará bem indicada quando temos um membro edemaciado, apresentando uma escara construtiva apertada e circular com sinais isquêmicos na extremidade distal, como cianose ou diminuição importante do enchimento capilar periférico
Quanto à escarotomia descompressiva torácica dependemos da monitorização do quadro respiratório do paciente e que pode se tornar urgente em alguns casos.
Fasciotomia
É um procedimento cirúrgico no qual a fáscia é cortada para aliviar a pressão (e tratar a perda de circulação em uma área de tecido ou músculo).
A fasciotomia é um procedimento de salvação para membros quando utilizada para tratar a síndrome compartimental.
Desbridamento
O desbridamento é a remoção do tecido desvitalizado presente na ferida. Seu objetivo é promover a limpeza da ferida, deixando-a em condições adequadas para cicatrizar, bem como reduzir o conteúdo bacteriano, impedindo a proliferação do mesmo e ainda preparar a ferida seja para a intervenção cirúrgica ou para a cicatrização propriamente dita.
Enxertos de pele
O tratamento cirúrgico mais realizado no paciente queimado é com certeza o enxerto de pele parcial.
Os enxertos cutâneos são muito úteis para o fechamento e proteção de feridas extensas, porém dependem de um leito vascularizado na área receptora para a sua integração. Podem ser doados pelo próprio indivíduo (autoenxertos), por indivíduos da mesma espécie (aloenxertos ou homoenxertos) ou de outras espécies (xenoenxertos ou heteroenxertos), sendo que os dois últimos são indicados quando não há áreas doadoras suficientes no paciente e são usados como curativos biológicos ou cobertura provisória. Quanto a sua espessura, os enxertos de pele podem ser divididos em enxertos de espessura parcial e de espessura total.
Inicialmente, a área de pele queimada deverá ser preparada através da remoção dos tecidos queimados e desvitalizados. Muitas vezes é necessário realizar mais de um procedimento de desbridamento e somente após essa primeira etapa, a pele estará pronta para receber o enxerto de pele.
Nesta fase podem ser utilizadas as Matrizes de Regeneração Dérmica, que são consideradas um tipo de pele artificial, mas na realidade são capazes de repor apenas a camada mais profunda da pele, a derme, uma vez que sobre ela, ainda será necessário realizar um auto-enxerto de pele parcial.
A possibilidade de oferecer um suporte dérmico ao processo de cicatrização melhora muito os resultados funcionais e estéticos na área operada. A cor e a textura do enxerto se tornam mais uniformes e, praticamente, desaparecem as chances de cicatrizes hipertróficas e quelóides.
Depois do debridamento, realizamos a aplicação da matriz de regeneração dérmica. Após um período de 2 a 3 semanas, a neoderme atinge sua maturação e adquire uma coloração amarelo alaranjada; a camada externa de silicone é retirada e substituída pelo enxerto de pele fina.
Para realizar o enxerto de pele, utilizamos um aparelho chamado Dermátomo Elétrico, que permite a retirada de uma camada bem fina de pele, de uma área de pele sadia, que não foi atingida pela queimadura. Esta é chamada de área doadora.
Com os cuidados de um cirurgião plástico, especializado em queimaduras, no momento da retirada da pele e o uso de curativos especiais, a área doadora é capaz de se regenerar em até 2 semanas e pode servir como pele doadora por mais de uma vez, se assim for necessário.
Podendo ser subdivida em 2 procedimentos:
Enxertos de pele parcial
Contêm epiderme e parte da derme, que pode variar de espessura (enxertos finos, intermediários ou espessos). 
Indicação: é o mais utilizado no tratamento de médios e grandes queimados. 
Formato: podem ser usados como pequenos fragmentos (enxertos em selo), tiras (enxertos em lâmina) ou expandidos através da criação de fenestrações (enxertosem malha). 
Técnica de retirada: são retirados com aparelhos especiais (dermátomo ou faca de Blair).
 Áreas doadoras: couro cabeludo, abdome, coxas e costas. 
Técnica de fixação: podem ser fixados apenas com curativos ou bandagens. 
Tempo de integração: 7 dias. Vantagens: apresentam maior facilidade de se integrar na área receptora, cobrem grandes superfícies, podem ser expandidos e cobrir áreas maiores usando-se menos enxertos. 
Desvantagens: sofrem maior contração secundária, ficam mais frágeis e ressecados (necessidade de hidratação constante). Tempo de recuperação da área doadora: quanto mais espesso é o enxerto maior é o tempo de recuperação.
 
Enxertos de pele total
Contêm epiderme e toda a derme (todas as camadas da pele). Indicação: são usados em pequenas lesões de áreas nobres como face, mãos e dedos, raramente são utilizados no tratamento das queimaduras em sua fase aguda. 
Formato: geralmente possuem a forma de um fuso. 
Técnica de retirada: são obtidos através da exérese de fuso de pele e sutura da região doadora.
 Áreas doadoras: abdome, região inguinal, virilha, regiões retroauriculares. 
Técnica de fixação: há necessidade de se retirar toda a gordura remanescente sob o enxerto e fixá-lo com sutura e curativo compressivo. Tempo de integração: 7 dias. Vantagens: sofrem menor contração secundária, mimetizam melhor a pele normal, são mais firmes, resistentes e hidratados.
Desvantagens: apresentam menor facilidade de se integrar na área receptora, necessitando de leitos ricamente vascularizados, servem apenas para cobrir lesões menores. Tempo de recuperação da área doadora: é rápido e deixa apenas uma cicatriz linear.
Pela primeira vez no Brasil, pesquisadores da Unicamp conseguem reproduzir em laboratório o maior órgão do corpo humano: a pele. A partir de estudos desenvolvidos com cultura de células da pele, a médica dermatologista Beatriz Puzzi produziu as camadas da pele – derme e epiderme – para serem utilizadas em pacientes que necessitem de enxertos de úlceras ou em tratamento de queimados quando a área doadora é escassa. 
Balneoterapia 
Esta é uma forma de tratamento de doenças por meio de banhos. De origem antiga, Hipócrates, Platão, Galeno e Celso, já se referiam ao banho para fins terapêuticos. 
Classificam-se os banhos medicinais em quentes, tépidos ou temperados e frios. O banho quente tem mais de 37 °C e menos de 45 °C, o tépido tem ação sedante e sua temperatura está entre 32 °C e 37 °C, sendo o banho frio todo aquele abaixo de 32 °C, e seu uso feito com cuidado, principalmente por portadores de insuficiência cardíaca. 
Os banhos alternos, que visam produzir ginástica vascular intensa no organismo, são feitos com mergulhos alternados em água quente e fria. Existem ainda, os banhos alcalinos, sulfurosos, etc., que incluem a mistura de substancias especiais a água.
A nova promessa, criação brasileira.
A pele de tilápia é a nova promessa no tratamento de queimaduras. Desenvolvida no Ceará, a alternativa promete ser  melhor e mais barata em relação à terapia tradicional utilizada no Brasil.
Amostras de pele de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) (n=7) foram obtidas através da piscicultura do Castanhão (Jaguaribara-CE). Os peixes são cultivados em tanque de rede, com peso entre 800 e 1000 g. 
Eles foram insensibilizados por choque térmico (caixas isotérmicas com gelo moído e água [1:1]), para, em seguida, realizar-se a sangria. As peles foram removidas com uma turquesa (ferramenta) e submetidas à lavagem com água corrente, para remoção de qualquer resquício de sangue e de outras impurezas.
Posteriormente, foram colocadas em solução fisiológica NaCl a 0,9% estéril (previamente resfriada a 4ºC) para a limpeza final. As peles para os testes de microtração foram submetidas a um processo de esterilização, que consta de duas etapas de imersão em clorexidina por 30 minutos e três etapas de imersão no glicerol (50%, 75%, 100%). As peles utilizadas para análise histológica e histoquímica foram armazenadas em solução de formol tamponado a 10%.
Adicionalmente, amostras de pele humana de descarte, oriundas de cirurgias estéticas, foram armazenadas em solução de formol tamponado a 10% para análise histológica e histoquímica. 
Paralelamente, outras amostras foram submetidas aos testes de microtração e passaram pelas mesmas etapas de esterilização que a pele da tilápia. 
Este procedimento começou a ser utilizado e aprovado pelos pacientes de forma imediata, pois a regeneração e recuperação da pele acontece mais rapidamente, e não há desconforto na troca dos curativos, pois a pele está sempre hidratada e o risco de contaminação é menor, reduzindo as chances de infecções nas áreas afetadas. Por ser um material de baixo custo, os pesquisadores levaram seu estudo adiante, para que pudessem avançar os tratamento e tiveram ótimos resultados, sendo assim, iniciaram os testes com cerca de 350 tipos de peles de tilápias diferentes.
Para além de ser menos doloroso para os doentes, esta técnica é uma alternativa econômica para os hospitais brasileiros dada a abundância do Tilápia nos rios brasileiros.
Antes de ser aplicada nos doentes, a pele é tratada e submetida a um tratamento por radiação que elimina qualquer vírus que possa estar alojado na pele do peixe. Depois do tratamento, o tecido fica com um prazo de validade de dois anos e é inodoro.
Este procedimento já foi aplicado com sucesso a pelo menos 56 pacientes, com queimaduras de segundo e terceiro grau.