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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
 
 
1. Breve Apresentação 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA! 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela Universidade 
Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o primeiro passo na caminhada 
pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado exatamente no concurso 
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos 
concursos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal 
Superior do Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. 
Por último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do 
Brasil (BACEN), em 2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira pedra 
quem não é ou não foi! Rsrs. 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, 
desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da 
União (CGU). 
 
 
 
2. Concurso PRF (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL) 
 
Informações Edital da PRF 2013 e dos Cursos que serão ministrados: 
1. Banca: CESPE. 
2. O Concurso foi Autorizado com 1000 VAGAS! Isso mesmo, serão + de 1000 
Aprovados e nomeados para PRF!! 
3. Direitos Humanos e Cidadania é uma matéria específica bem pequena, de 
fácil estudo e assimilação. 
 
 
 
3. Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos pretéritos 
(TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs Estaduais) nós 
abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas na prova! A nossa intenção 
é repetir a mesma experiência nesse concurso da PRF-2013! Portanto, aos estudos! 
Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará preocupar-se com a 
aquisição de outros materiais adicionais ou Livros de Direitos Humanos e Cidadania. A 
dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir 
os exercícios com gabarito. 
Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas para a 
última semana antes da prova. 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos elaborados 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 
para determinados concursos (ex: PRF) é a abordagem específica de CADA PONTO DO 
EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de matérias e questões a serem cobradas 
pelo examinador. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de assuntos, 
são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua prova. Por outro lado, 
os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar ao aluno os principais tópicos a 
serem cobrados na prova, com base em cada item do edital, com comentários teóricos e 
por meio de exercícios de fixação dos assuntos especificamente estudados nas aulas. 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos Concursos, este 
Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, efetivamente, vem sendo 
cobrado nas últimas provas de concursos. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem que dominar, 
é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e refaça quantos 
exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os conhecimentos apreendidos 
sejam verdadeiramente solidificados, aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e debruçada 
sobre determinado material, quando vamos responder às questões ficamos com um 
“montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, e ai dizemos: “mas eu 
estudei isto? como não sei responder à questão?” 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e entendimento não 
foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, correndo o risco de errar 
questões relativamente fáceis pela ausência de prática e por não ter visto o assunto com 
“outros olhos”, outro viés. 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: 
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não percebidas ao 
longo do estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a teoria. 
A maioria dos exercícios serão por mim elaborados ou adaptados das bancas 
mais relevantes, sendo realizados na forma de ITENS Certos ou Errados. 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas dos pontos 
altos, e uma lista de várias questões comentadas! 
Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, da 
Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na trilha do que 
tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis discussões teórico-
doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas para o resultado almejado pelos 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 
concursandos, que é saber o necessário para gabaritar as questões de Direitos Humanos 
e Cidadania. 
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de vocês, e 
não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, destacando os 
pontos mais relevantes. 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia mais prática 
e didática, conseguiremos fechar a matéria de Direitos Humanos e Cidadania! Até 
porque comentaremos exaustivamente todos os pontos do Edital listados abaixo, sem 
qualquer lacuna. 
 
Gente, é assunto “pra caramba”!! Portanto, aos estudos! 
Conteúdo do Curso: 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia,estrutura normativa, fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos eresponsabilidade do Estado. 
4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
6 Institucionalização dos direitos egarantias fundamentais. 
7 Política nacional de direitos humanos. 
8 Programas nacionais de direitoshumanos. 
9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. 
12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e problemas contemporâneos da sociedade brasileira: a 
questão da igualdade jurídica e dos direitos de cidadania, o pluralismo jurídico, acesso à justiça. 
13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 
14Administração institucional de conflitos no espaço público. 
 
 
 
4. Cronograma do Curso 
 
Este Curso de DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA, como veremos no 
cronograma abaixo, será ministrado em apenas 6 AULAS + Aula Demonstrativa, que 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERALAULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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se inicia linhas abaixo. 
A programação das aulas será nos seguintes termos1: 
PRF - DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: 
AULA 1 (21/06/2013) – 4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
AULA 2 (28/06/2013) – 1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia, estrutura normativa, fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos e responsabilidade do Estado. 
AULA 3 (12/07/2013) – 6 Institucionalização dos direitos e garantias 
fundamentais. 7 Política nacional de direitos humanos. 8 Programas nacionais de direitos 
humanos. – Parte 1. 
AULA 4 (26/07/2013) - 7 Política nacional de direitos humanos. 8 Programas 
nacionais de direitos humanos. – Parte 2. 
AULA 5 (31/07/2013) –9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. 
12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e problemas contemporâneos da 
sociedade brasileira: a questão da igualdade jurídica e dos direitos de cidadania, o 
pluralismo jurídico, acesso à justiça. 
AULA 6 (02/08/2013) –13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 14 
Administração institucional de conflitos no espaço público. 
 
Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte aberta do 
Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais recados e informes durante 
a vigência do Curso, inclusive de possíveis alterações nas datas das aulas. 
 
 
 
1
 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta do curso, no 
Campo AVISOS. 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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AULA DEMONSTRATIVA 
 
 
Foquem suas mentes e estudos para esse concurso da PRF! Vocês trabalharão, em 
breve, em uma das unidades da PRF espalhadas pelo país! Tenham fé e preparem-se com 
antecedência... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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AULA 0 - DEMONSTRATIVA 
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QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
1. Direitos Humanos. Noções Gerais. 
 
 
Evolução histórica dos Direitos Humanos: Fundamentos; 
Características; Princípios. 
 
Caros colegas, espero que estejam focados e animados no propósito de 
alcançar o tão almejado cargo público! Assim sendo, não percamos mais tempo, em 
nossa aula demonstrativa abordarei temas muito interessantes, são eles: Evolução 
histórica dos Direitos Humanos: Fundamentos; Características; Princípios. 
Para tanto, nesta Aula Demonstrativa apenas iniciaremos os referidos pontos. 
Gente, o assunto “Direitos Humanos” é muito controverso e, grande parte 
do público já possui conceitos ou até mesmo pré-conceitos sobre o tema. Quem nunca 
questionou, em algum momento, as ações de representantes dos direito humanos? “Só 
protegem marginal!” “Nunca se levantam para beneficiar o cidadão de bem!”. Em 
contrapartida, quase ninguém consegue definir o que realmente é, e como surgiram os 
conceitos inerentes aos Direitos Humanos. 
Então vejamos: humano é o indivíduo que pertence à espécie homo-
sapiens (ou seja, homens, mulheres e crianças) e direito é tudo aquilo que se garante 
a determinado grupo, uma prerrogativa. Então, pode-se concluir que “Direitos 
Humanos” são todas as garantias e ações conferidas às pessoas pelo simples fato de 
pertencerem à espécie humana. 
Em síntese, os Direitos Humanos abarcam a maneira pela qual cada um de 
nós gostaria de ser tratados pelos nossos pares, com respeito e igualdade. Além disso, 
trata-se do direito de ser respeitado por suas ideias e atitudes., engloba o direito de 
falar o que se pensa (liberdade de pensamento) e o de professar a sua fé (liberdade 
religiosa). 
 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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Ainda, de acordo com Napoleão Casado Filho: 
 
“Direitos Humanos são um conjunto de direitos, positivados ou não, cuja finalidade 
é assegurar o respeito à dignidade da pessoa humana, por meio da limitação do 
arbítrio estatal e do estabelecimento da igualdade nos pontos de partida dos 
indivíduos, em um dado momento histórico.” 
 
Nesse sentido, os Direitos Humanos abarcam os seguintes conceitos 
fundamentais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consoante Erivaldo da Silva Oliveira, os direitos humanos correspondem 
à somatória de valores, de atos e de normas que possibilitam a todos uma vida digna. 
De outro lado, André Carvalho Ramos ensina que Direitos Humanos podem 
ser conceituados como o conjunto mínimo de direitos necessário para assegurar uma 
vida ao ser humano baseada na liberdade e na dignidade (Direitos Humanos em juízo). 
Agora, atenção, é de relevo ressaltar que as várias fontes de produção e 
criação dos direitos humanos concorrem para um conceito em comum: a imperiosa 
necessidade de limitação e controle do Estado e a conseqüente consagração do 
Direitos Humanos 
Conjunto de Direitos 
Respeito à Dignidade 
da pessoa humana. 
Limite ao arbítrio estatal 
e o estabelecimento de 
igualdade dos pontos de 
partida. 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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primado da legalidade e da igualdade. 
Em complemento, pode-se verificar que existem diversos tipos de direitos e 
leis aplicáveis a determinados grupos de indivíduos ou segmentos sociais. Por exemplo, a 
Lei 8.112/90 é aplicável somente aos servidores públicos civis da União (Estatuto dos 
servidores federais); a Lei 8.666/90 é aplicável nos casos de licitações públicas. 
No entanto, os Direitos Humanos são aplicáveis igualitariamente a todos 
aqueles pertencentes à espécie humana em qualquer lugar, independentemente de 
cor, etnia, país, governo, classe social, idade etc. TODOS TÊM, EXATAMENTE, OS 
MESMOS DIREITOS!! Não há castas, separação e diferenciação entre os humanos 
(todos são iguais perante a lei). 
Com base nessas premissas, as Nações Unidas elencaram os direitos 
inerentes à condição humana. Tais direitos foram insertos em um documento 
chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcrita a seguir: 
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das 
Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 
Preâmbulo 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer 
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de 
quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os 
membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o 
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos 
resultaram ematos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e 
que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de 
palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da 
necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum, 
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo 
Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último 
recurso, à rebelião contra tirania e a opressão, 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas 
entre as nações, 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé 
nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa 
humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que 
decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma 
liberdade mais ampla, 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, 
em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos 
humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e 
liberdades, 
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é 
da mis alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso, 
A Assembléia Geral proclama 
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a 
ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que 
cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta 
Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o 
respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas 
progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu 
reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os 
povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios 
sob sua jurisdição. 
Artigo I 
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas 
de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito 
de fraternidade. 
Artigo II 
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades 
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de 
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem 
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 
Artigo III 
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Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo IV 
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de 
escravos serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo V 
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, 
desumano ou degradante. 
Artigo VI 
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como 
pessoa perante a lei. 
Artigo VII 
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual 
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer 
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento 
a tal discriminação. 
Artigo VIII 
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes 
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe 
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. 
Artigo IX 
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo X 
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública 
por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus 
direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra 
ele. 
Artigo XI 
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida 
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, 
em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as 
garantias necessárias à sua defesa. 
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2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no 
momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. 
Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da 
prática, era aplicável ao ato delituoso. 
Artigo XII 
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no 
seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. 
Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou 
ataques. 
Artigo XIII 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado. 
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a 
este regressar. 
Artigo XIV 
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar 
asilo em outros países. 
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente 
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos 
e princípios das Nações Unidas. 
Artigo XV 
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do 
direito de mudar de nacionalidade. 
Artigo XVI 
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, 
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e 
sua dissolução. 
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos 
nubentes. 
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Artigo XVII 
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; 
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de 
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela 
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. 
Artigo XIX 
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui 
a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e 
transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de 
fronteiras. 
Artigo XX 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo XXI 
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, 
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade 
será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por 
voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.Artigo XXII 
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à 
realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo 
com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, 
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento 
da sua personalidade. 
Artigo XXIII 
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a 
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condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por 
igual trabalho. 
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e 
satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência 
compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se 
necessário, outros meios de proteção social. 
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para 
proteção de seus interesses. 
Artigo XXIV 
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das 
horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. 
Artigo XXV 
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a 
sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, 
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança 
em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos 
de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. 
Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma 
proteção social. 
Artigo XXVI 
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos 
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será 
obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como 
a instrução superior, esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos 
humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais 
ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da 
manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que 
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será ministrada a seus filhos. 
Artigo XXVII 
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da 
comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus 
benefícios. 
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais 
decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja 
autor. 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os 
direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser 
plenamente realizados. 
Artigo XXIX 
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é possível. 
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita 
apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de 
assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de 
outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do 
bem-estar de uma sociedade democrática. 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos 
contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo XXX 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer 
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de 
quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
 
 
Aspectos Históricos iniciais dos Direitos Humanos. 
É bom destacar que, para os direitos humanos consolidarem-se e serem 
aceitos atualmente como universais a toda espécie humana, foram 
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necessários muitos séculos até o estágio atual. Aliás, a construção desses conceitos 
sofreu alterações durante a formação e reconstrução das instituições humanas. Esses 
aspectos serão devidamente abordados no tópico 2 desta aula. 
No início da conformação de nossas sociedades, os direitos humanos não 
existiam. Diversas cidades guerreavam entre si, sendo que os ganhadores vendiam os 
vencidos como escravos e praticavam as mais variadas barbaridades. Nesse sentido, 
caso você estivesse do lado vitorioso “Tava tudo dominado” era só “Festa”. Mas, meu 
amigo, caso você tivesse o azar de estar do lado do perdedor “Tava lascado”. 
Até que, um homem Ciro “o grande” decidiu mudar aquele estado de coisas. 
Depois de conquistar a Babilônia, ele fez algo completamente impensável na época: 
libertou todos os escravos. Também anunciou que todas as pessoas eram livres para 
professar sua própria religião. Então, suas palavras foram registradas em um tablete de 
barro denominado cilindro de Ciro. Assim nasceram os direitos humanos. 
Com o tempo, os conceitos criados no momento explicitado no parágrafo 
anterior disseminaram-se em várias outras culturas. Além disso, foi percebido que as 
pessoas seguiam determinadas leis que não necessariamente eram expressas, 
identificando-se dessa forma uma maneira de agir peculiar a todos. Definiu-se esse modo 
de comportar-se em sociedade como “Lei Natural”. É bom frisar que, com o tempo, o 
conceito de “Lei Natural” transmutou para “Direito Natural”. No entanto, essas leis, 
não raramente, eram ignoradas por aqueles que detinham o poder. 
Todavia, na Inglaterra, no ano de 1215 d.c, o Rei João sem terra foi 
obrigado a assinar a “Magna Carta” documento que, basicamente, limitou o poder 
monárquico. Esse é o primeiro instrumento2 de defesa dos indivíduos que pode ser 
considerado referência para os futuros tratados sobre direitos humanos. 
Assim, com a instituição da Magna Carta, o rei reconhecia e era compelido a 
não violar determinados direitos dos seus súditos. Foi um passo importante, mas não o 
decisivo porquanto não consolidou o direito a todos os indivíduos. Tanto é assim que, 
com a descoberta das Américas, os nativos não recebiam o tratamento humanitário 
devido. Muitos povos foram exterminados. Além disso, a escravidão ainda continuou 
sendo prática aceitável, oficialmente, em nosso país até o ano de 1888. 
Seguindo a ordem de acontecimentos no tempo, acerca da evolução dos 
Direitos Humanos na História, Norberto Bobbio, em sua obra Dicionário de Política, 
 
2
 Embora com um forte viés econômico porquanto focava na proibição de arbitrariedades na cobrança de impostos 
por parte do monarca. 
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esclarece quea Inglaterra e a França tiveram papel importante na vitória do cidadão 
sobre o poder, assim: 
“O constitucionalismo moderno tem, na promulgação de um texto escrito 
contendo uma declaração dos Direitos Humanos e de cidadania, um dos seus 
momentos centrais de desenvolvimento e de conquista, que consagra as 
vitórias do cidadão sobre o poder. 
Usualmente, para determinar a origem da declaração no plano histórico, é 
costume remontar à Déclaration des droits de l`homme et du citoyen, votada 
pela Assembléia Nacional francesa em 1789, na qual se proclamava a 
liberdade e a igualdade nos direitos de todos os homens, reivindicavam-se os 
seus direitos naturais e imprescritíveis (a liberdade, a propriedade, a 
segurança, a resistência à opressão), em vista dos quais se constitui toda a 
associação política legítima. Na realidade, a Déclaration tinha dois grandes 
precedentes: os Bills of rights de muitas colônias americanas que se 
rebelaram em 1776 contra o domínio da Inglaterra e o Bill of rights inglês, 
que consagrava a gloriosa revolução de 1689. 
(...) 
Durante a Revolução Francesa foram proclamadas outras Déclarations 
(1793,1795): interessante a de 1793 pelo seu caráter menos individualista e 
mais social em nome da fraternidade, e a de 1795, porque ao lado dos 
“direitos” são precisados também os “deveres”, antecipando assim uma 
tendência que tomará corpo no século XIX (podemos pensar nos Doveri 
dell`uomo, de Mazzini); a própria Constituição italiana tem como título da 
primeira parte “Direitos e deveres do cidadão”. 
 
Nesse ponto, podemos citar um grande marco histórico, importantíssimo para 
os Direitos Humanos, o ILUMINISMO. As ideias que permeavam os iluministas 
robusteceram o que veio a ser outro marco, a REVOLUÇÃO FRANCESA, que pode ser 
considerada mais abrangente e importante que a REVOLUÇÃO AMERICANA, porquanto 
seu caráter UNIVERSAL. 
Ou seja, a Revolução Francesa teve um caráter universal, pois não houve 
restrições de qualquer natureza porque os direitos eram extendidos a todos. Nesse 
sentido, a 1ª Carta redigida nesse momento histórico atribuía a todos o direito à 
LIBERDADE, à IGUALDADE e à FRATERNIDADE. O objetivo era proteger o indivíduo 
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da arbitrariedade do Estado. Outro marco da escalada dos Direitos Humanos será o fim 
da 2ª Guerra mundial a ser comentado mais adiante. 
Outro ponto fundamental para o nosso estudo é a instituição, em 07 de 
junho de 1628, na Inglaterra, do documento “Petition of Rights”. Esse documento 
impunha ao soberano restrições, como a cobrança e/ou aumento de impostos sem a 
autorização parlamentar, a prisão de indivíduos sem julgamento justo e à lei marcial. 
Portanto, os pontos insertos na “Petition of Rights” submetiam e condicionavam a 
autoridade do Rei ao controle e autorização do Parlamento Inglês. Aqui, mais uma vez, 
fica patente a ideia de proteger o indivíduo de ações arbitrárias do Estado e das 
autoridades. 
Portanto, pode-se considerar o documento “Petition of Rights” como sendo o 
embrião do sistema de freios e contrapesos, ou seja, a existência de Poderes autônomos 
que, ao mesmo tempo, harmonizam-se. 
Nessa direção, é importante que abordemos também a criação do “Habeas 
Corpus Act” em 1679. Esse documento visava proteger a liberdade de locomoção 
encontrando-se presente no ordenamento jurídico de diversos países até os dias atuais. 
Nesse sentido, conforme o disposto no “Habeas Corpus Act” de 1679, a reclamação ou 
requerimento escrito de determinado indivíduo - ou a favor de algum súdito preso (ou 
acusado da autoria de algum crime) - era submetida à apreciação do magistrado. 
Ademais, é de grande relevo destacar o documento denominado “Bill of 
Rights”. Essa carta de diretios – instituída em 16 de dezembro de 1689 – garantia, 
na Inglaterra, a supremacia do Parlamento sobre a vontade do soberano. Nesse 
sentido, objetivava-se diminuir os abusos cometidos pela nobreza com relação aos 
súditos. Dessa maneira, o Bill of Rights, em sua essência, procurava blindar a 
liberdade, a vida, a propriedade privada e o poder parlamentar. 
Amigos, mas a história, às vezes dá uma pequena virada de tempos em 
tempos. Um jovem oficial francês, de nome Napoleão, não concordava muito com os 
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Na realidade, ele tinha em mente um plano 
para derrubar a democracia francesa, coroar-se imperador e “dominar o mundo”. 
Quase conseguiu, mas a Europa juntou forças e o derrotou. Só um 
comentário nesse ponto, os planos napoleônicos, salvo melhor juízo, até que não foram 
ruins para os brasileiros tendo em vista que a expansão de Napoleão no continente 
europeu forçou a família portuguesa a exilar-se (com toda sua côrte, no Brasil). Esse fato 
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ajudou sobremaneira o desenvolvimento de nosso país3. Vamos prosseguir com nossa 
matéria. 
Após a derrota de Napoleão, os Direitos Humanos voltaram a ser um tema 
importante na pauta mundial. Houve a assinatura de muitos acordos internacionais que 
consolidaram os direitos humanos na Europa. No entanto, como já foi colocado, só na 
Europa. O restante do mundo era consumido em suas riquezas (tanto materiais como 
culturais). Os habitantes das Colônias, principalmente os nativos das Américas e África, 
em sua maioria eram mortos ou escravizados pelos impérios europeus em crescimento. 
Com o tempo, várias colônias europeias nas Américas se revoltaram 
conseguindo sua independência, quase sempre de maneira violenta. Nesse ambiente 
conturbado, um homem se destacou na luta a favor dos direitos humanos: Mahatma 
Gandhi, que liderou o povo indiano em uma revolução pacífica contra a opressão do 
império Britânico. Nesse sentido, insistiu que todos os povos do mundo tinha o direito de 
serem respeitados, não só os europeus. Por fim, mesmo os europeus começaram a 
concordar com essa ideia. 
Todavia, mais uma vez, as coisas não transcorreriam de forma tranquila, 2 
Guerras eclodiram. Na 2ª grande guerra, o nazismo tomou força. O conceito de 
superioridade entre “raças” (?!) cresceu na Alemanha nazista. Esse julgamento 
equivocado levou ao extermínio de milhões de judeus e pessoas de diversas nações. O 
flagelo humano extendeu-se à toda a Europa. O mundo nunca havia presenciado 
destruição de tamanha magnitude. 
Com o fim da guerra e derrota da Alemanha nazista e de seus aliados, as 
nações vencedoras pensaram em vários mecanismos que evitassem uma catástrofe da 
mesma natureza no futuro e mantivessem a paz no mundo. Um deles foi a criação das 
Nações Unidas (ONU), que primava pelo fortalecimento dos Direitos Humanos. 
Portanto, podemos considerar o fim da 2ª grande guerra e a criação das Nações 
Unidas o 3º Marco histórico na evolução dos Direitos Humanos juntamente com o 
Iluminismo e a Revolução Francesa. 
É importante destacar que a criação das Nações Unidas teve como foco não 
apenas a manutenção da paz internacional, mas também desenvolver a igualdade entre 
os povos. Isso porque a redução das desigualdades é fator sine qua non para a paz entre 
os Estados. 
Apesar de todo esse histórico de ações que corroboraram para a afirmação de 
 
3
 Para os curiosos sobre o tema, recomendo a leitura do livro 1808 de autoria do escritor Laurentino Gomes. 
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valores de respeito à vida e à liberdade, os documentos até então convencionados 
conceituavam os direitos humanos, não raramente, de pespectivas diferentes. Com o 
intuito de consolidar os conceitos, em 10 de dezembro de 1948, foi Adotada e 
proclamada, pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas, a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Pessoal, é bom deixar claro que, apesar de toda essa evolução conceitual, 
muitos desses direitos não são respeitados. O fato é que a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos NÃO TEM força de lei, portanto tem caráter apenas enunciativo e 
principiológico! Entretanto, a Declaração Universal dos Direitos Humanos RECOMENDA 
que todos os países integrantes da ONU sigam seus preceitos. 
Além de ser uma RECOMENDAÇÃO, a Declaração Universal dos Direitos do 
Homem de 1948 também se afigura como um CERTIFICADO DE PRINCÍPIOS 
HUMANITÁRIOS que devem ser seguidos. Apesar de não possuir caráter vinculante e 
com força de lei, a Declaração de 1948 é hoje o principal instituto de proteção do 
indivíduo. 
Em resumo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não é vinculante, 
não tem força de lei, mas guarda apenas um caráter enunciativo, de recomendação 
e princípios gerais a serem aplicáveis por cada Estado. 
Por fim, cabem os seguintes comentários acerca dos fundamentos dos 
direitos humanos. Primeiro, é ponto pacífico nessa conversa que os direitos humanos 
estão fudamentados na DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Também, da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, decorrem 3 princípios fundamentais: 
1) Inviolabilidade da pessoa humana; 
2) Autonomia da pessoa humana; 
3) Dignidade da pessoa humana. 
No entanto, diversos teóricos que se debruçaram sobre o tema formaram 
dois grupos com pensamentos opostos. Uns abraçaram o POSITIVISMO e outros o 
JUSNATURALISMO, como fundamentos dos Direitos Humanos. 
Fundamentos dos Direitos Humanos: 
• Positivistas; 
• Jusnaturalistas. 
Na defesa do Positivismo temos dois renomados autores: Hans Kelsen e 
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Norberto Bobbio. Suas obras defendem a historicidade do direito, ou seja, o direito 
não tem caráter absoluto, ele é mutável (de acordo com a evolução das sociedades e 
seus pontos de vista) no que concerne à cultura, à moral, à economia etc. Portanto, na 
visão desses autores, é inócuo atribuir um caráter imutável, ou até mesmo eterno no 
tempo e no espaço aos regramentos que orientam as diversas sociedades. De acordo 
com Norberto Bobbio, os direitos humanos não nascem todos de uma vez, nem de uma 
vez por todas. 
Além disso, o Positivismo defende o caráter coercivo das normas. Para os 
positivistas, não há que se falar de eficácia de um dispositivo caso o não possa ser 
imposto aos indivíduos. Ora, se uma norma não é obrigatória, não passa de mera 
expectativa de conduta, tornando o futuro desse regramento bastante incerto. Nesse 
sentido, os positivistas defendem a inserção dos dispositivos relacionados aos direitos 
humanos na Lei máxima de cada Estado (nas Constituições). Além disso, os mesmo 
dispositivos devem ser insertos em tratados e convenções internacionais de direitos 
humanos para solidificar seus preceitos. 
Nesse sentido, Norberto Bobbio aventa que, tendo em vista a superação da 
fase de positivação dos direitos humanos, o foco deva ser demovido da fundamentação 
para a efetividade dos mesmos. Ou seja, devem ser pensados mecanismos para a real 
aplicação dos direitos humanos. 
Já o JUSNATURALISMO, defendido por autores como Dalmo de Abreu 
Dallari e Fábio Konder Comparato, apontam o indivíduo como centro e fundamento 
absoluto dos direitos humanos. Assim, nem o tempo, nem a diversidade de culturas, nem 
a localização geográfica podem extirpar do ser humano seus direitos. Nesse sentido, a 
dignidade do ser humano é alçada a princípio intangível que deve ser resguardado por 
todos. 
Essa linha de pensamento mostra-se bastante coerente, porquanto toda 
prática que mutila, diminui ou exclui indivíduos colabora para o flagelo humano, para a 
dor das pessoas. Então, tudo que implicar em dor aos indivíduos deve ser totalmente 
condenado pela humanidade. Seguindo esse raciocínio, os direitos humanos não foram 
criados pelos homens ou mesmo pelos Estados, eles já existiam como pressupostos 
inerentes à pessoa humana. 
Dessa forma, os direitos humanos deveriam ser um conjunto de normas 
asseguradoras do bem-estar humano primando por sua dignidade (junção dos 2 
fundamentos dos Direitos Humanos: Positivista e Jusnaturalista). 
Ainda com relação aos fundamentos dos direitos humanos é importante 
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conhecer dois pensamentos (divergentes também) acerca do assunto: o 
UNIVERSALISMO e o RELATIVISMO. Em uma breve síntese pode-se dizer que o 
UNIVERSALISMO adere ao JUSNATURALISMO e o RELATIVISMO ao 
POSITIVISMO. 
Assim, no pensamento Universalista, os direitos humanos estão em 
patamar acima das Leis, da cultura, do Estado. Também é plausível a aplicação da 
coercitividade para obrigar um Estado soberano a seguir os ditames insertos na 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
O Relativismo opõe-se às conclusões externalizadas pelo pensamento 
Universalista. Segundo a linha do Relativismo, o Direito é uma produção cultural 
dependente do desenvolvimento dos povos na história. Nesse sentido, há que se 
respeitar o multiculturalismo e a soberania dos povos. Universalizar os direitos 
humanos seria impor uma lógica cristã e ocidental ao restante do globo. 
 
 
 
Na próxima Aula daremos continuidade ao nosso estudo de Direitos 
Humanos. 
Pessoal, este foi apenas um aperitivo. Na próxima Aula continuaremos nosso 
estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
Abaixo 2 listas de Exercícios: a 1ª com comentários e a 2ª apenas com 
gabarito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 1 (Delegado de Polícia/2003/SP): Assinale o documento que não se 
relaciona aos antecedentes formais das declarações de direito: 
a) Magna Carta (1215) 
b) “Petition of Rights” (1628) 
c) “Habeas Corpus Act” (1679) 
d) “Chart of Liberties” (1732) 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa é tranquila, como visto “Chart of Liberties” é o único documento que não é 
considerado um antecedente formal das declarações de direito. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 2 (Delegado de Polícia/2000/SP): 
Tecnicamente a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) constitui: 
a) um acordo internacional; 
b) uma recomendação 
c) um tratado internacional; 
d) um pacto. 
 
COMENTÁRIOS: 
Na aula vimos que a Declaração Universal dos Direitos do Homem não tem força de lei. 
Assim sendo, é opcional a aderência do Estado as suas regras. No entanto, é 
RECOMENDADO que as nações integrantes da ONU respeitem esse regramento. A 
Declaração Universal dos Direitos do Homem é, portanto, uma RECOMENDAÇÃO. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
 
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EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1 (Delegado de Polícia/2003/SP): Assinale o documento que não se 
relaciona aos antecedentes formais das declarações de direito: 
a) Magna Carta (1215) 
b) “Petition of Rights” (1628) 
c) “Habeas Corpus Act” (1679) 
d) “Chart of Liberties” (1732) 
 
QUESTÃO 2 (Delegado de Polícia/2000/SP): Tecnicamente a Declaração Universal 
dos Direitos do Homem (1948) constitui: 
e) um acordo internacional; 
f) uma recomendação 
g) um tratado internacional; 
h) um pacto. 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 
D B 
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RESUMO DA AULA 
 
Os Direitos Humanos abarcam a maneira pela qual cada um de nós 
gostaria de ser tratados pelos nossos pares, com respeito e igualdade. Além disso, trata-
se do direito de ser respeitado por suas ideias e atitudes., engloba o direito de falar o 
que se pensa (liberdade de pensamento) e o de professar a sua fé (liberdade 
religiosa), fundamentando-se na dignidade da pessoa humana. 
Nesse sentido, os Direitos Humanos abarcam os seguintes conceitos 
fundamentais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Direitos Humanos são aplicáveis igualitariamente a todos aqueles 
pertencentes à espécie humana em qualquer lugar, independentemente de cor, etnia, 
país, governo, classe social, idade etc. TODOS TÊM, EXATAMENTE, OS MESMOS 
DIREITOS!! Não há castas, separação e diferenciação entre os humanos (todos são 
iguais perante a lei). 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento que elenca 
os direitos inerentes à condição humana. Não tem força de lei, mas com caráter de 
Direitos Humanos 
Conjunto de Direitos 
Respeito à Dignidade 
da pessoa humana. 
Limite ao arbítrio estatal 
e o estabelecimento de 
igualdade dos pontos de 
partida. 
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recomendação a todos os países integrantes da Organização das Nações Unidas – ONU. 
No início da conformação de nossas sociedades, os direitos humanos não 
existiam. Diversas cidades guerreavam entre si, sendo que os ganhadores vendiam os 
vencidos como escravos e praticavam as mais variadas barbaridades. 
A Magna Carta de 1215 limitou o poder monárquico. Este documento é 
considerado o 1º instrumento de defesa dos indivíduos e referência para os futuros 
tratados sobre direitos humanos. 
Os ideais ILUMINISTAS fundamentaram revoltas populares dentre as quais 
se destacam a REVOLUÇÃO FRANCESA, de caráter UNIVERSAL (LIBERDADE, 
IGUALDADE E FRATERNIDADE) e a REVOLUÇÃO AMERICANA. 
O Petition of Rights (07 de junho de 1628 na Inglaterra) foi o 
documento que impôs ao soberano restrições, como a cobrança e/ou aumento de 
impostos sem a autorização parlamentar, a prisão de indivíduos sem julgamento justo e 
à lei marcial. Portanto, os pontos insertos no “Petition of Rights” submetiam e 
condicionavam a autoridade do Rei ao controle e autorização do Parlamento Inglês. 
O Habeas Corpus Act de 1679 protegeu a liberdade de locomoção sendo 
que se encontra presente no ordenamento jurídico de diversos países até os dias atuais. 
O Bill of Rights foi o documento que buscava blindar a liberdade, a vida, a 
propriedade privada e o poder parlamentar. 
O fim da 2ª grande guerra e a criação das Nações Unidas foram o 3º 
marco histórico na evolução dos Direitos Humanos, juntamente com o Iluminismo e a 
Revolução Francesa. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não é vinculante, não tem 
força de lei, mas guarda apenas um caráter enunciativo, de recomendação e 
princípios gerais a serem aplicáveis por cada Estado. 
Da Declaração Universal dos Direitos Humanos, decorrem 3 princípios 
fundamentais: 
1) Inviolabilidade da pessoa humana; 
2) Autonomia da pessoa humana; 
3) Dignidade da pessoa humana. 
Fundamentos dos Direitos Humanos: 
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• Positivistas; 
• Jusnaturalistas. 
 
 
POSITIVISMO: 
a) Mutável; 
b) Caráter coercitivo das normas; 
c) Foco na efetividade dos direitos humanos 
 
JUSNATURALISMO: 
a) Indivíduo como centro e fundamento absoluto dos direitos humanos; 
b) Foco na dignidade do ser humano; 
c) Os direitos humanos independem da cultura e da história específica de cada 
povo; 
d) Os direitos humanos já existiam antes mesmo da positivação das normas. 
 
O UNIVERSALISMO adere ao JUSNATURALISMO e o RELATIVISMO ao 
POSITIVISMO. 
 
UNIVERSALISMO: 
a) Direitos humanos acima da Lei, da cultura e do Estado; 
b) Considera plausível a aplicação da coercitividade para obrigar um Estado soberano 
a seguir os ditames insertos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
RELATIVISMO: 
a) O Direito é uma produção cultural dependente do desenvolvimento dos povos na 
história; 
b) Considera necessário respeitar o multiculturalismo e a soberania dos povos; 
c) Contra a universalização dos direitos humanos. 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de 
outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
Nestor Sampaio Penteado Filho. Direitos Humanos – Doutrina – Legislação: quarta 
edição; 
Napoleão Casado Filho. Direitos Humanos Fundamentais. 2012 
Erival da Silva Oliveira. Direito Constitucional - Direitos Humanos – terceira edição 
revisada e atualizada. 
Norberto Bobbio, Nicola Matteucci, Gianfranco Pasquino. Dicionário de Política – Volume 1 
– décima terceira edição. 
Site: www.humanrights.com