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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

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� EMBED PBrush ���
Credenciada pela Portaria Ministerial no 1.744 de 24/10/2006
 DOU 25/10/2006
Mantida pela Unibalsas Educacional Ltda
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
	1. Previsão legal
	Art.581, e respectivos incisos do CPP;
Art. 294, parágrafo único, Lei 9530/1997 – Código de Trânsito Brasileiro;
Art. 6º, parágrafo único da lei 1508/1951;
Art. 2º, inciso III, do Decreto-lei 201/1967.
	2. Prazo
	Regra: 5 dias para interpor e 2 dias para arrazoar (art. 586, caput, e 588, CPP e art. 2º, III, Decreto –lei 201/1967;
Exceções:
a) Decisões que incluir jurado na lista geral ou desta excluir: 20 dias;
b) Recurso interposto supletivamente pelo assistente da acusação: 15 dias.
O prazo para o oferecimento das contrarrazões é de 2 dias, art. 588, CPP.
	3. Formato da peça
	Regra: Peça com petições de interposição e razões, ambas oferecidas perante o juízo a quo.
Caso o recurso já esteja interposto, elabora-se uma peça de juntada, anexando-se as razões;
A parte recorrida oferece contrarrazões, anexada a uma petição de juntada. O objetivo é de contrapor os argumentos lançados nas razões recursais, defendendo a decisão impugnada.
	4. Competência/atribuição
	Juízo a quo: Juiz de Direito Estadual, Juiz Federal e Juiz do Júri (Juiz da Vara do Júri), de ambas as justiças.
Juízo ad quem: Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal.
	5. Legitimidade
	Podem interpor o recurso de apelação as partes e o assistente da acusação, desde que não tenha havido recurso interposto pelo Ministério Público. Em havendo, caberá a ele arrazoá-lo
	6. Verbo e denominação das partes
	No preâmbulo da interposição utilize o verbo “interpor”;
Na redação da peça, empregue “Recorrente” e “Recorrido” para denominar as partes.
	7. Hipóteses de Cabimento
	Art. 581, CPP:
Esse rol foi alterado em razão de diversas modificações legislativas, que implicaram na revogação tácita ou expressa de seus incisos, além da supressão de hipóteses de cabimento. Dessa forma o rol do art. 581, do CPP deve ser lido, nos dias de hoje, do seguinte modo:
Que não receber a denúncia ou a queixa;
Que concluir pela incompetência do juízo;
Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
Que pronunciar o réu;
Que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
Que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
Que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
Que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
Que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
Que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
Que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
Que denegar a apelação ou a julgar deserta;
Que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
Que decidir o incidente de falsidade.
Art. 294, parágrafo único do CTB: da decisão que suspender cautelarmente a permissão ou habilitação para dirigir ou proibição de sua obtenção ou indeferir o requerimento para suspensão.
Art. 6º, da Lei, nº1508/1951: decisão de arquivamento da representação;
Art. 2º, III, do Decreto-lei 201/1967: do despacho concessivo ou denegatório de prisão preventiva ou afastamento do cargo. 
	8. Conteúdo
	As razões de apelação devem ser divididas em três partes:
Dos fatos;
Do Direito e
Do Pedido.
	9. Pedido Genérico
	Interposição: Recebimento, processamento. Deve ser pedido também o juízo de retratação;
Razões: Conhecimento e provimento do Recurso.
	10. Súmulas relacionadas à peça
	Súmula 707, do STF.
	11. Particularidades
	Há juízo de retratação. Há efeito devolutivo.
Em caso de não conhecimento ou não seguimento do recurso em sentido estrito, cabe a interposição de Carta Testemunhável (art. 639, CPP).
Recurso cabível contra as decisões do juiz de primeira instância no curso do processo de conhecimento.
Ocorre que o recurso em sentido estrito é oponível apenas nos casos taxativamente previstos no artigo 581 do CPP. Observa-se, entretanto, que com o advento da Lei de Execuções Penais, que prevê recurso de Agravo em execução contra decisões proferidas pelo juiz da execução. Assim algumas hipóteses previstas no art. 581, do CPP, não comportam mais Recurso em Sentido Estrito, tais como os incisos: XI, XII, XVII, XIX a XXIII.
O inciso XXIV foi tacitamente revogado pela Lei 9268/1996, que proíbe a conversão da multa em prisão. E o inciso VI, que previa a possibilidade de recurso em sentido estrito contra sentença de absolvição sumária, uma vez que foi revogado pela Lei 11689/2008.
CABIMENTO:
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
Se a decisão que não recebeu a denúncia foi do juizado, o recurso será apelação, uma vez que não cabe recurso em sentido estrito no JECRIM. 
Se o MP recorrer da decisão que não recebeu a denúncia, apesar da relação processual não ter sido instaurada, o STF exige intimação do réu para apresentar contrarrazões, sob pena de nulidade absoluta, conforme súmula 707.
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
Cabe RSE com base no inciso II quando o juiz espontaneamente reconhecer a sua incompetência, ou então quando a parte o provocar e ele assim reconhecer, mas sem o ajuizamento da exceção, pois nesse caso caberá o RSE com base no inciso III. 
Quando o juiz concluir que é competente não cabe recurso algum, sem prejuízo da questão ser tratada como preliminar em recurso de apelação. 
Se o juiz julgar improcedente as exceções, não cabe recurso algum, sem prejuízo da questão ser tratada como preliminar em recurso de apelação. Em regra, as exceções são julgadas pelo próprio juiz sentenciante, salvo a de suspeição, que é remetida ao tribunal para julgamento prévio e não cabe RSE para impugnar acórdão.
IV – que pronunciar o réu;
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
O inciso V trata de várias hipóteses de prisão e liberdade, mas não esgota o assunto, como, por exemplo, decisão que indefere pedido de prisão temporária, que para a jurisprudência é impugnada com RSE.
VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
Para Pacelli, o inciso VIII foi tacitamente revogado pela reforma do CPP de 2008, uma vez que o art. 397 do CPP tratou a decisão que extingue a punibilidade nos mesmos moldes de uma sentença absolutória, cujo recurso é a apelação.
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
Caberá RSE com base no inciso X quando essa decisão tiver sido proferida no juiz singular, pois quando for decisão de tribunal o recurso será o ordinário constitucional – ROC.
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
Quem concede ou nega o sursis é o juiz na sentença condenatória, logo o recurso é apelação. Quem revoga o sursis é o juiz da Vara de Execução Penal, logo o recurso é o agravo em execução. OBS: sublinhar “conceder, negar” e fazer remissão ao art. 593 do CPP. Sublinhar “revogar” e fazer remissão ao art. 197 da LEP.
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
OBS: remissão ao art. 157, § 3º. (DA PROVA)
Art. 157.  São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais oulegais. 
(...)
§ 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
OBS: remissão ao art. 426, § 1º do CPP.
Art. 426.  A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será publicada pela imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tribunal do Júri.
§ 1o  A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, data de sua publicação definitiva. 
Para Polastri, esse inciso foi tacitamente revogado pela reforma do CPP de 2008, pois de acordo com o art. 426, § 1º, essa lista de jurados pode ser modificada através de simples reclamação, sem necessidade de utilizar o recurso.
Porém, para Ada o recurso subsiste, pois se o juiz não atender a reclamação a parte poderá utilizar o RSE.
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
OBS: remissão aos arts. 92 e 93 do CPP.
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
OBS: remissão ao art. 145 do CPP.
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. (Tacitamente revogado)
 Art. 582 - Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos V, X e XIV.
Parágrafo único.  O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.
PRAZO: 5 dias, contados da intimação das partes, salvo quando se trata de exclusão ou inclusão de jurado na lista geral, que será de 20 dias.
Art. 586.  O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias. Parágrafo único.  No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista de jurados.
É fundamental que seja requerido o juízo de retratação!!
Ao contrário da Apelação, no RESE não cabe ao juiz a quo qualquer juízo de admissibilidade. Assim, caso entenda que deve manter a decisão atacada, está obrigado a remeter o recurso ao Tribunal de Justiça competente. Se não o fizer caberá à parte requerer ao escrivão a extração de carta testemunhável, visando o julgamento do recurso pelo tribunal competente.
SÚMULA 707 DO STF: Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso em sentido estrito interposto na rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor público.
O QUE SE DEVE PEDIR:
Na interposição, deverão ser requeridos o recebimento e o processamento do recurso, além da reforma da decisão recorrida. Deve-se ainda requerer que, caso seja mantida a decisão, seja remetido o recurso ao Tribunal de Justiça competente – JUÍZO DE RETRATAÇÃO.
Art. 589.  Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários.
Parágrafo único.  Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.
Nas razões do recurso, devem ser requeridas, genericamente, a reforma da decisão recorrida e a concessão do direito que havia sido negado.
PROCESSAMENTO:
A interposição do recurso em sentido estrito, por via de regra, será endereçada ao juiz que proferiu a decisão recorrida.
Após, devem recorrente e recorrido, no prazo de dois dias cada qual, apresentar respectivamente as razões e contrarrazões ao juiz que, à vista destas, poderá no de dois dias, reformar a decisão anterior.
– Juízo de retratação. Se assim decidir, caberá ao recorrido, no prazo de cinco dias, por meio de simples petição, requerer a subida dos autos. Se por outro lado, o juiz, resolver sustentar a decisão atacada, deverá remeter o recurso à segunda instância. 
OBSERVAÇÃO: Ao contrário da Apelação, no RESE não cabe ao juiz a quo qualquer juízo de admissibilidade. Assim, caso entenda que deve manter a decisão atacada, está obrigado a remeter o recurso ao Tribunal de Justiça competente. Se não o fizer caberá à parte requerer ao escrivão a extração de carta testemunhável, visando o julgamento do recurso pelo tribunal competente.
 Art. 588.  Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.
        Parágrafo único.  Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
Art. 583.  Subirão nos próprios autos os recursos:
I - quando interpostos de oficio;
II - nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
III - quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
Parágrafo único.  O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando, havendo dois ou mais réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou todos não tiverem sido ainda intimados da pronúncia.
Indeferido ou negado seguimento ao recurso, cabe Carta Testemunhável. Se julgado improcedente, cabem embargos infringentes ou de nulidade, contanto que a decisão não tenha sido unânime.
OBSERVAÇÃO:
Os prazos para apresentação de Razões e Contrarrazões é impróprio, ou seja, a sua superação não trará qualquer consequência processual.
PRINCÍPAIS HIPÓTESES DE CABIMENTO
São recorrentes no exame da OAB:
a) A que não receber a denúncia ou a queixa:
A única exceção vigente a esta disposição está relacionada à rejeição realizada nos JECRIM’s, nas infrações de menor potencial ofensivo, quando caberá recurso de apelação, art. 82, Lei 9099/95.
Também caberá RESE caso o juiz receba a inicial, mas desde logo modifique a tipificação contida originariamente na denúncia ou na queixa. Do mesmo modo será cabível quando for rejeitado o aditamento à inicial;
b) Que concluir pela incompetência do juízo:
É interposto RESE, sob este fundamento, quando ocorre desclassificação, ao final na primeira fase do procedimento do júri. Vale dizer, quando se trata de crime cuja competência afeta ao Tribunal do Júri. Sendo assim, deverá ser demonstrado aqui que o recorrente não agiu de forma dolosa. E sim culposa, ao praticar a conduta criminosa;
c) Que pronunciar o réu:
Os requisitos para a pronúncia estão contidos no art. 413, do CPP, quais sejam: o juiz precisa estar convencido dos indícios suficientes de autoria e da prova da materialidade delitiva. Não se trata de decisão favorável à defesa, que geralmente recorrerá a fim de que seja reconhecida a absolvição sumária (art. 415, CPP), principalmente e, subsidiariamente, a impronúncia (art. 414, CPP).
O juiz, ao pronunciar o réu, pode também decretar sua prisão, de natureza preventiva. Caso isso aconteça, deve ser impugnada, de forma subsidiária, de acordo com os elementos contidos no enunciado.
Após o advento da Lei 11719/2008, não vigora mais o princípio do in dubio pro societa. Em caso de dúvida a respeito dos indícios de autoria e/ou prova da materialidade delitiva, deve o juiz impronunciar o acusado.
Caso a decisão da pronúncia tenha sido fundamentada nesse princípio, deve ser impugnada, justificando-se a inexistência do princípio em questão pelo fato do art. 413 do CPP exigir que o juiz esteja convencido (estado de certeza), aliado ao fato de queos indícios de autoria devem ser suficientes.
d) Que conceder ou negar a ordem deabeas corpus:
Essa hipótese somente é aplicável para as decisões proferidas em primeiro grau.
Se o habeas corpus for denegado em segundo grau ou pelo STJ, cabe a interposição de ROC – Recurso Ordinário Constitucional.
MODELO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE _____
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _____
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE _____
(espaço de 10 linhas) 
Autos do processo
(espaço de 10 linhas) 
Fulano, já qualificado nos autos de nº em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, cuja procuração segue anexado (doc. 01), inconformado com a respeitável decisão de fls. (informar qual a decisão impugnada que incidiu em umas das hipóteses do 581, CPP), que o _____ (expor a decisão recorrida), vem, respeitosamente, tempestivamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 581, inciso _____ (escolher um dos incisos), do CPP, interpor 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Requer, primeiramente, a realização do Juízo de Retratação, nos termos do artigo 589 do CPP. 
Em sendo mantida a decisão atacada, postula-se seja recebido e processado, juntando as inclusas razões, requerendo ainda a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal __________.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, data
Advogado, OAB
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (impresso em folha separada)
RECORRENTE: FULANO
RECORRIDA: MINISTÉRIO PÚBLICO/ JUSTIÇA PÚBLICA
Processo n.º:
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça, 
Não se conformando com a respeitável decisão proferida pelo juízo a quo, vem recorrer em SENTIDO ESTRITO, aguardando ao final se dignem Vossas Excelências em reforma-la, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:
I Dos Fatos
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Ilustre Magistrado “a quo” a respeitável decisão prolatada merece reforma, conforme será demonstrado seguir
O Recorrente foi denunciado, processo e pronunciado como incurso no art. 121,..... (Narrar os fatos)
II Do Direito
PRELIMINARES
MERITO
SUBSIDIARIAMENTE
III Do Pedido 
Diante de todo o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se a _______ (expor o direito pleiteado, por exemplo: impronunciando-se o Recorrente), como medida de Justiça.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado, OAB
CASO PRÁTICO 01
Zé está sendo processado por violação ao artigo 213 do Código Penal.  Ocorre que Bia, a ofendida, deixou passar o prazo de seis meses do artigo 38 do CPP para propor a ação, tendo o fato ocorrido no dia 01.01. 2010 e a queixa-crime recebida no dia 01.07. 2010. Desta forma, não podendo a Ação Penal prosperar, em face da decadência já operada, Zé requereu fosse reconhecida a extinção da punibilidade. Seu pedido foi indeferido pelo Juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Santos-SP.
QUESTÃO: Elaborar medida judicial em favor de “A”.
Endereçamento da peça de interposição: Será para juízo que proferiu a decisão a ser atacada. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE Santos - SP.
Processo nº:___________
(10 espaços)
Zé, já qualificado nos autos às folhas (  ), por meio de seu advogado e procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão de folhas (  ), interpor tempestivamente,
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 
com fundamento no artigo 581, inciso IX, do Código de Processo Penal, para primeiramente, requerer a realização do Juízo de Retratação, nos termos do artigo 589 do Código de Processo Penal, em sendo mantida a decisão atacada, que seja o presente recurso encaminhado para segunda instância para devido processamento e julgamento. 
Termos em que,
Pede-se deferimento.
Cidade, ___/___/___
__________________________
Advogado
OAB/___, nº___
Razões do Recurso deve ser endereçada para Egrégio Tribunal, Colenda Câmara, Douto Julgadores. Em outra página.
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: Zé
Recorrido: Bia 
Processo nº:______
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça, 
Não se conformando com a respeitável decisão proferida pelo juízo a quo, vem recorrer em SENTIDO ESTRITO, aguardando ao final se dignem Vossas Excelências em reforma-la, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas
I- DOS FATOS
A recorrida ajuizou queixa-crime em desfavor do recorrente por suposta violação do artigo 213 do Código Penal, narrando que no dia 01.01.2010, o recorrente teria imputado fato descrito como crime à Bia.   
Ocorre que constatada a decadência do direito de queixa da recorrida, nos termos do artigo 38 do Código Penal, o recorrente requereu que fosse reconhecida a extinção da punibilidade, com a consequente extinção do feito. 
Todavia, seu pedido foi indeferido pelo Juiz da 2 ª Vara Criminal da Comarca de Santos-SP. 
II - DO MÉRITO 
Cabe ressaltar, que o direito de ação da recorrida decaiu, nos termos do artigo 138 do Código Penal, uma vez que o fato ocorreu no dia 01.01.2010 e a queixa-crime foi proposta no dia 02.07.2010, tendo decorrido o prazo decadencial disposto nos artigo 100, §2 º do Código Penal e artigo 38 do Código Processo Penal. 
Desta forma, como ocorreu a decadência do direito de queixa da recorrida, não há outra medida se não a decretação da extinção da punibilidade do agente, com fundamento no artigo 107, inciso IV do Código Penal. 
III - PEDIDO
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência que  seja conhecido o presente recurso e reformada a respeitável decisão de folhas (  ), para assim ser declarada a extinção da punibilidade do acusado, nos termos do artigo 107, inciso IV do Código de Processo Penal, determinando-se ao Meritíssimo Juízo a quo o arquivamento do feito com as anotações de estilo, por ser de direito e de justiça.
Termos em que 
Pede deferimento.
________, ___ de ___ de ___.
_____________________________
Advogado
OAB/__, nº___.
CASO PRÁTICO 02
No dia 17 de junho de 2010, uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não possuía mais vida. Helena, a mãe da criança, foi localizada e negou que houvesse jogado a vítima no córrego. Sua filha teria sido, segundo ela, sequestrada por um desconhecido. Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame médico legal, o qual constatou que Helena, quando do fato, estava sob influência de estado puerperal. À míngua de provas que confirmassem a autoria, mas desconfiado de que a mãe da criança pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretação de interceptação telefônica da linha de telefone móvel usado pela mãe, medida que foi decretada pelo juiz competente. A prova constatou que a mãe efetivamente praticara o fato, pois, em conversa telefônica com uma conhecida, de nome Lia, ela afirmara ter atirado a criança ao córrego, por desespero, mas que estava arrependida. O delegado intimou Lia para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, que Helena de fato havia atirado a criança, logo após o parto, no córrego. Em razão das aludidas provas, a mãe da criança foi então denunciada pela prática do crime descrito no art. 123 do Código Penal perante a 1ª Vara Criminal (Tribunal do Júri). Durante a ação penal, é juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criança. A prova técnica concluiu quea criança já nascera morta. Na audiência de instrução, realizada no dia 12 de agosto de 2010, Lia é novamente inquirida, ocasião em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefônica, admitido ter jogado o corpo da criança no córrego. A mesma testemunha, no entanto, trouxe nova informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras conversas que tivera com a mãe da criança, Helena contara que tomara substância abortiva, pois não poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou todos os fatos. Finda a instrução, o Ministério Público manifestou-se pela pronúncia, nos termos da denúncia, e a defesa, pela impronúncia, com base no interrogatório da acusada, que negara todos os fatos. O magistrado, na mesma audiência, prolatou sentença de pronúncia, não nos termos da denúncia, e sim pela prática do crime descrito no art. 124 do Código Penal, punido menos severamente do que aquele previsto no art. 123 do mesmo código, intimando as partes no referido ato. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na condição de advogado(a) de Helena, redija a peça cabível à impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões pertinentes, as quais devem apontar os argumentos para o provimento do recurso, mesmo que em caráter sucessivo.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __1ª VARA DOTRIBUNAL DO JÚRI)
 
Proc. nº _________ 
(10 ESPAÇOS)
                Helena, já qualificada nos autos em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, através de seu procurador, que esta subscreve, procuração em anexo, (doc. 01), vem, com o devido respeito, perante V. Exa., nos termos do art. 581, inc. IV, do Código de Processo Penal, inconformado com a r. sentença de fls. , que a pronunciou, como incursa no art. 124 do Código Penal, interpor tempestivamente o presente 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
                Assim, requer, seja recebido e processado o presente recurso, juntando-lhe as inclusas razões, dignando-se Vossa Excelência a realizar o juízo de retratação.
Em não havendo retratação, requer-se seu regular processamento com a remessa dos autos à Instância Superior para o devido reexame, tudo nos termos do art. 589 do Código de Processo Penal.
Termos em que
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Proc. nº ____________ (Controle nº ________)
Recorrente: Helena
Recorrido: Justiça Pública
Egrégio tribunal
Colenda Câmara
Douta Procuradoria de Justiça
Não se conformando com a respeitável decisão proferida pelo juízo a quo, vem recorrer em SENTIDO ESTRITO, aguardando ao final se dignem Vossas Excelências em reforma-la, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas
 I – DOS FATOS:
  			Helena foi denunciada pelo Ministério Público como incursa no art. 123 do Código Penal porque supostamente teria matado, em estado puerperal, o seu filho (infantício). Foi processada, sendo ouvida uma testemunha de acusação de nome Lia e afinal, após as alegações da acusação e defesa, pronunciada como incursa no art. 124 do Código Penal, porque supostamente teria ingerido substância abortiva. Vieram os autos para ciência da Defesa, vindo a ré a interpor o presente recurso em sentido estrito.
II – DO DIREITO:
PRELIMINARMENTE:
I- Nulidade da inobservância do instituto da “Mutatio libelli”
Em primeiro lugar, é oportuno salientar que existe nulidade decorrente da inobservância do art. 411, § 3º, c/c o art. 384, ambos do CPP.
Isto porque a denúncia classificou o fato de infanticídio, e a decisão da pronúncia o capitulou como aborto, nos termos do que dispõe o art. 124 do CP, em razão de provas que foram produzidas na instrução processual criminal.
Ainda que a desclassificação procedida pelo magistrado tenha sido em benefício, com pena mais branda, é necessário que se respeite o instituto jurídico da “mutatio libelli” (art. 384, CPP).
Como isto não foi observado, de rigor é o conhecimento de nulidade processual, com fundamento no art. 564, IV, do CPP.
MÉRITO:
CASO Vossa Excelências não acolham a preliminar arguida, o que admitimos aqui apenas pelo dever de argumentar, requer-se a apreciação da matéria de mérito, aqui exposta:
Inicialmente, salienta-se que a interceptação telefônica trazida pelo enunciado é ilegal.
 Primeiro porque a Lei 9269/1996, que versa sobre o assunto, em seu art. 2º, III, veda a adoção de tal medida excepcional nos casos em que o crime é apenas apenado com detenção.
Depois porque, não existem indícios suficientes de autoria, uma vez que a autoridade policial representou pela decretação da quebra de sigilo telefônico com base em meras suspeitas, além de que não foram esgotados todos os meios de investigações. “conditio sine qua non” para que a medida seja decretada, como dispõe a o art. 2º, I e II, da Lei 9296/1996.
A Constituição Federal considera inadmissíveis as provas ilícitas, art. 5º, LVI, da CF:
“São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.
Deste modo, a prova obtida por meio de tal interceptação é ilegal e, por conseguinte, nula, tal como todas aquelas que dela derivarem, como é o caso dos depoimentos de Lia, que, portanto, também devem ser considerados nulos, com fulcro no art. 157, § 11º, do CPP.
De rigor é, portanto, o desentranhamento das provas ilícitas.
Ademais, o exame de corpo de delito necroscópico comprovou que a criança já veio ao mundo sem vida, o que afasta por completo a acusação de infanticídio.
Além disso, a necropsia não apontou que a causa abortiva tenha sido qualquer substância que teria sido ingerida pela mãe. Assim, por mais que se tenha o produto do aborto, a materialidade delitiva não resta comprovada, uma vez que nada vincula o perecimento do feto a uma ação ou omissão da genitora.
Diante disso, temos que o fato ora tratado não constitui crime, o que dá ensejo à absolvição sumária.
SUBSIDIARIAMENTE:
Na remota hipótese de Vossas Excelências rejeitarem o peido formulado no mérito, pede-se o exame da seguinte questão subsidiária:
Caso a dúvida a respeito dos requisitos necessários para a prolação da pronúncia, deve ser a Recorrente impronunciada.
Isto porque os indícios de autoria são insuficientes, a partir do desentranhamento da prova ilícita, conforme apontado anteriormente.
Não vige mais entre n[os o princípio do “in dúbio pro societa’ nesta fase processual. Foi afastado por completo pela Lei 11689/2008.
Para que haja pronúncia, é fundamental que o juiz esteja convencido dos indícios suficientes de autoria e da prova da materialidade delitiva, o que não se verifica no caso em análise, razão pela qual, no mínimo, impõe-se a impronúncia.
III- DO PEDIDO:
Diante do acima exposto, são as presentes razões, para requerer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, coma finalidade de:
Preliminarmente, que seja reconhecida a nulidade arguida anteriormente, com fundamento legal no art. 564, IV, do CPP, anulando-se a decisão de pronúncia;
Na hipótese de rejeição da preliminar, quanto ao mérito requer-se a absolvição sumária, com fundamento no art. 415, III, do CPP quanto ao do delito de infanticídio; 
Se Vossa Excelência entender por bem em não acolher o que foi pedido no mérito, pleiteia-se, subsidiariamente, a despronúncia da Recorr4ente, com fundamento legal no art. 414 do CPP.
Nestes Termos, 
Pede deferimento,
Local/Data
Advogado
OAB 
Importante
Importante
DICA
Importante
DICA
_1531813014/ole-[42, 4D, BE, C8, 00, 00, 00, 00]

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