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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE...
MATEUS, já qualificado nos autos da ação penal n. ... que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Nos termos dos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
I – DOS FATOS
Mateus de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A §1º, c/c art. 234-A, III, do Código Penal, por suposto crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade.
A acusação afirma ser a suposta vítima deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
II – DO DIREITO
II.I. - Preliminarmente
 Ilegitimidade do MP:
Diz o art. 225, do CP:
Art. 225 - Nos crimes definidos nos capítulos anteriores, somente se procede mediante queixa.
§ 1º - Procede-se, entretanto, mediante ação pública:
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às despesas do processo, sem privar-se de recursos indispensáveis à manutenção própria ou da família;
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador.
§ 2º - No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação do Ministério Público depende de representação.
No caso em tela, a suposta prática criminosa, se procede mediante Ação Penal Privada, devendo ser providas apenas pela própria vítima, esta como única parte legítima na demanda.
Nosso Tribunal de Justiça já decidiu:
Apelação Criminal - Reclusão - N. 2001.001183-5/0000-00 - Ivinhema.
Relator - Exmo. Sr. Des. Rubens Bergonzi Bossay.
(...)
E M E N T A – APELAÇÃO CRIMINAL – ESTUPROE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR – ILEGITIMIDADE DE PARTE – DENÚNCIA OFERECIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO – FALTA DE INICIATIVA DA REPRESENTANTE DA VÍTIMA – HIPÓTESE EM QUE SÓ SE PROCEDE MEDIANTE QUEIXA – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO – IMPROVIDO.
O Ministério Público é parte ilegítima para ingressar com ação penal por crimes contra os costumes quando não há qualquer iniciativa da representante da vítima, nem para abertura de inquérito policial e nem para a ação penal, hipótese em que só se procede mediante queixa.
(...)
Já o art. 395, II, do CPP, diz o seguinte:
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
II - Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
Assim, temos a convicção em afirmar, ser o Ministério Público Estadual parte ilegítima na presente demanda, devendo o MM. Juiz de Direito rejeitar a inicial acusatória, por manifesta falta de pressuposto processual.
Nulidade
Diz o art. 564, II, CPP:
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
(...)
II - Por ilegitimidade de parte
 
No caso em tela, conforme narrado acima, o Ministério Público foi quem deu início a ação penal, sendo este, parte ilegítima para tanto. Então, deve o Excelentíssimo Juiz de Direito, reconhecendo a patente ilegitimidade arguida, declarar a nulidade da presente Ação Penal.
MÉRITO:
 Da absolvição sumária:
Diz o art. 397 do CPP:
Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
No caso em tela, a denúncia vem embasada apenas com os depoimentos prestados na fase de inquérito policial, e com a folha de antecedentes do denunciado. Não há qualquer prova da debilidade mental da vítima. Todos os atos praticados foram com o consentimento de Maísa, maior, com 19 anos de idade.
Então, inexiste o crime descrito na inicial, devendo o MM. Juiz de Direito Absolver Sumariamente o denunciado.
DO PEDIDO
Pelo exposto, requer, seja rejeitada a inicial acusatória, com fulcro no art. 395, II do CPP, com a declaração de nulidade do ato e consequente declaração de extinção da punibilidade em relação ao denunciado.
Caso Vossa Excelência decida por receber a denúncia, requer seja o réu absolvido sumariamente, com fulcro no art. 397, III, CPP, pelos motivos já expostos.
Ainda, não sendo esse o entendimento, requer a realização de Exame Pericial na suposta vítima, com a finalidade de comprovar sua plena sanidade mental, além da intimação das testemunhas abaixo arroladas.
 Local, data.
Advogado
OAB/XX,
 ______________
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. Maísa, vítima, endereço;
2. ...
3. ...
P R O C U R A Ç Ã O
 
OUTORGANTE: MATEUS..., (nacionalidade), (estado civil), (profissão), CI (n. da Carteira de Identidade), inscrito no CPF sob o número (n. do CPF), residente e domiciliado na cidade de (nome da cidade), na (Rua, Av., etc. logradouro e número).
  
OUTORGADO: (Nome do Outorgado), (nacionalidade), (estado civil), advogado, inscrito na OAB/(UF), sob o número (n. da inscrição na OAB) e no CPF sob o número (n. do CPF), residente e domiciliado na cidade de (nome da cidade), com escritório na (Rua, Av., etc. logradouro e número).
  
PODERES: pelo presente instrumento o outorgante confere ao outorgado amplos poderes para o foro em geral, com cláusula "ad-judicia et extra", em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defendê-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, poderes especiais para receber citação inicial, confessar, e conhecer a procedência do pedido, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, podendo agir em Juízo ou fora dele, assim como  substabelecer esta a outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, para agir em conjunto ou separadamente com o substabelecido.
  
FINALIDADE: para o fim de propor Resposta à Acusação contra Mateus, que fora denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A §1º, c/c art. 234-A, III, do Código Penal, por suposto crime praticado contra Maísa.
 
  
(Cidade, UF), _____de __________de _____
 
  
 
______________(assinatura) ______________
(nome completo

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