Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TRABALHO EM GRUPO – TG Aluno(s) RA RA RA RA RA RA RA POLO DOURADOS – MS 2016 Adriana de Oliveira 1603849 Alessandro Valério 1612425 Roselaine de S. Matos 1628812 Julieli Sorjoani Pereira 1601886 Paula dos Santos Amorim 1616943 Andressa Barreto 1613487 Leneilda Ferreira da Cruz 1619509 CURSO DE PEDAGOGIA REUNIÃO DE PAIS: PROBLEMÁTICAS, REFLEXÕES, ABORDAGENS E ALGUMAS ESTRATÉGIAS A FINS DE CONTRIBUIÇÃO POLO DOURADOS – MS 2016 REUNIÃO DE PAIS: PROBLEMÁTICAS, REFLEXÕES, ABORDAGENS E ALGUMAS ESTRATÉGIAS A FINS DE CONTRIBUIÇÃO A proposta desse trabalho tem como objetivo refletir, abordar um tema, vivenciado rotineiramente dentro do ambiente escolar, mas que, infelizmente não é tratado com o respaldo teórico que deveria ser observado, o assunto aqui a ser tratado diz respeito à Reunião de Pais. Para o seguinte pressuposto acima afirmado, nos nortearemos em Beate Althuon, Corina Essle e Isa S. Stoeber, da obra intitulada Reunião de Pais: Sofrimento ou Prazer? (1996). De acordo com nosso referencial teórico, acima citado e o título elaborado, já fica explícito, que o tema envolve questionamentos e por oras, nos capacita percebermos às problemáticas existentes, refletirmos e abordar sobre elas e ao final tentaremos trazer algumas estratégias que possam colaborar no estímulo à melhora do tema suscitado que é o acima citado. Essa interação, não tem ocorrido como deveria, ou seja, de uma forma articulada, afinal a instituição escolar, é considerada a segunda instituição participante na formação não somente intelectual da criança, mas, também social, afetiva, emocional e interpessoal, perfazendo o que se denomina de formação plena do indivíduo, depois da sua primeira instituição formadora que é a família. Sendo assim, essas duas instituições formadoras de princípios, valores, deveriam estar associados na efetivação maior do elo que os liga, que é a educação de suas crianças, sendo que, ambos poderiam um contribuir para com o outro para que isso ocorresse de uma maneira mais eficaz. Segundo nossos conceitos já pré-estabelecidos e pautados ainda em discussões que tivemos sobre o assunto, concordamos que há problemáticas que devem ser refletidas para que a reunião de pais venha á tornar-se um momento possível para a troca de experiências, vivências, opiniões, que possam contribuir para a melhora de desempenho do aluno. Acreditamos nisso, uma vez, que nossos estudos e até mesmo a proposta levantada para elaboração desse trabalho, se dá, por conta de aspectos que se tornam cotidianos nesse momento, e que problematizam as dificuldades enfrentadas pelos protagonistas inseridos nesse contexto, que deveriam interagir de forma á um colaborar para com o outro, uma vez, que interesse comum de ambos, é o bom desenvolvimento da criança, à fins de que torne-se um cidadão pleno de seus direitos e deveres. Portanto, pais e professores, precisam de um momento de reciprocidade e interação, que venham propiciar o desenvolver de uma capacidade de desenvolvimento e conhecimento que contribuam para que o principal ator, que insere o objetivo dessa necessidade de interação, que é o aluno, venha ser recompensado nessas trocas, com a possibilidade de um conhecimento mais amplo e propício que por intermédio da participação de pais e alunos, sejam inseridas dentro desse objetivo maior que é a formação da criança em sua totalidade. Uma problemática que percebemos em nossas discussões e que percebemos até em nosso dia-a-dia, já inseridos dentro do contexto escolar, como pais, ou até como profissionais, é a percepção desencontrada entre pais e professores, sendo que, o alto índice de ausência dos pais nas reuniões, levam os professores, perceberem essa atitude como desinteresse do pais pelos estudos da criança, em contrapartida, temos pais insatisfeitos com as reuniões, considerando essas sempre cansativas, desinteressantes e até mesmo, como um momento de desconforto, quando sentem-se expostos ou indispostos à vivenciar situações que consideram incoerentes com sua realidade, isso em muito se dá, devido os assuntos serem discutido de maneira coletiva e sem levar em consideração à individualidade de cada um, tanto de pais, como de alunos. Portanto, segundo Beate G. Althuon (1996), ela conceitua isso como uma necessidade de pontuar que “ [...] a primeira preocupação deve ser com relação aos participantes esperados.” (p. 33), ou melhor, “[...] não faz sentido organizar um encontro aleatório, preparado em “gabinete de direção”, que não atenda a realidade.”, com isso, a autora nos orienta pensarmos em reuniões de pais que precisam ser planejadas, sendo considerado como ponto de partida para isso, a realidade que o professor reconhece de sua sala de aula. Com essa afirmação, fica claro que o professor no contexto escolar, deve tomar posição como mediador desse processo de interação, nos encontros entre ele e os pais, pois, esse é um momento propício ao reconhecimento do universo em que seu aluno está inserido. Sem contar, que a autora, traz ainda apontamentos, no que diz respeito, sobre a necessidade, de se conhecer os pais das crianças, esse momento, deve ser aproveitado pelo professor, como a oportunidade possível para que com a interação com os pais e suas expectativas, seja possível um melhor reconhecimento desse aluno, os problemas enfrentados por ele, a percepção da relação dos pais, as problemáticas tão concernentes ao nosso universo familiar atual, que inevitavelmente influenciam no comportamento e desenvolvimento dessa criança dentro de sala de aula e no contexto escolar em si. As autoras fundamentaram-se na elaboração de sua obra, na teoria construtivista de Piaget, que segundo elas, percebe o processo de construção de conhecimento de forma ampla, não se limitando a conteúdos que necessitam ser aprendidos, mas sim, em um processo em que o indivíduo “procura ativamente compreender o mundo que o rodeia e que busca resolver as questões que este mundo provoca” (p. 21), com isso o professor tem de se apropriar desse conceito, para com isso desenvolver a capacidade de compreender a realidade que o cerca. Com isso conseguintemente segue á necessidade de reformulação de práticas, que pleiteiem, por meio da interação dos pares, a tomada de metodologias que permitam a busca de um objetivo comum, por meio de significações que são refeitas, portanto, “uma prática coerente com esta perspectiva exige do professor um aprofundamento em teoria do conhecimento.” (ALTHUON, 1996 – p.22). Entendemos com tudo isso, que a reunião de pais, deve ser compreendida com um momento de interação e construção e que para isso, se faz necessário, que o professor planeje esse momento, de forma, à conhecer seu par, reconhecer suas expectativas, receios e realidade vivenciada. A interação professor, pais de alunos ou responsáveis deve ser pautada em uma relação em que se deve pensar em metodologias de intervenção, que contribuam para que os medos, angústias ou distanciamento sejam vencidos, sendo que, ambos são os principais envolvidos no processo de formação dacriança. Diante de tudo que nos foi disposto, o que podemos concluir é que devemos buscar alternativas, que tragam mudanças nas reuniões de pais, onde o principal suporte deve ser o planejamento deste momento, pensando em estratégias que viabilizem ou contribuam para a efetivação ou atuação dos pares, pautados em um objetivo comum, que é o desenvolvimento desse filho/aluno, sendo que para isso deve-se elaborar situações em que as problemáticas que permeiam o universo da criança dentro da escola, seja desenvolvido de forma, motivadora, que incentive o envolvimento dos pais no processo de educação dos seus filhos. Como dissemos muito em interação e a teoria que fundamenta o presente trabalho é a de Piaget construtivista-interacionista, abordada pelas autoras, na obra citada no princípio de elaboração desse trabalho, conforme nos foi proposto, apresentaremos á seguir, três estratégias que possam contribuir na construção de uma reunião de pais, onde as frustrações ora existentes nesse momento possam ser amenizadas. Objetivamos colaborar para que esse momento possa ser propício, tanto á professores como aos pais, propiciando que sejam criados verdadeiros elos de compromisso, interesse, motivação e participação dos pais, nesse momento que na grande maioria das vezes, torna-se um momento de desprazer, vivenciado por eles e que o professor, com isso, possa compreender seu papel de mediador nesse processo de ressignificação dessa participação, sendo que com o bom êxito e aquisição de objetivos, o professor possa sentir-se também mais disposto, para com as reuniões de pais, que para eles, no contexto atual, é tido pelo mesmo, como uma percepção negativa da participação dos pais na vida escolar de seus filhos. ESTRATÉGIAS PARA SEREM DESENVOLVIDAS EM REUNIÃO DE PAIS ESTRATÉGIA I: CONVITE DA REUNIÃO: O convite tradicional, com data, hora, assunto a ser tratado, deve ser substituído por um modelo de convite em forma de Circular, sendo enfatizado e abordado de forma simplificada, o tema a ser proposto, o texto deve disponibilizar de uma mensagem receptiva, acolhedora e que crie indagações, curiosidades e motivação á participar, o texto deve ser escrito de forma simples, para uma boa compreensão, mas, não de forma tão objetiva, nesse modelo pode ser inserida à participação dos pais em propostas de assuntos que tenham interesse nas reuniões. Acreditamos que um modelo de convite elaborado dessa forma, será mais bem recebido pelos pais, sem contar que tendo a abordagem de um tema para a reunião, ela fica mais atrativa, pessoal e objetiva, a abertura a participação dos pais na escolha dos assuntos á serem abordados, podem motivá-los à serem percebidos como um agente participativo na formação escolar de seu filho, contribuindo para que venham a se disponibilizar mais à freqüência á esses encontros . ESTRATÉGIA II: DINÂMICAS DE INTERAÇÃO: Montar um boneco. A cada três grupos deverá sair um boneco, ou seja, um grupo vai desenhar a cabeça, o outro grupo o tronco e o outro grupo os membros. Um grupo não pode se comunicar e nem ver o trabalho do outro grupo. A intenção é que o Grupo 1A, o Grupo 2A e o Grupo 3A ao juntarem as partes para montar o boneco, estas apresentem tamanho desproporcional deixando o boneco completamente deformado.Que a cabeça fique desproporcional ao tronco e este aos membros. O objetivo maior desta dinâmica é justamente trabalhar a maneira diferenciada que as pessoas têm ao enfocarem o mesmo assunto. Também deixa bem claro o que a falta de comunicação e entrosamento propicia, uma vez que eles não puderam se comunicar. Não existe nada mais familiar que o próprio corpo e cada um o representaram de tamanhos e maneiras diferentes. Porém, caso os grupos tivessem tido contato uns com os outros, ou seja, trabalhassem em harmonia, em cooperação visando um mesmo interesse, esta desproporção não teria acontecido. O objetivo desta dinâmica mostra a importância do entrosamento, da união, da comunicação para que exista a parceria entre a escola, o professor e o aluno. As dinâmicas, são estratégias que muito contribuem para a interação entre as pessoas, sempre possuem objetivos gerais e específicos, são propostas que visam à articulação de uma atividade, que visa repassar um valor ou princípio. Podemos encontrar dinâmicas à serem desenvolvidas de várias formas, com objetivos diferenciados e com vistas à enfatizar muitos conceitos que são necessários, dentro de um ambiente escolar. A dinâmica proposta torna-se interessante para o contexto escolar, pois, traz á tona demonstração da necessidade de interação entre os participantes do processo educativo, sendo que esta colabora ainda para a importância da busca do trabalho em equipe com vistas à obtenção de um objetivo comum. ESTRATÉGIA III: RECEPÇÃO: - Ambiente acolhedor - Apresentações pessoais - Possibilidade de Diálogo A receptividade em que somos acolhidos em um ambiente é o que nos faz retornar ou não a esse lugar. O professor deverá ter em mente uma maneira clara, ou seja, planejada de como quer receber os pais de seus alunos e como quer atraí-los ao ambiente escolar com freqüência para que participem ativamente do processo de aprendizagem e desenvolvimento do seu filho. Para isso, faz-se necessário criar um ambiente em que os pais, irão sentir-se acolhidos de fato, para isso, os professores precisam estar seguros e conscientes de que esses pais vêm a esse ambiente trazendo informações que podem ser relevantes ao seu papel, mesmo suas inseguranças, podem contribuir para que o professor perceba o contexto em que o aluno está inserido. Em contrapartida os professores devem oferecer aos pais segurança no assunto que se é tratado, nesse sentido, o planejamento desse momento será uma ferramenta facilitadora, pois possibilitará que o professor fundamenta-se teoricamente com relação ao tema proposto para á reunião, sendo que isso mantenha claros os objetivos que se deseja alcançar com a explanação, discussão e questionamento do assunto de forma coletiva. Essas vertentes podem interagir de uma forma positiva nesse processo de interação entre os pares nesse momento, que deve ser elaborado com vistas a uma aproximação necessário entre o professor e os pais, desfazendo toda forma de desconforto ou até mesmo aversão ao ambiente escolar. É perceptível a evasão participativa dos pais de alunos nas reuniões, que se fazem necessárias para o bom andamento do processo de aprendizagem de seus filhos, sendo que os pais não podem sentir-se de forma alguma marginalizados, excluídos desse contexto que lhe é tão peculiar, pois, a escola, o professor, os conteúdos, assuntos pertinentes à reconhecimento de problemáticas e busca de soluções de forma coletiva, pode servir como um processo facilitador no desenvolvimento do aluno. Se ambos os protagonistas desse processo, escola e família resolverem participar juntos, sem se perceberem como em uma área de confronto, mas, sim, em um ambiente que lhes é permitido expor opinião, esclarecer dúvidas e, por conseguinte ainda, tornar-se um momento propício para que a escola desenvolva seu papel fundamental que é contribuir no processo pessoal e coletivo da comunidade escolar, por meio da transmissão de conhecimento, que é tido como um acontecimento processual, coletivo e libertador, podem obter mudanças significativas dentro do processo de ensino-aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesse momento, queremosressalvar que desejamos de alguma maneira contribuir em uma nova concepção que busque viabilizar de fato, resgatar o despertar que se faz necessário da participação dos pais na vida escolar de seus filhos. Já compreendemos que é na escola, que a criança inicia suas primeiras interações com outros pares que não seja o familiar, e com isso formação psicológica, ética, moral, também irá se configurando. Nesse processo de desenvolvimento da criança, percebemos que é pertinente as situações de conflito, uma vez, que mesmo na fase adulta, nas relações interpessoais somos submetidos á momentos de medo, insegurança, desconforto, tornando-se um processo desafiante até mesmo para nós adultos, para a criança esse processo não é diferente, uma vez, que somos antes de qualquer coisa seres humanos, formados de múltiplas complexidades. Portanto, entendemos que a escola quanto ambiente norteador do aprendizado e formação integral do educando, deve colaborar para que o esse ambiente seja receptivo as necessidades do aluno. Nessa vertente, devemos pensar na família como pilar inicial de agregação dos valores que a criança traz consigo, sendo assim, é fundamental á participação dos pais no processo educativo de seus filhos, mesmo porque, ambos devem interagir de forma cooperativa um para com o outro, sendo que, o que o ator principal, que traz o elo de ligação entre escola e família é a criança. Portanto concluímos que consideramos que reflexões, abordagens e estratégias que objetivem repensar à interação entre os pares envolvidos e interessados na formação dessas crianças, que são professores e pais, deve ser considerado de relevância. Uma primeira iniciativa que possa contribuir e muito para a retomada da participação dos pais no processo de aprendizagem dos alunos, seja o ambiente escolar repensar em estratégias que possam fomentar uma mudança na percepção dos pais, com relação à como são percebidos, dentro desse ambiente, sendo que uma possibilidade que pode remeter á isso é o fato dos pais de alunos, nas Reuniões destinadas á eles, sejam percebidos e venham perceberem-se como integrantes essenciais no processo de desenvolvimento e aprendizagem de seus filhos, que são responsáveis e agentes primordiais na cooperação de uma educação de qualidade com fins á buscarem coletivamente a formação de uma sociedade mais justa, igualitária e plena de seus direitos e deveres. Como não considerar totalmente viável, que seja discutida essa temática, uma vez que, na Reunião de Pais, estarão agregados os dois pilares de formação interacional da criança, de um lado pais, em outro professor, sem contar que o protagonista comum de interesses, nesse momento, que deve ser de socialização, é o aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ALTUHON, Beate, Reunião de Pais, sofrimento e Prazer? Beate Althuon, Corina Essle, Isa S. Stoeber _ São Paulo: Casa do Psicólogo.1996. https://www.google.com.br/search?q=Convites+circular+para+Reuni%C3%A3o+de+pa is&safe=active&espv=2&biw=1242&bih=580&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X &ved=0ahUKEwjTwb6k6LfQAhWKjJAKHZqFAs8QsAQIGQ – Acesso em Nov./2016 http://educaja.com.br/2010/11/reunioes-de-pais-e-dinamicas.html - Acesso em Nov/2016
Compartilhar