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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE MACEIÓ

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE MACEIÓ
Ação de anulação de negócio jurídico
Processo n° 0000013991
Autor: JoelTavares Ré: Marina Gonçalves 
MARINA GONÇALVES, nacionalidade, estado civil, advogada, RG, CPF, nos autos da ação de anulação de negócio jurídico que lhe é movida por JOEL TAVARES, vem, por seu advogado, apresentar sua
CONTESTAÇÃO,
expor e requerer o que segue:
PRELIMINARMENTE 
I – DA ILEGITIMIDADE ATIVA 
Da análise da presente demanda, podemos observar que a parte autora pretende anular negócio jurídico estabelecido entre a ré e o Sr. Abelardo Tavares, ou seja, pleiteia em nome próprio direito alheio, uma vez que em se tratando de anulaçao de negócio jurídico, faz-se necessário seja a açao ajuizada pelo próprio celebrante, incasu, o Sr. Abelardo, razão pela qual requer seja extinto o feito, sem resolução do mérito, ex vi do artigo 267, VI, do CPC. 
II – DA CARÊNCIA DE AÇÃO
Em consequencia da preliminar arguida anteriormente, conclui-se que, por ter o Sr. Abelardo já falecido e não sendo a autora parte legitima para cdemandar direito de outrem, resta clara a carência da açao pela falta deinteresse d agir, certo que deverá o presente feito ser extinto, sem resolução do mérito, nos termos do artigo e diploma supracitados. 
III – DA COISA JULGADA
O autor intenta, pela segunda vez, ingressar com açao visando anular negócio jurídico celebrado, conforme se comprova através do processo no. ________________, o qual foi extinto, sem resoluçao do mérito, na forma do art.267, VI,do CPC. Conforme pode ser analisado por Va. Exa., presente o instituto da coisa julgada, uma vez que tanto a presente demanda quanto o referido processo tem as mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido preenchendo, assim, os requisitos do art.301 e parágrafos do CPC. Assim, tendo sido julgada ação idêntica ajuizada pelo mesmo autor em face do mesmo réu, há que ser reconhecida a existênciade coisa julgada.
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
I – DA DECADÊNCIA
O negócio jurídico que a autora pretende ver anulado foi celebrado em 11/01/2006 (fls. xx), sob as alegações relatadas na peça exordial. Todavia, tal pretensão não mais existe, por conta do desaparecimento do próprio direito, em virtude da decadência, nos termos do artigo 178 do Código Civil que estabeleceu o prazo de4(quatro) anos para propositura da competente demanda, certo de que o vício sobre a vontade é ato anulável, ao contrário da alegação de nulidade arguida pelo autor. Tendo em vista a distribuição da ação na data supracitada e o prazo estabelecido em lei, deveria ter sido a mesma ajuizada até 11/01/2010, o que não ocorreu, razão pela qual deve o feito ser extinto, com resolução do mérito, nos termos doart.269, IV, do CPC.
NO MÉRITO 
Caso não entenda Vossa Excelência ser a presente demanda passível de extinção sem julgamento do mérito, nem pela prejudicial de mérito, as alegações da autora não devem prosperar também no mérito.
O autor ajuizou ação em face da ré, cujo objeto da lide é a declaração de nulidade do contrato de doaçãode dois imóveis totalizados no valor de R$100.000,00 (cem mil reais), datado de 11/01/2006, ao argumento de que houve vício de consentimento, uma vez que o doador tinha 90 anos de idade e, em razão do falecimento recente de sua esposa, ä época, não se encontrava com discernimento necessário quando da celebração do negócio jurídico. Alega, outrossim, ter ficado prejudicado de forma substancial jáque notória a diminuição da sua renda mensal e certo que jamais teria sido o ato praticado pelo tio espontaneamente se não fosse a interveniência maliciosa da ré.

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