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Técnico em Meio Ambiente Gerenciamento de Resíduos Classificação dos Resíduos Sólidos AULA 02 Prof(a) Mirella Cavalcanti meioambiente@residenciasaude.com.br Classificação dos Resíduos Sólidos Podemos encontrar várias classificações na literatura, porém iremos ver aqui as mais utilizadas na atualidade. Classificação: Quanto a sua Origem Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD: Resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas; é composto por resíduos secos e resíduos úmidos. Os resíduos secos são constituídos por embalagens fabricadas a partir de plásticos, papéis, vidros e metais diversos, existindo também produtos compostos como as embalagens “longa vida” e outros. Há predominância de produtos fabricados com papéis (39%) e plásticos (22%). Os resíduos úmidos são formados principalmente por restos de alimentos. Contém partes de alimentos, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados e outros. 31,9% de resíduos secos e 51,4% de resíduos úmidos . • Resíduos Sólidos Domiciliares – Rejeitos Referem-se às parcelas contaminadas dos resíduos domiciliares: embalagens que não se preservaram secas, resíduos úmidos que não podem ser processados em conjunto com os demais, resíduos das atividades de higiene e outros tipos. • Resíduos da Construção Civil e Demolição – RCC: 16,7% Classe A (reutilizáveis ou recicláveis): Correspondem, a 80% da composição típica desse material. Classe B (recicláveis para outras destinações): corresponde a quase 20% do total sendo que metade é debitado às madeiras. • Resíduos da Limpeza Pública: As atividades de limpeza pública, definidas na Lei Federal de Saneamento Básico: varrição, capina, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias, monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em logradouros públicos; limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos. • Resíduos Volumosos: Constituídos por peças de grandes dimensões como móveis e utensílios domésticos inservíveis, grandes embalagens, podas e outros resíduos de origem não industrial e não coletados pelo sistema de recolhimento domiciliar convencional. Os componentes mais constantes são as madeiras e os metais. • Resíduos Verdes São os resíduos provenientes da manutenção de parques, áreas verdes e jardins, redes de distribuição de energia elétrica, telefonia e outras. São comumente classificados em troncos, galharia fina, folhas e material de capina e desbaste. Boa parte deles coincide com os resíduos de limpeza pública. • Resíduos dos Serviços de Saúde Para melhor controle e gerenciamento, estes resíduos são divididos em grupos: Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas transfusionais, peças anatômicas, filtros de ar, gases etc.); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfurocortantes). Resíduos do Grupos A, B, C e E são no conjunto, 25%. Os do Grupo D (resíduos comuns e passíveis de reciclagem, como as embalagens) respondem por 75%. • Resíduos com Logística Reversa Obrigatória: Constituído por produtos eletroeletrônicos; pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens e os agrotóxicos, também com seus resíduos e embalagens. Vários dos resíduos com logística reversa já têm a gestão disciplinada por resoluções específicas do CONAMA. • Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico: São os resíduos gerados em atividades relacionadas às seguintes modalidades do saneamento básico: tratamento da água e do esgoto, manutenção dos sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais. • Resíduos Sólidos Cemiteriais: Parte deles se sobrepõe a outros tipos de resíduos. É o caso, por exemplo, dos resíduos da construção e manutenção de jazigos, dos resíduos secos e dos resíduos verdes dos arranjos florais e similares. Os resíduos da decomposição de corpos (ossos e outros) provenientes do processo de exumação são específicos deste tipo. • Resíduos de Óleos Comestíveis São os resíduos de óleos gerados no processo de preparo de alimentos. Provêm das fábricas de produtos alimentícios, do comércio especializado (restaurantes, bares e congêneres) e também de domicílios. Apesar de não serem sólidos, vêm sendo geridos em conjunto com os resíduos sólidos em geral. • Resíduos Industriais: Os resíduos industriais são bastante diversificados e foram disciplinados, anteriormente à Política Nacional de Resíduos Sólidos, pela Resolução CONAMA nº 313/2002. Apenas 11 Estados desenvolveram os seus Inventários Estaduais de Resíduos Sólidos Industriais. Composição do Inventário Nacional dos Resíduos Industriais: indústrias de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro; fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool; fabricação de produtos químicos; metalurgia básica; fabricação de produtos de metal; fabricação de máquinas e equipamentos, máquinas para escritório e equipamentos de informática; fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias; e fabricação de outros equipamentos de transporte. • Resíduos dos Serviços de Transportes: São gerados em atividades de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário, inclusive os oriundos das instalações de trânsito de usuários como as rodoviárias, os portos, aeroportos e passagens de fronteira. São tidos como resíduos capazes de veicular doenças entre cidades, estados e países. • Resíduos Agrosilvopastoris: Analisados por suas características orgânicas ou inorgânicas. Dentre os de natureza orgânica deve-se considerar os resíduos de culturas perenes (café, banana, laranja, coco, etc.) e temporárias (cana, soja, milho, mandioca, feijão etc.). Quanto às criações de animais, precisam ser consideradas as de bovinos, equinos, caprinos, ovinos, suínos, aves e outros, bem como os resíduos gerados nos abatedouros e outras atividades agroindustriais. Os resíduos de natureza inorgânica abrangem os agrotóxicos, os fertilizantes e os produtos farmacêuticos e as suas diversas formas de embalagens. • Resíduos da Mineração: Os dois tipos gerados em maior quantidade são os estéreis e os rejeitos. Os estéreis são os materiais retirados da cobertura ou das porções laterais de depósitos mineralizados. Podem também ser constituídos por materiais rochosos de composição diversa da rocha que encerra depósito. Os rejeitos são os resíduos provenientes do beneficiamento dos minerais, para redução de dimensões, incremento da pureza ou outra finalidade. Os minerais com geração mais significativa de resíduos são as rochas ornamentais, o ferro, o ouro, titânio, fosfato e outros. Classificação Segundo a NBR 100004/2004 Resíduos Classe I Perigosos: Inflamabilidade: Corrosividade: Reatividade: Patogenicidade: Toxidade: Resíduos classe II – Não Perigosos: Resíduos classe IIA – Não Inertes Podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Resíduos classe IIB – Inertes Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destiladaou deionizada, à temperatura ambiente, conforme não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. Meio Ambiente@residenciasaude.com
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