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BENS DE FAMILIA ALESSANDRA BAIÃO formatado

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BENS DE FAMÍLIA
INTRODUÇÃO
 O bem de família envolve muito mais do que um significado de casa, local para o ser humano se proteger, se abrigar, significa o local onde ocorre a formação da personalidade, do caráter do indivíduo, das suas relações de afetividade seja com seus familiares, seja consigo mesmo, e sem nenhuma sombra de dúvida o resultado dessa sensação de proteção e segurança que o indivíduo e/ou todo o núcleo familiar obtiver, surtirá efeito nas suas atitudes externas, seja de laços afetivos, seja no trabalho, repercutindo mais uma força positiva para toda a sociedade.
 È interesse do Estado essa proteção do indivíduo seja como parte de uma família seja um solitário cidadão, pois está em cada ser humano uma célula constitutiva que faz parte de um dos vários pilares que sustentam a nossa sociedade e que é computado para os conceitos finais que são atribuídos a uma nação. A segurança proporcionada com a proteção de um lugar para morar traz indubitavelmente a possibilidade de obtenção de melhores resultados em todo o campo de atuação do cidadão e da família, seja no próprio âmbito familiar, social de uma maneira geral, e no desempenho de suas atribuições.
CONCEITO DO BEM DE FAMÍLIA
 O instituto jurídico do bem de família é bastante moderno no Direito e seu objetivo é proteger a habitação da família, família esta, que é considerada pela nossa Constituição, como base da sociedade. O bem de família é na verdade um direito, não se confundindo com a residência sobre o qual incide.
 Segundo as lições de Álvaro Villaça Azevedo (apud GONÇALVES, 2011 p.581) “o bem de família é um meio de garantir um asilo à família, tornando-se o imóvel onde ela se instala domicílio impenhorável e inalienável, enquanto forem vivos os cônjuges e até que os filhos completem sua maioridade”.
 O bem de família pode ser conceituado como o imóvel utilizado como residência da entidade familiar, decorrente de casamento, união estável, entidade monoparenteral, ou entidade de outra origem, protegido por previsão legal específica. A impenhorabilidade é o elemento fundamental do instituto do Bem de Família, sendo o bem resguardado contra execução por dívidas (em regra). Na realidade jurídica nacional faz-se interpretação extensiva da proteção da moradia para atingir o imóvel onde reside pessoa solteira, separada ou viúva (Súmula 364 do STJ).
 No Brasil, apenas em 1916 foi inserida a disciplina do bem de família no Código Civil através da emenda de Feliciano Pena. Após debate do projeto no Congresso Nacional, a matéria foi estabelecida nos artigos 70 a 73 do Código Civil de 1916 de onde se extraía:
 Art. 70. É permitido aos chefes de família um prédio para o domicílio desta, como a cláusula de ficar isento de execução por dívidas, salvo as que provierem de impostos relativos ao mesmo prédio.
Parágrafo único. Essa isenção durará enquanto viverem os cônjuges e até que os filhos completem sua maioridade.
 Após a análise histórica de tal instituto, é possível observar que, desde sua origem, ele já tinha como finalidade a proteção da família ligada à ideia de abrigo e de habitação.O conceito do bem de família é bastante amplo, uma vez que dentro deste instituto estão inseridos vários conceitos, dentre os quais é possível destacar: moradia, família, abrigo, casa, proteção da pessoa humana, propriedade, habitação, dentre outros.
NATUREZA JURÍDICA 
 Já foi dito que a família constitui o alicerce mais sólido em que se assenta toda a organização social, estando a merecer, por isso, a proteção especial do Estado, como proclama o art. 226 da Constituição Federal, que a ela se refere como “base da sociedade”. É natural, pois, que aquele queira protegê-la e fortalecê-la, estabelecendo normas de ordem pública, que não podem ser revogadas pela vontade dos particulares e determinando a participação do Ministério Público nos litígios que envolvem relações familiares.
 Este aspecto é destacado por José Lamartine Corrêa de Oliveira: “No Direito de Família, há um acentuado predomínio das normas imperativas, isto é, normas que são inderrogáveis pela vontade dos particulares”. Significa tal inderrogabilidade que os interessados não podem estabelecer a ordenação de suas relações familiares, porque esta se encontra expressa e imperativamente prevista na lei (ius cogens). Com efeito, não se lhes atribui o poder de fixar o conteúdo do casamento (por exemplo, modificar os deveres conjugais, art. 231); ou sujeitar a termo ou condição o reconhecimento do filho (art. 361); ou alterar o conteúdo do pátrio poder.
Os dispositivos legais citados são do Código Civil de 1916, cabendo ainda observar que a expressão “pátrio poder” foi substituído, no novo diploma, por “poder familiar”.
 Ao regular as bases fundamentais dos institutos do direito de família, o ordenamento visa estabelecer um regime de certeza e estabilidade das relações jurídicas familiares. Pontes de Miranda enfatiza essa característica, afirmando que “a grande maioria dos preceitos de direitos de família é composta de normas cogentes. Só excepcionalmente, em matéria de regime de bens, o Código Civil deixa margem à autonomia da vontade” .
 Embora em alguns outros casos a lei conceda liberdade de escolha e decisão aos familiares, como nas hipóteses mencionadas no item anterior (livre decisão do casal no planejamento familiar, livre aquisição e administração do patrimônio familiar, liberdade de escolha pelo modelo de formação educacional, cultural e religiosa da prole e livre conduta, respeitando-se a integridade físico-psíquica e moral dos componentes da família), a disponibilidade é relativa, limitada, como sucede também no concernente aos alimentos, não se considerando válidas as cláusulas que estabelecem a renúncia definitiva de alimentos, mormente quando menores ou incapazes são os envolvidos.
 Em razão da importância social de sua disciplina, predominam no direito de família, portanto, as normas de ordem pública, impondo antes deveres do que direitos. Todo o direito familiar se desenvolve e repousa, com efeito, na ideia de que os vínculos são impostos e as faculdades conferidas não tanto para atribuir direitos quanto para impor deveres. Não é principalmente “o interesse individual, com as faculdades decorrentes, que se toma em consideração”. Os direitos, embora assim reconhecidos e regulados na lei, assumem, na maior parte dos casos.
 Daí por que se observa uma intervenção crescente do Estado no campo do direito de família, visando conceder-lhe maior proteção e propiciar melhores condições de vida às gerações novas. Essa constatação tem conduzido alguns doutrinadores a retirar do direito privado o direito de família e incluí-lo no direito público. Outros preferem classificá-lo como direito sui generis ou “direito social”.
 Malgrado as peculiaridades das normas do direito de família, o seu correto lugar é mesmo junto ao direito privado, no ramo do direito civil, em razão da finalidade tutelar que lhe é inerente, ou seja, da natureza das relações jurídicas a que visa disciplinar. Destina-se, como vimos, a proteger a família, os bens que lhe são próprios, a prole e interesses afins. Como assinala Arnaldo Rizzardo, a íntima aproximação do direito de família “ao direito público não retira o caráter privado, pois está disciplinado num dos mais importantes setores do direito civil, e não envolve diretamente uma relação entre o Estado e o cidadão. As relações adstringem-se às pessoas físicas, sem obrigar o ente público na solução dos litígios. A proteção às famílias, à prole, aos menores, ao casamento, aos regimes de bens não vai além de mera tutela, não acarretando a responsabilidade direta do Estado na observância ou não das regras correspondentes pelos cônjuges ou mais sujeitos da relação jurídica”.
 A doutrina em geral comunga desse entendimento, sendo de destacar a manifestação de Pontes de Miranda: “Sob esse título, os Códigos Civis modernos juntam normas de direito que não pertencem, rigorosamente, ao direito civil: ora concerneao direito público, ora ao comercial, ora ao penal e ao processual. Esses acréscimos não alteram, todavia, o seu caráter preponderante de direito civil”.
 Efetivamente, alguns dos princípios integrantes do direito de família, por concernirem a relações pessoais entre pais e filhos, entre parentes consanguíneos ou afins, formam os denominados direitos de família puros. Outros envolvem relações tipicamente patrimoniais, com efeitos diretos ou indiretos dos primeiros, e se assemelham às relações de cunho obrigacional ou real, cuja preceituação atrai e imitam.
Outra característica dos direitos de família é a sua natureza personalíssima: são direitos irrenunciáveis e intransmissíveis por herança. Desse modo, “ninguém pode transferir ou renunciar sua condição de filho. O marido não pode transmitir seu direito de contestar a paternidade do filho havido por sua mulher; ninguém pode ceder seu direito de pleitear alimentos, ou a prerrogativa de demandar o reconhecimento de sua filiação havida fora do matrimônio”.
 Preleciona Messineo que “o caráter peculiar do direito” de família é demonstrado, além do mais, pelo exercício do direito ou do poder, da parte do sujeito que é dele investido; não é preordenado para a satisfação de um interesse do próprio sujeito, mas para atender à necessidade de satisfazer certos interesses gerais (a interdição, a inabilitação, impedimento matrimonial, etc.); o que ainda melhor é confirmado pelo fato de ser o poder exercido pelo Ministério.
RELAÇÃO COM O PRINCÍPIO DO PATRIMÔNIO MINÍMO EXISTENCIAL 
 Em virtude da importância social e axiológica do instituto da família para a composição de uma comunidade organizada, o presente trabalho tem por escopo analisar pormenorizadamente os aspectos que a estruturam para que sustente a base do processo de socialização contrapondo-se à satisfação do crédito do executado.
 Em se tratando de família, o princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, emergiu no sentido de valorizar as relações familiares, garantindo também ao indivíduo o seu mínimo existencial.
 Percebe-se que o instituto do bem de família está entrelaçado com o direito de moradia, previsto no artigo 6º da Constituição Federal de 1988 referentes aos direitos sociais. Além disso, conforme dispõe o artigo 226 da referida norma “a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. Sendo assim, o Código Civil de 2002 adotou a mesma previsão do Código Civil de 1916 ao estabelecer uma das espécies do bem de família, sendo que a Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990 estendeu a proteção desses bens.
 Tendo em vista as previsões civis e as constantes na Lei nº 8.009/90 que regulam o bem de família e sua impenhorabilidade, pode-se afirmar que tal instituto é um mecanismo que visa assegurar um imóvel residencial do casal ou da entidade familiar, fazendo com que este se torne um bem impenhorável de acordo com as formas e condições previstas na legislação.
 Os bens de família podem ser classificados, conforme a legislação vigente a respeito do tema, em: voluntário ou convencional e involuntário ou automático. Cada qual com seus conceitos, elementos, formas de constituição e administração dos bens e ainda, seus efeitos e extinções.
 Além das questões acima mencionadas, o presente trabalho tratará a respeito da efetividade da legislação que regula tal instituto e sua relação com a satisfação da pretensão do exequente para pagamento de dívidas.
 Por fim, procurou-se analisar questões polêmicas envolvendo tal instituto, quais seja a constitucionalidade da lei, levando em consideração os efeitos na sociedade e nas relações jurídicas negociais, bem como se a lei é inconstitucional no todo ou em parte e suas consequências; o bem de família do fiador, que gerou questionamento na doutrina e na jurisprudência com base no princípio da isonomia no direito à moradia; a pluralidade de imóveis, que deverá recair sobre o de menor valor, excluindo os imóveis comerciais, industriais ou agrícolas que não tenham destinação residencial; o único imóvel com alto valor de mercado, na hipótese de comportar divisão, e o estado civil do devedor/proprietário, indicando o que abrange o conceito de entidade familiar.
 A idéia de princípio, segundo este ‘deriva da linguagem da geometria, onde designa as verdades primeiras’. Logo acrescenta o mesmo jurista que exatamente por isso são ‘princípios’, ou seja, ‘porque estão ao princípio’, sendo ‘as premissas de todo um sistema que se desenvolve more geométrico’. “Acrescenta que, “os princípios são verdades objetivas, nem sempre pertencentes ao mundo do ser, senão do dever-se, na qualidade de normas jurídicas, dotadas de vigência, validez e obrigatoriedade.”
 Cumpre observar que, na organização jurídica contemporânea da família não é mais possível prescindir de normas que não estejam assentadas ou não levem em consideração a dignidade da pessoa humana. Embora esta noção tenha se tornado princípio expresso somente com a Constituição da República de 1988, a sua conceituação já havia sido dada no século XVIII por Kant e é ela que nos dá ainda o suporte para sua compreensão mais profunda. A dignidade é também um princípio ético que paira, norteia e pressupõem vários outros princípios, já que não é possível pensar em ser humano sem dignidade. 
 Vislumbra-se que o presente princípio “significa para o Direito de Família a consideração e o respeito à autonomia dos sujeitos e à sua liberdade. Significa, em primeira e última análise, igual dignidade para todas as entidades familiares”.
 Conquanto a Lei Maior indique, em seu artigo 1º, inciso III, que a dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, a mesma não traz sua definição. Dessa forma, nota-se que a dignidade possui valores, ou seja, um conteúdo axiológico que é dado ao ser humano, tornando o princípio dotado de subjetividade quanto ao seu conteúdo. À guisa de exemplo, podemos invocar esse princípio como fundamento para determinada situação, como também para sustentar o contrário, o que torna o princípio da dignidade da pessoa humana relativo.
 No dizer, “a verdade sobre o valor da dignidade é relativa e é construída ideologicamente na medida em que as concepções subjetivas vão mudando”.Por mais que se aceite como absoluta a intangibilidade da vida humana, na aplicação dos princípios ao caso concreto, haverá sempre uma relativização, pois independentemente das estruturas do Estado de Direito, o que se encontrará numa interpretação jurídica ‘é um sujeito singular diante de um conflito humano igualmente singular’. 
 É o princípio maior, fundante do Estado Democrático de Direito, sendo afirmado já no primeiro artigo da Constituição Federal. A preocupação com a promoção dos direitos humanos e da justiça social levou o constituinte a consagrar a dignidade da pessoa humana como valor nuclear da ordem constitucional. Sua essência é difícil de ser capturada em palavras, mas incide sobre uma infinidade de situações que dificilmente se podem elencar de antemão.
 A dignidade humana encontra-se prevista ao longo da Constituição Federal de 1988 como princípio fundamental ou como princípio geral. Relacionado à família o artigo 6º, CF/88, dispõe: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, amoradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Afirmando que esses direitos sociais estão coadunados à dignidade da pessoa humana. E ainda, no artigo 226, §7º, foi dado relevo à família, como meio de assegurar a dignidade da pessoa humana. 
 Indubitável é que, com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e a incorporação de mudanças de valores na sociedade a partir de conquistas na jurisprudência e na doutrina, surgem inovações no âmbito do direito de família com uma nova concepção de entidade familiar, alterando o papel da família concretizada na dignidade dapessoa humana, uma vez que o âmago está na proteção da sua personalidade.
 Em virtude dessas considerações, a família deixa de ser uma mera instituição para se transformar num instrumento viabilizador da personalidade humana, de acordo com o valor da dignidade da pessoa humana. Não mais se considera a família como um fim em si mesmo. Pelo contrário, passa-se a privilegiá-la, a considerá-la o ninho afetivo no qual a pessoa nasce e modela a personalidade, buscando a felicidade. 
 Convém ressaltar que no ramo do Direito de Família houve as mais céleres modificações de conceitos e princípios, em virtude da constitucionalização do Direito Civil e do advento do Novo Código Civil, em 2002, que fez surgir um moderno instituto familiar. 
 Nesse sentido, é no direito das famílias onde mais se sente o reflexo dos princípios eleitos pela Constituição Federal, que consagrou como fundamentais valores sociais dominantes. Os princípios que regem o direito das famílias não podem distanciar-se da atual concepção da família, dentro de sua feição desdobrada em múltiplas facetas. A Constituição consagra alguns princípios, transformando-os em direito positivo, primeiro passo para a sua aplicação. 
 O Estado assegura especial proteção à família (CF 226). O direito à moradia é reconhecido como um direito social (CF 6º) e a casa, o asilo inviolável do indivíduo (CF 5º, XI). O direito à moradia é considerado um dos direitos da personalidade inerente à pessoa humana, quer como pressuposto do direito do direito à integridade física, quer como elemento da estrutura moral do indivíduo. 
 A moradia é tutelada como objeto de direito, tratando-se de um direito subjetivo, representando um poder da vontade e que implica no dever jurídico de respeito daquele mesmo poder por parte dos outros. Como se depreende das convicções acima apontadas, para a efetividade de um Estado Democrático de Direito, mister se faz proteger a família, em sua atual perspectiva, como forma de assegurar a personalidade da pessoa humana. A dignidade da pessoa humana como preceito ético e fundamento constitucional exige do Estado não só respeito e proteção, mas garantia de efetivação dos direitos dela decorrentes. Toda a pessoa é sujeito de direitos e deveres e como tal deve ser tratada. Quando, do ponto de vista jurídico, falamos de um “mínimo existencial” estamos tratando de algo intrinsecamente ligado à realização dos direitos fundamentais, que representam a concretização do princípio da dignidade da pessoa humana. 
 A idéia que o norteia refere-se à preservação e garantia das condições e exigências mínimas de uma vida digna. Isso significa dizer que o direito ao mínimo existencial está alicerçado no direito à vida e na dignidade da pessoa humana. 
 Os direitos fundamentais, sobretudo os sociais, são, nesse caso, a expressão do conteúdo da dignidade humana e a sua realização efetiva nas instituições sociais. É, portanto, a partir da dignidade, como fundamento constitucional, que se justifica e até mesmo se impõe o reconhecimento do direito ao mínimo existencial. 
 Como se depreende, a Constituição Federal de 1988 impulsiona a dignidade da pessoa humana com relevância no ordenamento jurídico brasileiro, tornando-se um princípio que serve como parâmetro para a interpretação legislativa, preservando a pessoa humana em múltiplas situações. 
 É preciso insistir no fato de que, uma vez que a pessoa detém direitos e obrigações, é vital que haja a confirmação dos direitos fundamentais, mais precisamente neste caso, dos direitos sociais para a garantia do seu mínimoexistencial como fator ético e fundante da dignidade da pessoa humana.
 Em suma, o princípio da dignidade da pessoa humana, ora como princípio geral do direito, ora como princípio fundamental, atua como essência para o Direito de Família, assegurando o direito do bem da família contemporânea.
Espécies e suas características 
Princípios do direito de família
 O Código Civil de 2002 procurou adaptar-se à evolução social e aos bons costumes, incorporando também as mudanças legislativas sobrevindas nas últimas décadas do século passado. Adveio, assim, com ampla e atualizada regulamentação dos aspectos essenciais do direito de família à luz dos princípios e normas constitucionais.
 As alterações introduzidas visam preservar a coesão familiar e os valores culturais, conferindo-se à família moderna um tratamento mais consentâneo à realidade social, atendendo se às necessidades da prole e de afeição entre os cônjuges ou companheiros e aos elevados interesses da sociedade. Rege-se o novo direito de família pelos seguintes princípios:
a) Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana, como decorrência do disposto no art. 1º, I, da Constituição Federal. Verifica-se, com efeito, do exame do texto constitucional, como assinala Gustavo Tepedino, que “a milenar proteção da família como instituição, unidade de produção e reprodução dos valores culturais, éticos, religiosos e econômicos, dá lugar à tutela essencialmente funcionalizada à dignidade de seus membros, em particular no que concerne ao desenvolvimento da personalidade dos filhos”. De outra forma, aduz, “não se consegue explicar a proteção constitucional às entidades familiares não fundadas no casamento (art. 226, § 3º) e às famílias monoparentais (art. 226, § 4º); a igualdade de direitos entre homem e mulher na sociedade conjugal (art. 226, § 5º); a garantia da possibilidade de dissolução da sociedade conjugal independentemente de culpa (art. 226, § 6º); o planejamento familiar voltado para os princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável (art. 226, § 7º) e a previsão de ostensiva intervenção estatal no núcleo familiar no sentido de proteger seus integrantes e coibir a violência doméstica (art. 226, § 8º)”.
 O direito de família é o mais humano de todos os ramos do direito. Em razão disso, e também pelo sentido ideológico e histórico de exclusões, como preleciona Rodrigo da Cunha Pereira, “é que se torna imperativo pensar o Direito de Família na contemporaneidade com a ajuda e pelo ângulo dos Direitos Humanos, cuja base e ingredientes estão, também, diretamente relacionados à noção de cidadania”. A evolução do conhecimento científico, os movimentos políticos e sociais do século X e o fenômeno da globalização provocaram mudanças profundas na estrutura da família e nos ordenamentos jurídicos de todo o mundo, acrescenta o mencionado autor, que ainda enfatiza: “Todas essas mudanças trouxeram novos ideais, provocaram um ‘declínio do patriarcalismo’ e lançaram as bases de sustentação e compreensão dos Direitos Humanos, a partir da noção da dignidade da pessoa humana, hoje insculpida em quase todas as constituições democráticas”.
 O princípio do respeito à dignidade da pessoa humana constitui, assim, base da comunidade familiar, garantindo o pleno desenvolvimento e a realização de todos os seus membros, principalmente da criança e do adolescente (CF, art. 227).
b) Princípio da igualdade jurídica dos cônjuges e dos companheiros, no que tange aos seus direitos e deveres, estabelecidos no art. 226, § 5º, da Constituição Federal, verbis: “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”. A regulamentação instituída no aludido dispositivo acaba com o poder marital e com o sistema de encapsulamento da mulher, restrita a tarefas domésticas e à procriação. O patriarcalismo não mais se coaduna, efetivamente, com a época atual, em que grande parte dos avanços tecnológicos e sociais está diretamente vinculada às funções da mulher na família e referenda a evolução moderna, confirmando verdadeira revolução no campo social.
 O art. 233 do Código Civil de 1916 proclamava que o marido era o chefe da sociedade conjugal, competindo-lhe a administração dos bens comuns e particulares da mulher, o direito de fixar o domicílio da família e o dever de prover à manutenção desta. Todos esses direitos são agora exercidos pelo casal, em sistema decongestão, devendo as divergências ser solucionadas pelo juiz (C, art. 1.567, parágrafo único). O dever de prover à manutenção da família deixou de ser apenas um encargo do marido, incumbindo também à mulher, de acordo com as possibilidades de cada qual (art. 1.568).
 O diploma de 1916 tratava dos direitos e deveres do marido e da mulher em capítulos distintos, porque havia algumas diferenças. Em virtude, porém, da isonomia estabelecida no dispositivo constitucional retro transcrito, o novo Código Civil disciplinou somente os direitos de ambos os cônjuges, afastando as referidas diferenças.
c) Princípio da igualdade jurídica de todos os filhos, consubstanciado no art. 227, § 6º, da Constituição Federal, que assim dispõe: “Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”. O dispositivo em apreço estabelece absoluta igualdade entre todos os filhos, não admitindo mais a retrógrada distinção entre filiação legítima ou ilegítima, segundo os pais fossem casados ou não, e adotiva, que existia no Código Civil de 1916. Hoje, todos são apenas filhos, uns havidos fora do casamento, outros em sua constância, mas com iguais direitos e qualificações (C, arts. 1.596 a 1.629).
 O princípio ora em estudo não admite distinção entre filhos legítimos, naturais e adotivos, quanto ao nome, poder familiar, alimentos e sucessão; permite o reconhecimento, a qualquer tempo, de filhos havidos fora do casamento; proíbe que conste no assento do nascimento qualquer referência à filiação ilegítima; e veda designações discriminatórias relativas à filiação.
d) Princípio da paternidade responsável e planejamento familiar. Dispõe o art. 226, § 7º, da Constituição Federal que o planejamento familiar é livre decisão do casal, fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável. Essa responsabilidade é de ambos os genitores, cônjuges ou companheiros. A Lei n. 9.253/96 regulamentou o assunto, especialmente no tocante à responsabilidade do Poder Público. O Código Civil de 2002, no art. 1.565, traçou algumas diretrizes, proclamando que “o planejamento familiar é de livre decisão do casal” e que é “vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições públicas e privadas”.
e) Princípio da comunhão plena de vida baseada na afeição entre os cônjuges ou conviventes, como prevê o art. 1.511 do Código Civil. Tal dispositivo tem relação com o aspecto espiritual do casamento e com o companheirismo que nele deve existir. Demonstra a intenção do legislador de torná-lo mais humano. Como assinala Gustavo Tepedino, com a Carta de 1988 “altera-se o conceito de unidade familiar, antes delineado como aglutinação formal de pais e filhos legítimos baseada no casamento, para um conceito flexível e instrumental, que tem em mira o liame substancial de pelo menos um dos genitores com seus filhos — tendo por origem não apenas o casamento — e inteiramente voltado para a realização espiritual e o desenvolvimento da personalidade de seus membros”.
 Priorizada, assim, a convivência familiar, ora nos defrontamos com o grupo fundado no casamento ou no companheirismo, ora com a família monoparental sujeita aos mesmos deveres e tendo os mesmos direitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente outorgou, ainda, direitos à família substituta. Os novos rumos conduzem à família socioafetiva, onde prevalecem os laços de afetividade sobre os elementos meramente formais . Nessa linha, a dissolução da sociedade conjugal pelo divórcio tende a ser uma consequência da extinção da affectio, e não da culpa de qualquer dos cônjuges.
 O princípio ora comentado é reforçado pelo art. 1.513 do Código Civil, que veda a qualquer pessoa jurídica, seja ela de direito público ou de direito privado, a interferência na comunhão de vida instituída pela família.
f) Princípio da liberdade de constituir uma comunhão de vida familiar, seja pelo casamento, seja pela união estável, sem qualquer imposição ou restrição de pessoa jurídica de direito público ou privado, como dispõe o supramencionado art. 1.513 do Código Civil. Tal princípio abrange também a livre decisão do casal no planejamento familiar (C, art. 1.565), intervindo o Estado apenas para propiciar recursos educacionais e científicos ao exercício desse direito (CF, art. 226, § 7º); a livre aquisição e administração do patrimônio familiar (C, arts. 1.642 e 1.643) e opção pelo regime de bens mais conveniente (art. 1.639); a liberdade de escolha pelo modelo de formação educacional, cultural e religiosa da prole (art. 1.634); e a livre conduta, respeitando-se a integridade físico-psíquica e moral dos componentes da família.
O reconhecimento da união estável como entidade familiar, instituído pela Constituição de 1988 no art. 226, § 3º, retrotranscrito, e sua regulamentação pelo novo Código Civil possibilita essa opção aos casais que pretendem estabelecer uma comunhão de vida baseada no relacionamento afetivo. A aludida Carta Magna alargou o conceito de família, passando a integrá-lo as relações monoparentais, de um pai com seus filhos. Esse redimensionamento, “calcado na realidade que se impôs, acabou afastando da ideia de família o pressuposto de casamento. Para sua configuração, deixou--se de exigir a necessidade de existência de um par, o que, consequentemente, subtraiu de sua finalidade a proliferação”.
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS
 A Doutrina Pátria abraça hoje duas espécies de bens de família, sendo elas vistas como bens de família voluntários e bens de família legal, contudo essas espécies criam ramificações dentro do seu conceito trazendo assim consequências no mundo exterior. 
 Bem de Família Voluntario: Constituído como um ato de vontade seja do casal ou de entidade Familiar, onde por meio de registro de imóveis geram duas consequências jurídicas em relação a esse bem de família como podemos identificar na leitura do art. 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantida as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial.
Parágrafo único. O terceiro poderá igualmente instituir bem de família por testamento ou doação, dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges beneficiados ou da entidade familiar beneficiada.
 A partir dessa leitura podemos analisar que ocorre o nascimento da Impenhorabilidade limitada: (Podemos disser que nesse instituto, o imóvel torna-se isentas de dividas futuras, com recessões apenas para as obrigações tributarias referentes ao bem e despesas condominiais) outro fenômeno é a Inalienabilidade relativa (uma vez inscrito como bem de família voluntário, ele só poderá ser alienado com a autorização dos interessados, cabendo ao MP intervir quando houver participação de incapaz - art. 1.717, CC).
 Pelo Código Civil de 2002, nos artes. 1.711 a 1.722, dividindo-se em móveis e imóveis. Porem para evitar fraudes, o art. 1.711 do CC limitou o valor do bem de família voluntário ao teto de 1/3 do patrimônio líquido de seus instituidores. 
 Já o bem de família legal não concorre a uma escritura pública no cartório de registo de imóveis, mas em amparo com a conformidade da lei Lei 8.009 /90, que protegem o bem de família em um todo independente a vontade da lavrada de uma escritura pública dos entres do cerne da família ou do sacal propriamente dito, assim não há de se falar em um imóvelde menor ou maior valor mais sim de um bem que a família considere como usual, um bem que proteja a garantia da dignidade dos integrantes da família, como podemos ver na própria lei podemos analisar : 
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo dedívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. (grifos nossos)
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III - pelo credor de pensão alimentícia;
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. (grifos nossos).
CITAÇÕES DE OUTROS DOUTRINADORES
O instituto do bem de família é conceituado por muitos doutrinadores e, segundo Álvaro Villaça de Azevedo, citado por Maluf, Maluf (2013, p. 720), o bem de família pode ser entendido como um patrimônio móvel ou imóvel capaz de garantir a sobrevivência familiar; dentro deste conceito pode acrescentar, conforme estabelece Venosa (2009, p. 385), a impenhorabilidade desse patrimônio, em benefício da constituição e permanência de uma moradia para o corpo familiar, visando, com isso, “à preservação do mínimo patrimonial para uma vida digna” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2015, p. 393).
 Desta forma, o dispositivo em análise traz a possibilidade dos cônjuges ou entidade familiar constituir bem de família, não podendo ultrapassar um terço do patrimônio e devendo obedecer às regras da impenhorabilidade estabelecidas na Lei 8.009 de 1990.
Diante disso, é possível entender que só será possível a instituição do bem de família voluntário quando a entidade familiar ou o casal possuir mais de um imóvel residencial e não deseja que a impenhorabilidade recaia sobre o de menor valor. Assim, deverá estabelecer o bem de família mediante escritura pública escolhendo um imóvel de maior valor para se tornarem impenhorável, conforme art. 1714 do CC/2002. (GONÇALVES, 2012, p. 352).
 Podemos analisar e comparar que no bem de família voluntario á a manifestação de vontade de das partes em fazer que o bem seja protegido perante a sociedade, para que de certa forma, aquele bem seja resguardado do poder público ou privado, já no bem de família legal, é uma forma que o Estado, editou a lei para que independente da manifestação da vontade da família sobre tal patrimônio a lei protege e resguarda para que as dignidades dos envolvidos se mantenham sobre protegidos, claro que a discussão sobre a proteção sobre esses bens de família já sofram criada e ao mesmo tempo pacificada, o exemplo da discussão mais recente foi sobre a sumula Súmula3644  de 2008 que questionava se a impenhorabilidade geravaefeitos a menos solteiros, ora que o Tribunal pacificou que intendente do estado civil que se encontra qual pessoa da família, pode- se disser que abrange pois a premissa que norteia o conceito de bem de família é a dignidade da pessoa humana logo essa não importa idade, capacidade civil muito menos estado civil de tal integrante da família;
CONCLUSÃO 
 O bem de família tem como características a inalienabilidade e impenhorabilidade. O bem de família possuí essas características com o intuito de resguardar a família, lhe dando o seguro asilo, evitando a dissipação do bem, porém é considerada relativa, tendo em vista que pode ser a única fonte de sustento da família, podendo alugá-lo, por exemplo, e consequentemente dando o mínimo de dignidade.O instituto do bem de família, além de ter uma função social, apresenta uma função econômica no que se refere a evitar uma crise econômica com o enriquecimento de quem já é abastado financeiramente em detrimento do empobrecimento de quem detém poucos recursos financeiros.
 Concluiu-se que o instituto fora criado para todas as famílias, independente de sua condição social, econômica e familiar. Podendo ser instituída voluntariamente ou, simplesmente, arguida a legalidade quando for necessária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 6. Ed. São Paulo: Saraiva 2009. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
Lei Nº. 8009, de 29 de Março de 1990. Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8009.htm. Acesso em: 15/09/2017. 
BRASIL. Código Civil de 2002. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm. Acesso em: 15/09/2017.

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