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Resumo comentado do código Penal, art. 1º ao 12º

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Resumo comentado do código Penal, art. 1º ao 12º
Anterioridade da Lei
Art. 1º Não a crime sem lei anterior. Não a pena sem prévia cominação legal.
Nesse artigo predomina as garantias fundamentais como princípio da legalidade ou reserva legal é o princípio da irretroatividade ou anterioridade penal.
Princípio da Legalidade ou reserva legal – constitui na afetiva limitação ao poder punitivo estatal, aquele que não admite desvios nem exceções e representa uma conquista da consciência jurídica que obedece a exigências da justiça. Ainda nesse princípio da legalidade nenhuma pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrência desse fato exista lei definindo-o como crime, ou seja, a lei deve definir com precisão e de forma cristalina a conduta proibida.
Princípio da retroatividade e anterior da pena – é a que, sem a qual não haveria nem segurança nem liberdade na sociedade.
Aquele ao qual que só se aplica aos fatos praticados a partir de sua vigência, ainda que venha a se tornar crime. Porém admite-se no direito intertemporal, a aplicação retroativa da lei mais favorável.
Ambos princípios estão assegurados na constituição brasileira de 1988 no art. 5º, XXXIX o princípio da legalidade e o da reserva legal é também o seu art.5º, XL o princípio da retroatividade para beneficiar o réu.
Lei penal no tempo
Art. 2 Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos da sentença condenatória.
Parágrafo único – a lei posterior, de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Neste artigo explicarei a referência aos efeitos retroativos da abolitio crimes e vacatio legis, novato legis, novato legis in pejus e novatio legis in mellius.
Abolitio crimes – seria uma norma da lei nova deixa de considerar crime fato anteriormente tipificado como ilícito penal. Sendo assim cessando a punibilidade ou extinguindo os fatos devidamente julgados no âmbito penal, porém permanecendo no âmbito civil.
Vacatio legis – seria a publicação de uma lei mais benéfica sendo ele a revogada antes de entrar em vigor, não se cogita a hipótese de incidência de efeitos retroativos à norma mesmo que publicada, ela não entrou em vigor, ou seja, não surtiu efeitos jurídicos.
Novatio legis – a norma incriminadora e irretroativa e não pode ser aplicada a fatos praticados anteriormente a sua vigência.
Novatio legis in pejus – se houver conflito entre duas leis, a anterior mais benéfica e a posterior mais severa, aplica-se a mais benéfica.
Novatio legis in mellius – quer dizer que surgiu uma nova lei mais branda, que modifica a lei anterior até então utilizada pelos operadores, podendo revogar total ou parcialmente aquela existente.
Este artigo esclarece que ninguém será punido por lei posterior o fato poderá ter efeitos retroativos mesmo sendo praticados anteriormente a sua vigência.
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Neste artigo explicarei sobre as leis excepcionais ou temporárias, leis penais em branco, retroatividade a lei processual.
Leis excepcionais temporárias – são aquelas cuja a vigência vem previamente fixada pelo legislador e são leis excepcionais as que vigem durante situações de emergência.
Leis penais em branco – são as de conteúdo vago, lacunoso, necessitando ser complementadas por outras normas jurídicas, geralmente de natureza extrapenal.
Lei processual – não tem efeito retroativo através do princípio tempus regit actum, aplica-se sem exceção, aquelas que determinam a regular a formalização processual e a organização judiciária. Se ela for imprópria aplica-se a legislação vigente na época do crime.
Este artigo esclarece que mesmo que as leis excepcionais ou temporárias que por serem temporárias, mantém puníveis os fatos praticados em situações sociais ou econômicas, temporárias ou de exceção, mesmo após cessadas as causas que determinam, ou seja, o legislador reserva ao Estado o direito de punir fatos. Já se sabe de antemão deixaram de ser crimes.
E de que as leis em branco e as leis processual não retroagem mesmo que beneficia aplica a norma vigente no momento que ocorreu a ação.
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Neste artigo explicarei sobre a teoria da atividade e algumas exceções a essa teoria.
Teoria da atividade – seria o momento que o indivíduo exterioriza a sua vontade, violando o preceito proibitivo, isso evita-se uma conduta praticada licitamente, sob uma determinada lei, que pode ser considerada em razão de o resultado vir a produzir sob outra lei.
Exceções a teoria da atividade – marco inicial da prescrição abstrata começa a partir do dia em que o crime se consuma. Nos crimes permanentes do dia em que cessa a permanência.
Este artigo esclarece que no Brasil, considera-se praticado o crime no momento em que o autor de fato praticou a conduta, sendo irrelevante o momento em que se deu o resultado. Exemplo. A vítima atingida por dois disparos de arma de fogo, considera-se praticado o crime no momento em que a vítima foi atingida e não no momento que faleceu.
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Neste artigo explicarei sobre os princípios dominantes, territorialidade, princípio real de defesa ou proteção, sobre aeronaves e embarcações de natureza pública, privada e mercante.
Princípios dominantes – são os efeitos da lei penal que ultrapassam os limites territoriais, sobre os fatos ocorridos além de sua soberania, essa ocorrência pode afetar a ordem de dois ou mais Estados, surgindo a necessidade de limitar a eficácia espacial da lei penal.
Princípio da territorialidade – são os fatos cometidos no território nacional independente da nacionalidade do agente, da vítima ou bem jurídico lesado, o código penal brasileiro adota essa diretriz como regra geral.
Princípio real de defesa – permite a extensão da jurisdição penal do Estado sobre o seu espaço aéreo, limitado por linhas imaginárias perpendiculares, incluindo o mar territorial.
Sobre aeronaves e embarcações no §1º de:
Natureza pública ou a serviço do governo brasileiro – considera-se parte do território nacional onde quer que se encontrem.
As mercantes ou privadas – considera-se parte do território nacional desde que estejam no alto-mar ou no espaço aéreo correspondente ao alto-mar.
Sobre aeronaves e embarcações estrangeiras no §2º de:
Natureza privada- em atracada no território brasileiro ou no espaço aéreo ou marítimo correspondente ao território nacional, submetem-se a legislação brasileira.
Natureza pública – independentemente de estarem pousada ou atracada no território nacional brasileiro predominará a aplicação da lei penal do Estado, ao qual a embarcação ou aeronave pertença.
Este artigo esclarece que depende da nacionalidade ou do local onde se originou o fato, para se saber de quem é a competência de aplicar a lei penal.
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugarem que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Neste artigo explicarei sobre o lugar do crime, teoria da ação, teoria do resultado, teoria da intenção, teoria do efeito, teoria da distância, teoria ubiquidade, teoria da ubiquidade mista ou unitária, duplicidade de julgamentos e da lacuna.
Lugar do crime – tarefa importante para possibilitar a adoção do princípio da territorialidade.
Teoria da ação – é a evidência, onde o delito acabou produzindo os seus efeitos nocivos.
Teoria do resultado – onde o crime se consumou, pouco importante a ação ou intensão.
Teoria da intensão – é a que resulta segundo a intensão do agente, ou onde deveria ocorrer o resultado.
Teoria da ação a distância - é a que se verifica o ato executivo.
Teoria da ubiquidade – é a que pode ser a da ação como a do resultado.
Teoria da ubiquidade mista ou unitária – considera onde ocorreu a ação ou a omissão, bem onde produziu ou deveria produzir o resultado. Essa e a teoria adotada pelo direito penal brasileiro.
Duplicidade de Julgamento – e superada pela regra do art. 8º do código penal, que estabelece a compensação de penas.
Lacuna – se produzir no território brasileiro parte do resultado, e a ação ou omissão tenha sido praticado fora do território nacional, não faz menção em relação ao resultado.
Esse artigo esclarece que se deve levar em consideração o local do crime onde ocorreu a ação ou omissão.
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - Os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - Os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Nesse artigo explicarei sobre a extraterritorialidade, lei penal em relação as pessoas, da Imunidade, Sustação de processo em andamento, extradição e procedimento de processo de extradição, deportação e expulsão.
Extraterritorialidade incondicionada – aplica-se a lei brasileira sem quaisquer condicionantes (art. 7º, I do CP), ou seja, refere-se a crimes:
a) contra a vida ou liberdade do presidente da república;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da união, do distrito federal, de estado, território, municípios, empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
Extraterritorialidade condicionada – aplica-se a lei brasileira quando satisfeitos certos requisitos (art. 7º, II e §2º e 3º do CP).
Lei penal em relação a pessoas – como o princípio da territorialidade, através de tratados e convenções internacionais, dando origem as imunidades diplomáticas são também no âmbito interno as imunidades parlamentares.
Imunidade parlamentar – os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, pois qualquer de suas opiniões, palavras e votos.
Sustação de processo em mandamento – a imunidade processual parlamentar limita-se à possibilidade de sustar processo criminal em andamento, e não impedir que determinado processo seja instaurado.
Extradição – significa entregar a outro país um indivíduo, que se encontra refugiado para fins de ser julgado ou cumprir a pena que lhe foi imposta, ou seja, é o ato que um Estado entrega indivíduo acusado ou condenado como criminoso a outro País.
Procedimento do processo de extradição – para se iniciar o processo de extradição, o extraditando deve ser preso e colocado à disposição do STF, é não pode admitir-se prisão domiciliar, liberdade vigiada, prisão albergue, nem mesmo as chamadas medidas alternativas. O Estado estrangeiro pode postular, cautelarmente a prisão preventiva do extraditado, nesse caso 90 dias para formalizar o pedido de extradição.
Deportação – consiste na saída compulsória do estrangeiro para o país de sua nacionalidade, verifica-se a deportação nos casos de entrada ou estado irregular de estrangeiro.
Expulsão – quando estrangeiro atentar de qualquer forma, contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular ou cujo procedimento a torne nocivo à convivência e aos interesses nacionais.
Tanto a deportação como a expulsão são medidas administrativas de polícia com finalidade comum de obrigar o estrangeiro a deixar o território nacional.
Neste artigo observa-se que em situação em que a lei brasileira se aplica a fatos que não foram praticados dentro do território nacional, mas que ainda assim o Brasil reserva o direito de julga-los no inciso I do art. 7º do código penal, elenca situação em que se aplica lei brasileira, ainda que no estrangeiro e no inciso II do art. 7º do código penal, elenca situações em que o Brasil também pune fatos praticados fora do território nacional.
Pena cumprida no estrangeiro
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Neste artigo explicarei, quando a pena aplicada no exterior for diversa, pelo mesmo crime, será atenuada a pena aplicável no Brasil, quando se tratar de pena idêntica, haverá dedução da pena a cumprir, uma espécie de detração penal, trata-se na verdade de um reconhecimento do democrático e universal princípio ne bis in idem.
Quando nos dois julgamentos foram aplicados a mesma pena, elas deverão ser compensadas, quanto as diferentes, a pena local a ser cumprida deve ser atenuada, descontando o que já foi cumprido no exterior.
Neste artigo observou-se que se admitindo que o réu esteja condenado no Brasil por crime ao qual já foi processado no exterior, a pena cumprida no estrangeiro detrairá pena imposta no Brasil e também na hipótese de serem idênticas as penas, a pena cumprida no estrangeiro será abatida no que restar fixada no Brasil.
Eficácia de sentença estrangeira
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:
I - Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II - Sujeitá-lo a medida de segurança.
Parágrafo único - A homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
Neste artigo explicarei a eficácia da sentença estrangeira, limites dos efeitosde sentença estrangeiras, que dependem de homologação do STJ, as que não dependem de homologação do STJ e a competência da homologação.
Limites dos efeitos de sentença estrangeira – como essa ação e um ato de soberania seus efeitos são limitadíssimos resumem-se a pouco usuais e inclusive, assim como não se aplica aqui as leis estrangeiras, seus julgamentos tão pouco podem ser executados.
Efeitos que dependem da homologação do STJ – os efeitos que sentença estrangeira produz no País são aplicação da medida de segurança e o ressarcimento do dano ou restituição civil precisando ser homologada pelo STJ.
Efeitos que não dependem de homologação do STJ – o reconhecimento da reincidência é o requisito para extraterritorialidade do (art. 7º, § 2º, d e e, do CP), sendo suficiente a comprovação legal da existência da condenação.
Competência para a homologação – é a atribuição do Superior Tribunal de Justiça.
Neste artigo observou-se que a homologação postulada com base no inciso I, depende de requerimento da parte interessada, sendo formulada pelo inciso II, porém impõe a existência de tratado de extradição entre o Brasil é o país de origem da sentença ou requisição do ministro de justiça.
Contagem de prazo
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
Neste artigo explicarei sobre a contagem do prazo, prazo do código penal, quando previstos em dois códigos, contagem do prazo da perempção é o calendário comum gregoriano.
Prazos do código penal – no prazo penal material, computa-se o primeiro dia e se exclui o último.
Prazos previstos em dois códigos – quando estiver previsto em dois códigos, aplica-se a contagem que for mais favorável ao acusado.
Contagem do prazo da perempção – é causa de extinção da punibilidade assumindo caráter e natureza material.
Calendário comum gregoriano – de maneira que os meses e os anos têm sempre seu número real de dias, comum bissexto a cada quatro anos.
Neste artigo observou-se que os prazos no direito penal começam sua contagem no mesmo dia em que os fatos ocorreram independente de tratarem-se de dia útil ou feriado ou não sempre as 24 horas do dia do término.
Frações não computáveis da pena
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
Neste artigo explicarei as frações de não computáveis da pena, frações das penas temporais e frações das penas pecuniárias.
Frações das penas temporais – não são computadas nas penas privativas da liberdade e nas restritivas de direitos as frações de dias, isto é, as horas em minutos dessas penas, não podem ser desprezadas. As frações de mês devem ser reduzidas a dias e as frações de ano e meses.
Frações das penas pecuniárias – não são computadas as frações de unidade da moeda nacional. Adotamos esse raciocínio por extensão a prestação pecuniária e a perda de bens e valores, cuja a natureza também é pecuniária, a despeito da ficção legal.
Neste artigo observou-se que as horas, os minutos e os segundos, frações de dias não são considerados para efeito de contagem da pena, para efeito as penas de multas, as frações de reais, onde seus centavos também não são considerados.
Legislação especial
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
Neste artigo explicarei sobre a legislação especial, aplicação das regras gerais abrangência e as regras partes geral e parte especial.
Aplicação das regras gerais abrangência – o nosso sistema penal brasileiro é composto pelos códigos penal e processual penal e pelas leis extravagantes. A regra e a aplicação, a exceção será a não aplicação.
Regras gerais parte geral e parte especial – o código penal também contém regras gerais insertas na parte especial exemplo art. 327 do CP conceito de funcionário público.
Neste artigo observou-se que o código penal no Brasil, não é o único diploma legal que disciplinas condutas delituosas existindo outras leis tidas como legislação especial podem descrever crimes e cominar as respectivas penas e que o presente dispositivo propõe a aplicação subsidiaria da parte geral do código penal, há outras leis penais, quando elas não dispuserem de modo diverso.

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