Buscar

caso 7 prática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Caso Concreto 7
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CIDADE/UF
	JOSÉ ALVES, nacionalidade, estado civil, profissão, ID nº, CPF nº, e-mail, custodiado nas dependências da ..., vem, muito respeitosamente na presença de Vossa Excelência, através de seu advogado que a esta subscreve (procuração em anexo), com base no artigo 5º, LXVI, da Constiruição da República Federativa do Brasil e artigo 310, I, do Código de Processo Penal oferecer pedido de
RELAXAMENTO DE PRISÃO
pelos fatos e argumentos a seguir expostos:
I - DOS FATOS
	No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 180, do CP.
	Já em sede policial, a Sra. Miranda , proprietária do veículo, reconheceu, em conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 13/11/2016.
	Observado o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Matias agora encontra-se preso, como autor do delito previsto no art. 180 do CP.
II - DO DIREITO
II. a - DA ILEGALIDADE DA PRISÃO
	Há de se observar a ausência de harmonia entre a violação e o Princípio da Vedação da Autoincriminação, vez que o requerente foi coercitivamente induzido a realizar o teste de alcoolemia. Nesta linha de raciocínio encontra-se a CRFB, em seu art. 5º, LXIII, que preceitua que ninguém há de ser obrigado a produzir provas contra si mesmo. Temos também o Pacto de São José da Costa Rica que prevê expressamente o Princípio do Nemo Tenetur se Detegere estabelecendo que toda pessoa acusada de um delito tem o direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a se confessar culpada (art. 8º). De acordo com Oliveira (2004, p.207):
Na perspectiva de sua origem, pode-se concluir que o nascimento do nemo tenetur de detegere está ligado à necessidade de superação das mais variadas formas de absolutismo, estatal ou eclesiástico, que ao longo da história submeteram o homem ao exercício do poder. Seja como instrumento de manipulação religiosa, como ocorreu entre católicos e não-católicos no início da Renascença na velha Inglaterra ou na França, seja como instrumento de imposição de determinada ordem nos sistemas processuais inquisitoriais, a exigência do compromisso de revelação da verdade sempre esteve a serviço de certos poderes públicos, em face dos quais o indivíduo jamais recebia o tratamento de sujeito de direitos.
	O requente estava totalmente incomunicável e segundo o art.306, caput, do CPP a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre deve ser comunicado, ao menos, à sua família ou qualquer outra pessoa indicada por ele. Indo de encontro também, ao que ordena a CRFB em seu art. 5º, LXII e LXIII. Ainda em consonância com o artigo supracitado do CPP, o juiz competente agindo erroneamente não comuniocu a prisão à Defensoria Pública para que o requerente pudesse gozar de seu direito de uma defesa técnica, conforme determina a CRFB (art.5º, LXII) e o art.306, parágrafo único, do CPP. Desta forma, podemos ver grande afronta a vários princípios e, principalmente, do Devido Processo Constitucional e da Ampla Defesa. Essa falta de comunicação, agora no tocante ao Ministério Público, impossibilitou a realização da Audiência de Custódia, violando nitidamente o art. 5º, LXII, da CRFB. Neste sentido temos:
TJ-SC - Recurso Criminal RC 454358 SC 2009.045435-8 (TJ-SC)
Ementa: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO RELAXADA. IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL. PRELIMINAR DE NULIDADE PELA AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO PRÉVIA DO MP. INOCORRÊNCIA. QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA QUE EXIGE CONHECIMENTO IMEDIATO E DE OFÍCIO PELO JUIZ. AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 302 DO CPP . PRISÃO ILEGAL. CORRETA DECISÃO QUE RELAXOU O FLAGRANTE. RECURSO DESPROVIDO.
III - DO PEDIDO
	Ante o exposto requer a Vossa Excelência o relaxamento da prisão em flagrante na forma do art.5º, LXV, da CRFB e a expedição do alvará de soltura.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/UF

Outros materiais