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Farmacodinamica II

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Farmacodinamica II
Estudo de caso Clínico SNC
Equipe:
Wilma Brandão
Mailson
Carlene
Miua
Etiologia:
Epilepsia é uma síndrome – conjunto de sinais e sintomas – neurológica determinada por desorganizadas descargas elétricas no cérebro. Essas alterações geram crises – muitas vezes, quase imperceptíveis – que se manifestam de diversas maneiras, de acordo com a área afetada.
Na maior parte dos casos de epilepsia desconhece-se a origem da doença, embora algumas pessoas desenvolvam epilepsia posteriormente a lesões cerebrais, AVC, tumores cerebrais, toxicodependência ou alcoolismo, entre outros. Os ataques epilépticos são o resultado de atividade excessiva e anormal das células nervosas do córtex cerebral. O diagnóstico geralmente pressupõe excluir outras condições que possam provocar sintomas semelhantes (como a síncope) e perceber se existem quaisquer causas imediatas. A epilepsia é muitas vezes confirmada através de um eletroencefalograma (EEG).
Fisiopatologia:
A comunicação entre os neurônios se dá por meio de impulsos ou sinais elétricos. Quando esses sinais são transmitidos de maneira irregular, surgem os sintomas da epilepsia. As alterações nas descargas neuronais podem ser localizadas, compreendendo um dos hemisférios cerebrais, ou difusas, quando ambos hemisférios são atingidos. No primeiro caso é originada uma crise parcial (se essas alterações estão apenas localizadas a uma região particular do cérebro), no segundo, uma crise generalizada (quando as alterações apresentadas são logo de início generalizadas aos 2 hemisférios cerebrais). Crises recorrentes ou com duração superior a cinco minutos caracterizam uma emergência neurológica e carecem de imediato atendimento médico.
As crises podem ser de diversos tipos, conforme o comprometimento do hemisfério afetado. Um deles é a crise de ausência, quando o indivíduo fica estático e ausente, retornando em seguida, onde tinha parado. Devido a sua curta duração, dificilmente é percebida por familiares.
Crises parciais podem ser simples ou complexas. Nos casos simples, o estado de consciência permanece inalterado. Nas crises parciais complexas o estado de consciência fica alterado, ou seja, a pessoa não consegue interagir com outras e não se lembra do que acontece no período da crise. Estas crises são provocadas por alterações localizadas em qualquer parte do cérebro, e portanto, causar os mais variados tipos de sintomas. Por exemplo, durante uma crise parcial simples a pessoa pode apresentar sensações de formigamento, contrações em um braço ou perna, e outros sintomas. Outros sinais são mal-estar, desconforto gástrico, medo sem motivo aparente e sensação estranha de familiaridade (dejà vu). Nas crises parciais complexas, a pessoa pode ficar confusa, fazer gestos mecânicos de mastigação e continuar exercendo a tarefa que estava realizando de modo automático.
As crises tônico-clônicas, as mais conhecidas, envolvem todo o cérebro. A pessoa fica inconsciente e tem contrações musculares involuntárias, bruscas e muito fortes. Nessas situações, é comum a respiração ofegante, dificuldade em engolir a saliva, mordedura da língua e perda do controle esfincteriano (capacidade de reter a urina).
Há, também, as crises tônicas, clônica, mioclônica – marcada por abalos musculares que se manifestam, predominantemente, no período matutino – além de outras, que somam mais de trinta no total.
Somente ao final das crises, quando retomam a consciência, a maioria das pessoas com epilepsia fica ciente do que aconteceu. Não raramente, nesse momento, essas pessoas têm dores de cabeça, sonolência e dificuldade de raciocínio.
Diagnóstico:
O diagnóstico de uma Epilepsia é fundamentalmente clínico e os meios complementares habitualmente utilizados, como sejam o EEG, a tomografia computorizada (TC CE) ou a ressonância magnética (RMN CE), servem para uma melhor caracterização da situação e avaliação da sua etiologia.
Bibliografia:
Academia Brasileira de Neorologia. http://www.cadastro.abneuro.org/site/publico_epilepsia.asp
No caso de uma gestante com histórico de epilepsia quais seriam os cuidados a serem tomados em relação ao controle farmacológico? Proponham um esquema terapêutico para a paciente Nimue.
A gravidez em mulheres com epilepsia deve ser programada, preferencialmente, com até 1 ano de antecedência. Nesse período, o médico deve rever o tratamento da sua paciente e verificar a necessidade da manutenção, o fármaco em uso e a sua dose. Pode-se avaliar com antecedência a possibilidade de mudar a medicação para uma menos danosa para o feto, além do uso de doses mais baixas. Além disso, é possível introduzir ácido fólico, embora sua eficácia em diminuir a teratogenicidade seja discutível na literatura. Outro fator discutível é o uso de fármacos antiepilépticos de liberação prolongada ou a divisão da dose diária em maior número de tomadas, com o intuito de diminuir os picos séricos de concentração do medicamento. É importante que todas essas tentativas sejam feitas antes do início da gravidez, visto que não se deve alterar o tratamento depois que a mulher engravidar.

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