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A importância das vacinas na criação de bezerras

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A importância das vacinas na criação de bezerras - Parte 2
Por Biogénesis Bagó, MyPoint Biz - postado em 25/06/2013
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Por Guilherme Pizzo e Lucas Souto
Reforço vacinal em animais primovacinados
No caso de vacinas inativadas, que representam a grande maioria das vacinas utilizadas no Brasil, o reforço vacinal em animais primovacinados (vacinados pela primeira vez) é extremamente importante para o sucesso de programas vacinais. O reforço deverá ser realizado em um intervalo médio de 3 a 4 semanas entre as doses sendo a duração e potência da resposta imune diretamente relacionada com a vacinação ou não dos animais dentro deste intervalo de tempo. A revacinação, ou nova exposição da bezerra ao agente, resultará em uma resposta imune secundária, desta forma, os anticorpos podem atingir níveis muito mais altos e a resposta de memória mais duradora (Figura 2).
Figura 2: Concentração no plasma de anticorpos específicos para o antígeno introduzido no corpo de um indivíduo após a primeira e segunda dose respectivamente.
Programas vacinais em bezerras
Tão importante quanto vacinação contra raiva ou aftosa as vacinas contra outras enfermidades como as clostridiais, reprodutivas, respiratórias ou de diarreias são de grande importância nas primeiras semanas de vida.
- Vacinas contra agentes causadores de diarreia
Dentre as principais doenças que acometem as bezerras durante as primeiras semanas de vida a diarreia pode ser considerada uma das mais importantes, sendo sua prevenção de grande importância nas criações de bezerras. A diarreia neonatal pode ser causada por diversos tipos de agentes, sendo os mais comumente relatados os responsáveis pela samonelose, a rotavírose, colibacilose (E. coli), coronavirose e a eimeriose ou coccidiose. Apesar das vacinas presentes atualmente no mercado promoverem uma boa resposta imune e consequentemente resultados satisfatórios na prevenção contra diarreias neonatais, nem sempre elas atuam sobre todos os agentes responsáveis pela diarreia, por isso é importante identificar qual (ais) são os agentes presentes em cada situação e a partir dai instituir programas vacinais direcionados associados com práticas de manejo adequadas. Programas vacinais contra diarreias neonatais são geralmente realizados em fêmeas gestantes, tendo em vista que a incidência da enfermidade ocorre predominantemente nos primeiros dias de vida das bezerras.
- Vacinas contra enfermidades clostridiais
Enfermidades clostridiais são de grande importância para a saúde e sobrevivência dos animais jovens. Medidas profiláticas vacinando fêmeas 30 dias antes do parto e posteriormente bezerras a partir de 2 a 3 meses de vida têm sido empregadas a fim de diminuir os prejuízos causados por estas enfermidades. Alternativamente, algumas propriedades que optam por não vacinar as matrizes no pré-parto têm antecipado a primeira dose de vacina nas bezerras vacinando a partir da primeira semana de vida. Apesar dos recém-nascidos possuírem uma capacidade baixa de estabelecer boa resposta imune nos primeiros dias de vida, acredita-se que esta pode ser uma alternativa viável de acordo com o manejo na propriedade.
- Vacinas contra enfermidades reprodutivas
Dentre as enfermidades que causam prejuízos econômicos ligados a reprodução, destacam-se a Rinotraqueíte infecciosa Bovina (IBR), Diarréia Viral Bovina (BVD), Leptospirose e Brucelose. Um levantamento realizado pela Biogénesis Bagó Saúde Animal com mais de 55 mil amostras analisadas ao longo de 13 anos, demonstrou que aproximadamente 40% destas amostras eram positivas para IBR e/ou BVD e/ou Leptospirose em rebanhos de diferentes estados brasileiros. Apesar destas vacinas para estas enfermidades serem mais comumente aplicadas em animais que já estão em fase reprodutiva, estas podem ser aplicadas a partir de 3 meses de idade em bezerras, diminuindo assim a circulação viral e bacteriana destes agentes dentro da propriedade e melhorando significativamente os índices reprodutivos entro da propriedade. Preconiza-se também a continuidade do programa vacinal reprodutivo envolvendo principalmente categorias em reprodução como novilhas e vacas de cria.
A vacina contra a brucelose é de caráter obrigatório e deve ser realizada por um Médico Veterinário credenciado em todas as fêmeas que estiverem entre 3 e 8 meses de idade, em seguida os animais devem receber uma identificação padrão com marca a fogo no rosto.
- Vacinas contra síndromes respiratórias
Muitas propriedades atualmente já incluem em seus programas vacinais vacinas contra os principais agentes causadores de enfermidades ligadas ao trato respiratório. Enfermidades respiratórias normalmente são associadas a uma imunodepressão primária geralmente causada por agentes virais e condições de estresse, e posteriormente por infecção bacteriana secundária. Dentre estes agentes destacamos novamente IBR e BVD, Parainfluenza, Pasteurelose entre outros. Existe atualmente no mercado vacinas efetiva para controle destas enfermidades em rebanhos com problemas respiratórios e assim como a vacina contra clostridiose elas têm sido empregadas a partir da primeira semana de vida apresentando uma resposta rápida e satisfatória no controle e prevenção de problemas respiratórios. 
É importante lembrar, que adicionalmente a um programa vacinal bem elaborado que aborda aspectos como época e idade correta de vacinação, reforço em animais primovacinados entre outros fatores já citados acima, devemos tomar cuidados com aspectos de manejo de vacinação como atentar para as dosagens, respeitar as indicações do fabricante quanto ao armazenamento (geralmente de2 a 8 °C) e manuseio, não aplicar em animais doentes ou mau nutridos e descartar a vacina sempre que a embalagem estiver mau conservada ou violada.
Sobre os autores:
Guilherme Pizzo
Coordenador Técnico de Vendas – MG / Biogénesis Bagó
Médico Veterinário (PUC-MG)
Msc Biologia e Biotecnologia da Reprodução – Universidad de Murcia/ES

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