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Poliomielite: Prevenção e Sintomas

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Poliomielite
Publicado em
20/04/2020
Poliomielite - CID10: A80
Doenças Infecciosas e Parasitárias
Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus 
que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia 
nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as 
crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença 
contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos 
por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca 
das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que 
acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais 
atingidos.
A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão, 
com registro de 12 casos. Nenhum confirmado nas Américas. Como resultado da 
intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem 
(da poliomielite) desde 1990.
 
Poliomielite e paralisia infantil são a mesma coisa. A vacinação 
é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de 
cinco anos devem ser vacinadas conforme esquema de 
vacinação de rotina e na campanha nacional anual. Cuide da 
saúde do(a) seu(sua) filho(a).
 
Características epidemiológicas
No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, 
na cidade de Souza/PB. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país 
foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina 
oral contra a pólio (VOP). Essa vacina propicia imunidade individual e aumenta a 
imunidade de grupo na população em geral, com a disseminação do poliovírus 
vacinal no meio ambiente, em um curto espaço de tempo.
Chama-se a atenção para o risco de importação de casos de países onde ainda 
há circulação endêmica do poliovírus selvagem (Paquistão, Nigéria e 
Afeganistão). Com isso, reforça-se a necessidade de manter ações permanentes 
e efetivas de vigilância da doença e níveis adequados de proteção imunológica 
da população.
O primeiro surto causado por um vírus derivado vacinal (PVDV) foi detectado na 
Ilha de Hispaniola (que pertence ao Haiti e à República Dominicana), em 
2000/2001. Esse surto teve grande importância no processo de erradicação da 
Poliomielite, quando foram registrados 21 casos (50% na faixa etária de 1 a 4 
anos).
Quais são os sintomas?
Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde 
ausência de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. A poliomielite 
pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas 
infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar 
despercebida.
Os sintomas mais frequentes são:
febre
mal-estar
dor de cabeça
dor de garganta e no corpo
vômitos
diarreia
constipação (prisão de ventre)
espasmos
rigidez na nuca
meningite
Na forma paralítica ocorre:
Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.
Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais 
frequência os inferiores;
Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na 
área paralisada;
Sensibilidade conservada;
Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
 
Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima e leve a 
caderneta de vacinação.
 
Como prevenir?
A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças 
menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de 
vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses 
da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a 
vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde 
(OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.
Quais são as causas e sequelas?
A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal 
precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador 
da poliomielite.
As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do 
cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não 
tem cura. Assim, as principais sequelas da poliomielite são:
Problemas e dores nas articulações
Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar 
porque o calcanhar não encosta no chão
Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e 
incline-se para um lado, causando escoliose
Osteoporose
Paralisia de uma das pernas
Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de 
secreções na boca e na garganta
Dificuldade de falar
Atrofia muscular
Hipersensibilidade ao toque
As sequelas da poliomielite são tratadas por meio de fisioterapia e da realização 
de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de 
ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos 
das sequelas. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar 
as dores musculares e das articulações.
Poliomielite atinge também os adultos?
Embora ocorra com maior frequência em crianças, a poliomielite também pode 
ocorrer em adultos que não foram imunizados. Por isso é fundamental ficar 
atento às medidas preventivas, como: lavar sempre bem as mãos, ter cuidado 
com o preparo dos alimentos e beber água tratada.
Como é feito o diagnóstico?
Pode ser realizado por:
Isolamento do vírus - a partir de amostras de fezes do caso ou de seus 
contatos. As fezes são tratadas e inoculadas em cultura de células.
O método de PCR (Polymerase Chain Reaction), introduzido no Brasil na 
década de 90 Permite a amplificação da seqüência alvo do genoma viral, 
em pelo menos cem mil vezes em poucas horas, aumentando 
consideravelmente a sensibilidade do diagnostico viral, permitindo a 
identificação do tipo e origem do vírus isolado. O sequenciamento dos 
nucleotídeos identifica a quantidade das mutações e recombinação do vírus 
derivado vacinal. Para ser considerado derivado vacinal este vírus precisa 
apresentar mutações em > ou = a 1% podendo adquirir neurovirulência 
provocando portanto doença. A sorologia deixou de ser feita no Brasil em 
virtude da grande quantidade de vacina anti-polio oral (VOP) administrada 
no país, que levou a maioria da população a apresentar altos títulos de Ac, 
para os três tipos de poliovírus, dificultando assim a interpretação dos 
resultados.
Exames inespecíficos - líquor, útil no diagnóstico diferencial com a síndrome 
de Guillain-Barré e com as meningites que evoluem com deficiência motora. 
Na poliomielite, observa-se um discreto aumento do número de células, 
podendo haver um discreto aumento de proteínas. Na síndrome de Guillain-
Barré, observa-se uma dissociação proteino-citológica (aumento acentuado 
de proteínas) e, nas meningites, um aumento do número de células, com 
alterações bioquímicas. A eletromiografia os achados são comuns a um 
grupo de doenças que afetam o neurônio motor inferior, no entanto pode 
contribuir para descartar a hipótese diagnóstica de poliomielite. A 
anatomopatologia não permite o diagnóstico de certeza, pois não há 
alterações especificas de poliomielite, porém as alterações histopatológicas 
podem ser extremamente sugestivas diante de um quadro clínico suspeito. 
O swab retal somente é recomendado, naqueles casos de PFA que foram a 
óbito antes da coleta adequada de fezes (14º dia). Em crianças constipadas 
pode ser usado supositório de glicerina. A amostra de fezes constitui o 
material mais adequado para o isolamento do vírus. Os melhores resultados 
de isolamento são alcançados em amostras de fezes coletadas na fase 
aguda da doença. A coleta deverá ser realizada até 14 dias após o inicio da 
deficiência motora. Todo caso conhecido tardiamente deverá ter uma 
amostra de fezescoletada até 60 dias após o inicio da deficiência motora. A 
coleta do material deve ser feita em frasco plástico (uso universal) limpo e 
seco numa quantidade de 2 dedos polegares de adulto. As amostras 
deverão ser conservadas em freezer a -20ºC até o momento do envio. Se 
não houver freezer conservar em refrigerador a 4-8ºC por no máximo 3 
dias. Não podem jamais ser congeladas. O transporte deve ser feito em 
caixa térmica com gelo reciclável em quantidade suficiente para suportar o 
tempo do transporte até chegada ao LRR ou LRN. As amostras devem ser 
acondicionadas individualmente em sacos plásticos e a caixa térmica bem 
vedada com fita adesiva. O formulário de envio de amostra deve sempre 
acompanhar as amostras, acondicionadas em saco plástico para não apagar 
as informações contidas no formulário no caso de algum derramamento. O 
preenchimento deve estar completo e bem legível.
Polineurite pós-infecciosa e outras infecções que causam paralisia: síndrome 
de Guillain-Barré (SGB), mielite transversa, meningite viral, 
meningoencefalite e outros enterovírus (ECHO, tipo 71, e coxsackie, 
especialmente, do grupo A, tipo 7).
Critérios para coleta de amostras de contatos
Coleta de comunicantes de caso com clínica compatível de poliomielite; quando 
houver suspeita de reintrodução da circulação do poliovírus selvagem (devido a 
viagens ou visitas relacionadas a áreas endêmicas). Contato de casos em que 
haja confirmação do vírus vacinal derivado (mutante). Observar que os contatos 
não são necessariamente intradomiciliares, embora quando presentes devem ser 
priorizados para coleta de amostras de fezes, e que os mesmos não devem ter 
recebido a vacina oral contra polio (VOP) nos últimos 30 dias. Toda e qualquer 
coleta de comunicantes deverá ser discutida previamente com o nível nacional.
Como é feito o tratamento?
Não existe tratamento específico da poliomielite, todas as vítimas de contágio 
devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o 
quadro clínico do paciente.
Profissionais e gestores de saúde
Os profissionais de saúde devem ficar atentos a possíveis novos casos da doença 
no Brasil. O monitoramento da ausência de circulação de poliovírus selvagem no 
país é feito a partir da vigilância das Paralisias Flácidas Agudas (PFA). Todo caso 
de PFA em menores de quinze anos, independente da hipótese diagnóstica, deve 
ser notificado, investigado imediatamente.
A notificação é feita pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN). É necessária coleta de uma amostra de fezes até o 14º dia do início do 
déficit motor para isolamento viral e esclarecimento diagnóstico. É preciso, 
ainda, realizar reavaliação neuromuscular (revisita) para avaliação de sequela 
neurológica aos 60 dias do início da deficiência motora, e ser encerrado no 
sistema em até 60 dias após a notificação.
A vigilância da poliomielite é avaliada com base nos indicadores de desempenho 
operacional das paralisias flácidas agudas em menores de 15 anos de idade.
1) Taxa de notificação;
2) Investigação epidemiológica em até 48 horas;
3) Coleta de uma amostra oportuna de fezes e; 
4) Proporção de notificação semanal negativa/positiva. 
Exceto a taxa de notificação, que é de no mínimo (1 caso/100.000 < 15 anos), 
para os demais indicadores a meta mínima esperada é de 80%.
 
Vigilância epidemiológica
 
Objetivo
Detectar precocemente a reintrodução do poliovírus selvagem no território 
brasileiro, pela vigilância ativa das paralisias flácidas agudas, para garantir maior 
agilidade das medidas de prevenção e controle.
 
Notificação
Doença com sistema de vigilância ativa que exige a notificação compulsória e 
investigação das paralisias flácidas agudas (PFA). Critérios para inclusão de um 
caso no Sistema de Vigilância Epidemiológica das PFA.Deve ser investigado todo 
caso de deficiência motora flácida, de início súbito: em pessoas menores de 15 
anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite; em pessoas de 
qualquer idade, que apresentam hipótese diagnóstica de poliomielite.
 
Definição de caso
Confirmado: todos os pacientes com PFA em que houve isolamento de 
poliovírus selvagem na(s) amostra(s) de fezes do caso ou de um de seus 
comunicantes, independentemente de haver ou não sequela após 60 dias 
do início da deficiência motora
Poliomielite associada à vacina: casos de PFA em que há isolamento de 
vírus vacinal na(s) amostra(s) de fezes e presença de sequela compatível 
com poliomielite, 60 dias após o início da deficiência motora. Para que um 
caso seja classificado como associado à vacina, as amostras de fezes não 
precisam ser oportunas (coleta nos primeiros quinze dias);
Não-poliomielite: casos de PFA com amostras de fezes adequadas (duas 
amostras coletadas até quatorze dias do início da deficiência motora, com 
intervalo mínimo de 24 horas), nos quais não houve isolamento de 
poliovírus. Qualquer paciente que apresenta seqüela após 60 dias do início 
da deficiência motora, que evolua para óbito ou de forma ignorada, deve ter 
suas amostras de fezes originais reexaminadas em outro laboratório da 
rede. Se os resultados forem negativos para poliovírus, o caso deve ser 
descartado; d) Pólio-compatível: casos de PFA que não tiveram coleta 
adequada de amostras de fezes e que apresentam sequela aos 60 dias ou 
evoluíram para óbito ou de forma ignorada.
 
Medidas de controle
Em virtude das características de transmissão do poliovírus, silenciosa e rápida, 
e da ocorrência de um grande número de infecções sem manifestações clínicas, 
a vigilância deve ser intensificada com a finalidade de detectar a ocorrência de 
outros casos de PFA. A manutenção dessa vigilância deve abranger, além do 
local de residência do doente, as localidades visitadas nos 30 dias anteriores ao 
início da paralisia, em caso de viagem, como também os locais de residência de 
possíveis visitas recebidas no mesmo período, onde pode estar a provável fonte 
de infecção. Além da intensificação da vigilância, as medidas de controle 
compreendem: miniinquérito, inquérito de cobertura vacinal, visita às unidades 
de saúde e contato com profissionais de saúde. Vacinação: a única medida eficaz 
para manter erradicada a circulação do poliovírus selvagem nas Américas é a 
vacinação, portanto deverão ser mantidas a vacinação de rotina nos serviços de 
saúde e as campanhas nacionais de vacinação. Vacinação de rotina: compreende 
as atividades realizadas de forma contínua, através dos serviços permanentes de 
saúde e visa assegurar, o mais precocemente possível, a imunização das 
crianças nascidas, para evitar a formação de bolsões populacionais suscetíveis à 
doença. Esquema vacinal: vacina antipólio oral (VPO-Sabin), 1a dose aos 2 
meses; 2a dose, aos 4 meses; 3a dose, aos 6 meses; reforço aos 15 meses. 
Campanhas de vacinação: as campanhas se constituem em ação complementar 
para a vacinação de rotina quando a rede de serviços de saúde for insuficiente 
para assegurar uma satisfatória cobertura de vacinação. É importante salientar 
que a vacina oral contra a poliomielite, aplicada em campanhas, apresenta um 
mecanismo de ação peculiar. A vacinação em massa produz extensa 
disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, capaz de competir com a 
circulação do vírus selvagem, interrompendo abruptamente a cadeia de 
transmissão da doença. Em ambas as atividades, devem ser alcançadas 
coberturas vacinais altas (90%) e uniformes, nos municípios, até que se 
certifique que o mundo esteja livre da poliomielite. Definição de criança 
adequadamente vacinada: é aquela que recebeu três ou mais doses de vacina 
oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose. 
Indicadores de qualidade da vigilância epidemiológica pós-certificação: 
permanecerão sendo utilizados quatro indicadores para avaliar a qualidade da 
vigilância epidemiológica das PFA, no período de pós-certificação: no mínimo 
80% das Unidades de Notificação Negativa implantadas devem notificar 
semanalmente; a taxade notificação de casos de PFA deve ser de, no mínimo, 1 
caso por 100.000 habitantes menores de 15 anos; pelo menos 80% dos casos 
notificados devem ser investigados dentro das 48 horas posteriores à 
notificação; pelo menos 80% dos casos de PFA notificados devem ter duas 
amostras de fezes para cultivo de vírus, coletadas nas duas semanas seguintes 
ao início da deficiência motora.
Mitos sobre a poliomielite
Abaixo, seguem os principais mitos relacionadas à poliomielite. Não divulgue 
informações erradas.
MITO. Vacinas causam autismo?
Por quê? Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre 
uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e 
o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado 
pela revista que o publicou. Infelizmente, sua publicação desencadeou um pânico 
que levou à queda das coberturas de vacinação e subsequentes surtos dessas 
doenças.
MITO. Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças 
desaparecerem – vacinas não são necessárias.
Por quê? As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os 
programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem 
das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças 
infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, 
independente de quão limpos estamos. Se as pessoas não forem vacinadas, 
doenças que se tornaram raras, como a poliomielite e o sarampo, reaparecerão 
rapidamente.
MITO. As vacinas têm vários efeitos colaterais prejudiciais e de longo 
prazo que ainda são desconhecidos. A vacinação pode ser até fatal.
Por quê? As vacinas são muito seguras. A maioria das reações são geralmente 
pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos 
graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e 
investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por 
uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. A poliomielite, 
por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e 
cegueira; e algumas doenças preveníveis por meio da vacinação podem até 
resultar em morte. Embora qualquer lesão grave ou morte causada por vacinas 
seja muito relevante, os benefícios da imunização superam em muito o risco, 
considerando que muitas outras lesões e mortes ocorreriam sem ela.
MITO. A vacina combinada contra a difteria, tétano e coqueluche e a 
vacina contra a poliomielite causam a síndrome da morte súbita infantil.
Por quê? Não há relação causal entre a administração de vacinas e a síndrome 
da morte súbita infantil (SMSI), também conhecida como síndrome da morte 
súbita do lactente. No entanto, essas vacinas são administradas em um 
momento em que os bebês podem sofrer com essa síndrome. Em outras 
palavras, as mortes por SMSI são coincidentes à vacinação e teriam ocorrido 
mesmo se nenhuma vacina tivesse sido aplicada. É importante lembrar que 
essas quatro doenças são fatais e que os bebês não vacinados contra elas estão 
em sério risco de morte ou incapacidade grave.
MITO. As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em 
meu país, por isso não há razão para me vacinar.
Por quê? Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras 
em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular 
em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses 
agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que 
não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem 
focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, 
França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas 
principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as 
pessoas que estão à nossa volta. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim 
como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo 
para assegurar o bem de todos. Não devemos apenas confiar nas pessoas ao 
nosso redor para impedir a propagação da doença; nós também devemos fazer 
tudo o que pudermos.
MITO. Doenças infantis evitáveis por vacinas são apenas infelizes fatos 
da vida.
Por quê? As doenças evitáveis por vacinas não têm que ser "fatos da vida". 
Enfermidades como sarampo, caxumba e rubéola são graves e podem levar a 
complicações graves em crianças e adultos, incluindo pneumonia, encefalite, 
cegueira, diarreia, infecções de ouvido, síndrome da rubéola congênita (caso 
uma mulher seja infectada com rubéola no início da gravidez) e, por fim, à 
morte. Todas essas doenças e o sofrimento que elas causam podem ser 
prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar as crianças faz com que elas 
fiquem desnecessariamente vulneráveis.
MITO. Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo em uma criança 
pode aumentar o risco de eventos adversos prejudiciais, que podem 
sobrecarregar seu sistema imunológico.
Por quê? Evidências científicas mostram que aplicar várias vacinas ao mesmo 
tempo não causa aumento de eventos adversos sobre o sistema imunológico das 
crianças. Elas são expostas a centenas de substâncias estranhas, que 
desencadeiam uma resposta imune todos os dias. O simples ato de comer 
introduz novos antígenos no corpo e numerosas bactérias vivem na boca e no 
nariz. Uma criança é exposta a muito mais antígenos de um resfriado comum ou 
dor de garganta do que de vacinas. As principais vantagens de aplicar várias 
vacinas ao mesmo tempo são: menos visitas ao posto de saúde ou hospital, o 
que economiza tempo e dinheiro; e uma maior probabilidade de que o calendário 
vacinal seja completado. Além disso, quando é possível ter uma vacinação 
combinada – como para sarampo, caxumba e rubéola – menos injeções são 
aplicadas.
MITO. As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso.
Por quê? O tiomersal é um composto orgânico, que contém mercúrio, adicionado 
a algumas vacinas como conservante. É o conservante mais utilizado para 
vacinas que são fornecidas em frascos multidose. Não existe evidência que 
sugira que a quantidade de tiomersal utilizada nas vacinas represente um risco 
para a saúde.
FONTE: SESA e MINISTÉRIO DA SAÚDE
https://www.gov.br/saude/pt-br
https://www.gov.br/saude/pt-br

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