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CC 05

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Marcio Vila		6º Período
RA: 201502288338		Contato: 21 9 8260-7353
CASO 05:
Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso
acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado.
O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas.
Resposta: Em decorrência do vínculo de parentesco por afinidade na linha reta de 1º grau o casamento deve ser declarado nulo, com fundamento no art. 1548 do CC, sendo possível não só o MP, mas também a qualquer pessoa capaz propor a ação declaratória de nulidade, de acordo com o art. 1522 do CC e art. 1549 CC. Ademais pelo fato de ser nulo e haver violação de norma de ordem pública a ação poderá proposta à qualquer tempo, não havendo de se falar em prazo prescricional, tão quanto decadencial. (Art.1595, §2ºCC).
(TJPE 2013) São impedidos de casar:
o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal.
o tutor com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a tutela e não estiverem saldadas as respectivas contas.
os parentes colaterais até o quarto grau.
d. os afins em linha reta e em linha colateral.
o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante.

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