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TIPOS DE FEDERALISMO
Gonet Branco entende que: “O modo como se repartem as competências indica que tipo de federalismo é adotado em cada país”.
Cada Estado tem uma evolução histórica particular, no qual estabelece o tipo de Federação que se desenvolverá em seu território. 
Não é fundamental que um Estado tenha todas as características listadas pela doutrina para que seja considerado como uma Federação, mas é essencial que haja uma autonomia mínima dos entes federados, o que se dá sobretudo por meio da repartição de competências. É através da apreciação dessa repartição de competências que compreende o nível de centralização ou descentralização de um Estado. 
Em conformidade com a criação clássica norte-americana, relacionada à noção de Confederação, o federalismo dualista consagra a repartição horizontal de competências constitucionais, pois considera a presença de duas esferas soberanas de poder. Esta concepção foi desprezada por causa de uma ideia de federalismo cooperativo, através deste se busca uniformidade entre as competências da União e a dos Estados. Essa ordenação também envolve o federalismo de integração, que propõe a esfera estadual à federal e se desenvolve, na prática, apenas como um federalismo nominal. 
Em relação à formação do Estado Federal, podemos ter o federalismo por agregação, no qual, os Estados resolvem abrir mão de parcela de sua soberania para agregarem-se e formarem novo Estado Federativo, passando a ser autônomos entre si. Decorre de um movimento centrípeto (de dentro para fora). Como exemplo pode ser citada a formação dos EUA; e o federalismo por segregação, que surge a partir de um Estado unitário que resolve descentralizar-se, em obediência a imperativos políticos e de eficiência. Decorre de um movimento centrífugo (de fora para dentro). O Brasil é um exemplo de federalismo por desagregação.
De acordo com Pedro Lenza, podem-se classificar os tipos de federalismo em: dual ou cooperativo, simétrico ou assimétrico, orgânico, integração, equilíbrio e federalismo de segundo grau.
Para Lenza (2014, p. 470), no federalismo simétrico nota-se uniformidade de cultura e desenvolvimento, assim como de língua, como é o caso dos Estados Unidos. De outro modo, o federalismo assimétrico pode originar-se da diversidade de língua e cultura, como se verifica, por exemplo, no caso do Canadá, país bilíngue e multicultural. 
Dircêo Torrecillas (1998, p. 75) fala de um federalismo de integração, que conduz mais a um Estado unitário descentralizado constitucionalmente, do que a um verdadeiro Estado federal. Nesse sentido, André Ramos Tavares (2012, p. 1102) determina que, "no extremo, o federalismo de integração será um federalismo meramente formal, cuja forte assimetria entre poderes distribuídos entre as entidades componentes da federação o aproxima de um Estado unitário descentralizado, com forte e ampla dependência, por parte das unidades federativas, em relação ao Governo da União federal". 
O federalismo equilíbrio traduz a ideia de que os entes federativos devem manter-se em harmonia, reforçando-se as instituições. Isso pode ser compreendido pela formação de regiões de desenvolvimento (entre os Estados) e de regiões metropolitanas (entre os municípios), concessão de benefícios, além da redistribuição de rendas. Trata-se, pois, de modalidade que se agrega às demais para reforçar as instituições federativas. 
No federalismo orgânico, o Estado é notado como órgão onde se averigua a manutenção do todo em detrimento da parte. Os estados membros só têm a perder nessa relação em que são apenas reflexos do poder central. Nos dizeres de Zimmermann (1999, p. 65) “unidades federadas que se formam à simples imagem e semelhança de um todo-poderoso poder central”. 
Por último, temos o chamado federalismo de segundo grau, constatado no Brasil, que conta com três ordens federativas: uma federal, representada pela União, uma regional, representada pelos Estados, e ainda uma local, representada pelos Municípios. 
No caso dos Municípios, estes apresentam 2 graus de auto-organização: um em relação à Constituição Federal e outro em relação à constituição do Estado-membro em que se localiza. O Distrito Federal ocupa posição peculiar no federalismo brasileiro, sendo classificado como uma unidade federada de autonomia parcialmente tutelada. 
Lenza, Pedro Direito constitucional esquematizado' I Pedro Lenza. - 18. cd. rev., atual. e ampl.-São Paulo: Saraiva, 2011. 
MENDES, G. F., COELHO, I. M., & GONET BRANCO, P. G. (2007). Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva.
Alexandre, Marcelo. Paulo, Vicente. Resumo de Direito Administrativo Descomplicado, 2014. 
RAMOS, Dircêo Torrecillas. O Federalismo Assimétrico. São Paulo: Plêiade, 1998. 
ZIMMERMANN, Augusto. Teoria Geral do Federalismo Democrático. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1999.
Tavares, André Ramos Curso de direito constitucional / André Ramos Tavares. – 10. ed. rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2012

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