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Prof. Fábio Cruz MSc. Ciências Ambientais IFMG Campus Governador Valadares AMB- 206 Aula 04 – Precipitação Precipitação - generalidades Fonte: aguanobre.com Água proveniente do vapor d’água da atmosfera que se deposita na superfície da terra sob diferentes formas, como chuva, granizo, neve, neblina, orvalho ou geada; A importância do estudo da distribuição e dos modos de ocorrência da precipitação está fato de que esta constitui-se no principal input na aplicação do balanço hídrico em uma dada região hidrológica. Tipos de precipitação Formação: está ligada à ascensão de massas de ar úmido; Resfriamento dinâmico, ou adiabático, que pode fazer o vapor atingir o seu ponto de saturação, também chamado nível de condensação; Núcleos de condensação promovem a aglomeração de microgotículas de água; As gotículas ao atingirem peso suficiente para vencer a resistência do ar precipitam, gerando as chuvas; Fonte: eduhistoriador.blogspot.com Fonte: to-campos.planetaclix.pt Tipos de precipitação Convectiva: estratificação térmica da atmosfera decorrente do aquecimento desigual da superfície terrestre; São comuns em regiões tropicais, caracterizam-se por serem de grande intensidade e curta duração; Concentram-se normalmente em pequenas áreas; Orográfica Resultam da ascensão mecânica de correntes de ar úmido horizontais sobre barreiras naturais, tais como montanhas; São chuvas de pequena intensidade, grande duração e cobrem pequenas áreas; Cria condições para ocorrências de zonas áridas em regiões localizadas após a barreira geográfica; Ciclônicas ou frontais Ocorrem ao longo da superfície de descontinuidade que separa duas massas de ar de temperatura e umidade diferentes; Essas massas de ar têm movimento da região de alta pressão para a região de baixa pressão; Resulta da ascensão do ar quente sobre o ar frio na zona de contato das duas massas de ar de características diferentes; Em geral são precipitações longa duração e apresentam intensidades de baixa a moderada, espalhando-se por grandes áreas; Grandezas e medidas de precipitação Grandezas principais: altura pluviométrica, intensidade, duração, e frequência; Altura de chuva Medida da altura da lâmina d’água de chuva acumulada em uma superfície plana, horizontal e impermeável; Normalmente é representa pela letras h ou P; É expressa em mm; Instrumentos de medida do parâmetro mais comum são pluviômetros; As medidas realizadas nos pluviômetros são periódicas, feitas em geral em intervalos de 24 horas, às 7 horas da manhã mais comumente; Acima do recipiente do pluviômetro é colocado um funil com um anel receptor biselado, que define a área de interceptação. O anel deve ficar bem horizontal; A lâmina precipitada é calculada pela expressão P = 10×Vol /A , onde P é a precipitação acumulada em mm, Vol é o volume recolhido em cm3 (ou ml) e A é a área de interceptação do anel em cm2; Há ainda provetas calibradas para medir diretamente o volume de água coletada; A precisão de todas as medições de precipitação é o décimo de milímetro; No Brasil há uma variedade de tipos de pluviômetros disponíveis com diferentes áreas de captação; Princípio de funcionamento do pluviômetro Intensidade de precipitação É a relação entre a altura pluviométrica e a duração da precipitação; i = ΔP / Δt; Geralmente, é expressa em mm/h, mm/min ou mm/dia; A intensidade da precipitação normalmente é feita com uso de pluviógrafos; Nos pluviógrafos mais antigos há rolos de papel onde são registradas as variações temporais das precipitações; A esse registro dá-se o nome de pluviograma; Através do pluviograma pode-se extrair os dados de altura de chuva e intensidade de precipitação; Assim como os pluviômetros, há no Brasil uma variedade de pluviógrafos disponíveis no mercado; tais como de sifão, de balança, etc...; Em geral, com a resolução dos pluviógrafos mecânicos convencionais consegue-se extrair informações da precipitação em intervalos de tempo superiores a 5min; Duração da precipitação Corresponde ao período de tempo durante o qual a chuva cai; As unidades normalmente utilizadas para a duração da precipitação são o minuto ou a hora; Frequência de precipitações É normalmente utilizada em estudos associados ao aproveitamento de recursos hídricos hídricos ou de controle do impacto causado por chuvas intensas; Precipitação média sobre uma bacia Para o cálculo das precipitações médias sobre uma bacia é necessário utilizar as observações dentro da área de interesse e nas suas vizinhanças; Nestes termos a precipitação média passa a ser definida como sendo a altura uniforme da lâmina d’água que cobre toda a área considerada, associada a um período de tempo (uma hora, um dia, um mês, um ano, etc.); As precipitações médias sobre uma bacia hidrográfica pode ser medida usualmente por três métodos: método aritmético, método de Thiessen e método das isoietas; O cálculo da média por estes métodos pode ser feito para um temporal isolado, para totais mensais precipitados ou para os totais anuais; Método aritmético Considerando uma bacia hidrográfica com N estações pluviométricas, com as alturas de chuva medidas em cada estação indicadas por Pi (i = 1, 2, 3, ..., N), as A precipitação média na bacia P , pode ser obtida tomando-se a média aritmética dos valores indicados; A American Society of Civil Engineers (ASCE) recomenda o uso deste método para bacias menores que 5.000 Km2, quando: A distribuição dos aparelhos na bacia for densa e uniforme; A área for plana ou de relevo muito suave (para evitar erros devidos a influências orográfica; Quando estes requerimentos não forem atendidos, é recomendável o uso de outro método. Método dos Polígonos de Thiessen Inicialmente para cada estação é definida uma área de influência dentro da bacia; Para cada posto para o posto pluviométrico i tem-se a área Ai, tal que ΣAi = A (igual à área de drenagem da bacia hidrográfica); A precipitação média é então calculada atribuindo-se um peso a cada altura em cada uma das estações, peso este representado pela área de influência; As áreas de influência são determinadas no mapa topográfico da bacia contendo as estações, unindo-se os postos adjacentes por segmentos de reta (realizando triangulações) e, em seguida, traçando-se as mediatrizes desses segmentos formando polígonos; Os lados dos polígonos (ou divisor da bacia) são os limites dentro da bacia das áreas de influência das estações; O método de Thiessen pode ser utilizado mesmo para uma distribuição não uniforme dos aparelhos e dá bons resultados em terrenos levemente acidentados. Método das Isoietas No método das isoietas, em vez de pontos isolados de precipitação, utilizam-se as curvas de igual precipitação (isoietas); O traçado dessas curvas é extremamente simples, semelhante ao traçado de curvas de nível, onde a altura de chuva substitui a cota do terreno; Pelo método das isoietas, a precipitação média sobre uma área é calculada multiplicando-se a precipitação média entre isoietas sucessivas (normalmente fazendo-se a média dos valores de duas isoietas) pela área entre as isoietas, totalizando-se esse produto e dividindo-se pela área; Onde: Pi = valor da precipitação correspondente à isoieta de ordem i; Pi+1 = valor da precipitaçãopara a isoieta de ordem i+1; Ai,i+1 = área entre as isoietas de ordem i e ordem i+1; A = ΣAi,i+1 = área de drenagem da bacia hidrográfica. Fonte: hidrotec.ufv.br Fonte: semarh.df.gov.br Fonte: irrigart.com.br Fonte: meted.ucar.edu REFERÊNCIAS BARBOSA JUNIOR. Hidrologia aplicada. Ouro Preto: Departamento de Engenharia Civil. Universidade Federal de Ouro Preto. 2012.
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