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A concepção do Código Civil de 1916

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A concepção do Código Civil de 1916, já revogado, influenciado pelo regime romano, possuía características semelhantes à figura do pater, o chefe conjugal, detendo a responsabilidade pela família, a mulher e os filhos, submissos a sua autoridade. A família era, então, conservadora, sendo o casamento, indissolúvel, e o marido, possuía responsabilidades diversas a qualquer um dos membros do grupo.
“A família do Código Civil de 1916 era uma família transpessoal, hierarquizada e patriarcal.
A supremacia do homem como cabeça do casal, para o Código de Beviláqua, pode ser sentida em diversos dispositivos. Pelo art. 233, ao marido incumbia a chefia da sociedade conjugal, tendo a mulher função de colaboração do marido no exercício dos encargos da família, cumprido a ela velar pela direção material e moral. Necessitava do consentimento dos pais (homens) para ocorrer casamento de filhos menores de 21 anos e se houvesse discordância das partes, prevalecia a vontade dos pais(homens). 
o divórcio não era admitido.
havia diferenciação entre filhos legítimos e ilegítimos e entre naturais e adotivos. o art. 359 dispunha que o filho ilegítimo, reconhecido por um dos cônjuges, não poderia residir no lar conjugal sem o consentimento do outro
No que diz respeito ao contrato, na doutrina liberal do século XIX, este tinha, como direção, o dogma da autonomia da vontade, sem limites. As partes poderiam livremente estipular o conteúdo das cláusulas contratuais, que o tornava obrigatório. Não se levava em conta o desequilíbrio na formação ou na execução do contrato.
o Código Civil punia severamente a mulher considerada "desonesta": aceitava a anulação do casamento se atestada a não virgindade da mulher pelo marido; permitia a deserdação de filha que tivesse comportamento "suspeitos" do ponto de vista dos conceitos morais da época.

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