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CONTABILIDADE BÁSICA cursando

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http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/contas2.php
ESTÁCIO
CONTABILIDADE BÁSICA 
Necessidade de medir o quanto ganham, com o crescimento do comercio o controle do patrimônio tornou-se essencial. 
Contador era conhecido como guarda livros, pois eles escrituravam e mantiam em boa ordem os livros mercantis das empresas comerciais. Em 1850 D. Pedro II promulgou o primeiro Código Comercial Brasileiro. Em 1946 Usp cria faculdade de contabilidade e o CFC –Conselho Federal de Contabilidade. Em 1976 cria a Lei nº 6.404 ou Lei das Sociedades por Ações e a CVM – comissão de Valores Mobiliários. Em 2007 a Lei nº 11.638, alterou a Lei das Sociedades Anônimas e aproximou a Contabilidade brasileira do modelo adotando mundialmente. O Brasil começa a usa IFRS – pronunciamentos contábeis que tem normas internacionais. 
 A constituição de uma empresa é o momento de nascimento de uma instituição e, assim como uma pessoa, possui um documento de nascimento. O contrato Social é o documento necessário para o nascimento das Sociedades __LIMITADAS. Já o Estatuto Social é o documento utilizado para a criação das Sociedades ___ANÔNIMAS_. Outro momento inicial da empresa é o da definição de como poderá ser feita essa constituição, ou seja, de que forma o capital poderá ser aplicado na empresa.O capital poderá adentrar nas empresas através dos ___SÓCIOS__ e de _TERCEIROS__ e poderá assumir denominações como Capital __PRÓPRIO,__INTERNO, __EXTERNO e _ALHEIO.
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:  
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;  
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;  
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;  
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e  
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
Por exemplo, o princípio de competência, que exige o registro das receitas e despesas no período que ocorrerem, não pode ser substituído por adoção do regime de caixa (onde as receitas e despesas são registradas somente por ocasião de seu pagamento).
Débito e Crédito
	As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm significados muito diferentes daqueles que têm na linguagem cotidiana.
É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com “subtração” e “adição” do financeiro. O correto é associá-los aos termos Destino e Origem, respectivamente.
Debitar significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa uma obrigação).
Creditar significa registrar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para aumentar seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta representa um Bem ou Direito).
	
Há duas formas de os lançamentos débito e crédito serem feitos:
	D- Estoque
C- Bancos
	ou
	Estoque
a Bancos
No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no segundo caso, o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta Estoque. Tem-se por mais usada a primeira opção.
Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do recurso aplicado. Ou seja, quando um contador faz um lançamento a débito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço destina-se àquela conta. Agora, quando ele faz um lançamento a crédito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço teve origem naquela conta.
Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à vista, foi usado o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o registro destas duas contas da seguinte forma:
D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que faz parte dos imóveis da empresa.)
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro da empresa.)
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada. Se uma conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, é creditada.
OBS.: Para corrigir um erro em um lançamento contábil, não se usa borracha ou corretivo. Para corrigi-lo, faz-se o registro contrário. Um débito anula um crédito e vice-versa (operação conhecida como estorno). Pode-se usar para corrigir os erros em geral (inversão das contas, lançamentos em duplicidade, omissão de lançamentos, erro no valor, etc.) vários tipos de métodos, como por exemplo, estorno do lançamento, lançamento retificativo, lançamento complementar e ressalva porprofissional qualificado
MÉTODO DAS PARTILHAS DOBRADAS – sistema padrão de registro: toda a origem de capital deverá ter sempre uma aplicação de igual valorou seja, todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Os resultados são melhores demonstrados por contas específicas. Este método é obrigatório no Brasil para os gestores públicos de acordo com a lei 4320 de 1964 que dispõem: a escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-ão pelo método das partidas dobradas. 
Ex: conta caixa, onde cada transação financeira e registrada como entrada em pelo menos duas contas nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos, então as somas do ativo (bens e direitos a receber) devem ser iguais a do passivo (obrigações a pagar, patrimônio líquido). É um método simples que utiliza conta de adição e subtração. 
Ex: balanço patrimonial. Ativo: sócios depositaram 250, mil, e usaram 200 pra compra um imóvel e 50 mil um veículos. No passivo consta o valor de capital de R$ 500 mil. Então a soma dos créditos e igual a dos débitos.
	 BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 					PASSIVO 
CIRCULANTE 				CIRCULANTE 
 Caixa 	R$ 250, 000			Fornecedores 
Bancos/contas a pagar 
Duplicatas a receber 	
FINANCIAMENTO 			ELEGÍVEL A LONGO PRAZO
Imobilizados 				Financiamentos 
 Móveis 	
Veículos 				PATRIMÔNIO LÍQUIDO
					Capital 	R$ 500,000
					Lucros acumulados 
TOTAL DO ATIVO R$ 500,00		TOTAL DO PASSIVO R$ 500,00
Aqui neste exemplo usamos a 3ª FÓRMULA: vários débitos e um crédito. 		
Frei Luca Pacioli, no século XV em 1494, através de sua obra La suma de Arithmetica criou o método das partidas dobradas. Leonardo da Vinnci foi seu aluno famoso. 
ATIVO: BENS E DIREITOS
PASSIVO: OBRIGAÇÕES/DÍVIDAS 
	ATIVO
	PASSIVO
	Dinheiro na Carteira: 110,00
	Lojas Americanas: 400,00
	Dinheiro no Banco: 1.100,00
	Plano de Saúde: 430,00
	Salário a receber: 5.000,00
	Faculdade: 1.200,00
	Valor do automóvel: 20.000,00
	Mercado: 500,00
	Valor da residência: 80.000,00
	Cartão de crédito: 650,00
	
	Financiamento imobiliário: 103.030,00
	TOTAL: 106.210,00
	TOTAL: 106.210,00
MÉTODO DAS PARTIDAS SIMPLES: No registro de um fato contábil, apenas um elemento patrimonial é utilizado. Não permite um controle eficaz do patrimônio e dos resultados. 
Ex: escrituração do livro caixa, visando apenas ao controle de dinheiro. 
FÓRMULAS DE ESCRITURAÇÕES 
1ª FÓRMULA: um débito para cada crédito. (A todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa). ESTA FÓRMULA E A MAIS USADA E MAIS COMUM. 
2ª FÓRMULA: um débito e vários créditos. 
3ª FÓRMULA: vários débitos e um crédito. 
4ª FÓRMULA: vários débitos e vários créditos
CONTABILIDADE: ciência responsável pelo estudo dos fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades. É responsável, pelo registro, classificação e demonstração dos fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através da escrituração contábil. Também fornece informações para a análise e interpretação dos fatos obtidos mediante a escrituração contábil, possibilita que sejam conhecidas as variações através dos períodos em que houve alteração no patrimônio.
Atua no: Econômico; financeiro e no patrimonial: 
bens – atende as necessidades de pessoas físicas/jurídicas. Podem ser mensuradas, tem valor econômico. 
Direitos: valores a receber de 3º. (clientes que a empresa vendeu e receberão dos mesmo futuramente) ;
Obrigações: passivos, dividas da empresa com 3º. 
PJ – uma ou mais pessoas físicas, com contrato registrado em cartório ou na Receita Federal ou Junta Comercial. A finalização e por acordo ou decisão judicial. 
Sociedades Limitadas: pessoa física, documento de nascimento é igual a contrato social.
Sociedade anônima: pessoa física, documento de origem estatuto social.
Aspecto:
 Quantitativo: Moeda real. 
Qualitativo: • Bens: representados pelo caixa; • Direitos: representados pelos clientes; e 
• Obrigações: representadas por contas diversas a pagar. 
Patrimônio Liquido: soma dos bens, direitos, menos as suas obrigações. Desta forma, o que sobra no caso de liquidação de dívidas é o que realmente é da propriedade.
	ATIVO
	PASSIVO
	
	Caixa: 10.000,00
	Empréstimo: 15.000,00
	
	Estoque: 40.000,00
	Contas a pagar: 25.000,00
	
	Contas a receber: 20.000,00
	
	Total do ativo: 1 00.000,00
Total do passivo: 40.000,00
Patrimônio Líquido: 60.000,00
	Imobilizado: 30.000,00
	
	
	Total do ativo: 100.000,00
	TOTAL do passivo: 40.000,00
	
EX: Você tornou-se Sócio de uma empresa de sapatos, você se tornou o responsável direto na parte de escrituração contábil e percebeu que este ano o total do Ativo foi R$35.000,00 e o do Passivo foi R$70.000,00.
Na verdade a empresa fechou com o patrimônio líquido negativo ou passivo a descoberto, uma vez que o passivo é R$35.000,00 a mais que o ativo. A empresa fechou com o patrimônio líquido negativo ou passivo a descoberto.
ESTATUTO SOCIAL: documento pelo qual são constituídas as sociedades anônimas. Capital social dividido por ações que podem ser negociadas livremente, não é necessário contrato social ou escritura, prevê os lucros e distribui entre os acionistas. É feita uma assembleia que deverá representar, no mínimo, metade do capital social, ou seja, o capital da empresa. Deve conter: Nome; prazo de duração; localização da empresa; objeto social (ou seja, o que ela terá como atividade); seu capital social; e outros dados primordiais para o nascimento da entidade.
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE: 
AGENTE INTERNO: apresentados aos usuários com algum tipo de relação direta com a entidade e têm facilidade de acesso às informações contábeis: Gerentes – utilizam a informação para tomar decisões e funcionários – utilizam as informações da empresa para saber se receberão ou não seus salários, férias e benefícios, quando definidos na política da empresa.
AGENTE EXTERNO: não possuem relação direta com a entidade, mas que, mantém algum relacionamento com esta: 
bancos (concessão ou não de financiamentos, empréstimos e créditos em geral);
fornecedores (capacidade de pagamento das entidades, querem saber se poderão continuar ou não vendendo a prazo e se vão continuar recebendo); 
concorrentes (tornam-se competitivos nos mercados cada vez mais acirrados)
governo (principal interessado, sempre busca informações relativas às despesas e receitas. São elas que geram o resultado para atingir o objetivo do governo: a tributação das entidades);
clientes (não é uma informação percebida diretamente da Contabilidade, têm interesses ligados aos prazos de recebimento de suas compras, tipo de atendimento e querem detalhes de como podem fazer a devolução de um produto, por exemplo)
investidores (No caso das sociedades de capital aberto, o principal interesse é o desempenho das entidades em que investem, para saber se podem manter seu dinheiro nelas. No caso de investidores que ainda não investiram, o maior interesse é saber se vale a pena investir seu dinheiro e deixá-lo aplicado em determinada entidade, o que ela trará de retorno e como estão as perspectivas dessa entidade para o futuro).
O CFC – Conselho Federal de Contabilidade e a CVM – Comissão de valores Mobiliários, são responsáveis pela normatização brasileira. 
A resolução de nº 750/93, emitida pelo CFC, definiu princípios contábeis padronizando a Contabilidade. Alguns autores dividem os princípios contábeis em três categorias:
 POSTULADOS: “Pilares da Contabilidade”, considerados base da teoria contábil e divide-se em Postulados Entidade(estabelece o patrimônio objeto da contabilidade) e Postulados da Continuidade (prevê que o processo contábil deve ser considerado sem prazo estimado de duração).
PRINCÍPIOS: padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, para normatizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle do patrimônio da entidade. No Brasil, os princípios contábeissão os estabelecidos pela Resolução CFC 750/93. Tais princípios servem como padrões a serem seguidos na contabilização dos fatos contábeis. O mais comum é a utilização da padronização com base na Resolução nº 750/93, atualizada pela Resolução nº 1.282/10, sem a separação por categorias.
CONVENÇÕES CONTÁBEIS: Conceitos que guiam o contabilista, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como: objetividade, conservadorismo, materialidade e evidenciação.
AULA 2 - PATRIMÔNIO
BEM: Material pode ser tocado. 
Dentro de bens materiais existem os bem móveis e bens imóveis. 
O Código Civil brasileiro distingue os bens em:
Bens imóveis, vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos, como por exemplo: edifícios, construções, árvores etc. 
Bens móveis, podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas, como por exemplo: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc.
bens imateriais são bens intangíveis, ou seja, não têm matéria, não podem ser tocados. Ex marca não pode ser tocada. Possui valor econômico. Patentes são bens imateriais. 
Bens de uso da loja: são aqueles utilizados pela empresa para a exploração da sua atividade principal, como os móveis onde ficarão expostos os produtos.
Bens de troca: produtos que formam a base da atividade da empresa, como os produtos à venda.
Bens de consumo: bens que serão consumidos, como as caixas e sacolas para embalar os produtos, materiais de escritório, ou seja, tudo aquilo que não é durável na entidade.
Direito da empresa: quando loja vende mercadoria com prazo de pagamento para 30 dias, tem o direito de receber.
Adianta salários ou valores para viagens de funcionários, se libera para o funcionário um valor antecipado, ela tem o direito de descontá-lo do seu salário posteriormente. 
Em casos especiais, como as viagens a serviço, a empresa tem direito a pedir prestação de contas por meio da apresentação de notas fiscais dos gastos para reembolso ou desconto de gastos particulares.
Regime de ocorrência: estas despesas tem valores reconhecidos no mês que ocorrem, mas são pagas no outro mês. 
Patrimônio em contabilidade: conjunto de bens, direitos, e obrigações de uma pessoa física ou jurídica. 
Lembrando que em nossos estudos as contas mais vistas serão as de Lucro Social, Reservas de Lucro ou Prejuízos Acumulados.
No balanço Patrimonial o ativo e passivo devem estar equilibrados. 
Ativo: bens e direitos
Passivo: obrigações e patrimônio líquido. 
 Patrimônio Líquido: Investimentos de sócios na empresa. O patrimônio é aumentado quando o ativo aumenta ou o passivo diminui. Diferença entre bens, direitos e obrigações. Grupo que representa o valor referente aos acionistas ou a que estes pertencem. È o que equilibra o balanço patrimonial. 
Lucro Social: Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
NUNCA CONFUNDA PATRIMÔNIO LÍQUIDO COM PATRIMÔNIO. 
NO BALANÇO PATRIMONIAL O DINHEIRO ENTRA PELO PASSIVO:
	
	BALANÇO PATRIMONIAL
	
	APLICAÇÕES
	ATIVO 
	PASSIVO
	ORIGEM
	
	Bens
	1.000
	Obrigações 
	1.500
	
	
	Direitos
	1.500
	Patrimônio Líquido
	
	
	
	Total do Ativo
	2.500
	Capital
	1.000
	
	
	
	Total do passivo
	2.500
	
 
 
 
As origens de recursos correspondem às obrigações e podem ser divididas em dois tipos:
 
De terceiros – provenientes de entes alheios à companhia ou que não fazem parte diretamente: fornecedores, governo através de impostos, financiamentos, salários a pagar, entre outras dívidas.
 
De recursos próprios – provenientes de capital dos sócios, capital social ou, lucros e reservas que são valores decorrentes das atividades normais da empresa.
Em uma Situação Patrimonial podem ser apresentados mais Bens e Direitos do que Obrigações, mais Obrigações do que Bens e Direitos ou ainda Ativo e Passivo iguais.
PESOS MAIS PESADOS: 
PESOS MAIS LEVES 
A = ATIVO
P = PASSIVO
PL = PATRIMÔNIO LIQUIDO
 1 -Não consideraremos aqui a situação de Ativo igual a zero, em que o Patrimônio Líquido (PL) é igual ao Passivo (P), pois essa circunstância é muito improvável. Ela apenas é citada na situação hipotética de uma empresa que apresente prejuízos consecutivos, gerando um Patrimônio Líquido Negativo e, posteriormente, liquidando todo o seu Ativo sem conseguir liquidar todas as suas Obrigações.
EXEMPLO: 
ATIVO= PASSIVO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 0 
A + A = P p
2 Esta situação traz valores iguais para Ativo (A) e Passivo (P), o que revela a inexistência de riqueza própria (representada pelo Patrimônio Líquido), como, por exemplo, acontece com o indivíduo ou empresa que possui bens à sua disposição, mas tem dívida junto a terceiros de igual valor. Também é possível quando a empresa tem exatamente o mesmo valor de capital social e de prejuízo, o que acaba fazendo com que ela fique com o Patrimônio Líquido igual a zero. Então o Ativo e o Passivo tem o mesmo peso, fazendo com que a empresa possua um Patrimônio Líquido igual a zero. 
Ativo > Passivo
Patrimônio Líquido > 0
A +A = P+PL 
3 Valor maior do lado no ativo, ocasionando a criação de patrimônio líquido. A empresa possui um valor superior a zero. Revela a existência de riqueza própria, sendo justificada pela diferença positiva entre o Ativo (A) e o Passivo (P). Esta situação é a mais comum e a mais desejada pelas empresas.
Ativo = Patrimônio Líquido
Passivo = 0
A+A =PL+PL
4 Exemplo incomum, falta de capitais de 3º fazendo simulação de atividade sem obrigações, pode ocorrer teoricamente mas e difícil na pratica empresarial. Revela inexistência de obrigações ou dívidas. Representadas pelo passível exigível da empresa. Logo todo o ativo é dos sócios. Ainda não existem obrigações na empresa. 
5 Nesta tabela é possível entender como o fluxo de dinheiro entra pelo Passivo. Neste caso, o dinheiro entrou pelo investimento dos sócios e se aplicou no Ativo, que aqui é o Caixa. A empresa teve suas atividades iniciadas com dinheiro. R$100.000,00 de capital ― originados no Capital Social que foi captado de um ou mais sócios ― foram aplicados no Ativo no Caixa da empresa.
6 Neste a compra e à vista, em dinheiro, de um veículo por R$15.000,00 e uma compra de mercadorias também à vista. O dinheiro para esta compra saiu do Patrimônio Líquido. Verifique que mais uma vez a igualdade foi mantida e só houve uma troca de valores no Ativo. Aqui, especificamente, o dinheiro saiu do Caixa da empresa e foi para a compra de Mercadorias e Veículos.
7 Neste a empresa fez uma compra de R$20.000,00 em mercadorias a prazo. Note que o valor do balanço subiu para R$120.000,00 nos dois lados. No lado direito, surgiu uma obrigação com fornecedores, que foi aplicada na conta de veículo. A empresa não desembolsou dinheiro para executar essa compra, já que não foi à vista. Seguindo o método das partidas dobradas, mesmo sendo a prazo, o valor terá que ter uma contrapartida, que no caso será representada pelos fornecedores. Por isso, o valor do balanço subiu para R$120.000,00 nos dois lados, o que fez aparecer do lado direito uma nova obrigação com fornecedores, aplicada na conta de mercadorias.
8 Aqui a empresa comprou um prédio, no valor de R$50.000,00, a prazo, para a manutenção de suas atividades. 
Dessa forma, foi possível manter a igualdade dos dois lados, pois o método das partidas dobradas está sendo respeitado em todas as operações. Por causa da compra, o valor total do balanço foi alterado novamente, já que a empresa aumentou o seu patrimônio ao adquirir um imóvel. Porém, também aumentou as suas dívidas, quando fez essa compra a prazo.
9 Outra operaçãocomum nas empresas é o pagamento de fornecedores, certo? Neste exemplo, foi pago o valor de R$10.000,00 aos fornecedores, o que fez com que o valor dos dois lados diminuísse, resultando também na diminuição do valor da dívida e do caixa . 
10 - Imagine que você tenha a seguinte situação: 
Uma casa no valor de R$100.000,00; 
Um veículo no valor de R$25.000,00;
Direitos a receber de uma venda de um terreno que você fez no valor de R$20.000,00; e
Uma patente registrada, daquela brilhante invenção, no valor de R$10.000,00.
Em contrapartida, você tem:
Um financiamento de R$80.000,00;
Um empréstimo de R$20.000,00; e 
Dívidas, em geral, no valor de R$5.000,00.
Qual o valor dos seus bens? 125.000,00
Qual o valor dos seus direitos? 30.000,00
Qual o valor total das obrigações? 105.000,00
Qual o valor da sua riqueza líquida ? 50.000,00
Para apurar o valor dos bens, direitos e obrigações é necessário fazer a diferenciação entre os conceitos: primeiro com relação aos bens é preciso lembrar que é tudo o que possuo e que pode me gerar benefício futuro, no caso dos direitos é que tudo o que se tem a receber e com relação às obrigações é só lembrar que é tudo aquilo que deverá ser pago. Por fim, a riqueza líquida será a comparação dos bens mais os direitos e menos as obrigações, ou seja, o que realmente sobra de patrimônio.
Aula 3 - Contas 
* origens= passivo + patrimônio Líquido
Aplicações= ativos- recursos 
Lucros = patrimônio liquido
Capital social= patrimônio liquido 
Empréstimo a pagar = passivo
Fornecedores = passivo
Maquinas e equipamentos = ativo (recurso)
PLANO DE CONTAS: lista organizada de como são essas contas de como estes elementos patrimoniais, devidamente organizados, deverão aparecer na contabilidade. O plano de contas é essencial no dia a dia do contador e apresenta as contas de acordo com a sua codificação e classificação devidas.
CONTA PATRIMONIAL: compõem o patrimônio. Demonstram a posição do patrimônio em certo momento. Também representam o patrimônio líquido das entidades, a riqueza líquida das entidades. Demonstram a posição financeira da entidade, pois representam valores monetários. 
	BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens 
	Obrigações
	Caixa
	Contas a pagar 
	Bancos 
	Impostos a pagar 
	Veículos 
	Energia elétrica 
	Imóveis
	Água 
	Direitos 
	Energia elétrica 
	Contas á receber 
	Patrimônio Líquido 
	Clientes 
	Capital 
	Adiantamentos 
	Reservas 
CONTAS DE RESULTADOS: são as que aparecem durante o exercício social ― período em que as empresas têm o seu ciclo de operações (normalmente um ano), que deverão ser encerradas no final desse tempo. Estão divididas em Receitas e Despesas e, mediante o confronto destas, é obtido o Lucro ou Prejuízo de um determinado período.
TEORIAS PATRIMONIAIS 
TEORIA PERSONALISTA: contas são comparadas a pessoas e essas pessoas mantêm relação com a entidade em que atuam. Assim, o débito de uma dessas pessoas representará uma dívida e o crédito desta mesma pessoa representará um direito. Com isso, cada débito do proprietário será um crédito dos agentes consignatários e dos agentes correspondentes e vice-versa. 
Existem três grupos nesta teoria:
Contas dos proprietários – titular do patrimônio relaciona-se diretamente com os agentes consignatários. O patrimônio líquido, bem como as receitas e despesas, é uma conta que representa o proprietário.
Contas dos agentes consignatários: contas guardadas pelo proprietário, ou seja, os bens da empresa, como: caixa, bancos (contas devedoras).
Contas dos agentes correspondentes – pessoas que não pertencem à empresa. São aquelas com que o empresário mantém débitos ou créditos. No caso dos direitos, correspondem aos créditos no Ativo, como duplicatas ou clientes. No passivo, representam obrigações, como duplicatas a pagar e fornecedores.
TEORIA MATERIALISTA: as contas representam relação material com as instituições. Assim, os bens (contas patrimoniais), os direitos e as obrigações são chamadas de Contas integrais. Já o patrimônio líquido e suas variações do resultado são conhecidos como Contas diferenciais.
TEORIA PATRIMONIALISTA: É a teoria mais adequada à legislação societária brasileira e tem objetivo principal a administração das entidades, separando os elementos em Contas Patrimoniais (Ativo e Passivo- bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) e Contas de Resultado usada em exercício social (Receitas e despesas(receitas de serviços, produtos vendidos, alugueis ativos), (luz, água, salário etc). O nº de contas de despesas e inferior ao de contas de receitas, quando na receita e na despesa tem o mesmo nome de conta, usamos mais um termo para diferencia-lo. 
Ex: Conta despesa (Alugueis pagos) Conta receita (alugueis recebidos).
CONTAS: Segundo Ribeiro (2009) através das contas que a contabilidade registrar e controla os acontecimentos que modificam o patrimônio das entidades. A conta serve para que a contabilidade reconheça a alteração em cada elemento patrimonial que alterará a estrutura contábil da empresa como um todo. Assim, tudo que ocorre na empresa é registrado por meio de contas e anotado em livros próprio para disponibiliza-los aos usuários interessados.
LIVRO CONTÁBIL (TAMBÉM CHAMADO DE RAZÃO): Registro de contas. Onde cada conta possui sua ficha com valores, débito, crédito, data, o histórico e o saldo da conta.
Modelo de Razão: 
	MODELO DE LIVRO RAZÃO
	TÍTULO DA CONTA: CAIXA
	DATA
	HISTÓRICO
	DÉBITO
	CRÉDITO
	SALDO
	D/C
	11/03/2011
	Recebimento da duplicata nº 37/2011
	100
	
	100
	D
	18/03/2011
	PagTo de conta de energia elétrica, cfe. Conta
	
	30
	70
	D
Existe outra forma de registro das contas no livro Razão, chamada de razonete ou de “conta em T”. É uma simplificação da ficha vista no quadro, onde são evidenciados o título da conta e duas colunas, sendo uma de débitos (coluna da esquerda) e outra de créditos (coluna da direita). Para obter o saldo de cada conta, soma-se cada coluna. A diferença será o saldo da conta. Ferramenta de apoio que ajuda a organizar os créditos e débitos. Então LE=d e LD = c.
 Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados no lado esquerdo do razonete (lado do débito). Toda conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como os acréscimos, serão lançados no lado direito do razonete (lado do crédito). Toda diminuição de Ativo será lançada no lado direito e toda diminuição de Passivo será lançada no lado esquerdo do razonete.
CONTA DESPESAS: são bens e serviços consumidos para a geração de receitas. Diminuem o patrimônio, pois são gastos efetuados todos os meses e que saem da empresa. Diferenciam das contas patrimoniais facilmente porque estas são contas que permanecem no patrimônio (como os veículos, móveis, contas a pagar), ou seja, essas contas são geradas todos os meses e zeradas no final do período para a apuração do resultado.
RECEITA: São todas as contas que representam o resultado do sacrifício da empresa, ou seja, o que ela ganha com a venda de mercadorias ou a prestação de serviço. Ocorrem em um número menor do que as despesas e podem ser representados pela receita com vendas ou prestação de serviços, juros ganhos com aplicação financeira ou com duplicatas recebidas em atraso, bem como descontos obtidos.
LANÇAMENTO DE CRÉDITO E DÉBITO: 
ATIVO: Em uma conta do Ativo (bens e direitos), deverá ser debitada a respectiva conta. A saída de bens e direitos será feita mediante um crédito na respectiva conta. 
PASSIVO: Quando da entrada ou aumento de uma obrigação ou conta do patrimônio líquido, deverá ser feito um crédito na respectiva conta. No caso de baixa, pagamento ou reclassificação de algum valor referente a este grupo deverá ser feito um débito na respectiva conta.
Para cada lançamento ha movimentação em, pelo menos, duas contas, pois usamos o princípio das partidas dobradas(todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa). Imaginando a constituição de capital da empresa, o lançamento ficará da seguinte forma, se feito sob a forma de razão:
ATIVO PASSIVO
D Caixa C D Caixa C
10.000 10.000
EX: 
D Caixa C 
10.000	 5.000
5.000
Do lado esquerdo tem-se o valor de R$10.000 como entrada de caixa e uma saída do lado direito de R$5.000. Assim, o saldo da conta é R$5.000. É assim que funcionam os registros em contas na contabilidade. Da acumulação de saldos é que nasce a movimentação contábil.
Os lançamentos podem ser feitos de diversas formas?
• Os de 1ª fórmula, em que é afetada uma conta de débito e uma conta de crédito;
• Os de 2ª fórmula, em que são afetados um débito para dois ou mais créditos ao mesmo tempo;
• Os de 3ª fórmula, em que são afetados dois ou mais débitos e um valor a crédito; e
• Os lançamentos de 4ª fórmula, em que são afetados dois ou mais débitos e dois ou mais créditos.
PLANO DE CONTAS: Organiza as contas. Para elaborar um plano de contas observamos:
A legislação da empresa em que o plano de contas será implantado, pois, por exemplo, o plano de contas de uma indústria possui diferenças do de uma prestadora de serviços; 
• As normas da legislação societária, Lei nº 6.404/76, nº 11.638/07 e nº 11.941/09;
• Os Princípios Contábeis (PC) estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
ELENCO DE CONTAS: Depois de seguirmos os requisitos da legislação societária e especificidade da entidade, devemos escolher as contas que serão utilizadas.
MANUAL DE CONTAS: são descritas as explicações para o bom uso de cada elemento do grupo. Neste manual, deverão ser discriminadas a função e o funcionamento de cada conta.
CONTA – CAIXA 
FUNÇÃO: Registro do valor existente em dinheiro na empresa. E os cheques que ainda não foram depositados deverão constar nesta conta e, após o depósito, deverão ser transferidos para a conta bancos.
Funcionamento: Debita-se pela entrada e credita-se pela saída de recursos. 
Natureza: – Devedora.
Conta – Bancos Conta Movimento 
Função – Registro dos valores existentes nas contas correntes da empresa. Para cada banco com que a entidade opera deverá existir uma conta contábil diferente.
Funcionamento – Debita-se pela entrada (depósitos e transferências) e credita-se pela saída de recursos (saques ou cheques emitidos). 
Natureza – Devedora 
Conta – Aplicações Financeiras
Função – Quando as empresas possuem valores sobrando em conta corrente ou desejam ter algum rendimento com capital disponível, elas fazem aplicações em instituições financeiras e estas devem ser registradas em contas que evidenciem esta operação. 
Funcionamento – Debita-se pela entrada (aplicações) e credita-se pela saída de recursos (retiradas). 
Natureza – Devedora 
Conta – Clientes
 Função – Pode ser utilizada também a conta de duplicatas a receber. Refere-se às vendas efetuadas pela empresa a prazo e que serão recebidas após determinado tempo.
Funcionamento – Debita-se pela entrada (vendas a prazo) e credita-se pelo recebimento dos valores de clientes.
Natureza – Devedora 
Conta – Estoques
Função – Divide-se em três categorias: matérias-primas, produtos em elaboração e mercadorias (que são as mercadorias já finalizadas). 
Funcionamento – Debita-se pela entrada (compra de estoques) e credita-se pela saída de mercadorias, seja pela transferência da matéria para a conta de produto em elaboração, desta conta para a conta de mercadorias ou da conta de mercadorias para a revenda. 
Natureza – Devedora
Conta – Adiantamento a empregados
Função – Esta conta pode ser utilizada para adiantamento de salários ou ainda adiantamentos de viagens. São valores concedidos aos funcionários e descontados posteriormente. 
Funcionamento – Debita-se pelo fornecimento do adiantamento ao funcionário e credita-se pela respectiva prestação de contas do adiantamento, na baixa do mesmo. 
Natureza – Devedora 
Conta – Veículos
Função – Conta em que são registrados os valores referentes à aquisição de veículos para a manutenção da atividade da empresa. 
Funcionamento – Debita-se pela compra de um veículo e credita-se pela baixa do mesmo por venda, perda ou descontinuidade do mesmo. 
Natureza – Devedora 
Conta – Fornecedores
Função – Representação das aquisições de mercadorias a prazo. Funcionamento – Credita-se pelas compras a prazo e debita-se pelo pagamento das mesmas. 
Natureza – Credora 
Conta – Empréstimos
Função – Conta em que são registradas as obrigações com instituições financeiras referentes à aquisição de empréstimos financeiros. 
Funcionamento – Credita-se pela aquisição de empréstimos e debita-se pelo pagamento dos mesmos.
Natureza – Credora 
Conta – Salários a pagar 
Função – Representada pelas obrigações de pagamento de salários aos funcionários 
Funcionamento – Credita-se pela criação mensal da obrigação de salários a pagar e debita-se pelo pagamento de salário aos funcionários.
Natureza – Credora 
Conta – Impostos a pagar
Função – Esta conta apresenta os valores que a empresa deve para o governo, ou seja, os impostos que ela tem a pagar devido ao desenvolvimento de sua atividade. 
Funcionamento – Credita-se pela criação mensal da obrigação de impostos a pagar e debita-se pelo pagamento devido do imposto. 
Natureza – Credora 
Conta – Capital Social
Função – Conta que reúne os valores fornecidos pelos sócios para constituição do capital das entidades.
Funcionamento – Credita-se por constituição do capital na empresa e pelos respectivos aumentos de capita e debita-se pela saída dos sócios nas empresas.
Natureza – Credora
É preciso entender que em contabilidade os termos utilizados partem do ponto de vista da empresa e, desta forma, as origens têm natureza credora, ou seja, os grupos do Passivo e do patrimônio líquido são credores. Já o grupo do Ativo é considerado como uma aplicação dos recursos e possui natureza devedora.  É por isso que em contabilidade o débito representa o lado dos bens e direitos e o crédito o lado das obrigações e do patrimônio líquido.
 
As contas de resultados estão divididas em dois grupos (receitas e despesas) e o resultado do exercício será apresentado a partir do confronto desses grupos. 
O resultado é apurado pela diferença entre a soma das despesas e das receitas e após isso é feita a transferência dos resultados para uma conta (apresentada no plano de contas modelo) chamada de Resultado do Exercício, em que finalmente é obtido o lucro ou prejuízo da empresa no período.
O plano de contas tem um manual de consulta que é usado toda vez que fazemos a escrituração contábil e para que não haja dúvidas, estes são os códigos de forma resumida:
	ALGARISMO
	CONTAS
	1
	Contas do Ativo
	2
	Contas do Passivo
	3
	Contas de Despesas
	4
	Contas de Receitas
	5
	Contas de Apuração de Resultados
 Para que não haja confusão das contas com os grupos, deverá ser utilizado apenas um código numérico para cada conta que é composto por um ou mais algarismos que farão a identificação de cada conta ao longo do plano de contas, que serve para diferenciar as contas de resultado das contas patrimoniais e, no caso de registro feito via sistema, substituir o nome da conta pelo seu título. Isso facilita a organização e o bom entendimento das contas na horade seu registro. 
 O plano de contas padroniza procedimentos adotados na escrituração contábil, para delimitar os títulos, funcionamento e função das contas, bem como a classificação de acordo com a sua natureza.É também um guia que orientará a pessoa pela contabilização dos dados de uma empresa e permite o entendimento e a visualização das relações entre as contas. Cada plano de contas, como já comentado anteriormente, apresenta particularidades próprias ao tipo de atividade que a empresa executa. Então, o plano de contas de uma empresa industrial apresentará mais contas do que um de uma empresa prestadora de serviços, devido à complexidade do tipo de atividades da entidade. Diversos setores da economia: financeiro, secundário e outros necessitarão de adaptações no plano de contas.
AULA 4
				ESCRITURAÇÃO
ATOS ADMINISTRATIVOS: são aqueles que ocorrem nas entidades e não provocam nenhum tipo de alteração no patrimônio. Ex: contratação de um funcionário e movimentação de um móvel dentro da empresa, entre outras ações que não provocam nenhuma alteração contábil. Esses são atos administrativos que não provocam nenhum impacto contábil.
 Há atos administrativos que no futuro gerarão alterações no patrimônio. Ex: contratação de seguros que gerará despesas ou custos parax’ a empresa ― se for a prazo gerará um Passivo e se for à vista um desembolso do caixa ou bancos.
Outro exemplo é quando a empresa avaliza, ou seja, quando ela se compromete a pagar dívidas de terceiros. Fazendo isso, ela pode arcar no futuro com uma dívida que não é dela e isso impactará no patrimônio da mesma.
ATOS CONTÁBEIS: 
Fatos permutativos: provocam mutações entre contas do Ativo, ou do Ativo e do Passivo, sem provocar mudanças no Patrimônio Líquido. No caso de permutação de valores do Ativo, podemos citar como ex: a compra de um imóvel à vista, em que o dinheiro sai do caixa e vai para o imóvel, ou seja, só há a permuta ou troca de valores entre Ativos. 
 
 
Fatos modificativos ou quantitativos: envolvem despesas e receitas, que são elementos que aumentam ou diminuem o patrimônio das entidades pela apuração do lucro ou prejuízo. Esses fatos também estão divididos em:
DIMINUTIVOS:
Fatos Mistos: simultaneamente fato permutativo e um modificativo, ocorrendo aumento no Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido, simultaneamente ou não. Podem ser de dois tipos: 
 
• Aumentativos mistos - quando envolvem duas ou mais contas de patrimônio e uma de resultado (receita), como o recebimento com juros; e 
• Diminutivos mistos - que envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesa, como pagamentos com juros, por exemplo.
Exercício: 
 
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL: 
Técnica responsável pelo registro de todos os fatos contábeis de uma entidade, segundo os princípios e normas contábeis, com o objetivo de evidenciar a situação econômica, financeira e patrimonial das entidades que estão submetidas a ela, além dos resultados obtidos em um determinado período de tempo, o qual é denominado exercício social. (MARION, 2009). Tem como objetivo principal o estudo, o controle e a geração de informações e orientações acerca do estado patrimonial e de suas variações. Para que sejam efetuados todos os registros dos atos e fatos que figurarão no patrimônio empresarial e no Balanço Patrimonial contábil é utilizada a técnica do registro contábil por meio do método das partidas dobradas.
MÉTODO DAS PARTIDAS SIMPLES:
Registro único dos fatos contábeis, onde um elemento patrimonial é utilizado. Um valor no débito contábil ou um valor no crédito contábil, sem a necessidade de registro de outros componentes patrimoniais. Pela evidente deficiência, não permitindo o controle amplo do patrimônio, não é mais usado nos dias atuais.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS: 
De mecanismo simplificado muito utilizado. Possui como princípio fundamental o fato de que o registro de qualquer operação financeira implica em débito contábil em uma ou mais contas, gerando a necessidade de semelhante crédito de igual valor também em uma ou mais contas. A soma dos valores debitados é sempre igual à soma dos valores creditados. 
  O que vai definir o saldo final de cada conta contábil é a diferença entre os valores debitados e creditados nela. O sistema de escrituração contábil se utiliza de distintas maneiras para registrar os fatos contábeis que evoluíram na escrituração contábil com o passar do tempo. Nesse contexto, temos o sistema manual (feito nos livros manualmente) e o sistema eletrônico (sistema informatizado utiliza computadores para o registro dos fatos contábeis.
UTILIDADE DOS LIVROS DE ESCRITURAÇÃO:
Para o registro de informações, utilizamos livros específicos que variam de acordo com a forma jurídica, o porte e o ramo de atividade em que a empresa atua. Deverão conter a numeração mecânica em suas páginas, termos de abertura e fechamento, registro de acordo com o órgão fiscalizador competente e a forma de encadernação. 
 Evitar rasuras, borrões e emendas. Organizado em ordem cronológica e sem nenhum tipo de registro nas entrelinhas e margens. Existem diversos livros na contabilidade, entre eles os contábeis, os auxiliares, os societários, os fiscais e os trabalhistas. 
 
Dentre os principais destacam-se:
Livro Diário: Obrigatório, de acordo com o Código Civil. Registra as transações que ocorrem dia a dia e que afetam a situação patrimonial. Contém: data, conta histórico, débito, crédito. 
Livro Razão: tem o registro de cada conta em uma folha separada, contendo os valores a débito e a crédito, sendo possível ver o saldo da conta a qualquer momento. É de apresentação obrigatória. Contém: data, conta histórico, débito, crédito, saldo, D/C.  
Além disso, de acordo com a Legislação Societária (Lei nº 6.404/76), os seguintes livros são exigidos:
Atas de assembleias, atas de reuniões da diretoria, atas de parecer do conselho fiscal.
Já segundo a legislação tributária podem ser citados os seguintes livros: apuração do IPI, apuração do ICMS, registro de inventário.
E de acordo com Legislação trabalhista: registro de empregados.
Qual é a finalidade de utilizar livros de escrituração no mundo informatizado?
Ainda usamos registro manual, devido a seleção de dados que posteriormente alimentaram o sistema informatizado. Para tal registro e necessário compreender muito bem sobre balanço patrimonial, apuração de resultados, mecanismo 	do débito e crédito. 
O registro manual passou para o mecânico e atualmente esta no SIC – sistemas de informações contábeis. Que esta relacionado com o SPED – sistema público de escrituração digital que determina a transferência para o SI de todas as informações contábeis e fiscais das empresas. Na implementação do SI é necessário plano de contas, manual de contas, modelos de padronização de demonstrações contábeis. Após a instalar o SI, será alimentado com fatos administrativos que são classificados : Ex: carimbo que contém o código da conta, valor data, e rubrica do contabilista, outras empresa optam por usar planilhas. Ou utilizam Sistema Misto com uso de carimbos e planilhas. Neste sistema após o preenchimento do dado diário, o SI, automaticamente preenche o livro caixa, livro razão e livro contas correntes, elabora o balanço patrimonial e faz apuração de resultados.
AULA 5
							LANÇAMENTOS 
Ribeiro (2010) Diz que a escrituração contábil é o registros de fatos e atos administrativos. Pode ser feita por dois métodos:
Partidas simples: registra somente o controle de um elemento contábil.  Ex: controle do livro caixa onde são registradas as entradas e saídas de dinheiro, sem a preocupação de evidenciação do controle dos outros elementos patrimoniais, lucro ou prejuízo. Este método é incompleto e não evidencia as mutações de forma global no patrimônio.Partidas dobradas: A soma de todos os débitos é igual à soma de todos os créditos.
DÉBITO: LADO ESQUERDO DO RAZONETE (ATIVO, BENS E DIREITOS).
CRÉDITOS: LADO DIREITO DO RAZONETE (PASSIVO, OBRIGAÇÕES).
Para o lançamento deve-se observar: o fato que ocorreu e que vai ser registrado, Se é débito ou crédito, qual conta será afetada. 
Para que o lançamento seja efetuado em livro Diário é preciso também que sejam observados alguns elementos: Local, 
data do fato, conta que deverá ser debitada, conta que deverá ser creditada, histórico e valor.
EX: nota fiscal da compra à vista de um carro no valor de R$30.000,00 e confira os passos para um lançamento de compra deste tipo: este lançamento e de partias dobradas e usaremos a 1ª fórmula: ou seja, um débito para um crédito.
1 - Verificar a data e local (ex Rio de Janeiro 07/06/17);
2- O segundo passo é verificar se existe um documento que sirva para comprovar a compra (fato administrativo). Neste caso, existe a Nota Fiscal 12 da Cia de Carros Ltda.
3- identificar os elementos envolvidos. Como a compra e a vista, representa dinheiro de um veículo, que é o segundo elemento. 
4- verificar se os elementos são bens, direitos, obrigações, patrimônio líquido, receitas ou despesas. E verificar a quais contas pertencem. Neste caso temos dois bens envolvidos: Bens: dinheiro e veículo. E pertencem as contas caixa( dinheiro) e veículo –veículo.
5- histórico deve ser delimitado: Compra de um veículo à vista, em São Paulo, na data 05/02/12, no valor de R$30.000,00, conforme nota fiscal 12 da Cia de Carros Ltda.
6 – Escolher a conta que deve ser debitada e a conta que deve ser creditada. Para isso é necessário delimitar claramente a situação: Uma compra, saída de dinheiro do caixa contra a aquisição de um veículo que é um imobilizado. Identificamos aqui um fato administrativo (RIBEIRO, 2010), uma vez que ocorreu um fato permutativo entre elementos do Ativo em que o dinheiro saiu de uma conta (Caixa) e foi aplicado na conta veículos.
Utilizando o seguinte quadro, é possível começar a entender como funciona a movimentação das contas. Veja:
Neste caso, temos duas alterações em contas do Ativo, um aumento e uma diminuição. A seguir, apresentamos o quadro anteriormente apresentado, porém em razonete.
	
Ribeiro (2010) lembra que as contas de despesa serão creditadas para o encerramento do exercício e que as contas de receita serão debitadas no encerramento do exercício. Porém, esse tópico será abordado futuramente.
Assim, em nosso lançamento, teremos que debitar a conta veículos, porque o valor do bem está entrando nesta conta, ou seja, não tínhamos nada nesta conta e agora passamos a ter. Já a conta caixa deverá ser creditada, pois estamos diminuindo essa conta, uma vez que o dinheiro está saindo para a compra do veículo.
7 – efetue o lançamento:
Exemplo adaptado de diário, Esta é a ideia básica:
Neste exemplo, foi utilizado um diário de 4 colunas, assim definido para fins didáticos: 
Na primeira coluna, foram lançados os dados referentes à identificação da transação, como local e data, conta a ser debitada e creditada e o histórico;
• A outra é utilizada para lançamentos discriminados por parcela;
• A próxima para o total de cada conta, quando forem realizados lançamentos de segunda, terceira e quarta fórmula; e
• A última coluna está destinada ao total do lançamento.
2ª FÓRMULA: Segunda fórmula: quando existe um débito e mais de um crédito.
Compra de mercadorias em São Paulo, em 25/05/2012, conforme nota fiscal 01 da Cia Brasil Ltda., no valor de R$15.000,00, sendo 50% à vista e 50% a prazo, em 30 dias:
Note que foi debitada a conta mercadorias e posteriormente foi creditada, pois existe um “a” na frente da palavra diversos, precedida do histórico da operação. Isso indica que existiram diversos créditos. Assim, foram creditadas a conta Caixa, no valor de R$15.000,00, e a conta Fornecedores, no valor de R$15.000,00, demonstrando que metade da compra foi à vista e metade foi a prazo.  
Veja os seguintes lançamentos que teríamos em razonete:
3ª FÓRMULA: quando existe mais de um débito e apenas um crédito.
EXEMPLO: criação de uma empresa, quando o dinheiro é colocado na entidade pelos sócios. 
 Suponha que uma empresa foi criada com capital social de R$100.000,00, que foram integralizados, ou seja, colocados na empresa da seguinte forma: R$50.000,00 em dinheiro; R$50.000,00 em móveis e utensílios.
Este fato ocorreu em São Paulo, no dia 25 de maio de 2012, na Cia Ltda.
Observe que agora a palavra diversos não vem precedida da letra “a”, o que indica que ela representa múltiplos débitos que serão posteriormente detalhados. O crédito ficou restrito à conta “Capital Social”, que possui um breve histórico de como esse capital foi integralizado. Posteriormente, são apresentados os dois débitos: um referente ao valor que entrou em dinheiro e outro referente a móveis e utensílios.
4ª FÓRMULA: quando existe mais de um débito e mais de um crédito.
EX: compra de móveis e utensílios no valor de R$10.000,00 e um computador de R$2.000,00, 50% a prazo e 50% à vista. 
 A compra foi efetuada no dia 08 de abril de 2012, na cidade da São Paulo, na Cia Sul Ltda., conforme nota fiscal 003.
Note que a palavra diversos aparece duas vezes, sendo que na primeira vez aparece sozinha e na segunda precedida da letra “a”. Isso quer dizer, inicialmente, vários débitos e depois vários créditos. Depois de fazer todos os passos, temos os dois primeiros débitos, em móveis e utensílios e no computador, representando a entrada do bem. Posteriormente, existem dois créditos, a saída de caixa e o registro das compras a prazo em duplicatas a pagar.
EX: 
ATIVO 				PASSIVO
Bens 25.000			Obrigações 15.000
Direitos 5.000		
				Patrimônio Líquido 
TA 83.500			
Lembrando que: 
A = P - 30=30
B 10+D 5 = O 10+5 +PL 
B +D 15 – O = PL
30 – 15 = - 15
PL = - 15
 http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/lancamcont.htm
AULA 6
Balancete de Verificação do Livro Razão
O balancete de verificação é um demonstrativo contábil que reúne todas as contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos de débito/saldos devedores e saldos de crédito/saldos credores).
Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP).
É a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da empresa, ou seja, é o conjunto de todas as contas (patrimonias e de resultado) dos razonetes com seus respectivos saldos finais. O saldo de cada conta é representado de acordo com sua natureza (devedora ou credora), e não apenas de acordo com o grupo a que pertence.
Ou seja, para elaborar um balancete, cada Conta será transferida do razonete para ele, com seu respectivo saldo. Assim, se a Conta no razonete apontar saldo final devedor (lado esquerdo), este saldo será transportado para a coluna do saldo devedor do balancete. Se a Conta apresentar no razonete saldo final credor (lado direito), este saldo será transportado para a coluna do saldo credor do balancete.
Importante: a soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores. Se houver desigualdade, é sinal de que há erros na Contabilidade da empresa.
Há várias maneiras de se apresentar um Balancete de Verificação. Em todos eles deve existir o cabeçalho onde se indica o nome da empresa e a data do balancete. É possível representá- lo com os saldos iniciais de cada conta (devedor ou credor) e com os respectivos movimentos no período (débitos e créditos), ou simplesmente com os saldos finais das contas (devedor ou credor). Este último caso é o mais comum e também o mais prático.
			RAZONETE E BALANCETES 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO:relatório utilizado antes da elaboração das demonstrações contábeis e que, confrontando os saldos, verifica se o método das partidas dobradas foi seguido. É, uma ferramenta importante que possibilita que seja feito um subtotal das rotinas contábeis, permitindo que a pessoa responsável pela elaboração das demonstrações contábeis possa descobrir determinados erros e inconsistências antes da elaboração final dessas demonstrações.
CONTAS PATRIMONIAIS: são aquelas que compõem o balanço das entidades: bens, direitos e obrigações.
RAZONETE: uma versão simplificada do livro razão( é o mais importante da contabilidade, nele é possível controlr separadamente o movimento das contas), é também conhecido, como gráfico em “T” ou conta em “T” por causa da sua estrutura. Permite que sejam conhecidos os seus saldos, possibilitando a apuração do resultado e a elaboração das demonstrações contábeis.
Notou que os elementos são os mesmos (débito e crédito)? Entretanto, para as contas do passivo, as entradas serão representadas pelos créditos e as saídas pelos débitos, reparou?
 
Observe os lançamentos e como eles são demonstrados de forma cumulativa nos razonetes: 
1. Integralização (subscrição) de capital social, em dinheiro, no valor de R$10.000,00; 
2. Compra de móveis e utensílios no valor de R$2.000,00 à vista; 
3. Compra de mercadorias, a prazo, no valor de R$10.000,00; 
4. Abertura de conta corrente, no valor de R$500,00;
 5. Compra de mercadoria, à vista, no valor de R$2.000,00..
 Foram colocados números ao lado das operações, reparou? Isso serve para identificar à qual operação o lançamento se refere. Assim, os valores que contém o número 1 ao lado são relativos à operação número 1. 
	( Note que na operação número 1 foi feito um crédito no Capital Social. Isso representa o aumento desta conta, uma vez que ela é uma conta de Patrimônio Líquido. Já a contrapartida deste valor está no caixa, pois o valor foi subscrito em dinheiro. Deverá ser feito, então, um débito no caixa, o que indica aumento de valor nessa conta ― que era zero e foi para R$10.000,00.
	 ( A operação 2 foi a compra de Móveis e utensílios à vista, o que causou um débito, ou seja, uma entrada na primeira conta e um crédito na conta caixa ― o que representa a saída de valor. 
	( Na operação 3, por sua vez, houve a compra de mercadoria, o que gerou um débito na conta Mercadoria, ou seja, uma entrada em uma conta de Ativo. Sua contrapartida foi um crédito na conta fornecedores ― o que, em termos contábeis, significa aumento desta conta. 
	( A operação 4 foi a constituição de uma conta corrente para a empresa, o que gerou um débito na conta banco e um crédito na conta caixa, pois foi dali que o dinheiro saiu para entrar no banco.
	 ( Por fim, na operação 5 foi efetuada uma compra de mercadorias à vista. Isso gerou um débito na compra de mercadorias, o que indica um aumento desta conta e um crédito no caixa, caracterizando a saída de numerário.
	Para iniciarmos o Balancete, é preciso apurar o saldo dos razonetes anteriormente apresentados. Isso acontece quando é traçada uma linha e o saldo da conta é apresentado de acordo com a natureza da conta. Vamos usar o exemplo da conta caixa que analisamos anteriormente.
Balancete: método das partidas dobradas, para todo valor lançado a débito possui um crédito correspondente. Verifica se os saldos dos créditos são iguais ao saldo dos débitos. O balancete de verificação tem outras finalidades:
* Apresentar possíveis erros que acabem por distorcer a contabilidade, como o erro na natureza das contas. Se, por um acaso, a conta bancos apresentar saldo credor diferentemente da sua natureza que é devedora, o balancete de verificação apresentará este erro e será possível corrigi-lo antes de se efetuar o balanço patrimonial.
* Mostrar as variações em cada elemento patrimonial, ou seja, se a conta aumentou ou diminui naquele determinado período.
* O balancete de verificação poderá servir de base para a apuração do resultado e para a elaboração das mais diversas demonstrações contábeis.
*Comprovar o seguimento do princípio das partidas dobradas, em que a soma dos débitos é igual à soma dos créditos.
* Apresentar os saldos de todas as contas, uma vez que em suas colunas é possível ver o saldo inicial e as movimentações de cada conta apresentada nos razonetes.
Mesmo com tantas finalidades, o balancete não pode detectar alguns erros, como as contas com a natureza trocada, que acontece quando você esquece e lança a conta caixa com natureza credora. Isso só será apresentado como uma inversão de valores, mas você precisa ficar extremamente atento e sempre lembrar-se da natureza das contas. Você também deve ficar extremamente ligado na hora de debitar e creditar corretamente as contas, pois o balancete não previne erros de inversão de lançamentos nas contas.   Porém, existem algumas formas de se evitar esse tipo de erro. 
	Boletim de caixa para confirmação do saldo do caixa. 
Apresentaremos um caso, onde será possível conferir o boletim de caixa com o balancete, em que os saldos deverão bater. O boletim de caixa é um controle, feito diariamente na conta caixa e apresenta o seguinte formato:
No caso dos bancos, é possível conferir o saldo da conta apresentado no balancete com o valor apresentado nos extratos bancários das contas da empresa. A conta estoque poderá sofrer contagem física dos elementos apresentados, o que poderá ser confrontado com a conta no balancete. 
TIPOS DE BALANCETES: 
Existem três tipos de Balancete é necessário ficar atento a alguns elementos que sempre devem constar, como:
1. A identificação da entidade em questão;
2. A data de elaboração;
3. O período a que se refere;
4. A identificação das contas afetadas;
5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos.
BALANCETE DE DUAS COLUNAS: balancete sintético, esse é o tipo mais comum de balancete, tem duas colunas, em que você trabalhará somente com o saldo das contas. 
BALANCETE DE 4 COLUNAS: analítico, pois permite a análise dos valores envolvidos ― apresenta a movimentação em cada conta. 
BALANCETE DE 6 COLUNAS: mais utilizado, balancete complexo. É possível ver o saldo do período anterior, o movimento atual e o saldo no final.
Observe sempre se o valor lançado na conta de saldo anterior é igual ao movimento e o valor do saldo final.
ELABORAÇÃO DO BALANCETE PARA QUE NÃO HAJA ERROS: 
1. Inicialmente os fatos deverão ser lançados no livro diário;
2. Depois, os lançamentos devem ser registrados no livro razão ou nos razonetes;
3. Após o término de todos os lançamentos, deverá ser feita a soma dos valores a débito e a crédito e deverá ser apurado o saldo de cada conta;
4. Posteriormente o balancete, de preferência o de seis colunas, que é o mais completo e permite a conferência de todos os valores, deverá ser elaborado;
5. Todas as contas utilizadas no razonetes deverão ser registradas no balancete;
6. Deverá ser transferido, caso haja, o saldo inicial das contas devedoras e credoras nas duas primeiras colunas do balancete;
7. Depois, deverá ser transferido para a coluna Movimento os valores movimentados nos razonetes, ou seja, tudo o que entrou e o que saiu durante o período de elaboração dos demonstrativos;
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Conforme a Resolução CFC nº 685/90 que aprova a NBC T 2.7, no que diz respeito ao balancete, deve ser observado:
• O balancete de verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data;
• O grau de detalhamento do balancete deverá ser adequado à sua finalidade;
• Os elementos mínimos (1. A identificação da entidade em questão; 2. A data de elaboração; 3. O período a que se refere;
4. A identificação das contas afetadas; 5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos) Que devem constar do balancete;
  
• O balanceteque se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC;
• O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
EXEMPLO DE ELABORAÇÃO DE BALANCETE:
Saldos iniciais da Cia Exemplo Ltda.: 
Capital Social – R$10.000,00 
Caixa – R$2.000,00 Mercadorias – R$4.000,00 
Veículo – R$4.000,00 
Durante o mês de abril de 2012, ocorreram os seguintes fatos:
1. No dia 04 de Abril, abertura de conta corrente no valor de R$500,00; 
2. Compra, no dia 10 de Abril, de mercadoria a prazo no valor de R$2.000,00. A mercadoria foi comprada da Cia Ltda., conforme nota 001;
3. No dia 12 de Abril, pagamento de fornecedores no valor de R$500,00, valor referente à Cia Ltda., conforme nota 001; 
4. Compra, no dia 28 de Abril, de móveis e utensílios a prazo no valor de R$3.000,00. A compra foi efetuada na Cia Brasil Ltda., conforme nota o13. 
Para fins didáticos, utilizaremos os lançamentos de forma simplificada no diário:
1. Débito – Conta Corrente – R$500,00 Crédito – Caixa – R$500,00 
2. Débito – Mercadoria – R$2.000,00 Crédito – Fornecedor – R$2.000,00 
3. Débito – Fornecedores – R$500,00 Crédito – Caixa – R$500,00
 4. Débito – Móveis e utensílios – R$3.000,00 Crédito – Contas apagar – R$3.000,00
CONTAS DE RESULTADOS – AULA 7
Apuração de resultados: contas patrimoniais, contas de despesas e contas de receitas. Através das contas de resultados e receita e que verificamos se há prejuízo ou lucro. 
	
RECEITAS E DESPESAS:
Como a empresa verifica se há lucro ou prejuízo¿ pela apuração de resultados.
* As receitas e despesas são confrontadas através da apuração do resultado do exercício e são apresentadas na Demonstração de Resultados do Exercício. 
RECEITA 
As receitas de uma entidade são caracterizadas por ingressos de elementos para a estrutura do Ativo das empresas, seja por dinheiro ou direitos a receber no curto ou no longo prazo. Estes ingressos estão ligados à prestação de serviços, venda de mercadorias ou de produtos fabricados. Lembrando que as receitas têm natureza credora. Veja como fica a contabilização de dois tipos de receitas diferentes: 
DIVIDENDOS E OS JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO: estão diretamente ligados à quantidade de dinheiro investida em outras empresas como forma de diversificação de ganhos. As empresas podem obter receitas que decorrem de investimentos em outras empresas, caracterizados por dividendos ou juros sobre capital próprio. A receita também pode ser gerada por um desconto (parcial ou total) recebido de um fornecedor ou qualquer outro credor da empresa, mas que isso é não tão comum quanto às duas situações explicadas anteriormente.  Nesta situação é importante ressaltar que não há ingresso imediato de recursos nem promessa de ingresso de recursos no futuro. Pois uma quantia que seria paga inicialmente a este fornecedor ou credor não necessitará ser paga (nem parcial nem totalmente). Isso gerará um benefício à empresa, já que esta não necessitará 	devolver parte ou todo da mercadoria ou do serviço anteriormente 	prestado pelo credor. Isso ocorre, muitas vezes, para fidelizar clientes novos ou antigos, gerando maior estreitamento de relações empresariais.  
As receitas podem ser entradas de elementos para o Ativo, caracterizadas como dinheiro ou por direitos a receber. Essas entradas são advindas de vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. Pode-se dizer também que estas podem ser derivadas de juros a receber, depósitos bancários, títulos ou outros ganhos esporádicos. Agora veremos que a receita pode ser dividida quanto a sua Natureza, Características e Reconhecimento:
NATUREZA DA RECEITA: As operacionais são derivadas das vendas ou prestação de serviços. A receita operacional não poderia existir se a entidade não fosse capaz de gerar ou produzir, utilizando seus recursos (e, como se verá, incorrendo em despesas), produtos ou serviços que o mercado aceitasse. Assim, receita é um fluxo de produtos ou serviços durante certo período contábil. Não esqueça!
OUTRA NATUREZA: Já os juros, são considerados receitas indiretas ou de outra natureza dentro da empresa, por não derivarem da atividade desta. 
CARACTERÍSTICA DA RECEITA - as três principais características das receitas são: 
• Para que a receita seja produzida, precisa haver, de forma direta ou indireta, uma despesa; 
• O mercado é que dá a palavra final de seu valor; 
• Está relacionada à produção de bens e serviços.
RECONHECIMENTO DA RECEITA: Um dos princípios inerentes (PRÓPRIO, INSEPARÁVEIS) ao conceito de receita é o relacionado a um aumento no Ativo e ao mesmo tempo um acréscimo de patrimônio líquido. Conforme o Regime de Competência, no que diz respeito ao reconhecimento das receitas, é preciso que o produto ou serviço já tenha sido totalmente transferido ao cliente, para que estas possam ser reconhecidas. A receita é a aceitação por parte do mercado do esforço de produção da empresa. 
Para que uma receita seja reconhecida são necessários alguns fatores.  
 
• Seu valor pode ser medido com segurança;
• Deve existir a probabilidade dos benefícios futuros fluírem para a empresa;
• Os custos incorridos e futuros podem ser medidos de modo confiável.
Além disso, devem ser observados também os seguintes aspectos com relação a mercadorias e serviços:
• Os riscos relevantes e também os benefícios devem ser transferidos a quem os comprou;
• Não existe mais controle por parte do vendedor sobre as mercadorias ou serviços. 
O momento exato de reconhecimento das receitas pode, contabilmente, ocorrer de três formas: 
A ENTREGA DO BEM OU PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: Geralmente representa o registro da receita. Quando a mercadoria está entregue, os custos e despesas são, em sua grande maioria, conhecidos. 
ANTES DA ENTREGA DO BEM OU PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: 
Aqui ocorre, geralmente, com serviços. O valor da receita pode ser determinado por contrato ou acordo. Antes do faturamento, já existe a criação de um direito contra o cliente.
DEPOIS DA ENTREGA DO BEM OU PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: Quando é impossível medir o valor dos Ativos recebidos em troca da prestação de serviço ou venda de mercadoria. Pode ser que existam muitas despesas ainda não estimadas.
Ganhos x Receitas
 
Os ganhos são diferenciados das receitas, pois são itens não recorrentes. Eles possuem o mesmo efeito no patrimônio líquido, mas podem ou não surgir da atividade normal da empresa. Inclui-se nesta categoria os que surgem de vendas e baixos de Ativos não circulantes (imobilizados, por exemplo).
DESPESAS 
As despesas são o sacrifício dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas( espera-se que a receita seja sempre maior que a despesa). Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos (dinheiro), a redução de Ativos (entrega de bens) ou ainda uma criação de Passivos (realizada a praz), ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio.Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas. 
Desta forma, pode-se destacar com relação a estas:
 
• A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens;
• Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura;
• O fato gerador (esforço contínuo para a geração de receitas).
As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas. Espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas. Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveispara que estas sejam geradas. 
É o caso, por exemplo: 
• da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa; 
• a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas; 
• o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e 
 • as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção. 
Todas estas despesas ajudam a empresa a funcionar de maneira harmoniosa, concorda? Fazendo com que as receitas sejam geradas com maior frequência e efetividade. Note ainda, que a despesa sempre será devedora.
O resultado econômico é a comparação do total de receitas com o total de despesas, sendo considerado um mesmo intervalo de tempo para as duas. Este intervalo de tempo pode ser um mês, um trimestre, um ano etc. 
RECEITA MAIOR E DESPESAS MENORES: Caso superem as despesas durante este período de tempo, o resultado do período será positivo, ou seja, pode-se dizer que foi gerado lucro no período, aumentando o seu patrimônio.
RECEITA MENOR E DESPESAS MAIORES: Se o total de receitas incorridas não for suficiente para superar o total de despesas dentro de um mesmo período de tempo, temos um resultado negativo, chamado de prejuízo, que tem o poder de diminuir o patrimônio das entidades.
Algumas despesas não estão diretamente ligadas ao processo produtivo, como: 
• Vendas; Administrativas; Financeiras; Impostos e taxas; Pesquisa e desenvolvimento.
 
Já algumas delas estão diretamente ligadas ao processo produtivo. Podem variar de acordo com o modelo de custeio, absorção, variável ou intermediários e são diretamente ligadas aos produtos. Podem ser consideradas despesas diretamente relacionadas ao processo produtivo: 
 
• Custos de matéria-prima e de mão de obra direta; 
• Desperdício natural de matéria-prima e custo da ociosidade da mão de obra; 
• Custos indiretos de fabricação. 
Normalmente uma despesa é reconhecida quando bens ou serviços são consumidos para a obtenção de receitas. As despesas devem ser reconhecidas no exercício em que a receita correspondente é reconhecida (confrontação das despesas com as receitas).
As PERDAS
A definição de despesa inclui perdas (sinistros, venda, de ativos não correntes e perdas não realizadas) e evita o subjetivismo (ponto de vista pessoal), da segregação (separação). 
 
Geralmente são apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. Veja as características básicas da perda:
 
• Não estão associadas às receitas;
• Não estão associadas a outros exercícios;
• Decorrem de eventos imprevisíveis.
O reconhecimento das perdas é semelhante ao das despesas, pois não podem ser vinculadas a receitas. Elas devem ser registradas no exercício em que se torna evidente que um Ativo proporcionará à empresa menos do que se esperava na avaliação.  As perdas podem ser exemplificadas por itens resultantes de desastres, inundações, fogo etc. Além da desincorporação de Ativos. 
DEPRECIAÇÃO é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). Ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza. Basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem. 
CONTA RETIFICADORA: Conta que irá diminuir o valor da conta principal. Estas contas possuem natureza diferente da do grupo que integram. A conta de depreciação acumulada, por exemplo, apesar de ser do Ativo, tem o saldo credor. 
REGIMES CONTÁBEIS: DE CAIXA E DE COMPETÊNCIA
O processo de escrituração contábil deve seguir regras, ditames legais e, corroborando com este fato, existem diversas normatizações acerca dos regimes de escrituração.A mais recente regulamentação é a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n°1.282 , do ano de 2010, que, em seu artigo 9°,  estabelece o uso do Princípio da Competência nos registros de transações. Ela torna obrigatório o registro completo das operações independentemente do recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
 
As receitas e despesas deverão ser consideradas sempre no momento de seu fato gerador, ou seja, independentemente de recebidas ou pagas, elas devem compor o resultado.
REGIME DE COMPETÊNCIA: relaciona receitas e despesas, considerando apenas os fatos geradores. Isso quer dizer que o instrumento de análise para o regime de competência é o fato gerador das operações. 
Para exemplificar, vamos considerar a seguinte hipótese:
 	Uma empresa realizou uma venda de parte de sua produção de determinado período. Devemos considerar apenas as despesas ligadas aos esforços voltados para a realização da venda. Portanto, se uma empresa vender apenas metade dos produtos fabricados, as despesas a serem reconhecidas como custos serão apenas a parcela efetivamente vendida. Então, se a empresa em questão tivesse gasto R$500,00 na fabricação da totalidade de seus produtos, teria R$250,00. Já no lado das receitas, devem ser consideradas as receitas efetivamente concretizadas. O quer dizer que mesmo que as receitas não tenham sido recebidas ou, adicionalmente, as despesas não tenham ainda sido pagas, o que define sua contabilização é unicamente o fato gerador. 
	Isso significa que todas as obrigações tributárias, para ilustrar, advindas de operações de compra e venda não necessitam, fundamentalmente, do pagamento das compras ou do recebimento das vendas, respectivamente. Na empresa que usamos como exemplo, no momento do encerramento do resultado do exercício serão considerados os valores de R$250,00 para os custos de fabricação, mesmo que estejam relacionados a compras realizadas a prazo e os valores relacionados à venda total, quer ela tenha sido feita a vista ou a prazo.
	A legislação societária obriga as empresas que possuem o objetivo de lucro a utilizarem o regime de competência para a escrituração contábil, permitindo somente àquelas que não possuem o objetivo principal de lucro a possibilidade de registro da escrituração contábil por meio do regime de caixa, mais simplificado. 
	Outro exemplo que ilustra o regime de competência é o consumo de energia elétrica, telefone, água, aluguel, salários entre outros. Pense no salário que deverá ser pago no mês de Abril de determinado ano. Esse salário refere-se ao mês de março, ou seja, sua competência é março e deverá ser reconhecida como tal. Desta forma, temos o que chamamos de provisão, que é o reconhecimento da despesa no mês que ocorreu contra a devida conta de passivo. Assim, a provisão do salário do mês de março que será pago em abril será contabilizada da seguinte forma: 
Regime de Caixa: é apenas permitido pela legislação societária para a escrituração de Organizações não governamentais - ONGs, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs, condomínios, igrejas, profissionais liberais etc. Enfim, para as sociedades que não possuem o interesse principal do lucro. 
	A mecânica de registro é diferente da utilizada no regime de competência. No regime de caixa, as contas de receitas e despesas são registradas de acordo com o ingresso ou a saída de recursos financeiros das entidades, respectivamente. São apenas considerados como receitas os recursos que ingressam nas entidades, não sendo utilizados os fatos geradores. Para o caso de uma venda realizada totalmente a prazo, não há valor a ser registrado como receita, pois não houve a entrada de recursos na estrutura empresarial. A mesma coisa pode ser dita sobre as despesas relacionadas a compras de matérias-primas ou qualquer outro insumo que tenha sido realizada a prazo. Se não ocorrer a saída de recursos da empresa por meio de pagamento, não é considerada despesa para efeito de regime de caixa. De maneira resumida, o regime

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