Buscar

Luto Infantil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Daniela Simões Silva Di Francesco. RA 8491246934
8º semestre. 
Curso: Enfermagem Noturno.
Luto Infantil.
A criança sofre o luto igual a um adulto, apenas expressa este sentimento de forma diferente, quando a perda é da sua família como mãe, pai, irmão, avós ou tios ela fica triste e confusa, vivenciando a fragilidade que as pessoas de sua confiança estão vivendo não tendo condições de dar a atenção que antes era normal. Os adultos dentem a achar que a criança não entende nada sobre a morte e muitos não sabem lidar com esta situação quando ocorre dentro da família. Hoje a criança vivencia esta situação em desenhos e notícias que são transmitidas pela televisão.
Durante as semanas seguintes a criança pode apresentar uma grande tristeza, por achar que o parente está vivo e não convive com ela, ao mesmo tempo aparece a raiva que se manifesta com comportamento irritadiço, pesadelos, medos, agressões dirigidas aos familiares sobreviventes, sentindo - se confusa e desamparada, isso ocorre pela maneira como o adulto aborda a questão nas semanas seguintes. A criança entre cinco e nove anos já entende que a morte é irreversível, mas não imagina nunca que isso pode ocorrer com ela, já com nove e dez anos a criança entende que a morte é uma interrupção que faz parte da vida.
O significado dado à morte pela criança depende de alguns fatores, como a idade e desenvolvimento psicológico em que ela se encontra, a forma com que os adultos lidam com a perda da relação tida pela criança com a pessoa falecida.
Conforme Piaget (1964) citado por Bromberg (2000, p.80) divide o desenvolvimento intelectual da criança em quatro grandes estágios seqüenciais: a) sensório-motor (0 - 2 anos) no qual ainda não há um conceito formado sobre morte; b) pré-operacional (2 - 7 anos), em que a morte é reversível; c) operacional concreto (7 - 11 anos), em que a morte é irreversível, com explicações fisiológicas e d) operacional formal (a partir dos 11 - 12 anos) quando a morte é irreversível, universal, pessoal, mas distante; as explicações são de ordem natural, fisiológica e teológica. As idades cronológicas, durante as quais se espera que as crianças desenvolvam comportamentos representativos de um dado estágio, não são fixas. Elas podem variar de acordo com a experiência individual e o potencial hereditário. Apenas no estágio operatório concreto, as crianças entendem a irreversibilidade da morte, pela reversibilidade, precisando desta lógica para lidar com a ideia da morte como algo permanente e irreversível. 
Para o desenvolvimento do conceito de morte, são fundamentais os conceitos de não-funcionalidade, onde compreendem que as funções vitais cessam na morte e a universalidade compreende que todas as coisas vivas morrem podendo ser dividida em três etapas: na primeira (até 5 anos) não há noção de morte definitiva, sendo esta compreendida como separação ou sonho e como um evento gradual e temporário. Na segunda etapa (5 a 9 anos), há uma forte tendência a personificar a morte, que é percebida como "alguém" que vem para levar as pessoas. É compreendida como irreversível, porém evitável, e também, como algo que acontece a todos e, sobretudo a ela mesma. Somente na terceira etapa (9 a 10 anos), a criança reconhece a morte como cessação das atividades do corpo e como inevitável.
O adulto deve prestar muita atenção nas manifestações de luto durante a infância como, alterações na atenção, memória, concentração, grau de atividade, alterações do sono e do apetite, isolamento social, agressividade, autonomia precoce, excesso de preocupação com as pessoas e com a sua saúde, culpabilização, enurese e encoprese secundárias, medo de morrer e de que morram outras pessoas que lhe são queridas, negação constante da perda ocorrida. Crianças menores de 2 anos podem apresentar perda da fala, sofrimento difuso, com menos de 5 anos podem apresentar disfunções alimentares, do sono ou do intestino e bexiga, forte sentimento de tristeza, medo e ansiedade, com crianças na idade escolar podem se tornar fóbicas ou hipocondríacas, retraídas ou pseudomaduras. A criança pode demostrar seu luto na forma como brinca com as outras crianças ou brinca sozinha, quando desenha, como representa os personagens de uma história, quando conta histórias inventadas por si e como conta os seus sonhos.
O mais importante é falar a verdade de forma que a criança entenda o fato ocorrido e não fechar os olhos para aquilo que esta acontecendo com a criança, pois lá na frente isso pode acarretar sérios problemas psicológicos.
Referencias.
Benjamim J. Sadock; Virginia A. Sadock; Pedro Ruiz, Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica – 11 ed - 2017, Artmed Editora Ltda.
MHP Franco, L Mazorra, Criança e luto: vivências fantasmáticas diante da morte do genitor - Estud. psicol.(Campinas), 2007
http://www.profala.com/artpsico111.htm, Luto Infantil: Conceito, Compreensão e Elaboração da Morte para as Crianças. Autora: Kátia Regina Beal Rodrigues
Rodrigues de Lima, Vanessa, Kovács, Maria Julia, Morte na Família: Um Estudo Exploratório Acerca da Comunicação à Criança. Psicologia Ciência e Profissão [en linea] 2011, 31 (Sin mes) : [Fecha de consulta: 4 de noviembre de 2017] Disponible en: <http: //www.redalyc. org/articulo.oa?id= 282021811013> ISSN 1414-9893

Outros materiais