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TRABALHO DE CUSTO E PRECÇOS

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INTRODUÇÃO:
O custeio por atividade ABC –, surgiu nos Estados Unidos há alguns anos, foi criado pelos professores Robert Kaplan e Robin Cooper, da Harvard Business School, com o objetivo principal de aprimorar a alocação dos custos e despesas indiretos fixos – overhead – aos produtos. Nakagawa (1994) afirma que as origens do método datam da década de 60.
A idéia básica do ABC é tomar os custos das várias atividades da empresa e entender seu comportamento, encontrando bases que representem as relações entre os produtos e estas atividades. Seus procedimentos são parecidos com os passos do método dos centros de custos – RKW –, já que o RKW também aloca os custos aos produtos através de bases de relação.
A fim de simplificar a exposição, os centros de custos serão divididos em produtivos e auxiliares. Os produtivos são aqueles envolvidos diretamente com a locação dos produtos da empresa – produção propriamente dita –, enquanto que os auxiliarem são os envolvidos indiretamente com a produção – apoio à produção. As áreas administrativa, financeira e comercial não serão incluídas, pois serão consideradas despesas. No entanto, muitos sistemas alocam despesas aos produtos, obtendo o custo pleno dos mesmos.
O ABC pretendia tomar o cálculo dos custos dos produtos mais acurado, superando um problema crônico dos sistemas tradicionais, que é a inadequação causada pela atribuição dos custos fixos aos produtos de acordo com bases de rateio arbitrárias, geralmente horas de mão-de-obra direta – MOD –, horas-máquina ou custo da MOD.
DESENVOLVIMENTO
Assim, o modelo do custeio por atividade é seccionar a empresa em atividades, supondo-se que as mesmas gerarão os custos, calcular o custo de cada atividade, compreender o comportamento destas atividades, identificando as causas dos custos relacionados com elas (direcionadores de custos) e, em seguida, alocar os custos aos produtos de acordo com as intensidades de uso, mensuradas pelo número de transações feitas, isto é o número de direcionadores de custos conseguidos no período.
A Contabilidade tem sido questionada por seus usuários e até mesmo pelos próprios contadores e pesquisadores da área contábil a respeito da sua eficácia como geradora de informações para o processo de gestão empresarial. 
Temos observado que o número de críticas à forma como que a Contabilidade tem sido operacionalizada é bem maior do que as proposições e contribuições efetivas.
Mudanças no Cenário 
	- QUALIDADE
	- COMPETIÇÃO
	- PRODUTOS
	- TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
	- NOVA ABORDAGEM DE PRODUÇÃO
	- FLEXIBILIDADE
	- FILOSOFIA DO “JUST IN TIME”
Mudanças no cenário: empresas que “se repensam” a nível de:
	- sua missão, das suas crenças e valores; 
	- postura gerencial e da mentalidade de seus colaboradores, da sua evolução tecnológica;
	- desafios para o processo de gestão empresarial;
	- os gestores passam a trabalhar com novos modelos de decisão; 
	- esses novos modelos de decisão demandam novas informações. 
Novas informações não podem ser geradas pelos sistemas de contabilidade tradicional
	A - Pesquisadores e autores da área contábil que se constituem nos principais críticos da contabilidade, destacando—se Kaplan, defendem uma nova proposta de sistema de custos denominado ABC - Activity Based Costing.
	B - Nos últimos dez anos a FIPECAFI/FEA/USP vem concebendo e estruturado a nível conceitual e operacional um sistema denominado GECON - Sistema de Gestão Econômica.
Atividade: ação em que se utilizam recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros para se produzirem bens ou serviços (Compras de Insumos, Devoluções de Compras, Fretes, Recebimento, Inspeção e Estocagem de Materiais, etc);
	Processo: cadeia de atividades correlatas, inter-relacionadas; 
	Custo de atividade: todos os sacrifícios de recursos necessários para desempenhá-la; 
	Recursos: aquilo que é necessariamente consumido para o funcionamento de uma atividade;
	Overhead: custos e despesas relativos à atividades de natureza administrativa, geralmente indiretos aos produtos;
	Atribuição dos Custos: 
Alocação direta: quando existe uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades;
Rastreamento: alocação com base na identificação da relação de causa e efeito entre a ocorrência da atividade e a geração dos custos;
Rateio: alocação de custos de forma altamente arbitrária e subjetiva.
Direcionador de Custos: base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos. Há dois tipos:
(i) Direcionadores de Custos de Recursos: identifica como as atividades consomem recursos que devem ser alocados a estas;
(i) Direcionadores de Custos de Atividades: identifica como os produtos “consomem” as atividades e serve para custear produtos.
O método de Custeio ABC é operacionalizado da seguinte maneira: 
Identificação das atividades e processos relevantes;
Identificação dos recursos consumidos;
Identificação dos direcionadores de custos de recursos;
Atribuição dos recursos às atividades;
Identificação dos direcionadores de custos das atividades;
Atribuição dos custos das atividades aos objetos de custeio (produtos ou serviços).
Busca evitar as distorções produzidas pela utilização de critérios arbitrários de rateio;
Busca uma atribuição de custos à atividades e produtos mais racional e lógica; 
Busca evidenciar quais são os processos e atividades da produção da empresa
ABC - ACTIVITY BASED COSTING
Fundamentalmente parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas pela empresa geram custos, e que os diversos produtos consomem/utilizam essas atividades.
Operacionalização: procura—se estabelecer a relação entre atividades e produtos, utilizando—se o conceito de “cost drivers” ou direcionadores de custos 
Apura—se o custo das diversas atividades sendo esses custos alocados aos produtos
Apuração de custos de atividades e relacionamento desses custos com os produtos
PONTOS FORTES
		- Conceito de atividades
	- Mensuração do custo das atividades / custo do produto via direcionadores de custos, constituem informações relevantes para a gestão
	- Permite a análise custo/benefício de cada uma das atividades e dos processos;
	- Permite o levantamento de quanto se gasta em atividades, tarefas e processos que não agregam valor; 
	- É aplicável a empresas não industriais;
	- Pode ser um sistema paralelo ao contábil;
	- Pode ser usado de maneira periódica
PONTOS FRACOS
	- distribuição de custos fixos aos produtos;
	- a utilização de direcionadores de custos; 
	- modelo de decisão do usuário da sua informação, incompleto baseado especificamente no custo;
	- não considera o lucro/resultado como medida;
	- a informação de quanto custa uma atividade é muito pobre.
CONCLUSÃO
Portanto a informação é a matéria prima do processo de tomada de decisão, ABC produz informações com distorção , dificulta , não auxilia o papel do gestor, produz sempre informações pobre, uma das maiores criticas ao modelo ABC, se dá pelo tratamento feito ao custo fixos, rateio destes custos, como demonstrado a seguir: o sistema ABC aponta um relacionamento dos custos fixos das atividades com os produtos, porem este relacionamento é tão subjetivo e incorreto como ratear esses custos proporcionalmente ao custo de mão de obra direta, no caso de uma indústria que a partir de novas tecnologias modernas de produção, robotização por exemplo terá aumentado os custos fixos proporcionalmente aos custos variáveis. O modelo de decisão se baseia em custos, conduz quase que automaticamente por custear atividade e produtos, o produto é responsabilizado por todos os custos sendo ignorado que os custos fixos independem dos volumes de atividades e de produção.
BIBLIOGRAFIA: 
MARTINS, Eliseu; ROCHA, Welington. Método de Custeio Comparados. São Paulo: Editora Atlas, 2015.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Editora Atlas, 2010.
 CATELLI, Armando; GUERREIRO, Reinaldo. Mensuração de atividades: comparando ABC“x” GECON. São Paulo: Cadernos de Estudos nº08, FIPECAFI – abril/1993. 
DANGUI, Thelma Kramer. Sistema de gestão econômica (GECON): uma análise comparativa com a contabilidade tradicional. Artigo não publicado. Disponível em: http://www.fucape.br/premio/melhores_2007/36.pdf. Acesso em: 03 fev. 2008
BORNIA, antonio Cesar, custeio por Atividade.

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