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DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL
Aluno(a): Rubens Fernandes Leão -Mat: 13060050 - Turma DI10TB
Aluno(a): Bernardo Piqueira de Andrade Lobo Soares - Mat: 13060060 - Turma DI10TB
Questão em Sistema de Avaliação Continuada – Prova 2 – 2017.2
Questão – Considere a seguinte hipótese: 
José é casado com Josefa há 10 anos, tendo o casal uma filha de 8 anos de idade. Ele é contador especializado em contabilidade empresarial e segurado contribuinte individual do Regime Geral. Apesar de ter um padrão de vida confortável, José sempre registrou seus salários-de-contribuição no valor mensal de um salário mínimo. Por sua vez, Josefa é segurada empregada de uma grande empresa, com salário registrado de R$ 20.000 (vinte mil reais) mensais.
Há alguns meses José está envolvido em um escândalo de estelionato em sua cidade. Após a apuração dos fatos delituosos, José foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime previsto no artigo 171 do Código Penal. Foi sentenciado a 4 anos e 6 meses de reclusão, em regime semiaberto, mas recorreu em liberdade. Durante o trâmite do processo José confessou a prática criminosa e permaneceu como contribuinte individual do RGPS, contando hoje com o montante de 17 (dezessete) contribuições mensais, todas no valor de um salário mínimo.
A pena foi recentemente confirmada pelo respectivo Tribunal de Justiça, motivo pelo qual foi decretada hoje sua prisão, em regime semiaberto. Não obstante a condenação, e considerando a primariedade do réu e a ausência de colônia agrícola/industrial ou estabelecimento similar na cidade em que José vive com sua família, o juiz ordenou que José cumpra a pena em seu domicílio, com uso de tornozeleira eletrônica e proibido de trabalhar. 
Nesse contexto, responda:
	É devido auxílio-reclusão a Josefa e à filha do casal, ou o fato de José cumprir pena em domicílio impede o recebimento? Em caso positivo, aponte qual o prazo de duração do benefício previdenciário. Fundamente sempre com base na legislação.
R= É devido auxílio-reclusão a Josefa e sua filha, pois de acordo com o art. 80 da Lei 8213/91 e do art. 381 da IN nº 77 do INSS, o auxílio-reclusão se equipara na forma da pensão por morte, logo suas regras se aplicam ao mesmo. Também vale ressaltar a incidência do art. 382, II da IN nº 77 do INSS, na qual se aplica o auxílio-reclusão em casos em penas qual condenem a pessoal em questão ao regime semiaberto. Quanto a duração, de acordo com o art. 77, II da Lei 8213/91, pelo fato do auxílio-reclusão se equiparar a pensão por morte, para a filha, a duração do benefício será até a mesma completar 21 anos ou se tornar inválido ou deficiente na definição da lei; quanto a Josefa, pelo fato do segurado não ter vertido 18 ou mais contribuições, a duração do benefício será de apenas 4 meses, na forma do art. 77, V, alínea “b” da Lei 821/91.
	A alta renda do emprego de Josefa veda o recebimento do auxílio-reclusão? Fundamente com base em jurisprudência do STF.
R= A renda de Josefa não irá impedir o recebimento do auxílio-reclusão. Isto se dá pelo fato de que o Supremo Tribunal Federal decidiu no Recurso Extraordinário nº 587365, que o parâmetro para a concessão do referido benefício, será a renda do segurado preso, e não de seus dependentes. Para alcançar esta decisão, o STF se pautou no art. 201, IV da Constituição Federal, o qual foi inserido pela Emenda Constitucional nº 20/1998, a qual, por sua vez, estabelece o critério da seletividade como o adequado para apurar a efetiva necessidade dos beneficiários.

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