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Hipocalcemia em vacas leiteiras

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Como o corre a hipocalcemia, também chamada de febre do leite.
Dinael Simão Bitner¹, Lenita Moura Stefani², Regiane Crecencio3, Maiara Cristiane Brisola3, Jéssica Giuriatti3, 
1 Aluno da Graduação, Curso de Zootecnia, Universidade do Estado de Santa Catarina.
² Professora Orientadora, Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade do Estado de Santa Catarina.
3 Alunas do Mestrado, Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade do Estado de Santa Catarina. 
A hipocalcemia, doença metabólica conhecida também como febre do leite, descrita pela primeira vez na Alemanha em 1793. Esta doença ocorre geralmente nas primeira horas após o parto devido à queda nos níveis de cálcio (Ca) no sangue. Se manifesta com sintomas clínicos e subclínicas, causando grandes danos, prejuízos, afetando na economia das propriedades rurais. Vacas com hipocalcemia apresentam menor ingestão de alimento, síndrome da vaca caída, retenção de placenta e desempenho reprodutivo, entre outros.
Com início da lactação a exigência de Ca aumenta, devido à alta concentração de Ca no colostro, para ocorrer o equilíbrio de Ca no colostro e no leite, a vaca tem que mobilizar Ca do tecido ósseo e aumentar sua absorção intestinal. A função do Ca no organismo émanter a estrutura esquelética, contração muscular, transmissão de impulsos nervosos, coagulação sanguínea.
A regulação e concentração de Ca sanguíneo depende do consumo e absorção do Ca intestinal e da reabsorção de Ca do tecido ósseo, esses processos são regulados por três hormônios, o paratormônio, a calcitonina e a 1,25 diidroxivitamina D. Absorção de Ca ocorre principalmente no intestino delgado, o baixo pH faz com que o Ca seja liberado e fica disponível para absorção intestinal. 
Fatores nutricionais, como idade da vaca e o balanço ácido – básico nos últimos dias que procedem o parto determinam a ocorrência da hipocalcemia, dietas que promovem alcalose metabólica comprometem os mecanismo de homeostase de Ca durante os primeiros dias de lactação, assim favorecendo a ocorrência desta enfermidade. A hipocalcemia ocorre por causa de uma falha nos mecanismos de homeostase de Ca sanguíneo, por alta demanda deste elemento nas primeiras 24 a 48 horas após o parto, durante o processo de manutenção das concentração de Ca no sangue a paratireoide secreta o paratormônio, que por sua vez reduz o Ca ionizável.Quando as concentração de Ca no sangue aumentam, as células parafoliculares da tireoide secretam calcitonina, a qual reduz a reabsorção óssea e aumenta deposição de Ca nos tecidos e a excreção renal deste microelemento. 
Uma vaca pesando 650 kg em final de gestação requer cerca de 20g de Ca absorvível, as necessidades aumentam para 50 a 60g no primeiro dia de lactação. Cada kg de leite contém 1 a 1,2g de Ca, enquanto cada kg de colostro contém 2 a 2,3g de Ca. Portanto, para uma vaca que produz 10 kg de colostro na primeira ordenha, o requerimento apenas para repor o que foi secretado no colostro é equivalente de 7 a 10 vezes de todo Ca presente na circulação. Por isso que a hipocalcemia ocorre geralmente nas primeiras horas após o parto.
Os requerimentos diários de Ca por vacas no final da gestação e no início da lactação vão depender da produção do colostro e leite no início da lactação.Estes são baseados em Ca absorvível fornecido na dieta conforme as exigência do animal, de maneira geral para vacas em final de gestação as dietas pré-parto com concentração de 0,40% a 0,45% de Ca na MS é suficiente para suprir as necessidades, já para vacas na fase de lactação, é necessário 0,55% a 0,65%.
Através do uso de dietas deficientes em Ca é possível, manipular o balanço cátio-aniônico da dieta o que vai estimular aatividade dohormônio paratormônio, que irá ativar omecanismo de absorção ativa de Ca, agindo assim na prevenção da hipocalcemia.Um tratamento profilático seria ouso de suplemento ricos em Ca, o que aumentaria a taxa de absorção deste elemento sem depender das ações do paratormônio. Dietas com alto teor de K, podem comprometer a absorção de Mg no rúmen, levando abaixos níveis de Mg no sangue de vacas de início de lactação, exercendo sintomas de hipocalcemia, pois o Mg é um dos reguladores da atividade do paratormônio.
Animais com hipocalcemia apresentam tremores musculares, muitas vezes não conseguindo se manter em pé, as extremidades se apresentam frias, narinas secas, e com temperatura retal muitas vezes reduzida (36 – 37 °C), frequência cardíaca acelerada, podendo levar a morte, onde o tratamento é realizado através da reposição de Ca e Mg.
Legenda: Influencia da Hipocalcemia na produção de leite.

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