Buscar

Projeto de pesquisa sobre anticoncepcionais



Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
LÍDIO TIAGO ALVES PEQUENO 
COMPORTAMENTO HUMANO AO ADQUIRIR CONTRACEPTIVO DE EMERGÊNCIA EM UMA FARMÁCIA PRIVADA – BARRA DE SANTA ROSA/PB
Cuité-PB
	2015	
COMPORTAMENTO HUMANO AO ADQUIRIR CONTRACEPTIVO DE EMERGÊNCIA EM UMA FARMÁCIA PRIVADA – BARRA DE SANTA ROSA/PB
Orientador: Prof. Dr. Marisa de Oliveira Apolinário
Cuité-PB
2015
RESUMO
O projeto trata-se sobre o comportamento de pessoas que fazem uso do contraceptivo de emergência, especificamente no momento da aquisição em uma farmácia privada, localizada no município de Barra de Santa Rosa/PB, apontando também, o principal grupo que o utiliza, e a prevalência da compra. Os dados serão obtidos através de questionário que será entregue ao individuo/cliente ao realizar a compra, depois os dados serão processados e colocados em discussão para se chegar à conclusão do fator causador do problema e apresentar uma possível solução.
Palavras-chave: Compra. Risco. Gravidez. Estabelecimento. Prevenção. Uso. Falha.
1 INTRODUÇÃO
A contracepção de emergência tem sido alvo de grande procura nas farmácias e drogarias nos últimos anos, apresentando uma variedade de pessoas no momento da compra, mas em sua grande maioria a procura é realizada por mulheres que querem evitar uma possível gravidez não desejada, e recorre ao método como último meio de contracepção. Sabe-se, que a existência de dúvidas, preconceito e medo de ser julgado pela sociedade por comprar o produto, acaba contribuindo para certo desconforto no momento da aquisição do produto. 
Esse projeto terá como foco central a observação comportamental de indivíduos/clientes no momento da aquisição do contraceptivo de emergência em uma farmácia privada na cidade de Barra de Santa Rosa/PB, por meio de um questionário que será entregue aos clientes que queiram participar da pesquisa após a realização da compra, esperando evidenciar e entender o comportamento humano naquela situação.
O contraceptivo de emergência e bastante discutido pelos pesquisadores, principalmente o efeito no corpo humano, quem faz maios uso, momento mais utilizado e como deveria ser divulgado para população. Nesse sentido, surge a necessidade de se pesquisar mais sobre o comportamento das pessoas no momento da aquisição do produto, sendo uma área de grande importância e que ainda não foi explorada como deveria.
A análise será feita com pessoas que queiram participar solidariamente e que não apresente dificuldade de leitura, evitando a influência de outra pessoa no momento de resolução do mesmo, dando total integridade das respostas obtidas.
2 JUSTIFICATIVA 
As pesquisas sobre contraceptivo de emergência são de grande utilidade para toda a sociedade, pois mostram os momentos que deveriam ser usado, seus riscos, efeitos, verdade e mentiras, contribuindo para enriquecimento intelectual da população sobre o tema. Esse trabalho tem como finalidade, tornar claro o possível desconforto gerado ao individuo na aquisição do contraceptivo de emergência, e em conjunto explorar uma área ainda pouco pesquisada, dessa forma contribuindo para o planejamento de um método que vise minimizar a situação proposta.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Observar o comportamento humano ao adquirir contraceptivo de emergência em uma farmácia privada no município de Barra de santa rosa/PB.
3.2 Objetivos específicos
Caracterizar o perfil do grupo de analisados na pesquisa;
Identificar o principal grupo envolvido na compra do contraceptivo de emergência;
Conhecer a prevalência da compra e do uso contraceptivo de emergência;
Identificar o comportamento do individuo no momento da compra.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O uso do contraceptivo de emergência tem aumentado no decorrer dos anos, onde o principal ponto de procura é em drogarias e farmácias, como relatou Bastos, Bonfim, Figueiredo, Kalckmann, Fernandes (2009, p. 795) “observou-se que o tema contracepção de emergência é constante na rotina desses estabelecimentos [...]”. Mesmo que em muitas vezes possa ser encontrado de forma gratuita no sistema publico de saúde. “O Ministério da Saúde passou a tentar incorporar a contracepção de emergência, aos métodos contraceptivos disponibilizados, a partir de 2000 [...]” (FIGUEIREDO, 2004, p. 9).
O publico que faz uso do contraceptivo de emergência em sua principal aplicação, são mulheres que querem evitar uma gravidez não planejada, que poderia ser resultante de um coito desprotegido ou falha de outro método contraceptivo, como foi dito por Bastos, Bonfim, Figueiredo, Kalckmann, Fernandes (2009, p. 795) “verificou-se que a contracepção de emergência adquirida em farmácia e drogarias é usada por quem está sob-risco de gravidez [...]”.
Ao direcionar-se á um estabelecimento farmacêutico, é visto que o individuo/cliente pode chegar com uma série de dúvidas sobre o contraceptivo de emergência, contribuindo para um possível mau uso do produto, como foi relatado no estudo de Bastos, Bonfim, Figueiredo, Kalckmann, Fernandes (2009) das 60 dúvidas mais frentes da clientela 43,3% (26) referiam-se com a contracepção, menstruação e gravidez não planejada.
O uso do contraceptivo de emergência pode ter outras aplicações importantes além da falta do uso ou falha de outro método contraceptivo, como no risco de gravidez relacionada em casos de estupros, que a vítima pode recorrer ao contraceptivo de emergência para evitar uma possível gravidez, “considera-se que a divulgação antecipada da contracepção de emergência, para a população feminina, estaria atendendo e prevenindo a gestação em decorrência do estupro [...]” (FIGUEIREDO, 2004, p. 6) e também contribuindo para a diminuição do número de abortos realizados na ilegalidade, tornando a prática desnecessária, que repercute negativamente nas taxas de mortalidade materna atuais (FIGUEIREDO, 2004).
O uso rotineiro do contraceptivo de emergência pode trazer alguns riscos á quem o utiliza, desde facilitação da aquisição de DSTs, mudanças fisiológicas em seu organismo e gravidez por falha, sendo esse último como principal risco. “O método é pouco eficaz se utilizado repetidamente (a curtos intervalos); na realidade, o único risco real do contraceptivo de emergência é de falha do método, pois é o menos eficaz entre os métodos modernos para contracepção rotineira” (SAITO, LEAL, 2007, p. 182).
A frase “venda sob prescrição médica”, contida e bem evidente nas embalagens dos contraceptivos de emergência não faz juízo na hora da compra do produto, pois na maioria das vezes a aquisição é feita sem nenhuma dificuldade, mesmo sem prescrição médica, como foi observado no estudo de Alano, Costa, Miranda, Galato (2011, p. 4)
A maioria das mulheres adquiriu o método sem apresentação da prescrição médica (97,1%) e 35,3% afirmaram ter recebido alguma informação no momento da compra, sendo mais frequente a orientação sobre o intervalo entre doses na medicação com doses divididas (75,5%).
Isso mostra que o acesso ao contraceptivo de emergência deve ser mais discutido em nosso país, pois já existem países que a venda é feita sem a necessidade de prescrição médica, levando em conta que, o método deve ser usado o mais brevemente possível após o coito desprotegido, “o acesso à contracepção de emergência ainda está sendo discutido em diversos países, sendo que em alguns deles o produto pode ser adquirido sem prescrição, como nos EUA desde 2006” (ALANO, COSTA, MIRANDA, GALATO, 2011, p. 5).
Sabendo que o contraceptivo de emergência tem seus riscos à saúde, dúvidas sobre sua utilização e que não pode ser sempre o substituto do método regular, é vista a necessidade de se empregar informação de qualidade sobre o assunto. De acordo com Alano, Costa, Miranda, Galato (2011, p. 8) 
Dessa forma, destaca-se a importância do acesso a informaçãode qualidade em relação ao produto, para que as mulheres possam vir a utilizar de forma adequada, sem abandonar o método regular e, principalmente, sem deixar de utilizar o preservativo, pois se trata do único método eficaz na prevenção de DST. É necessário que a contracepção de emergência apareça como suporte nas campanhas de prevenção de DST/HIV, destacando-se que, somente no caso de rompimento do preservativo ou ato de violência sexual, deve ser associado o uso desse método evitando-se assim, uma gravidez não planejada.
A busca do contraceptivo de emergência em farmácias e drogarias, em alguns casos pode resultar em certo desconforto do cliente na hora da compra, deixando evidente ou até mesmo falando o que se passa com ele naquele momento, seja homem ou mulher. “Segundo registros das técnicas de construção coletiva, a clientela que busca os estabelecimentos farmacêuticos para resolver assuntos relativos à Saúde Sexual e Reprodutiva foi caracterizada como: homens ou mulheres “envergonhados” [...]” (BASTOS, BONFIM, KALCKMANN, FIGUEIREDO, FERNANDES, 2009, p. 791). 
 
 
5 METODOLOGIA
 5.1 Tipo de estudo
 O estudo possui caráter descritivo, e será realizado com indivíduos/clientes no momento da compra do contraceptivo de emergência em uma farmácia privada, por meio de um questionário contendo perguntas de fácil resolução que foram pré-elaboradas pelo pesquisador, e que será entreguei dentro de um envelope ao indivíduo que aceitou participar do estudo com tempo máximo de resposta de quinze minutos, com a finalidade de descrever a estratégia de educação e analisar a procura por contracepção de emergência nos balcões desses estabelecimentos (BASTOS, BONFIM, FIGUEIREDO, KALCKMANN, FERNANDES, 2009).
 5.2 Local de Estudo
	 O município de Barra de Santa Rosa, com uma área de 825,097 Km2, está localizado na mesorregião do Agreste Paraibano, microrregião do Curimataú Ocidental, pertence ao bioma caatinga com altitude de 550 metros acima do nível do mar e encontrando-se nas seguintes coordenadas geográficas: latitude 06º43' 11" S e longitude 36º03' 38" W. De acordo com o IBGE, no ano de 2010 o município contava com uma população de 14.999 habitantes.
O município situa-se a 139 km da Capital do Estado, João Pessoa, e 74 km de Campina Grande, cidade polo regional. Grande parte do território (cerca de 38%) é coberta por pastagens naturais e matas, 13% de florestas naturais e 15% correspondem às lavouras temporárias, enquanto as permanentes ocupam 5% do território e as pastagens plantadas representam outros 2% (IBGE, 2010).
O presente estudo será realizado em uma farmácia privada no município de Barra de Santa Rosa, que tem como equipe dois farmacêuticos e três balconistas, todos contratados pelo dono do estabelecimento, quem tem funcionamento a partir de 8 até as 19 horas, de segunda á sábado, sendo de fácil acesso pela população em geral.
5.3 Amostra 
A amostra será constituída de clientes de uma farmácia privada durante o período de seis meses. Será avaliado o comportamento e o perfil de cada comprador do contraceptivo de emergência durante o período do estudo.
5.4 Critérios de Inclusão e exclusão
 Como critérios de inclusão serão considerados os seguintes aspectos:
Todas as pessoas que saibam ler e consigam entender o questionário.
Todas as pessoas que façam a compra do contraceptivo de emergência. 
 Como critérios de exclusão serão considerados os seguintes aspectos:
Todas as pessoas que não se enquadrarem nos critérios de inclusão.
5.5 Coleta de dados
 Os dados serão coletados pelo pesquisador a partir de um questionário entregue aos clientes da farmácia privada. Serão coletadas as informações em tabela elaborada pelo pesquisador após o recolhimento dos questionários. As potenciais observações serão classificadas quanto a estado emocional, ansiedade (maior, moderada e menor), nervosismo (maior, moderada e menor), quanto à ação da compra (rápido, lento), prevalência da compra (maior e menor) e quanto ao sexo do comprador (masculino ou feminino). Na análise qualitativa serão observadas as seguintes variáveis: média de sexo, estado emocional, prevalência de compra.
5.6 Processamento dos Dados
 Os dados obtidos serão tratados de forma qualitativa e transformados em porcentagens. Os dados serão estruturados empregando-se o software Excel para a confecção dos gráficos correspondentes e então, serão analisados e interpretados.
5.7 Considerações Éticas da Pesquisa
 Para fins de pesquisa, será respeitada a Resolução Nº196/1996 do Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde. O trabalho será inscrito na plataforma Brasil, cabendo-lhe o direcionamento aos Comitês de Ética em pesquisa em seres humanos, para avaliação e licenciamento da efetividade do processo de pesquisa.
6 RESULTADOS ESPERADOS
Ao final desta pesquisa, espera-se conhecer o perfil dos usuários e compradores do contraceptivo de emergência analisados, estabelecendo o principal grupo envolvido na compra. A partir dos resultados gerados por esse estudo, espera-se contribuir para a conscientização dos riscos, criação de medidas que visem à redução de ocorrências do uso do medicamento e promover um meio que evite ou diminua o desconforto na hora da aquisição do produto pelas pessoas.
7 CRONOGRAMA
	Atividades
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Levantamento bibliográfico
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Submissão ao comitê de ética
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento e coleta de dados
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Processamento dos dados
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	Análise e discussão
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	Elaboração do relatório
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	Publicação do trabalho
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS
ALYRIO, R.D. Metodologia Científica, PPGEN:UFRRJ, 2007.
ALVES, Aline Salheb; LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Uso de métodos anticoncepcionais entre adolescentes universitários. Revista Brasileira de Enfermagem, [s.l.], v. 61, n. 2, p.170-177, 2008. FapUNIFESP (SciELO).
 ALANO, Graziela Modolon et al. Conhecimento, consumo e acesso à contracepção de emergência entre mulheres universitárias no sul do Estado de Santa Catarina. Ciênc. Saúde Coletiva, [s.l.], v. 17, n. 9, p.2397-2404, 2012. FapUNIFESP (SciELO). 
BASTOS, Silvia et al. Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e procura da contracepção de emergência em farmácias e drogarias do município de São Paulo. Saúde e Sociedade, [s.l.], v. 18, n. 4, p.787-799, 2009. FapUNIFESP (SciELO).
CONTI1, Francieli S; BORTOLIN1, Silvia; KÜLKAMP2, Irene Clemes. BOOK REVIEW. Nordic Journal Of Psychiatry, [s.l.], v. 57, n. 5, p.393-394, 1 set. 2003.
CUSTÓDIO1, Geisiane et al. BOOK REVIEW. Nordic Journal Of Psychiatry, [s.l.], v. 57, n. 5, p.393-394, 1 set. 2003.
FIGUEIREDO1, Regina; PUPO2, Lígia Rivero; SEGRI3, Neuber José. BOOK REVIEW. Nordic Journal Of Psychiatry, [s.l.], v. 57, n. 5, p.393-394, 1 set. 2003.
FIGUEIREDO*, Regina. Contracepção de Emergência no Brasil: necessidade, acesso e política nacional. Disponível em: <http://www.ipas.org.br/revista/mar10.html>. Acesso em: 1 set. 2004.
SAITO, Maria Ignez; LEAL, Marta Miranda. Adolescência e contracepção de emergência: Fórum 2005. Rev. Paul. Pediatr.,[s.l.], v. 25, n. 2, p.180-186, 2007. Elsevier BV.
 
SOUZA1, Fernanda G; BONA1, Janaina C de; GALATO2, Dayani. BOOK REVIEW. Nordic Journal Of Psychiatry, [s.l.], v. 57, n. 5, p.393-394, 1 set. 2003.
	
QUESTIONÁRIO
1-Gênero ( ) Masculino ( ) Feminino?
2-Como estava se sentido antes de comprar o produto?
( )Nervoso 
( )Ansioso 
( )Envergonhado 
( )Normal
3-No momento da compra, você se sentiu desconfortável? 
( ) Sim( ) Não 
4- Se você se sentiu desconfortável. Conseguiria classificar o que estava sentindo?
( )Ansiedade 
( )Nervosismo 
( )Vergonha 
5-O que poderia ter levado a você se sentir assim?
6-A pessoa que irá fazer uso do produto costuma utiliza-lo com frequência?
( ) Sim 
( ) Não
7-Se o uso é frequente, você conseguiria dizer à quantidade utilizada no período de dois meses?
( ) 2
( ) 3
( ) 4 
( ) Mais de quatro