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Caso concreto respondido (1a 10)

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Aplicação: articulação teoria e prática
Aula 1.
 Diante do texto anterior e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 1, responda:
A verdadeira concepção de política se coaduna com o desinteresse da coisa pública pela cidadania?
R: Não. Política são práticas que buscam o bem comum e a liberdade dos cidadãos. Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público
Estaria correta a afirmação do filósofo Francis Wolff quando afirma que "o desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia"? Justifique sua resposta.
R: Sim. Porque em um Estado Democrático de Direito pressupões que todos devem participar; o desinteresse leva a não participação dos cidadãos.
Aula 2.
Sabe-se que um discurso político pode ser convincente quando fundado em raciocínio claro, baseando-se sobre as faculdades intelectuais e estando voltado para o estabelecimento de verdade. Neste caso, obtém-se a persuasão por meio de argumentos que levam o auditório a acreditar que a perspectiva do orador é correta. Neste sentido, responda: 
Em uma democracia, pode haver outros elementos discursivos que influenciem no processo de convencimento do auditório?
R: Sim. A racionalidade do discurso (logos/ convicção); a emoção (Pathos/ persuasão) e a credibilidade (Ethos/ caráter) do orador.
Observando a charge acima, poderia a mesma produzir algum sentido na discussão sobre os limites do discurso político? Explique.
R: Sim. A relação entre os elementos: emoção e razão, indicando o limite da razão.
AULA 3
Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz com que os indivíduos abdiquem de sua infinita liberdade e a entreguem a um soberano, que deve garantir suas vidas e uma ordem social segura. Com este acordo, segundo Hobbes, está criada a sociedade e também o Estado. Neste sentido, pergunta-se: 
Quais as finalidades do Estado em Hobbes? 
R: O Estado, em Hobbes, teria tripla finalidade: a) representar os cidadãos, pois, personificando aqueles que a ele (Estado ) livremente delegaram todos os seus direitos e poderes, encontra legitimada a submissão de todos à sua autoridade soberana; b) assegurar a ordem, o u seja, garantir a segurança de todos, monopolizando o uso da força estatal e; c) ser a única fonte da lei, porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto.
Analisando a situação expressa na charge ao lado – corriqueira nas grandes cidades brasileiras –, o que supostamente poderia ser dito por Hobbes, a partir dos termos pactuados no Contrato Social?
R: Mesmo que não possamos deixar de ressaltar a existência do dever de obediência do cidadão em face do soberano, parece que para Hobbes ele não é eterno ou insuperável. A incapacidade do soberano de manter a ordem, a segurança e, consequentemente a vida, geraria o direito de cada um (individualmente, e não coletivamente) utilizar-se de seus meios privados de defesa aos seus direitos naturais, o que transportaria o indivíduo de volta ao estado de natureza. Ora, seguindo as linhas até aqui desenvolvidas, isso desencadearia novos conflitos, mas novamente a racionalidade levaria a um novo pacto e a escolha de um novo soberano e, consequentemente, a uma nova associação estatal. Embora mau e egoísta, para Hobbes, uma das marcas do homem, lembremos, é a racionalidade calculadora.
AULA 4.
Como foi dito, o contratualismo é um rótulo teórico que guarda concepções bastante diferenciadas de organização do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora a soberania seja percebida como um conceito central para justificar a forma de organização do Estado, os diversos filósofos a enxergaram de forma diversa uns dos outros. Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e Rousseau), responda:
a) Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no contratualismo Rousseau? Justifique. 
R: Ao contratualismo rousseauniano. Se em Hobbes, a soberania é exercida pelo monarca (o u, no limite, por um grupo restrito de pessoas) e fundamentará o Estado absolutista, em Rousseau a soberania é exercida pelo povo e fundamentará um regime democrático em que o povo detém o poder. Na charge de Henfil, produzida no âmbito do processo de redemocratização do país, após o regime militar, a Graúna, representando um popular, explicita a possibilidade do poder (soberano) ser exercido por ela e pelos demais populares (eu, tu, ele, nós, vós, eles, eu, ...), pregando o retorno do sistema democrático.
 
O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no contratualismo rousseauniano? Justifique.
R: Em Rousseau, a soberania popular é exercida diretamente pelo povo, por meio de manifestação direta, fundamentando-se a dita democracia plebiscitária; em Locke, a soberania popular é exercida por meio de representantes do povo, configurando o regime da democracia representativa.
AULA 5
Foi noticiado na imprensa a ocorrência de um assassinato no interior de navio mercante com bandeira da Nauru (pequena ilha no Pacífico Sul, com território inferior a 22 km quadrados) a 10 milhas marítimas de distância da linha de base do território brasileiro. A fim de realizar a entrega de produtos extraídos na ilha e comercializados para o exterior, o referido navio dirigia-se a uma plataforma da Petrobras situada a 15 milhas marítimas de distância da costa brasileira, que explora petróleo a uma profundidade de 6 mil metros (pré-sal). Na reportagem, o jornalista afirmou que as autoridades brasileiras seriam competentes para investigar e julgar o crime já que o mesmo teria ocorrido dentro de seu território (o chamado mar territorial). Além disso, informou a reportagem, a pequena extensão territorial de Nauru era fator impeditivo para que se reconhecesse a mesma como um Estado detentor de soberania. Analisando as informações acima, responda:
a) Procedem argumentos apresentados pelo jornalista para sustentar a competência das autoridades brasileiras no que se refere à investigação e ao julgamento do crime? 
R: No que se refere ao crime ocorrido no navio mercante de bandeira de Nauru, sabe -se que conceitualmente “mar territorial” é a faixa de mar que se estende desde a linha de base, até uma distância de 1 2 milhas m arítimas. Nesta zona, a jurisdição do Brasil é soberana, exceto no que tange a jurisdição civil e penal em navio mercante estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do Estado de bandeira (princípio da jurisdição do Estado de bandeira). Era o caso e, portanto, a competência para tratar do caso é do Estado de Nauru. No que se refere à necessidade de uma extensão mínima para reconhecimento da condição de Estado, não existe regra internacional que quantifique o mínimo de extensão territorial que um determinado Estado deva possuir, bastando lembrar os casos do Vaticano, cujo território ínfimo, vale dizer, 0 ,44 km², ou Mônaco, com 2 km², San Marino com 62Km², Liechtenstein, com160 km², apenas para falar dos m ais conhecidos. Por isso, a pequena extensão territorial de Nauru não a desqualifica como Estado nacional.
b) Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade econômica fora de seu mar territorial sem a permissão da comunidade internacional?
 R: No que diz respeito à possibilidade de exploração de petróleo em águas profundas, cabe lembrar que quando tratamos de território fizemos referência ao carátermultidimensional do território. Ora, a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e a faixa adjacente ao mar territorial até o limite de 200 m ilhas marítimas, na qual o Estado costeiro exerce direitos específicos para fins econômicos. Com efeito, na ZEE, o Estado não tem soberania na sua máxima amplitude, mas possui direitos para a exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou de não -vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos. Nesse c aso, então, o Estado brasileiro não necessita de qualquer autorização dos demais Estados para realizar tais atividades.
AULA 6
Neste sentido, de acordo com os seus estudos, responda: 
a) É possível existir mais de uma nação dentro de um único Estado?
R: A nação pode ser entendida como grupos constituídos por pessoas que compartilham dos m esmos valores axiológicos e são movidos pela vontade de comungar um mesmo destino. Como dissemos, existem diversos elementos que são importantes para configurar uma “nação” (religião, língua, cultura, etc,), embora não seja necessário que aqueles que reivindicam ser partícipes de uma nação compartilhem de todos os elementos citados a fim de que se caracterize a existência de nação. Isto porque uma m arca dos Estados modernos é exatamente a pluralidade, sendo que nas democracias deliberativas modernas é natural que se dê o enfraquecimento desses laços comuns. No caso em análise, embora catalães e bascos sejam reconhecidos como parte integrante do Estado espanhol, os mesmos reconhecem-se como integrantes, de nações divers as da espanhola (no caso Catalunha e País Basco).
 b) Todas as nações são necessariamente reconhecidas como Estados nacionais? 
R: Vários são os exemplos pelo mundo em que povo s que se reconhecem como parte de uma nação não possuem território próprio. Como exemplo podemos citar os curdos (espalhados em partes do Irã, Iraque, Síria e Turquia), o s bascos (norte da Espanha e sul da França), os caxemires (entre Índia, Paquistão e China), entre muitos outros. Ou seja, elementos de uma mesma nação podem estar vivendo em Estados diferentes. Neste caso, embora entendam fazer parte da mesma nação, são considerados parte integrante de um mesmo povo (em seu sentido jurídico-político). Como um fenômeno daí decorrente, é possível que um único Estado comporte em seu interior indivíduos que, embora tenham reconhecidas suas nacionalidades e cidadanias pelo Estado, consideram-se como pertencentes a uma outra nação, reivindicando a criação de um Estado próprio. A título de exemplo, podemos citar não apenas os bascos e catalães na Espanha, mas os tibetanos na China, os chechenos na Rússia, os flamengos na Bélgica, entre outros. Esses Estados possuem um povo (sob a perspectiva jurídico-política) que é formado por cidadãos que se reconhecem como pertencentes a “nações” diversas da que originou o próprio Estado.
c) Neste momento da história, são os catalães e os bascos partes integrantes do povo espanhol em seu sentido jurídico-político?
R: O conceito jurídico-político de povo está relacionado com o vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado e sua aceitação como elemento essencial para a constituição do Estado é unânime. Portanto, entende-se por “ povo” o conjunto de indivíduos que em um dado momento se une para constituir o Estado, estabelecendo, assim, um vínculo jurídico de caráter permanente. É deste vínculo que surge o que denominamos por “nacionalidade”, que é um atributo que capacita esses indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 
Assim, certamente neste momento da história os catalães e os basco são parte integrante do povo espanhol, se tivermos como pressuposto “povo” em sua perspectiva jurídico -política. Afinal, ainda que catalães e bascos lutem pelo reconhecimento do Estado da Catalunha e do País Basco, eles usufruem da cidadania espanhola e são reconhecidos como espanhóis pelo Estado espanhol..
 
AULA 7
O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente todas as constituições modernas. A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, senão vejamos:
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I – independência nacional; (...) III – autodeterminação dos povos; IV – não intervenção; V – igualdade entre os Estados; (...)” “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular. (...)”
Diante do exposto anteriormente, pergunta-se: Em face do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal?
R: Não, pois se internamente a soberania acaba por expressar uma específica situação de quem comanda, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado, por outro lado, externamente, a soberania também pode significar o atributo que possui o Estado Nacional de não ser submetido às vontades estatais alienígenas, reconhecendo que no plano internacional impera a lógica da igualdade entre os diversos Estados. Daí que a Constituição brasileira, no plano das suas relações internacionais venha a ser regida por princípios como: independência nacional; autodeterminação dos povos; não -intervenção e igualdade entre os Estados.
 A qual dos contratualistas é possível relacionar a soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna? Justifique.
R: deslocar a soberania em direção ao povo, recusando qualquer limite a esta. Na verdade, o influxo que a obra de Rousseau exerce é o de estabelecer o núcleo de uma democracia participativa, direta, de viés plebiscitário.
AULA 8
Vários pequenos estados independentes, a fim de obterem maior peso político e econômico, resolvem se organizar sob a forma de confederação, denominada confederação “C”. Em razão do sucesso da iniciativa, após cinco anos de experiência, os estados confederados resolvem estreitar os laços e se organizar sob a forma de federação. A exceção foi o estado “Z”, que não querendo fazer parte do novo pacto, resolve se desvincular da confederação “C”. O projeto vai adiante com os demais estados e estes promulgam uma constituição criando a república federativa “F”. Passados três anos de criação da república federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento a ele dispensado, o estado autônomo “X” informa que retornará a condição de estado soberano, desvinculando-se de “F”.
Pergunta-se: 
De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações de “Z” e “X”?
R: No c aso em tela, se era possível ao Estado “Z” se desvincular da confederação “C”, o mesmo já não era possível a “X”, pois a secessão é vedada aos membros do Estado Federal. Explica-se: enquanto o pacto confederal é dissolúvel, pois a Confederação é a União de Estados Soberanos,o pacto federal é indissolúvel, vez que a Federação é a União de Estados Autônomos. A aliança confederal se constrói por um tratado internacional, denunciável a qualquer momento pelo Estado signatário, que preserva sua soberania, liberdade e independência, podendo, portanto, desligar-se da confederação. Já na Federação, o vínculo que une o s entes federativos é a Constituição, sendo que a organização federativa se caracteriza pela unidade de soberania e pluralidade de autonomias (Estados membros são autônomos, porém não são soberanos), enquanto que a Confederação de Estados se caracteriza pela multiplicidade de soberanias.
 b) Quando a Confederação “C” resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias analisadas no livro didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo?
R: No caso em análise, a origem da formação da República Federativa “F” ocorreu pelo modelo “centrípeto”, pois, representou a passagem de um Estado composto confederal para um Estado simples federal. O tipo centrífugo se configuraria tão somente se ocorresse a passagem de um Estado Simples Unitário para um Estado Simples Federal. Ocaso em tela se assemelha à experiência americana (os Estados Confederados pactuaram uma organização federativa, os EUA), o caso brasileiro percorreu o trajeto inverso: o Estado Unitário do período Monárquico, estabelecido pela Constituição de 1824 foi superado pela forma federativa assumida pela Constituição de 1891. Assim, enquanto a formação do federalismo americano se deu pelo modelo “centrípeto”, o federalismo brasileiro se originou pelo modelo “centrífugo”
AULA 9
Pergunta-se:
 a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria política atualmente estudada?
R: Não, não faz nenhum sentido. O conceito de monarquia por definição pressupõe a transmissão do poder em virtude dos laços de sangue, sendo que o término do direito de ser o monarca somente ocorre com a morte ou com a comprovada ausência de condições de cumprir suas atribuições. A condução ao exercício da função de monarca não decorre da escolha popular. Além disso, também é da definição desta forma de governo que o monarca não tenha responsabilidade política e, por isso, não necessite se explicar ao povo ou a qualquer órgão. Por isso são características da monarquia a hereditariedade, a vitaliciedade, a não-representatividade popular, a irresponsabilidade (ausência de prestação de contas). No caso em tela, o que a Família Real estaria propondo é exatamente a assunção de uma forma de governo republicana, cujas características são: acesso ao poder por meio de sufrágio censitário ou universal, permanência limitada temporalmente por meio de mandato fixo e responsabilização do governante.
A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica?
R: A Constituição de 1 988 não impede que o Brasil assuma a forma monárquica de governo , pois não gravou a forma republicana com cláusula pétrea no art. 6 0 da CRFB/88. Neste sentido, apenas a forma federativa foi gravada com cláusula. Embora haja quem defenda que após o Plebiscito de 1993, em que o povo escolheu a forma republicana de governo, não poderia mais, no âmbito da presente Constituição, alterar-se a forma de governo, a maioria não pensa assim. Neste caso, embora esteja cristalizada a posição de que a forma de Estado (federativa) não possa ser alterada, a maior parte dos juristas e cientistas políticos entende que a forma (republicana) o u mesmo o sistema de governo (presidencialista) podem ainda ser alterados por meio de emenda à constituição.
AULA 10
Diante da reportagem acima apresentada, procure responder as seguintes questões:
 a) Por que razão o Presidente da Câmara afirmou que no sistema parlamentarista o Primeiro Ministro pode ser destituído antes do término do mandato? 
R: A ideia é deixar claro que o Chefe de Governo e seu Gabinete dependem da aprovação do Poder Legislativo (Parlamento) para se manterem no poder e, por isso, a queda do gabinete pode ocorrer a qualquer momento, a partir de um voto de desconfiança do parlamento. Assim, os Poderes Executivo e Legislativo se entrelaçam de tal maneira que ocorrendo eventual descontentamento com as decisões políticas do Poder Executivo, a maioria do Poder Legislativo pode exigir a queda desse Poder Executivo (Gabinete e Primeiro -Ministro), a partir de um voto de desconfiança. Diz-se, portanto, que o Primeiro-Ministro e seu Gabinete (Poder Executivo) têm responsabilidade política, pois ainda que não cometam qualquer tipo de crime, comum o u político, podem ser destituídos da função executiva do País a partir de um voto de desconfiança ou Moção de Censura. Logo é correto afirmar que o prazo do mandato do Poder Executivo é indeterminado.
b) Estaria correta a afirmação do Presidente da Câmara quando afirma que no presidencialismo, ao se eleger o governante, somente na eleição seguinte o povo teria condições de rever sua posição?
R: Pode-se dizer que possui parcial razão. Embora o mandato presidencial tenha prazo determinado constitucionalmente, de quatro anos e uma vez eleito pelo povo, inexiste a destituição pelo Congresso Nacional a partir de um voto de desconfiança ou moção de censura. Porém, tem -se o instrumento do impeachment, no qual o Chefe do Poder Executivo pode vir a ser destituído do cargo se condenado por crime de responsabilidade, nos termos do que estabelece o Art. 52, II combinado com o Artigo 85, ambos da Constituição Federal de 1988. Porém, neste caso é necessário que seja condenado por cometimento de crime político, diferentemente do que ocorre no Parlamentarismo, em que a simples perda da confiança pela maioria do Parlamento gera as condições políticas para a queda do Parlamento, com a convocação de novas eleições. 
O que é o recall? O Brasil adota este instituto?
R: O Recall é importante instrumento jurídico da democracia direta o u participativa, consagrando -se o direito de revogação da representação política e possibilitando a correção de rumo em caso de erro de escolha no período das eleições. Porém, é importante salientar que por falta de previsão constitucional o sistema constitucional brasileiro não se utiliza deste instituto jurídico, que daria ao eleitorado a possibilidade de revogar o mandato.

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