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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MARÍLIA.
AGRIPINO, já qualificado nos autos do processo-crime que lhe move a Justiça Pública, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, não se conformando, “data máxima venia”, com o recurso interposto pelo Digno Representante do Ministério Público vem, mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 588 e 589 do Código de Processo Penal, requerer a juntada das CONTRARRAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pleiteando que a respeitável decisão proferida em favor do recorrido seja mantida.
Assim sendo, caso Vossa Excelência entenda pela reforma da respeitável decisão, postula-se seja remetido a presente ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Termos em que, requerendo seja ordenado o encaminhamento e processamento da presente.
Pede Deferimento.
Marília, ... de ........ de 2011.
________________________
Advogado – OAB/SP
CONTRARRAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
RECORRENTE: “Justiça Pública”.
RECORRIDO: Agripino.
PROCESSO nº. .... – da .... Vara Criminal da Comarca de Marília.
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Ínclitos Julgadores,
Douta Procuradoria de Justiça.
Não se conformando com o recurso interposto pela Justiça Pública, contra a respeitável decisão proferida em favor do recorrido “data vênia”, vem apresentar CONTRARRAZÕES, aguardando afinal se dignem Vossas Excelências em mantê-la, pelas razões a seguir aduzidas:
DOS FATOS
O nobre Promotor de Justiça, no dia 23 de julho deste ano, ofereceu denúncia contra o recorrido, descrevendo a infração penal tipificada como receptação ocorrida no dia 30 de junho de 2003.
Contudo, esqueceu-se de apresentar o rol de testemunhas na peça inicial, além de narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias totalmente divorciadas da realidade, não oferecendo, ainda a qualificação do recorrido.
O Magistrado, no dia 25 de agosto de 2011, ao tomar conhecimento do teor da denúncia, rejeitou-a, expondo os motivos para tal. O Promotor de Justiça recorreu de tal decisão, expondo os motivos de seu inconformismo, reiterando que a inicial deve ser recebida para, ao final da instrução probatória, ser o recorrido condenado pelo crime que supostamente cometeu.
É a síntese do ocorrido.
DO DIREITO
Excelências, a denúncia deve ser rejeitada.
De fato, a r. sentença proferida pelo ilustre magistrado deve ser mantida, tendo em vista que o suposto crime cometido pelo recorrido não tem mais como ensejar punição.
Isso porque, tal crime de receptação (art. 180, caput, do CP) ocorreu na data de 30 de junho de 2003, e possui pena máxima de 4 anos de reclusão, de modo que haverá a prescrição da pretensão punitiva em 8 anos, consoante a previsão do artigo 109, inciso IV:
“Art. 109: A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: IV - em 8 (oito) anos, se o máximo da pena é superior a 2 (dois) e não excede a 4 (quatro) anos.”
Dessa forma, o nobre Promotor ofereceu a denúncia em 23 de julho de 2011, ou seja, depois do prazo de 8 anos previsto para a prescrição da pretensão punitiva, e, por conseguinte, falta interesse de agir, tendo em vista que não há mais a pretensão de sua parte em punir o recorrido.
Logo, a inicial deve ser rejeitada, de modo que falta condição para o exercício da ação penal, qual seja o interesse de agir, conforme o entendimento do artigo 395, inciso II do Código de Processo Penal:
“Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada quando: II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal.”
Mas também, no que tange aos requisitos que devem ser preenchidos para que a denúncia seja considerada apta, o digno Promotor não cumpriu o que estabelece o artigo 41 do Código de Processo Penal:
“Art. 41: A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.”
Dessa forma, contrariando referido dispositivo, esqueceu-se de apresentar o rol de testemunhas na peça inicial, além de ter narrado fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias totalmente divorciadas da realidade, não oferecendo, ainda a qualificação do indiciado.
Por conseguinte Excelências, deve ser rejeitada a denúncia, isto porque estão ausentes seus requisitos previsto no artigo 41 do Código de Processo Penal, de modo que deve ser considerada inepta na forma do artigo 395, inciso I do Código de Processo Penal:
“Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I – for manifestamente inepta”. 
Portanto, deve ser mantida a sentença do juízo a quo, de modo que a denúncia deve ser rejeitada pela prescrição da pretensão punitiva, e caso Vossas Excelências não entendam a tal respeito, deve então, haver a rejeição pela inépcia da mesma pela falta dos requisitos legais.
DO PEDIDO
À luz de todo o exposto, improcede o recurso interposto pelo Digno Representante do Ministério Público, devendo ser mantida a respeitável decisão em favor do recorrido, como medida da mais lídima justiça.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Marília/SP, ...... de .............. de 2011.
______________________
Advogado – OAB/SP

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