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6Continuando ato adminsitrativo NÃO CAI

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…...Continuando Ato Administrativo
I - Silêncio administrativo
 Embora haja divergência entre doutrinadores, via de regra, ao direto público não se pode dispensar o mesmo tratamento do Direito Privado que admite o silêncio como consentimento tácito. É importante frisar que o administrado tem o direito a uma resposta 
Obs.: Significa que no Direito Público não se pode dispensar o mesmo tratamento do Direito Privado, que admite o silencio como consentimento tácito. Por outro lado, o administrado tem direito a uma resposta, através do direito e petição (artigo 5º, XXXIV, CF), que abrange não somente a possibilidade de requerer, como também a certeza de receber resposta. Com relação ao dever de pronunciar-se do administrador, é possível que o legislador estabeleça um prazo para que o ato seja praticado, e, caso não pratique, gera ao cidadão a possibilidade de questionamento junto ao Judiciário.
O agente que se omite viola o direito e o dever funcional de exercer com zelo e dedicação atribuições do cargo, e ainda, se da omissão restar dano jurídico ao administrado, deverá responsabilizar o Estado.
Direito Privado = Consentimento tácito 
Direito Público = Divergência na doutrina 
Atos vinculados = Judiciário Supremacia 
Atos discricionários = não supre, mas define mora 
Administrado tem direito a uma resposta? Há divergência sobre o silêncio administrativo. O particular tem direito a uma resposta do órgão público, conforme prevê a Constituição Federal, em seu art. 5, inciso XXXIV, que trata do direito de petição. No que tange ao controle pelo Poder Judiciário há discussão na doutrina, em que uma corrente defende a posição de que o Juiz pode decidir em seu lugar quando se tratar de ato vinculado suprindo a omissão, o que não é possível nos atos discricionários, onde deve haver um juízo de valor da conveniência e da oportunidade da prática do ato, competindo neste caso ao Magistrado apenas definir a mora ou multa diária pela não edição do ato.
II – REQUISITOS (ou elementos) do Ato Administrativo: Requisitos ou elementos constituem pressupostos necessários para a validade dos atos administrativos, portanto faltando um deles o ato estará contaminado de vício de legalidade, sujeito assim à anulação. Os 5 requisitos tem que estar presentes para a validade do ato, faltando qualquer deles o ato é nulo. Os requisitos são pressupostos do ato. (Cai em concurso)
III – COMPETÊNCIA do Ato Administrativo
 Na administração pública sempre visando o interesse público deve buscar pela divisão de trabalho (distribuindo tarefas), onde cada agente receberá uma parcela de competência com o rol de atribuições, definida legalmente, portanto, agente público competente é o que recebe da lei o devido dever-poder para o desempenho de suas funções, sob pena de invalidação. 
	III.I – Características da Competência
Obrigatório – a competência é obrigatória. Ela não pode ser exercida pela livre discrição pelo agente público. 
Intransferível – não pode ser transferida por vontade de seu titular, nem pode ser objeto de permuta por competência de outro agente, contudo ela pode ser delegada e avocada desde que tais modificações estejam estribadas em lei. 
IV - DELEGAÇÃO
 é o ato pelo qual a competência é atribuída a outrem, geralmente a um subordinado com o objetivo de assegurar maior rapidez e eficiência nas decisões. Pode ser atribuída a alguém com a mesma hierarquia. Deve ser utilizado de forma excepcional, pois cada um já tem sua competência. A delegação normalmente é utilizada para alcançar a eficiência. O objetivo da delegação é pela celeridade do serviço público. 
IV. I – Características da DELEGAÇÃO:
	 a) Quem recebe a delegação chama-se delegado e ele não age em nome do delegante (é quem transfere a competência), uma vez que atua no exercício da competência recebida. 
 b) Não deve ser praticada com grande frequência, para não sobrecarregar o subalterno. O subalterno já tem suas competências. E esse subalterno pode transferir para frente? Não. Não pode haver delegação da delegação. 
 c) O ato praticado em função da delegação recebida é do delegado, não cabendo ao delegante responder pelos erros ou ilegalidades cometidos. 
 d) Enquanto vigorar a delegação, o delegante não pode exercer as competências delegadas (cujo exercício fica suspenso) porque realizariam concomitantemente a mesma atividade. 
 e) O delegante, durante a delegação não perdeu em definitivo a competência delegada, pois continua sendo o titular e a qualquer momento pode revogá-la reassumindo a competência, respeitando, portanto, os atos praticados pelo delegado. 
 f) O ato de delegação pode estar consubstanciado numa portaria, decreto ou outra forma de exteriorização do ato administrativo. Normalmente ocorre por uma portaria. 
V - AVOCAÇÃO (Consequência)
 É o ato de chamar para si funções atribuídas a outrem que lhe é subordinado hierarquicamente sempre que existir motivo relevante de interesse público, apesar de ser uma medida legal não deve ser abusiva, uma vez que traz vários inconvenientes, tais como:
Obs1.: Promove a deslocação ou a passagem da competência de um nível para outro para fins de recursos.
Obs2.:Provoca a diminuição ou a supressão de um ou mais níveis recursais. Por exemplo: quando dentro de uma hierarquia o diretor avoca a atividade desenvolvida por um encarregado suprimindo-se assim níveis ou graus de recurso, uma vez que este somente poderá ser dirigido ao superior hierárquico deste diretor. 
Obs3.:Provoca também a extinção dos níveis recursais, por inexistir autoridade superior administrativa para apreciá-lo. Ex. prefeito que avoca as atividades de um subalterno seu. 
Ex. todo crime que é praticado por qualquer pessoa tem a respectiva delegacia que vai apurar o crime. Quando o autor do crime é detentor de mandado popular, o delegado seccional tem que avocar. 
Na avocação, chama-se para si a atribuição de um subordinado seu, por um motivo relevante. Traz algumas consequências nem sempre boa. É uma medida excepcional. 
Irrenunciável – Seu titular não pode dela se desfazer. É vedada a renúncia parcial ou total das competências, exceto se nova legislação dispuser o contrário. O agente público não pode abrir mão dela. É prevista legalmente. 
Imodificável – o agente público por vontade própria não pode tornar a competência mais ampla ou mais restrita. 
Imprescritível – o agente público passa pelo serviço público, mas a competência e o rol de atribuições permanecem inalterados e não prescreve, ainda que por muito tempo ela não seja exercida pelo seu titular. 
 V.I - Objeto: (conteúdo)
 É alteração ou modificação no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a processar. O objeto é a resposta à indagação: Para que serve o ato? 
Ex. 1. Quando o município expede uma licença (ato administrativo) para alguém construir, tem-se por objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima ou amparado por lei. Ex. 2. “Y” foi aprovado em concurso público e o Estado emitiu um ato administrativo de nomeação. Qual é o objeto desta nomeação? Admiti-lo no serviço público. 
 V.II – Forma
 É como o ato administrativo vai se exteriorizar. A forma mais usual do ato administrativo é a escrita. O ato administrativo é uma ordem. O semáforo, por exemplo, também é um ato administrativo. Quando o sinal vermelho é desrespeitado, há a infração a um ato administrativo; o gesto do policial com a mão também é um ato administrativo. 
 V.III - Regra - é o modo pelo qual o ato aparece e revela a sua existência, a forma mais usual é a escrita e excepcionalmente temos os atos orais, representadas por ordens verbais dadas por um servidor a um estranho.
 V.IV – Exceção
 Há também os atos pictóricos, representados por pinturas, por placas de sinalização de trânsito, etc. Há tambémexcepcionalmente atos administrativos eletromecânicos representados por semáforos e há também os atos mímicos. Ex. policial fazendo gesto para orientar o pessoal numa via pública. 
 V.V - Motivo – (Razão) 
 É o que gera a vontade do agente ao praticar o ato administrativo. Não podemos praticar nenhum ato sem uma razão. Ao motivar um ato administrativo, a administração fica vinculada aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos por força da teoria dos motivos determinantes, que preconiza a vinculação da administração aos motivos ou pressupostos que serviram de fundamento ao ato. Ex. transferir um servidor de uma para outra cidade, alegando que precisa-se de seu serviço nesta cidade, deve realmente estar precisando, sob pena de ser invalidado ou anulado este ato se se descobrir que o motivo não foi por necessidade de serviço, mas por perseguição pessoal, pela teoria dos motivos determinantes esta transferência será considera nula, sem qualquer efeito no mundo jurídico, devendo ser restabelecida a situação anterior.
Gera vontade do agente público de editar o ato. Tem que ter um motivo ou uma razão, que tem que ser verdadeiro. Não pode o servidor ser enganado. 
# motivação (consideração) 
Teoria dos Motivos Determinantes – exige que jamais haja forma enganosa, tudo o que motivar o ato administrativo tem que ser verdadeiro. A única exceção é a predestinação lícita onde muda-se o motivo. 
 V.V.I - Exceção à teoria dos MOTIVOS:
 Predestinação Lícita – Ex. Caso de desapropriação (mudança do motivo alegado ) – E se o motivo do ato for falso, mentiroso ou inverídico, como fica o ato administrativo editado? Não terá valor jurídico nenhum e será invalidado pela própria administração ou anulado pelo Poder Judiciário por força da teoria dos motivos determinantes, a qual somente considera válida a prática do ato se os motivos enunciados efetivamente aconteceram. Desse modo, se o ato administrativo estiver viciado ele deverá ser considerado nulo de pleno direito, sem qualquer valor jurídico, devendo ser restabelecida a situação anterior em favor dos prejudicados pela edição do ato viciado. A orientação do STJ é no sentido de que ao motivar o ato, a administração fica vinculada aos motivos ali expostos sob pena de invalidação. A única exceção à teoria dos motivos determinantes diz respeito à predestinação lícita, que se trata de uma situação excepcional, em que se admite a possibilidade de mudança do motivo alegado, quando ficarem mantidas as razões de interesse público, cuja medida é autorizada pelo art. 519 CC. Art. 519 CC. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.
Ex. O prefeito faz a desapropriação de uma área privada para a construção de um hospital público municipal. Indeniza o particular. O governo estadual então resolve construir o hospital público, só que a área já estava desapropriada. Já que o governo estadual vai construir o hospital, o prefeito resolve construir uma escola pública naquela área. 
Obs: Motivação – Normalmente a motivação do ato é feita por portaria. É a justificativa pela qual esta se editando o ato. É a descrição ou a explicitação do motivo. Normalmente, ela se apresenta sobre a forma de considerandos.
 VI – Finalidade
 Sempre praticado para perseguir interesse público, sob pena de ser invalidado se a sua expedição visar interesse privado. Ex. desapropriação de um imóvel não para atingir um fim, mas sim prejudicar o proprietário ou favorecer o particular valorizando a sua área. Ocorre também desvio de finalidade quando desviamos um servidor público para fins de punição ou para prejudicá-lo. A finalidade sempre deve perseguir interesse público. Se perseguir interesse privado será nulo de pleno direito.

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