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UNIVERSIDADE ANHANGUERA– UNIDERP
POLO UNIEDUCAÇÃO 7109
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGISTÍCA
PROINTER IV – RELATÓRIO PARCIAL 
4º Série 
ANDRÉ FERREIRA SILVA RA: 1235372942
CARLA MOURA DE OLIVEIRA MELO RA: 2910177670
MARCELO AUGUSTO PEREIRA RA: 2167899104
Trabalho elaborado para conclusão do curso: Superior de Tecnologia em Logística, Universidade Anhanguera – UNIDERP. Embasado nas disciplinas:
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS;
OPERAÇÃO DE TERMINAIS E ARMAZENAGEM;
TRANSPORTE DISTRIBUIÇÃO E SEGURO;
LOGÍSTICA INTERNACIONAL;
QUALIDADE EM SISTEMAS LOGÍSTICOS;
LOGÍSTICA
Definição: No Francês Logistique, que significa “A arte que trata do planejamento e realização de vários projetos”. Seu surgimento deu-se através das necessidades dos militares, por volta do século VIII, armazenarem e distribuírem seus armamentos e os recursos necessários para sua sobrevivência, tais como: Alimentação e saúde. É a lógica matemática utilizada como parte da álgebra. Sua definição contextualizada por vários autores e livros, vejamos o que dizem alguns deles:
 Honald H H Ballou diz: "trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até ao ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável."
Para Carvalho é "o processo estratégico (porque acrescenta valor, permite a diferenciação, cria vantagem competitiva, aumenta à produtividade e rendibiliza a organização) de planejamento, implementação e controle dos fluxos de materiais/produtos, serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem ao ponto de consumo, de acordo com as necessidades dos elementos a serem servidos pelo sistema logístico em causa.”
“Benjamim do Carmo Moura em seu livro, Logística, Conceito e Tendências fala sobre logística de uma forma sintética.” Podemos dizer que a logística é o processo de gestão de fluxos de produtos e serviços e da informação associada, entre fornecedores e clientes (finais ou intermediários) ou vice-versa, levando aos clientes, onde quer que estejam, os produtos e serviços de que necessitam, nas melhores condições.” 
Embora algumas variáveis, os autores mostram uma afinidade em suas opiniões, ou seja, um eixo de partida que inicia com planejamento, passando pelos meios, que é a forma de execução com mínimo custo possível, para chegar ao seu estágio final, a satisfação do cliente. As atividades necessárias para gestão e movimentação das mercadorias entre dois pontos geográficos são chamados de atividades logísticas geradores dos chamados custos logísticos. (SEST SENAT-Logística conceito e aplicação)
Figura 1: Processo Logístico
Qualidade do serviço, rapidez, flexibilidade, inovação e custo 
final
Recurso financeiro disponível, mão de obra, marketing e
 transporte.
Planejamento
 
Estratégico
Critérios
 de 
avaliação
Cliente
Grau de satisfação
Utilidades
Lugar, tempo e modal
 
inindicado
 
Importância da Logística
Segundo escreveu Moura, a logística tem importância crítica para a qualidade de vida e sobrevivência humana, pois ela é responsável em disponibilizar nos quatro quanto do mundo no tempo certo, o produto e serviços que os consumidores e as organizações necessitam para desenvolverem suas atividades cotidianas. Sem essa ferramenta singular, essa movimentação de produtos e serviços não se daria com tanta precisão ou eficácia. O deslocamento dos insumos (matéria–prima) de suas origens, bem como, a chegada dos produtos acabados ao seu respectivo destino, requer uma série de etapas que precisa ser planejada e controlada suas atividades para sejam abastecidos tanto os grandes e sofisticados, como os pequenos e simples comércios que colocam a disposição dos seus clientes produtos de grande variedade e importância como comida, remédios, vestuários, os quais não são encontrados em todos os lugares de maneira que satisfaçam essa carência. Embora pouco reconhecida, a sua importância é indiscutível e relevante. Alguns a vê apenas como meio de transporte, outros nem ainda assim. Passa por despercebida aos olhos de quem não a conhece, mas quando faltam os produtos nas prateleiras e a necessidade de suprir a lacuna, os gestores sabem muito bem a quem devem recorrer. A logística está dividida em: Logística de abastecimento, que tem seu foco no fluxo de materiais, e cuida do armazenamento e transporte da matéria-prima, controlando e gerenciando para que a demanda não seja superior ao nível de estoque de segurança; Logística de produção, que administra as etapas de produção, desde a coordenação na fabricação e montagens dos produtos até a distribuição no espaço 09
Físico disponível; Logística de distribuição, foco no estoque e na distribuição do material armazenado, cuidando dentre outros, da movimentação e da responsabilidade de uso; Logística reversa, voltada para o meio ambiente com foco na sustentabilidade, recupera e reintegra suprimentos e materiais em processo de montagem ou produção, como é o caso das revendedoras de pneus obrigadas por lei, a recolhe-lôs mediante a apresentação de nota fiscal de compra ou simples verificação no banco de dados, quando inutilizados ou velhos, onde seguiram para a reciclagem objetivando o seu emprego em mistura asfaltica (CONAMA Rs 416 de 30/09/2009). Muitas empresas que adotam esse sistema tem ganhado força na hora da decisão de compra, pelo simples fato de terem nas embalagens de seus produtos, símbolo que comprovam essa contribuição com o meio ambiente. 
Figura 2: Símbolo da Sustentabilidade
 
Bowersox; Closs 2010, relata que a boa condição para alcançar qualidade logística é a avaliação constante. Na década de 80 surge a logística integrada, relação entre fornecedores, empresa e clientes que ganhou forças na década de 90 com a chegada da globalização e o avanço tecnológico. Influênciada pelas mudanças críticas e constantes, tornou-se necessário para a sobrevivência das empresas, além de um bom planejamento e controle no sistema logístico um nível de serviço desejável por um custo reduzido, trazendo um equilíbrio nos pontos relevantes de uma organização, a eficácia. Oliveira e Scavarda (2008) delinea como maior desafio da logística é oferecer um nível de serviço adequado com o custo que o cliente esteja disposto a pagar. Portanto a idéia de integração no processo de produção, compras, marketing e logistica precisava de uma ligação maior e em tempo real, evitando-se prejuizos de competitividade e eneficiencia dos meios. Gerada desta necessidade, surge então da cadeia de suprimentos, que é o elo entre os envolvidos em todo o processo.
Cadeia de Suprimento
Definição: É uma estratégica diferenciada constituída para coordenar as atividades como bens, serviços, finanças e a comunicação. Fortalecendo vínculos de relações entre empresas, fornecedores e clientes. “Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para controlar, gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e informações dos fornecedores para os clientes finais” (Martin Christopher, 2009). Esse sistema consiste também, em métodos que proporcionam melhor integração nos setores internos da organização como é o caso dos estoques, compras, marketing e financeiro. “O esforço de coordenação nos canais de distribuição, através da integração de processos de negócios que interligam seus diversos participantes”(Paulo Fernando Fleury,2002). Otimizando a entrega do produto certo, na quantidade certa, em tempo predeterminado, como menor custo possível. “Um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoque, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor” (Honald H. Balou, 2006). Embora sejam variadas as definições dos autores, há um ponto de similitude entre se, no qual mostra a cadeia de suprimento como uma forma de integração tanto interna, entre os membros da corporação, como externa envolvendo fornecedor, empresa, transporte e cliente, visando melhor desempenho das tarefas e maior satisfação.
Figura 3: Sistema da cadeia de suprimento
 
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 Importância da cadeia de suprimentos
Para um bom desempenho da cadeia de suprimento, é indispensável uma comunicação clara, eficiente e regular entre os envolvidos tanto internos como externos. O setor de compras deve se comunicar com o setor de estoque da sua organização, antes mesmo de fechar o pedido, para que não seja caso a falta de espaço físico na hora receber o novo pedido. Bem como com o fornecedor, onde serão acertados quantidade e o preço da mercadoria e por fins com os operadores logísticos ou transportadores qual o tempo necessário e seguro para a execução do transporte. Esses por sua vez, precisam ser eficazes nas respostas dirigidas ao setor de compras, para que o andamento do processo de compras seja proveitoso. Em casos de sazonalidade ou gargalos o feedback deve ser ainda mais preciso, pois podem ajudar a diminuir gastos desnecessários ou prejuízos. Um exemplo é a falta da matéria prima para a fabricação do produto e possíveis problemas com transporte, nesses casos o setor de compras deve possuí um plano “B”, a exemplos, ter à disposição contatos de mais de um fornecedor e transportadoras ou operadoras logística em casos de emergência. Um bom planejamento tático e operacional é o diferencial na tomada de decisões por parte de gestores, fornecedores e transportadores, pois contribuirá no valor custo-benefício dos produtos, agilidade na entrega e satisfação do cliente.
Figura 4: Processos da Cadeia de Suprimento 
 
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Gestão de Estoque Eficiente
Tudo o que pode ser armazenado e guardado em um espaço físico de uma organização para fins específicos podemos determina-lo como estoque. “O estoque e definido como acumulação de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes estoque também e usado para descrever qualquer recurso armazenado. Não importa o que esta sendo armazenado como estoque, ou onde ele esta posicionado na operação, ele existira porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda.” (Slack e et al ,1997). Um estoque eficiente não é necessariamente aquele que está sempre cheio, pois o capital ali empregado, precisa ser movimentado e ainda poderia ser usado para outros fins. Desse modo podemos concluir que há uma perda com a aquisição de mercadorias que ficam paradas dentro dos estoques. Esse custo é denominado custo de capital, que somado ao custo de armazenagens é igual ao custo de carregamento, que nada mais é do que tudo que envolve a manutenção e carregamento do estoque. Para tanto, um bom plano de controle é fundamental para gestão de estoque, pois através dele são registradas e fiscalizadas as entradas e saídas das mercadorias. Podemos inferir que estoque eficiente é aquele capaz de garantir a qualidade dos produtos e dar segurança aos clientes e à organização, independente do tamanho e complexidade do negócio. 
Controle e Custos de manutenção de Estoque
Usado para identificar a quantidade de mercadorias disponível no estoque para atender seus clientes e os setores de produção no caso de indústrias ou fábricas. Através dele podemos identificar o que chamamos de ponto de pedido, ou seja, a quantidade disponível que quando atingida, gera a necessidade de uma nova compra, garantindo o abastecimento da organização até a chegada da mercadoria. O estoque mínimo também chamado de estoque de segurança deve ser usado somente em casos emergenciais, por exemplo, atraso por parte de transportadores ou fornecedores e aumento inesperado da demanda. O tempo de reposição de mercadorias é variável ao tipo de organização. Decorre da percepção de necessidade de reposição até a chegada da mercadoria na empresa. Existem alguns métodos usados que podem ajudar nesse controle, variando-se ao tipo de organização. Para estoque previsível ou tempo de suprimento 10 
pré-determinado, pode ser usado o sistema o máximo e mínimo. Nele a reposição se dá ao prazo que a mercadoria chega ao quantitativo previsto independente do tempo da última compra, e a quantidade pedida é sempre a mesma. Já no caso reposição periódica, o pedido é feito a cada período pré-determinado (semanal, mensal ou anual), podendo variar a quantidade solicitada em decorrente da demanda da época. 
 
Figura 5: Gráfico dente de serra 
Figura 6: Gráfico reposição periódica
Existem materiais que não tem previsão de demanda, são os chamados não estocáveis, pois a empresa não consegue identificar quando nem quanto vai precisar. Já para os de demandas previsíveis podemos usar métodos de controle de consumo, como é o caso do método da previsão de demanda, que usa informações qualitativas e quantitativas a exemplo: Método do ultimo período ou método da média móvel. O custo de estoque concentra-se em custo de pedido + custo de armazenagem. O custo de pedido é tudo que está associado à aquisição de produto (processamento do pedido, produção, transporte, meios de comunicação etc.) 09
Tipos de estoque
Conforme dito pelos estudiosos do ramo da logística, existem basicamente quatro tipos de estoques:
Matéria-Prima: São os insumos ou material bruto destinado à produção de mercadorias ou produtos para o consumo, devendo ser rigorosamente administrados o seu controle devido sua facilidade em deterioração, como é o caso dos perecíveis. A técnica mais usada para controlar esse tipo de estoque é o chamado PEPS Primeiro que Entra, Primeiro que Sai. Por outro lado a falta desse tipo de estoque pode trazer grandes prejuízos, pois a aquisição ou a locomoção destes podem demorar um tempo maior se considerado ao tempo gasto com os de produtos acabados. Ex: Chapa de aço ou alumínio, Leite, ovos, etc.
Produto em Processo: Trata-se daqueles que estão em processo de transformação, porém ainda não estão acabados. Esperando a finalização para serem colocados à disposição. 
Produto Acabado: São os produtos transformados embalados ou não, prontos para serem usados pelos consumidores finais. Ex: Automóvel, bolo, etc.
Materiais Auxiliares: São os que auxiliam no processo de transformação do produto, não estão agregados de forma direta ao produto e sim em sua formação. Ex: Máquinas ou equipamentos, ferramenta, material de escritório, etc.
 Há ainda o estoque de antecipação, que são os gerados pelos pedidos de demandas movimentadas de modo alternado; Estoque em trânsito refere-se aos produtos que estão entre os canais de suprimentos; Estoque mínimo ou de segurança, como já visto, são aqueles que abastecem a empresa em caso de demanda inesperada ou atraso na entrega, ou seja, serão consumidos em casos de emergências; Estoque consignado, não pertence à organização, como distribuidoras terceirizadas; Estoque Regular que supri a demanda a médio e longo prazo de acordo com o espaço físico disponível. O estoque máximo, que controla para que não haja sobrecarga de um mesmo item, e o estoque médio que é a metade do estoque normal mais o estoque mínimo. A necessidade de estocar capital através de mercadorias tornou favorável por causa da demanda que na maioria das vezes é imprevisível. Além de assegurar as empresas em caso de eventuais atrasos na entrega ou aumento inesperado da procura do produto, proporciona economia nos custos de pedidos e escala. É preciso que haja rotatividadedos produtos estocados, pois a velocidade em que circula o capital de giro é fator determinante na rentabilidade da empresa demonstrando se o controle de estoque está sendo eficiente ou não. A falta do produto na prateleira podem acarretar prejuízos diretos na perda da venda e indiretos como na imagem da empresa. Tendo em vista que o objetivo principal da logística seja minimizar custo logístico total e maximizar o nível de serviço prestado ao cliente, definir com que frequência deve ser adquirido um item para a empresa, independentemente do seu ramo de negócio, é um dos problemas importantes que o profissional do ramo logístico precisa resolver. Nesse caso, faz-se necessário medir o nível de serviço logístico (NSL) para que atenda de maneira eficaz os pedidos da organização e/ou de seus clientes, e seja evitado tanto o acúmulo de mercadorias, como a ruptura de estoque ou falta de mercadorias nas Prateleiras, os quais geram prejuízos para as empresas. O NSL é medido por fatores fundamentais que são eles: Disponibilidade, Desempenho e Confiabilidade. Podendo ser calculado na seguinte forma: NSL= Total de itens entregues corretamente.
 Total de itens requisitado 
FIGURA 7: Fatores que influenciam a frequência de compra
Na figura acima é visível que o aumento de gasto com transportes acontecem com o aumento da frequência de pedidos de compra, por outro lado diminui no custo de estoque. Esse efeito inverso é conhecido como compensação de custos Trade-Off que permite determinar a frequência em que minimize o custo total das atividades logísticas. 
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Armazenagem
Cerca de 3000 anos atrás os Egípcios construíram silos para guardarem mantimentos prevenindo-se dos tempos de escassez. Nos dias atuais as atividades de armazenar em um espaço físico reservado, dentro da própria empresa ou em local separado, os produtos em estoque para serem consumidos ou disponibilizados aos clientes em momentos oportunos, se tornaram necessários principalmente em indústrias e empresas de todos os portes. Segundo Ballou (1993), existem quatro razões básicas para que uma empresa necessite armazenar em estoque mercadorias: Reduzir custos de transporte e produção, coordenar suprimento e demanda, necessidade do processo produtivo e considerações de marketing. O custo de armazenagem é resultado do capital investido, seguro, possíveis avarias, transporte, obsolescência e outras variáveis somadas à parte fixa, que independe da quantidade de mercadorias estocadas, como é o caso do espaço físico, equipamentos, depreciação, etc. A função básica do armazém ou depósito é prestar serviço ao usuário apoiando a manutenção do estoque como: Abrigo, consolidação, transferência e agrupamento de produtos. Com a evolução da tecnologia, os equipamentos mais modernos e mão de obra mais qualificada e possível um gerenciamento mais eficaz de armazenamento. Hoje os armazéns são controlados para melhor aproveitamento do espaço físico agora tridimensional, bem como maior segurança e rapidez na movimentação operacional dentro dos terminais. São elementos fundamentais no processo de armazenagem: A descarga, a conferencia, o recebimento, a marcação, a segregação ou separação, o endereçamento, a armazenagem física, o registro, o controle e a entrega das mercadorias.

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