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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE Amtek Tekfor Group PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV ALUNOS: ALISON PAGLIARI RA 1712856 POLO JUNDIAI EDUARDO PEREIRA SANTOS JÚNIOR RA 1708472 POLO SORRISO JESSE NOVAES DE OLIVEIRA RA 1737029 POLO SOROCABA WESLEY GERMANO OTÁVIO RA 1711205 POLO SOROCABA SÃO PAULO 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE Amtek Tekfor Group PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV ALUNOS: ALISON PAGLIARI RA 1712856 POLO JUNDIAI EDUARDO PEREIRA SANTOS JÚNIOR RA 1708472 POLO SORRISO JESSE NOVAES DE OLIVEIRA RA 1737029 POLO SOROCABA WESLEY GERMANO OTÁVIO RA 1711205 POLO SOROCABA Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV, apresentado como um dos pré- requisitos para aprovação do bimestre vigente no Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Qualidade. Orientador: Prof.º Luis Tadeu De Oliveira SÃO PAULO 2017 RESUMO Este projeto teve como finalidade abordar as principais características da Amteck Teckfor group, com base na abordagem das disciplinas: ferramentas da qualidade: controle e melhoria, gestão de processos e dinâmica das relações interpessoais, que visam obter melhores resultados nos processos organizacionais, buscando melhorias continuas e integração de seus colaboradores em um mercado cada vez mais competitivo e sedento por inovação. Palavras-Chaves: Competitivo, Integração, Qualidade e Melhoria continua. ABSTRACT This project was aimed at addressing the main characteristics of the Teckfor group, based on the disciplines approach: Quality tools: control and improvement, process management and dynamics of interpersonal relationships, aimed at obtaining better results In organizational processes, seeking continuous improvements and integration of their collaborators in an increasingly competitive and thirsty for innovation market. Keywords: competitive, integration, quality and improvement continues. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 2 DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL ....................................................................... 7 2.1 Breve apresentação sobre a empresa e seu negócio .................................... 7 2.2 Denominação e forma de constituição ........................................................... 7 2.3 Histórico relevante da organização ................................................................ 8 2.4 Setor de atividade e negócio da organização ................................................ 8 2.5 Porte da organização ..................................................................................... 8 2.6 Composição da força de trabalho da organização ......................................... 9 2.7 Principais produtos/ serviços negociados ...................................................... 9 2.8 Principais fornecedores e insumos .............................................................. 10 2.9 Principais mercados e segmentos em que a organização atua ................... 10 2.10 Principais mercados internacionais em que atua ...................................... 10 2.11 Principais concorrentes da organização ................................................... 11 2.12 Estrutura organizacional da empresa ....................................................... 11 3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE – CONTROLE E MELHORIA ...................... 14 4 GESTÃO DE PROCESSOS ............................................................................... 31 4.1 Análise 5W/1H ............................................................................................. 31 4.2 Tecnologia da informação empregada no processo .................................... 34 4.3 Indicadores de desempenho ........................................................................ 34 4.4 Projeto de melhoria para o processo de forjaria ........................................... 35 4.5 Competitividade e agregação de valor ao cliente ......................................... 38 5 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................ 40 5.1 Grupos ......................................................................................................... 40 5.2 Trabalho em equipe ..................................................................................... 41 5.3 Relação entre líder e colaborador ................................................................ 42 5.4 Função do líder ............................................................................................ 42 5.5 Motivação ..................................................................................................... 43 5.6 Comunicação ............................................................................................... 45 5.7 Problemas na comunicação ......................................................................... 45 5.8 Harmonia e Interação ................................................................................... 46 6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51 6 1 INTRODUÇÃO Com a concorrência crescente no mercado, a utilização de ferramentas que possibilitem alcançar a máxima qualidade são essenciais, assim como o engajamento das equipes na execução dos processos organizacionais, tal qual planeja-los e atribuir melhorias continuas de forma a atender as necessidades dos clientes com a melhor excelência nos resultados. As organizações buscam cada vez mais a primazia, e com isso as melhores técnicas e ferramentas que possibilitem a chegar a melhor qualidade possível, além dos melhores processos e integração entre colaboradores, onde neste projeto é possível verificar observações e analises sob o que versam as disciplinas: ferramentas da qualidade: controle e melhoria, gestão de processo e dinâmica das relações interpessoais, neste projeto. 7 2 DESCRIÇÃO ORGANIZACIONAL A Amtek Tekfor Group, objeto de análise deste estudo é uma empresa privada, que tem como especialização peças de conformação a quente e a frio e peças usinadas para as mais diversas áreas do setor automobilístico, desde porcas até peças de transmissão. Atualmente com uma planta na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo- SP, uma unidade em Betim- MG, a Amtek Tekfor Group também está presente em 5 unidades na Europa, 2 locais na Ásia e com uma planta presente na América do Norte. Hoje a empresa conta com 526 funcionários divididos nos diversos níveis hierárquicos. 2.1 Breve apresentação sobre a empresa e seu negócio A empresa apresentada nesse estudo é denominada em sua razão social como Neumayer Tekfor Automotive Brasil Ltda. Sua origem é de uma pequena oficina de torneiro mecânico na Floresta Negra-Alemanha, e hoje é uma especialista em desenvolvimento para o setor automotivo. A principal área de atuação da empresa por um longo período foram peças de fixação para o setor automotivo, um exemplo disso são parafusos e porcas, desenvolvidos por conformação á quente e á frio, porém hoje em dia seus principais produtos são peças usinadas quesão utilizadas em conjuntos de transmissão, em sistemas de amortecimento e sistemas de freio. A composição societária da empresa é formada pelos acionistas que delegam as diretrizes para o presidente da empresa. 2.2 Denominação e forma de constituição A constituição formal da empresa em questão tem definida como forma jurídica a sociedade limitada, sendo sua razão social Neumayer Tekfor Automotive Brasil Ltda. e inscrita sob CNPJ: 61.096.996/0001-75. 8 2.3 Histórico relevante da organização No ano de 1942 a empresa Neumayer começou como uma tornearia mecânica, no decorrer dos anos foi crescendo e ampliando suas atividades e explorando novos ramos de atuação, no ano de 1952 teve início á fabricação de porcas em prensas de conformação á quente. Em 1957 implementou a combinação de conformação á quente e á frio. O ano de 1972 foi um ano de grande importância para a empresa, pois foi o ano em que se introduziu no mercado de porca de roda com arruela incorporada para caminhões. Os anos foram passando e as tecnologias da empresa foram acompanhando o mercado e as tendências, em 2000 teve início o desenvolvimento de produtos próprios para motor, caixa de câmbio e sistemas de transmissão. O ano de 2012 foi um ano extremamente importante para a empresa, pois foi o ano em que a Amtek Tekfor comprou as ações da Neumayer Tekfor, consolidando-se assim em uma empresa solida e de grande importância para o mercado metalúrgico e cooperando para o crescimento e desenvolvimento do mercado automobilístico. 2.4 Setor de atividade e negócio da organização A Amtek Tekfor Group está dentro do setor de atividade industrial, pois transformamos aço em diversos produtos para o setor automotivo, através de máquinas e equipamentos que possibilitam o manuseio do aço de diversas maneiras, seja por conformação á quente ou á frio, ou através de equipamentos de CNC que fabricam peças complexas e de alta precisão. 2.5 Porte da organização De acordo com o BNDES- Banco Nacional Desenvolvimento a empresa que está sendo analisada é classificada como uma empresa Média- grande empresa por ter um faturamento médio anual maior que R$90 milhões e menor ou igual a R$300 milhões. 9 2.6 Composição da força de trabalho da organização Atualmente a Amtek Tekfor Group possui 526 funcionários, 5% desses funcionários ocupam cargos de liderança, os outros 95% atuam em diversas áreas operacionais. Os funcionários possuem diferentes graus de escolaridade: • 8 funcionários com MBA; • 3 funcionários com especialização; • 17 funcionários com ensino técnico; • 1 funcionário com mestrado; • 29 funcionários com pós-graduação lato sensu; • 96 funcionários com ensino médio técnico; • 66 funcionários com ensino superior; • 253 funcionários com ensino médio; • 53 funcionários com ensino fundamental. Dos 526 funcionários 453 são homens e 73 mulheres, divididos nas diversas áreas da empresa. 2.7 Principais produtos/ serviços negociados A empresa Amtek Tekfor fornece peças para o setor automotivo (carros, caminhões, motocicletas e ônibus), peças de fixação como parafusos e porcas, uma grande quantidade de porcas para as mais diversas utilizações, porcas de rodas, porcas fabricadas para atender diversas necessidades dos nossos clientes, a empresa também é especialista na fabricação de polias para diversas funcionalidades. Peças que são usadas na parte do amortecimento do carro, e peças que são usadas no sistema de transmissão do carro. 10 2.8 Principais fornecedores e insumos A empresa analisada nesse estudo Amtek Tekfor, possui dois principais fornecedores de matéria-prima, que no caso é o aço, seus fornecedores são Gerdau S/A. , e Arcelormittal Brasil S/A. Possui ainda diversos fornecedores para desenvolvimento de seus produtos, a SECO TOOLS, é fornecedora de insertos para a usinagem de peças, outra empresa que fornece insertos é a Taegutec do Brasil Ltda. 2.9 Principais mercados e segmentos em que a organização atua Os principais clientes são as montadoras automobilísticas: • Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda., CNPJ: 59.104.422/0057-04, localizada no endereço: Estrada Marginal da via Anchieta, S/N, Km 23,5, Demarchi, São Bernardo do Campo - SP, CEP 09823-901; • Fiat Automóveis AS, CNPJ: 16.701.716/0001-56, localizada no endereço: Av. Contorno, 3455, bairro Pulo Camilo, cidade Betim – MG, CEP 32669- 900; Outros importantes clientes são empresas sistemistas: • ZF do Brasil Ltda., CNPJ:59.280.685/0001-10, localizada no endereço: Av. Conde Zepelin, 1935, Éden, Sorocaba – SP, CEP 18103-905; • Gkn do Brasil Ltda., CNPJ:58.512.310/0001-75, localizada no endereço: R: Joaquim Silveira, 557, térreo, parque São Sebastião – RS, CEP 91060-320 2.10 Principais mercados internacionais em que atua No mercado internacional o principal cliente da Amtek Tekfor é a Volkswagen da Argentina, para quem são vendidos cubos de rodas, polias e blanks para engrenagens. 11 A empresa também fornece produtos para General Motors- GM, dos EUA, e para o mercado da Alemanha para a empresa Audi, onde são fornecidas peças de fixação, parafusos e porcas. 2.11 Principais concorrentes da organização Os principais concorrentes da Amtek Tekfor são a Belenus do Brasil Ltda., e a Metalak Metais, que fazem concorrência principalmente no mercado de fixação. Na área de peças forjadas e usinadas os principais concorrentes são ThyssenKrupp, e a Dana Industrias Ltda. 2.12 Estrutura organizacional da empresa A empresa Amtek Tekfor é composta por diversas áreas á saber: • Os acionistas que são os responsáveis pelo capital da empresa, determinam quanto investir e esperam que os lucros sejam satisfatórios; • O presidente é o responsável pela decisão final da empresa, ele é quem da as, diretrizes, e as direções que a empresa tomará, seja á curto, médio ou em longo prazo; • O diretor fabril é o responsável por avaliar e acompanhar o processo da produção e os seus resultados. Ele também planeja, organiza e controla as atividades da produção, em todas as etapas do processo produtivo, assegurando que todas as metas produtivas, todos os requisitos de qualidade, e os custos gastos para a produção dos produtos estarão dentro do planejado e estipulado, para cada parte do processo; • O diretor de finanças gerencia e controla os departamentos financeiros e contábeis. Está sob suas responsabilidades planejar, organizar, dirigir e controlar 12 todas as atividades financeiras da empresa, acompanhando e assegurando que as metas financeiras serão atingidas e ficarão dentro do planejado; • Diretor de R.H. é a pessoa responsável pela organização de todos os colaboradores da empresa, também está sob suas responsabilidades desenvolver planos de salários e benefícios, e plano de carreira; • Os gerentes da Logística, Usinagem, Forjaria e Estampagem são responsáveis para que todas as metas traçadas, em relação a parte produtiva, sejam cumpridas e executadas de forma correta, atingindo as metas estipuladas, metas de qualidade, de produtividade e prazo de entrega; • As áreas de contabilidade, contas a pagar e suprimentos são os responsáveis por garantir que o capital investido será bem controlado e as metas das finanças serão todas atingidas; • A área de HST tem um papel de grande importância dentro da empresa, pois são responsáveis por garantir condições seguras de trabalho, analisar e eliminar possíveisfocos de acidentes ou atos inseguros, além disso são os responsáveis pela distribuição e uso dos EPI’S (Equipamentos de Proteção Individual), pelos colaboradores, nas áreas produtivas da empresa; • Área de conservação e limpeza garante que todas as instalações da empresa estarão dentro dos padrões de limpeza e higiene, verificam também possíveis focos de vazamento de água, áreas que são propícias para criação do mosquito Aedes Aegypti e manutenções prediais em geral; • Área de treinamento é responsável por analisar as necessidades dos colaboradores e aplicar os treinamentos necessários para cada função específica, e por treinar os novos colaboradores. 13 Acionista Gerente de Logística Presidente Gerente de Usinagem Diretor de finanças Gerente da Estampagem Diretor de RH Diretor Fabril Contabilidade HST Suprimentos Contas á pagar Treinamentos Gerente da Forjaria Conservação e limpeza Figura 1- ORGANOGRAMA Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 14 3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE – CONTROLE E MELHORIA Atualmente a qualidade já não é mais um diferencial dentro das organizações, mas uma questão de sobrevivência, pois todos desejam produtos e serviços que atendam suas necessidades e exigências, foi pensando nessa exigência cada vez maior que alguns homens chamados gurus da qualidade foram criando ferramentas da qualidade para deixar o dia a dia das empresas mais prático e produtivo, e minimizar os números de não conformidades no cliente interno e externo. A grande questão da qualidade é desenvolver produtos que satisfação às exigências dos clientes, em primeira análise é o cliente que determina o que é qualidade e o que ele espera quando está comprando um produto, (Kato, 2017, p. 09). Algo que mudou os processos dentro das indústrias foi que ela passou a ver o processo como um todo e não mais por setor, isso trouxe uma unidade para as empresas, vendo as próximas fases do processo como clientes internos, e entendo que para obter um bom produto ou serviço no final é indispensável que exista uma comunicação franca e aberta por partes dos setores, em resumo todas as ferramentas da qualidade, gestão da qualidade tem como objetivo os lucros e a satisfação dos clientes que esperam produtos bons e com preços competitivos. A empresa Amtek Tekfor fornece peças para diversas montadoras, e outras empresas sistemistas, à empresa produz diversos itens para uma empresa de Sorocaba chamada ZF Lemforder, essa empresa é uma sistemista que fornece para diversas montadoras, fornece os conjuntos de transmissão do carro, peças com um alto grau de complexidade, itens considerados de segurança (caso esses itens falhem podem causar sérios acidentes levando até mesmo a morte dos passageiros dos veículos), por esse motivo à Amtek adota alguns procedimentos de controle de qualidade dentro do processo para evitar que peças não conforme cheguem ao cliente final, os gestores das máquinas realizam um controle dimensional nas peças verificando as características consideradas críticas que terão um impacto na hora da montagem das peças na linha de produção dos clientes e na aplicabilidade dos produtos. Após a inspeção dos gestores nas máquinas essas peças vão para a seleção para se realizar outra inspeção manual de outras características e por fim uma verificação do visual da peça para ver se não há batidas ou marcas provenientes da 15 área da usinagem. E por fim os itens são entregues dentro do prazo estipulado pelo cliente conforme as suas necessidades para evitar parada nas linhas de produção, dessa maneira a Amtek Tekfor garante aos seus diversos clientes um serviço de qualidade que atendem suas necessidades. Para que qualquer empresa sobreviva nesse mercado cada vez mais competitivo as organizações precisam adotar algumas medidas que dentro da qualidade são denominados de atributos da qualidade que são eles moral, qualidade intrínseca, entrega, custo e segurança. À questão mais importante que as organizações devem se preocupar é com relação aos seus colaboradores, pois são eles que garantem que os outros quatro atributos sejam de fato cumpridos, é necessário que aja um clima agradável e motivacional dentro da empresa para que o colaborador se sinta importante, útil e produtivo dentro da empresa, por isso é importante que os colaboradores estejam sempre sendo treinados e motivados para poderem exercem suas funções da melhor maneira possível. A qualidade intrínseca diz respeito às características inerentes aos produtos que a empresa fornece, aquilo que é especificado no produto precisa funcionar de maneira correta, ou seja, o produto ou serviço precisa satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes. O atributo que diz respeito à entrega tem sido responsável por “fechar” diversas organizações, pois os clientes esperam que os produtos estejam à sua disposição na linha de montagem no tempo programado e acordado com seus fornecedores, para isso as empresas usam o sistema Just in Time que significa literalmente “na hora certa”, por isso é extremamente importante que os colaboradores estejam comprometidos e cientes de seus deveres para que todas as etapas do processo funcionem da maneira correta evitando retrabalhos e nos prazos corretos. As organizações precisam entregar um produto dentro das exigências dos clientes e dentro dos prazos e precisam fazer isso com um preço justo para se manterem competitivos no mercado atual. O custo é o que as empresas buscam 16 incessantemente diminuir, produzir mais com menos, e fazer certo da primeira vez, pois às não conformidades e os retrabalhos geram um grande impacto à indústria, as empresas também precisam garantir retorno aos investidores (Seleme, 2010), visando isso é que os processos produtivos estão se tornando mais estáveis, diminuindo os erros e falhas sejam de ordens operacionais ou de processos. Pesquisas realizadas nos EUA e na Alemanha apontam que os custos com não conformidades podem chegar a 20% das vendas o que representa um valor muito alto. Outro fator interessante sobre essa pesquisa foi que para que se conseguir um cliente novo custa em média seis vezes mais do que manter um cliente já existente (Paladini; Carvalho, 2012, p. 20-21). O último atributo diz respeito à segurança interna na produção dos produtos e também na segurança externa, na aplicabilidade dos produtos. É fundamental ter um processo seguro, todas as etapas precisam garantir que sua parte será bem executada, no caso da Amtek as peças começam a ser produzidas na área de forjaria, é indispensável que essa primeira etapa forje itens de qualidade para que a etapa de usinagem não venha a ter problemas na parte dimensional, à área de usinagem é a parte mais delicada e precisa do processo, se todas as etapas forem bem executadas o cliente final terá a certeza de que estão montando itens de confiança e segurança. Por mais que se desenvolvam métodos e ferramentas para aumentar a produtividade, diminuir as ocorrências de não conformidades elas ainda ocorrem com certa frequência no dia a dia das indústrias, todos esses problemas precisam ser solucionados o mais rápido possível para que não aja impacto no processo. Uma ferramenta que é muito utilizada é a 5W2H, que traduz a utilização de perguntas que iniciam com as letras W e H (na língua inglesa), no qual também se encontra o significado de cada uma delas (Seleme, 2010). A Amtek Teekfor utiliza essa ferramenta em diversas áreas da empresa, incluindo áreas de produção e áreas desuporte e administrativa, à área de segurança do trabalho realizará um 5W2H no almoxarifado de segurança, onde são armazenados os EPIs, (equipamento de proteção individual), com o objetivo de melhorar o espaço no setor e deixar o processo de apontamento de EPIs de forma eletrônica. 17 Tabela 1 - Plano de Ação Plano de Ação Perguntas Respostas 1. O que fazer? (what). Organizar o almoxarifado de Segurança, buscando um aproveitamento maior do espaço, descartando aquilo que já não tem mais utilidade, 2. Quem fará? (who). Os técnicos de segurança, junto com um eletricista e um mecânico. 3. Quando será feito? (when). Será feito na segunda quinzena de novembro. 4. Onde será feito? (where). Será feito internamente, no almoxarifado de segurança. 5. Por que será feito? (why). Para um melhor aproveito do espaço. 6. Como será feito? (how). Os técnicos da segurança observarão os EPIs que já não podem ser utilizados por já terem passado do prazo de validade, será feito alguns reparos em armários que estão danificados e mudanças na parte elétrica para que sejam feitos apontamentos dos EPIs usados, de forma eletrônica utilizando um computador. 7. Quanto custará? (how much). Não haverá custos, devido a todos os meios necessários para essas mudanças à empresa já dispor, inclusive o computador usado, ele apenas será mudado de lugar. Fonte: Elaborado pelos autores. Essa ferramenta da qualidade fez com que essas alterações fossem feitas de forma rápida e eficaz, e de modo simples podendo ser visualizados por todos os envolvidos e os beneficiados pelas mudanças. O fluxograma é uma representação gráfica que permite a fácil visualização dos passos de um processo (Marshall Junior, 2012). Essa ferramenta possibilita a 18 compreensão de todas as etapas do processo para identificar se há possibilidade de melhorias. Abaixo um fluxograma do item cubo de roda da empresa Amtek Tekfor: Figura 2 - Fluxograma processo de produção cubos de roda Fonte: Elaborados pelos autores. A metodologia 5S tem sido adotada por diversas empresas, por ser um conceito simples e prático de se utilizar a Amtek por sua vez também tem feito uso dessa metodologia, recentemente foi feito um trabalho na área de almoxarifado de ferramentas do setor de usinagem onde foi constatado que havia uma falta de padrão no setor, pois ali são armazenadas as calhas do setor inteiro, (calhas são suportes que servem para que os gestores coloquem as peças para que a máquina faça a operação de usinagem, o gestor do lado externo da máquina coloca as peças na calha, que vão para dentro da máquina, sem que aja à necessidade de se abrir as máquinas para colocar as peças) havia uma grande quantidade de calhas que já não tinham mais condições de uso, e havia uma perda muito grande de tempo para achar a calha correta na hora de fazer o set up, as calhas estavam com a marcação fora de 19 padrão e muitas delas sem a marcação, foi dessa forma que foi formado um grupo de pessoas que decidiu utilizar os 5Ss para organizar essa área tão importante para o setor da usinagem, e utilizando cada S se obteve um resultado muito satisfatório: • 1° Seiri - senso de descarte ou liberação de áreas: nesse primeiro senso foram descartadas todas as calhas que estavam danificadas e fora de condições de uso, ganhando com isso um grande espaço e maior facilidade para se limpar o local; • 2° Seiton - senso de organização: foi desenvolvido um suporte onde todas as calhas ficam suspensas facilitando a visualização, e acabando com a desordem do local, pois antes ficam amontoadas num canto; • 3° Seiso - senso de limpeza: com o ganho de espaço ficou muito mais fácil limpar e deixar limpo o ambiente, agora o almoxarife é responsável por limpar esse local, e todas as pessoas que tem acesso a essa área foram treinados a manter o local limpo, e consequentemente mais seguro; • 4° Seiketsu – senso de higiene, arrumação, padrão: com a limpeza do local sendo mais fácil de fazer e as calhas armazenadas de uma forma mais segura, faltava ainda fazer as marcações que estavam faltando, foi desenvolvido um padrão por cores, agora as calhas são pintadas com cores diferentes, o setor que produz os itens para a ZF as calhas são azuis com o número de identificação do item, as calhas do setor de polias são na cor verde, os cubos de roda na cor vermelha e as porcas enko e sextavada na cor branca, isso trouxe um ganho em tempo muito grande, pois os preparadores que montam os set ups rapidamente acham as calhas que procuram; • 5° Shitsuke – senso de ordem ou disciplina: com todas essas alterações no setor agora é necessário que elas funcionem bem, pensando nisso houve um treinamento para todos os colaboradores que tem acesso 20 ao almoxarifado e uma conscientização para que os 4Ss anteriores sejam executados. Esse trabalho no almoxarifado trouxe diversos ganhos para o setor: • Rapidez nos set ups; • Ganho de espaço no setor; • Um ambiente mais limpo e organizado; • Satisfação por parte daqueles que trabalham no local. Dentro do processo produtivo é necessário que conheçamos bem nossos pontos fortes e nossos pontos fracos que podem e devem ser resolvidos, para isso as empresas tem utilizado uma ferramenta chamada análise SWOT (matriz) que é a abreviatura em inglês, de strenghts (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças), é uma ferramenta de marketing muito conhecida e difundida em várias matérias (Zogbi, 2013), a Amtek também faz uso dessa ferramenta para levantar suas fraquezas, forças e oportunidades de melhoria: Tabela 2 - Princípios da análise SWOT Fonte: Elaborado pelos autores. De acordo com essa análise SWOT podemos observar os pontos que precisamos agir, e segundo a análise uma das principais ameaças é a concorrência com o mercado exterior, muitas indústrias preferem exportar peças ao invés de comprarem no mercado brasileiro, a Amtek tem buscado desenvolver peças de Forças: • Uma boa imagem diante do mercado • Preço competitivo • Produtos com qualidade Fraquezas: • Possui poucas opções de concorrência na aquisição de matéria prima • Dificuldade para aquisição de novos clientes Ameaças: • Recessão de mercado • Concorrência com mercado exterior • Tecnologia de produtos Oportunidades: • Mercado em processo de evolução • Desenvolver novos clientes • Investir em produtos patenteados 21 qualidade e com preço competitivo para conseguir entrar nessas empresas automobilísticas, a maioria de origem asiática. Outro ponto importante e que precisa ser analisado com atenção é o surgimento de novas tecnologias, é necessário estar por dentro dessa questão para não perder clientes que optem por esses produtos novos. É notório que o setor automobilístico é um setor muito competitivo, e isso ocorre também com as empresas que fornecem para esse setor, é indispensável que essas empresas busquem uma melhoria contínua dos seus processos, visando uma maior produtividade e uma qualidade maior dos seus produtos, a Amtek tem usado o benchmarking, uma ferramenta fácil de explicar, mas difícil de ser implementada na prática, pois sua utilização deve considerar as melhores práticas do mercado (Seleme, 2010), o tipo de benchmarking que a empresa utiliza é o funcional,ou seja, busca comparar processos produtivos e gestão de processos, a empresa esta atenta a ferramentas de qualidade que outras empresas que não são concorrentes utilizem que possam vir a melhorar o processo da Amtek, por exemplo, a empresa adotou o Seis Sigma. Porem em alguns casos a empresa também utiliza o benchmarking interno, comparando nossos processos com processos das plantas que estão localizadas na Alemanha, isso tem sido fator determinante para que a empresa acompanhe as evoluções do mercado europeu, e esteja próxima do mercado asiático que tem crescido de forma exponencial no mercado brasileiro, chegando a vender mais carros do que as montadoras nacionais, usando essa ferramenta é que a empresa tem conseguido fornecer para essas montadoras asiáticas que montaram plantas no Brasil. Na década de 1950 no Japão um engenheiro de controle da qualidade chamada Kaoru Ishikawa desenvolveu um método denominado as Sete Ferramentas da Qualidade, que tem como objetivo organizar, interpretar e maximizar a eficiência no uso de dados (Toledo, 2012) as sete ferramentas da qualidade são: • Diagrama ou diagrama de Pareto; • Diagrama de causa e efeito; • Lista de verificação; • Histograma; 22 • Diagrama de aspersão; • Estratificação; • Gráfico de controle de processos. A Amtek utiliza algumas dessas ferramentas no seu dia a dia, porém a mais usada para resolução de problemas é o diagrama de causa e efeito também conhecido como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, esse diagrama é usado entre outras coisas para identificar a causa de alguma não conformidade interna ou externa, as causas são conhecidas como 6Ms, material, mão de obra, meio ambiente, máquina, método e medida. Basicamente é formado um grupo de pessoas que discutem as prováveis causas da não conformidade e quase sempre a causa está relacionada aos 6Ms. Recentemente houve uma reclamação de um cliente devido a uma peça encontrada na linha de montagem faltando uma operação na área de usinagem, nessa operação especifica duas ferramentas fazem a medida do furo interno, a primeira faz um desbaste na peça, e a segunda ferramenta faz o acabamento deixando a medida dentro do especificado, e o cliente detectou que apenas uma ferramenta havia feito à peça, apenas a primeira ferramenta, à de desbaste, deixando a medida do furo menor que o especificado. A ferramenta utilizada para se chegar a uma possível causa do por que essa peça ter chegado ao cliente final faltando uma operação foi o diagrama de Ishikawa. Foi formado um grupo de pessoas formado pelos gestores da máquina, área da qualidade, preparadores e os responsáveis pelo setor da usinagem, esse grupo foi buscando resposta dentro dos 6Ms: • Material: foi detectado que o material não ocasionou nenhuma interferência no processo que pudesse levar a não conformidade; • Meio ambiente: o ambiente em que os gestores trabalham estava adequado, com a iluminação correta, condições seguras de trabalho. Ficou constatado que essa característica não afetou em nada negativamente o processo; 23 • Máquina: a máquina estava em boas condições, não havia passado por nenhuma manutenção ou interferência na ocasião da não conformidade; • Método: na troca das ferramentas é necessário que se faça a operação de desbaste e em seguida pare a máquina e meça a peça fixada na placa do torno. O grupo percebeu que essa maneira de medir a peça ocasionava uma ergonomia ruim para o gestor e também não se fazia uma medição correta; • Mão de obra: analisando o problema os gestores relataram que estavam tirando a peça da placa para fazer a medição ao invés de medirem com a peça fixada na placa, por questões ergonômicas, e que ao tirarem a peça da placa descartavam a peça; • Medida: foi requerido junto á qualidade um dispositivo chamado súbito que permite medir a peça fixada na placa de uma maneira que não prejudique a ergonomia do gestor e possibilite uma medição mais precisa, fazendo com que os gestores não retirem mais as peças da placa e não gerem refugos. Ao analisar os 6Ms se concluiu que a causa do problema foi que o operador retirou a peça da placa para medir e não refugou a mesma e por alguma distração acabou misturando a peça com as peças boas. Ainda em cima desse diagrama foi solucionado o problema com a aquisição do súbito para medir a peça. Uma ferramenta que a empresa tem utilizado bastante é a estratificação, que ajuda a identificar oportunidades de melhoria, (Oliveira, 2014). No caso o gráfico abaixo esta mostrando as reclamações que as áreas geram para as áreas seguintes, conhecidas como ocorrências internas. O objetivo da ferramenta estratificação é auxiliar na análise e na pesquisa para o desenvolvimento de oportunidades de melhorias, (Marshall Junior, 2012). 24 Em resumo as ferramentas da qualidade existem para facilitar o dia a dia das organizações, fazendo com que os processos se tornem mais precisos e confiáveis, tornando as empresas mais competitivas e lucrativas. Gráfico 1 - Reclamações no cliente interno Fonte: Elaborado pelos autores. O ciclo PDCA é um processo que busca a melhoria, são utilizados para diversas situações dentro das empresas, as siglas PDCA representam as etapas do processo, P planejar, D fazer, C verificar, A agir. Figura 3 - Ciclo PDCA Fonte: < http://diariodoadministrador.blogspot.com.br/2008/10/o-ciclo-pdca.html>. Esse processo foi utilizado na Amtek para buscar uma solução para a alta quantidade de insertos que estavam sendo utilizados no setor da usinagem, isso estava impactando nos custos do setor, devido a ser o insumo mais caro do processo 0 1 2 3 4 5 6 Julho Agosto Setembro Outubro Reclamações no cliente interno Forjaria Extrusão Usinagem 25 de usinagem. A solução foi reunir as pessoas envolvidas no processo, os gestores, os programadores e os líderes e através dessa ferramenta buscar uma solução: • P (planejamento): na grande maioria dos itens que são fabricados na área da usinagem se utilizam 3 tipos diferentes de insertos, um para usinar o externo das peças, outro para fazer um desbaste no diâmetro interno e outro para terminar o diâmetro interno, após alguns estudos foi constatado que o inserto que faz o desbaste interno era o que mais estava sendo trocado, devido à estar quebrando antes da quantidade estipulada pelo fornecedor, um inserto que era para produzir 400 peças estava produzindo em média 250, uma quantidade bem abaixo do ideal. Analisando o processo no geral percebeu-se que as peças que vinham da forjaria estavam apresentando irregularidades no diâmetro interno, assim sendo estava com a medida do furo menor do que o especificado, fazendo com que a operação da usinagem retirasse mais material do que o especificado no processo. Isso fez com que a área da forjaria e engenharia fosse envolvida para resolver esse problema. A solução encontrada foi acertar o processo da forjaria para que as peças ficassem com a medida do diâmetro interno dentro do especificado para que não gerasse um esforço na operação da usinagem. A área da usinagem por sua vez reavaliou os programas de usinagem e diminui a velocidade de corte, diminuindo esforço da máquina; • D (fazer): uma vez que os problemas foram encontrados e as oportunidades de melhoria foram levantadas, é necessário garantir que sejam colocados em prática, a forjaria conseguiu deixar as peças com o diâmetro interno dentro do especificado, e a usinagem conseguiu fazer as correções nos programas, dessa forma todasas ações levantadas foram feitas; • C (verificar): com as ações levantadas pela equipe colocadas em prática é hora de medir os resultados para ver se estão dentro do desejado pela equipe, após um mês de trabalho com os resultados sendo acompanhados de perto, verificou-se que houve uma economia de 13% no consumo de matéria- prima, devido às peças estarem mais próximas da medida, deixando menos material para próxima operação. À usinagem por sua vez reduziu em 30% no 26 gasto com insertos, a ferramenta que estava estipulada para produzir 400 peças e estava produzindo em média 250, passou a produzir 500 peças, dessa maneira apresentando um valor muito satisfatório; • A (agir): essas alterações feitas no projeto geraram diversos ganhos para a empresa como já foi citado. Até o momento não houve mais ocorrências do tipo, o desfio da equipe responsável por esse projeto é expandir essas mudanças para os novos produtos que constantemente são desenvolvidos pela empresa junto aos clientes. Como medida preventiva um programador ficou responsável para acompanhar o processo da usinagem. Por mais que as empresas invistam em processos mais estáveis e precisos, constantemente ocorrem problemas que são causados por diversos motivos, problemas esses que muitas vezes ocorrem por alguma falha operacional, esses problemas geralmente são solucionados, mas não resolvidos por completo, por vezes esses problemas voltam a ocorrer. Para tais casos existe a metodologia MASP, que é uma abreviação de Metodologia de Análise e Solução de Problemas, essa metodologia pode ser usada por diversos ramos, em um consultório de odontologia, por um psicólogo, por um engenheiro ou em indústrias (Toledo, 2012). O MASP é considerado muito eficaz e eficiente para resolver problemas complexos de processo, foi desenvolvido no Japão pelo comitê de pesquisa Union of Japanese Scientists and engineers (JUSE). (Kato, 2017, p. 95). A empresa Amtek como qualquer empresa metalúrgica enfrenta problemas de qualidade no seu processo, problemas que muitas vezes são difíceis de serem resolvidos por se tratarem de problemas que não ocorrem com frequência o que torna difícil de serem rastreadas e chegar a uma conclusão, foi dessa forma que decidiu utilizar o método MASP, para resolver uma não conformidade encontrada no cliente final, essa ocorrência já tinha ocorrido porem das outras vezes foram encontradas no processo de seleção, essa foi à primeira vez que foi encontrado apenas na linha de montagem no cliente final, foi encontrada uma peça, uma polia com um anel de cavaco deixado nos “dentes” da peça, essas polias não podem ter nenhuma marca nos “dentes” pois ali é fixado a correia, devido a esse problema a empresa decidiu 27 utilizar a metodologia MASP para solucionar essa situação. Para isso foi utilizado todos os passos dessa metodologia e na sequência correta: • Identificação do problema: como essa peça passou pelo gestor da máquina, e pela área de seleção isso demonstrou uma falha por parte do processo, uma falha grave já que esse tipo de peça não pode ter marcas de batidas ou geradas pelo processo de usinagem. Essa não conformidade se não for bem resolvida pode fazer com que o cliente desenvolva um fornecedor novo que cumpra com as exigências do seu processo, porém todas as não conformidades devem ser tratadas como uma oportunidade de melhoria e aprendizado, se bem resolvido esse problema ele pode fazer com essa ocorrência não volte a ocorrer e o cliente fique satisfeito com um produto dentro das qualidades desejadas; • Observação: essa peça é feita em um processo complexo, pois são usadas diversas ferramentas para fazerem a operação de usinagem, para fazer a parte externa são usadas 4 ferramentas, uma para se fazer o desbaste externo, outra para fazer o acabamento externo, um bedame para se fazer o desbaste dos dentes das polias e por fim um bedame menor para acabar a medida final dos dentes. Após uma análise junto aos gestores da máquina e aos programadores foi observado que o bedame que fazia o desbaste externo estava fora de padrão, todas as vezes que essa ferramenta era trocada havia uma variação, por vezes deixava mais material para o último bedame e em outras vezes deixava menos material, isso resultava em um sobre metal fora dos padrões aceitáveis dentro da usinagem, isso fez com que um anel de cavaco ficasse preso na peça, esse foi o problema que gerou a não conformidade, porém a área de seleção também cometeu um erro em não identificar esse problema, ao se analisar o local de trabalho de inspeção foi detectado que a iluminação do local estava inadequada, a luz estava insuficiente para ver esse tipo de problema, as pessoas responsáveis pela inspeção também relataram que a bancada onde as peças são colocadas para se inspecionar eram de uma cor semelhante a da peça, o que dificultava a visão da responsável pela inspeção; 28 • Análise: essa não conformidade deixou claro que algumas coisas precisam ser mudadas dentro do processo, a variação existente nas trocas de ferramentas, as más condições de iluminação no posto de trabalho do gestor da máquina, o programa do torno CNC também precisa ser modificado para que esse tipo de ocorrência não volte a se repetir, essa peça precisa que troquem os insertos com muita frequência, talvez isso faça com que o gestor em algum momento confie demais na máquina e não tenha conferido o sobre metal corretamente para ver se estava dentro do especificado, e também mostrou os erros na área da seleção onde são inspecionadas manualmente essas peças, foi visto que as condições de iluminação não são as corretas, principalmente as bancadas onde as peças são colocadas para verificar as características necessárias ao processo. Analisando as prováveis causas desse problema se chegou à conclusão que a causa raiz foi uma falha do gestor em não ter controlado o sobre metal e também não ter feito o controle visual da peça uma vez que isso é requerido no plano de controle do gestor; • Plano de ação: foram feitas algumas ações para resolver esse problema devido à necessidade de troca constante de insertos foi desenvolvido um novo fornecedor de insertos para tentar fazer com que se tenha uma vida útil maior por parte dos insertos evitando que aja tantas trocas durante o turno, os programas no CNC foram padronizados e instalados alguns alarmes que quando o gestor trocar as ferramentas a máquina não vai trabalhar enquanto não forem medidos os sobre metal e feito as correções na máquina, à área de manutenção foi procurada e trocou todas as lâmpadas mudando para lâmpadas de LED que são mais claras e ajudam a ter uma visualização melhor das peças, essas trocas de lâmpadas foram feitas na área da seleção, instalou uma bancada na cor preta para facilitar a visualização das peças que são de cor prata, essas ações foram feitas para atacar as causas e evitar ao máximo que essa ocorrência volte a acontecer; • Ação: com o alarme instalado na máquina CNC não é mais possível que os insertos sejam trocados e não sejam feitas as correções, esse alarme não permite que a máquina trabalhe enquanto o gestor não fizer os 29 ajustes necessários, e por último a adequação na iluminação foram responsáveis por bloquear e controlar a causa raiz do problema; • Verificação: após alguns dias acompanhando o processo depois que as mudanças foram feitas o resultado obtido foi satisfatório, não foram mais encontradas peças com o mesmo problema, e houve uma satisfação por parte dos gestores envolvidos devido o processo ter se tornado mais seguro e a iluminaçãocorreta deixou o trabalho mais fácil de ser realizado, tornou-se mais rápido a inspeção manual e visual da peça; • Padronização: a empresa produz diversos tipos de polias que são muito parecidas mudando às vezes apenas o diâmetro interno, isso facilitou a padronização para os outros itens evitando que essa mesma ocorrência aconteça em outros itens; • Conclusão: à utilização dessa metodologia trouxe diversos benefícios para a empresa e principalmente para a equipe que participou ativamente do processo, o maior ganho foi uma mudança de mente por parte dos colaboradores que entenderam que todas as etapas do processo descritas no plano de controle precisam ser feitas corretamente para evitar não conformidades, e devem ter uma postura mais proativa em relação a dificuldades que eles venham a ter, para que os problemas sejam solucionados o mais breve possível. A empresa fabrica diversos tipos de peças que precisam ser controladas e registradas para possíveis consultas em caso de auditoria ou de não conformidades, alguns itens possuem às vezes diversas características, as polias na maioria das vezes possuem 22 medidas para serem controladas e registradas, para fazer isso de forma mais rápida e segura, a empresa utiliza a ferramenta CEP que permite um controle preciso do processo, sendo fácil a visualização através dos gráficos que são construídos, a empresa comprou um software que constrói esses gráficos de forma automática, o gestor da máquina faz o registro das medidas que ele deve medir e o software forma os gráficos mostrando se as peças estão mais próximas da medida mínima ou da medida máxima, esse software foi comprado com o intuito do 30 colaborador ganhar tempo no dia a dia e minimizar os erros de lançamentos, os registros feitos de forma eletrônica dispensam os grandes espaços físicos para serem armazenados, isso traz um ambiente mais limpo e mais espaçoso, além de trazer benefícios para o meio ambiente. A preocupação com o planeta será algo que as empresas precisarão olhar com mais cuidado para que tenhamos recursos por mais muitos anos, essa preocupação com o planeta ainda que de maneira discreta já tem se tornado um diferencial para as organizações, algumas empresas já têm buscado esse cuidado com o meio ambiente. 31 4 GESTÃO DE PROCESSOS No cenário do mercado atual, as empresas buscam otimizar e desenvolver melhorias continuas em seus processos organizacionais, a fim de garantir estabilidade e se destacar dos concorrentes, através do aprimoramento de abordagens e metodologias, impactando em um realinhamento estratégico propiciando um melhor desempenho nos negócios viabilizados por meio da gestão de processos (PAMPONET, 2009). De acordo com Cury (2007), a gestão de processos é caracterizada por um conjunto de metodologias e ferramentas que visam monitorar, avaliar e aperfeiçoar os processos empresariais, objetivando integrar e melhorar continuamente, afim de estabelecer-se a eficiência e eficácia que fornecerão meios para reduzir custos e satisfazer os clientes. Ainda é possível descrever processo, segundo Oliveira (1996, apud LIMA, 2017) como “um conjunto de atividades sequenciais que apresentam relação lógica entre si, com a finalidade de atender e, preferencialmente, suplantar as necessidades e expectativas dos clientes externos e internos da empresa”. Os processos de negócios serão o item de analise deste projeto, podendo ser caracterizados por estarem ligados a razão de ser das organizações, justificando sua existência no mercado, objetivando fornecer produtos/serviços aos clientes. (NUNES, 2017, p. 21). 4.1 Análise 5W/1H A ferramenta 5W1H de acordo com Meira (2003) opera como suporte no processo estratégico, onde garante que informações primordiais possam ser claramente definidas, afim de propor ações minuciosas de forma simplificada. Ainda segundo Nunes (2017, p. 25) esta ferramenta permite determinar as deficiências dos processos organizacionais afim de corrigi-los e exerce-los de maneira correta, com eficácia, eficiência e flexibilidade. 32 Tabela 3 - Questionamentos da ferramenta 5W/1H WHY O processo é necessário? WHAT O que deve ser executado nesse processo? WHO Quem deve atuar e de que forma essa atuação será exercida? WHERE Qual a localidade de execução desse processo? WHEN Em que momento esse processo deve ser executado? HOW Como esse processo deve ser executado? Fonte: NUNES, José Humberto Ataulo. Gestão de processos. São Paulo: Editora Sol, 2017, pág. 25. O processo de negócio a ser analisado é o de fabricação de cubos de roda, porcas sextavadas, porca enko, caixa de esferas, estes que fazem parte da direção dos automóveis que serão utilizados pelas montadoras de veículos clientes da Amtek Tekfor Group. O processo inicia com o fornecimento da matéria-prima que chega em forma de barras, recebidas pela logística de suprimento, que direcionará para a forjaria, onde serão forjadas segundo seus modelos, em seguida irão para o jateamento, que em suma, é uma técnica que consiste em aplicar um jato de areia, óxido de alumínio ou granalha de aço, com intuito de limpar a superfície que receberá o material metalizado. Após isso as peças seguem para a máquina flux, onde está irá verificar se não há trincas e rachaduras na superfície das peças. Logo depois seguirão para a usinagem, passando pelas operações I e II, que darão a forma final a peça. Seguinte a isso, a peça segue para a seleção visual, onde será verificado a qualidade da peça e se está apta a entrega ao cliente. Com isso, a peça segue para o estoque, e ao fim destinada ao cliente. Com isso é possível definimos os questionamentos da analise 5W/1H onde temos: WHY O processo é necessário, sendo considerado chave, pois é execução do que foi pedido pelo cliente, e envolve praticamente todos os setores. 33 WHAT Nesse processo deverão ser executados técnicas de transformação de matéria- prima, com toda qualidade possível, minimizando desperdícios, e visando atender os objetivos dos clientes. WHO Os colaborados do setor de produção, como operários de máquinas, líderes de setor, supervisores, etc., visando alcançar a qualidade total e zero defeito, minimizando custo de retrabalho e gerando segurança e ao final satisfação do cliente. WHERE Em suma, no galpão da fábrica, porém é um processo que está interligado a toda empresa, pois quase todas as áreas dependem desta para a realização de seus trabalhos, a exemplo, setores da qualidade, logística, produção, gerencia, etc. WHEN O processo é executado na medida em que há solicitação dos clientes, a fim de se produzir o necessário, evitando desperdícios e acumulo de estoque desnecessário. HOW O processo deve ser realizado seguindo suas etapas passo a passo, a fim de evitar defeitos e má qualidade nas peças, pois ao pular um processo pode ser crucial retrabalhar a peça para que não chegue ao cliente, e se chegar poderão haver custo externos, como recall, e em última instancia indenizações caso ocorram acidentes. 34 Figura 4 - Fluxograma do processo de fabricação Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 4.2 Tecnologia da informação empregada no processo No processo de fabricação, as máquinas a partir de seus softwares geram estatísticas e simulações, onde operadores de máquinas, supervisores e gestores podem verificar o andamento do desenvolvimento do processo, bem como alterações, por meio da geração de informações rápidas que o equipamentodisponibiliza. Na produção das peças cubos de roda é empregado robôs que retiram e dispõem as peças em esteiras, o que diminui o trabalho repetitivo que poderia ser realizado por um operador, e também minimizando custos. 4.3 Indicadores de desempenho Os indicadores de desempenho segundo Bastiani & Martins (2012), propicia medidas quantitativas e qualitativas a fim de mensurar o desempenho das tarefas, afim de atingir metas e objetivos estabelecidos pela empresa. Estas medidas podem ser obtidas por meio de comparações com metas pré-estabelecidas, medindo os resultados durante efetuação ou ao término do processo. MARTINI et.al (2015), relata que “a aplicação de indicadores de desempenho contribui de forma intensa no controle do processo produtivo, dando à empresa oportunidade de proporcionar melhorias e assim planejar de maneira mais eficaz seus processos e recursos disponíveis”. 35 Na Amtek Tekfor Group, existem dois indicadores principais no processo de produção, O PD 03, que trata sobre os atrasos das peças durante o processo, onde é realizado o cálculo de dias em atraso atribuindo uma nota de 0 a 1,0, estão em 0,3 é considerado bom e acima disso entra-se em estado de alerta, e o PD 02 que trata sobre o refugo durante a produção, a fim de contabilizar o retrabalho. 4.4 Projeto de melhoria para o processo de forjaria Para o desenvolvimento de um projeto de melhoria, iremos utilizar o ciclo PDCA (do inglês Plan, Do, Check, Act – Planejar, Fazer, Checar e Agir), que segundo Quinquiolo (2002, apud POSSANAI Osmar, 2013, p. 3), conforme citado por Guth & Pinotti (2014, p. 2,) trata-se de uma metodologia para auxilio no diagnostico, analise e prognóstico de problemas organizacionais, comumente utilizado para a solução de problemas, onde conduz por meio de ações sistemáticas agilizar processos e obter melhores resultados afim de promover a melhoria no processo e crescimento da organização. Ainda de acordo com Lima (2006, apud NEVES, 2007, p. 19) o ciclo PDCA é uma ferramenta da qualidade empregada na aplicação de ações que visam estabelecer controle sob os processos, além do estabelecimento de diretrizes de controle, planejamento da qualidade, manutenção de padrões e obtenção de melhorias. Figura 5 - Fases do Ciclo PDCA Fonte: SILVA (2006) 36 Fase Plan (P) – Planejamento A partir da visita técnica para conhecer o processo, foi possível verificar que as peças precisam de um tempo adequado para resfriar, porém segundo operadores, há vezes que devido as necessidades do clientes, estas peças passam por um resfriamento mais acelerado fazendo com que o material fique mais duro impactando no processo seguinte (usinagem), que devido o material estar duro demais ocasiona a quebra das ferramentas na usinagem, gerando desperdícios de ferramental devido ao estrago e retrabalho, além de prejuízos financeiros impactando em custos internos para o setor. As etapas deste processo consistem em colocar a matéria-prima, que são barras circulares, estas com o auxílio de uma ponte rolante numa máquina que possui um guia onde o material entra e passa como se fosse similar a uma resistência, o que deixa o material na temperatura correta para poder ser forjado por volta de 800 a 1000 graus, esse material na temperatura correta vai sendo puxado para interior da máquina, e em seguida vai passa pelas operações. São em média 4 matrizes que vão batendo e dando o molde na peça, após essas operações a peça saí pronta e vai sendo conduzida por uma esteira, aonde o gestor da máquina confere as medidas da peça, e se estiver dentro dos parâmetros estabelecidos, este abre uma portinha pneumática e as peças caem em uma caçamba para resfriarem e seguir os processos seguintes no setor de usinagem. Devido as altas temperaturas, todo processo na forjaria é automático afim de sobre guardar a segurança dos colaboradores. Figura 6 - Fluxograma Processo da Forjaria Fonte: Elaborado pelos próprios autores. O responsável pelo processo é o operador preparador que monta o set up da peça e acompanha a produção da máquina, onde há um operador preparador por máquina. A preparação de uma máquina de forjaria leva em média de 2 a 3 horas, 37 depois que a máquina está pronta dependendo do item ela pode fazer 20 a 30 mil peças por turno. Nos programas de melhoria da empresa geralmente participam os gestores, os líderes, um responsável pela qualidade, um da engenharia, e um eletricista e um mecânico, que terão visões sistêmicas diferenças e poderão elaborar um plano de melhoria integralizado. Com base nisso é possível traçar o plano, definindo assente em análise de dados sobre o tempo em que cada lote de peças fica resfriando e sua dureza, por meio de diagrama de dispersão, onde segundo Marshall Junior (2012, apud KATO & POLVORA, 2017, p. 65) auxiliará na visualização das alterações sofridas por essas variáveis, e apoiado a isso verificar quais as condições ideias e quantidade de tempo necessário para atender o cliente interno com a melhor qualidade possível, a fim de minimizar ou eliminar os efeitos em seu processo (usinagem). Fase DO (D) – Executar Nesta fase dar-se as orientações aos operadores para o correto tempo de resfriamento, além de notificar ao cliente a essencialidade de aguardar esse tempo, pois refletirá numa maior qualidade futura, evitando retrabalho e custos internos e externos. Também será realizada a coleta de dados sobre o tempo de resfriamento para posterior verificação, com auxílio dos indicadores de desempenho PD 02 e 03, e diagrama de dispersão. Fase CHECK (C) – Verificar Com os dados coletados durante execução, poderá ser analisado se foi alcançado o objetivo proposto pelo planejamento, através da diagramas e gráficos, comprando com as metas especificadas, minimizando erros e proporcionando economia de recursos. 38 Fase ACTION (A) – Agir corretivamente De propriedade das analise é possível decidir em adotar p plano proposto como padrão, em caso de alcançadas as metas, ou agir corretivamente diante das causas que não possibilitaram atingir as metas, assim iniciando novamente o ciclo pelo planejamento. 4.5 Competitividade e agregação de valor ao cliente A gestão de processos executada em ambiente onde o funcionário tem o entendimento e dominância dos processos, possibilita realizar as atividades de forma mais segura, ágil, tendo ainda meios mais fáceis de multiplicar o conhecimento e realizar a padronização da produção de forma mais eficiente proporcionando melhoria na qualidade do produto. Conhecendo-se o processo, tendo entendimento do porquê faze-lo, poderá desenvolve-lo com maior qualidade, viabilizando melhores resultados no mercado, assim emergindo na alta competitividade e propiciando valor aos clientes (SANTOS, 2015). De acordo com Schechter (1984, apud ZEITHAML, 1988, p. 13), “Valor são todos os fatores, qualitativos e quantitativos, subjetivos e objetivos, que compõe a experiência completa de compra”. Podendo ser entendido o valor ao cliente como um vínculo pungente convencionado por consumidor e produtor, com o uso de um produto ou serviço elaborado mediante este fornecedor, considerando propicio atribuído um valor agregado pelo cliente (BUTZ; GOODSTEIN, 1996, p. 63 apud WOODRUFF, 1997, p. 141). Ainda segundo Zeithaml (1988, apud IKEDA & OLIVEIRS, 2005), é possível definir o valor percebido pelo cliente como: Uma função positiva da qualidade percebida, de atributos extrínsecos (como funcionalidade, por exemplo),de atributos intrínsecos (como prazer, por exemplo) e de abstrações de nível elevado (como os valores pessoais), e é entendido, por outro lado, como uma função negativa do sacrifício 39 percebido, que envolve dispêndios monetários e não monetários (como tempo e esforço). A ideia central do modelo é que o cliente recebe benefícios, que incluem aspectos práticos e emocionais, e assume alguns sacrifícios que incluem dispêndios de dinheiro, tempo, energia e psicológicos. Os clientes agem com base em uma expectativa de valor, dando preferência à organização que, de acordo com sua percepção, oferece o maior valor. Portanto, dentro dessa abordagem, valor percebido é função positiva do que se recebe e função negativa do que se sacrifica. Antes de mais nada, entender as necessidades e desejos do cliente é primordial, afim de estabelecer um processo que possa atender o pedido do cliente de forma rápida e com qualidade total por meio de uma administração holística, tendo a conveniência de oferecer sempre o diferencial, vendendo uma boa experiencia e inovando constantemente, atendendo as especificidades solicitadas, suprimindo as aspirações do cliente, objetivando torna-lo adepto aos produtos, partindo do foco na satisfação do consumidor (MEIRA, 2008). A Amtek Tekfor Group foca em atender os requisitos minimamente detalhes de seus clientes. Estes são montadoras que buscam satisfazer as necessidades de seus consumidores, exigindo qualidade e certificações de seus fornecedores. Partindo disso a empresa enfatiza promover qualidade nos seus processos a fim de suprir toda essa demanda hierarquizada até o cliente final que adquirirá um veículo para seu transporte. Em virtude disso é necessário um aprendizado constante sobre os clientes, sendo fundamental analisar as informações do mercado afim de detectar possíveis mudanças e oportunidades na viabilidade de novos produtos e processos, possibilitando adequação e tomar frente num mercado cada vez mais competitivo. 40 5 DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS É indispensável a boa relação entre os colaboradores de uma determinada organização para que seja obtido suas metas e resultados. A dinâmica das relações interpessoais é a disciplina que retrata a importância da relação entre o indivíduo e a organização (ARTEN, 2012). A frase popular “Unidos somos mais fortes” está ligada a disciplina o que nos mostra a competência de administrar e criar redes. A capacidade de encontrar tópicos em comum e cultivar afinidades, envolvendo habilidades de comunicação e cooperação. Relações interpessoais, em suma, significa, agir com interação, agir mutuamente. Está intimamente ligada a evolução das sociedades. A partir do momento que deixamos de viver isolados e passamos a viver em grupos formando aldeias, vilarejos, cidades, reinos e impérios (BRUNET, 2014). 5.1 Grupos Figura 7 - CIPA Fonte: < http://blog.inbep.com.br/o-que- e-cipa/>. Figura 8 - Brigada de Incêndio Fonte: < http://seguripericias.com.br/servi cos/consultoria-e- treinamentos/nr-23-formacao- de-brigada-de-incendio.html>. Figura 9 - Grupo de Melhoria (Ciclo PDCA) Fonte: < https://blogdaengenharia.com/ciclo- pdca-de-melhoria-continua-o-que- e-e-como-pode-ser-usado/>. Na empresa existem grupos formados como a C.I.P.A (Comissão interna de prevenção de acidentes), a Brigada de incêndio e grupos de melhoria continua. Grupos formados por voluntários normalmente tem um líder em comum e toda tomada de decisão é passada a todos os demais do grupo. 41 5.2 Trabalho em equipe De acordo com o Portal educação (2013), é essencial que toda atividade realizada por trabalho humano seja empreendida com a máxima de dedicação e empenho de seus colaboradores. O labor em equipe é primordial para o emprego de qualquer tarefa seja efetuada com persistência para se ter melhores resultados. Figura 10 - Cooperação para alcançar objetivos Fonte: <http://comunicacaoemarketing-priscylacaldas.blogspot.com.br/2010/09/motivacao-lideranca- e-trabalho-em.html>. O trabalho em equipe significa associar um conjunto de pessoas a distender ações estipuladas tendo em vista um só objetivo. A equipe cumpre o trabalho de maneira em que seus componentes saibam o que cada um está executando, seus princípios e suas diligencias são encaminhadas para um propósito em comum. Todos os integrantes da equipe são incumbidos pelas atividades realizadas. Por conseguinte, cada componente é encarregado pelo progresso e sucessão de uma tarefa bem feita, ou pelo fracasso de uma operação mal sucedida (SILVA, 2016). As equipes trabalham dissemelhante do grupo. Em grupos o trabalho é realizado de maneira em que as atividades são empreendidas conforme o objetivo, mas seus componentes não tem a noção do que os demais pensam ou sentem em relação às tarefas exercidas, e o que resulta não passa além do esperado. Nas 42 equipes os membros têm empatia um com os outros, ou seja, se colocam no lugar um dos outros e agem simultaneamente, visando o bem de todos (SILVA, 2016). O trabalho não é individual, tudo é feito para o bem geral de todos os membros. Portando uma equipe poder ser um grupo, mas nem todo grupo pode ser uma equipe. 5.3 Relação entre líder e colaborador Conforme Natal (2012), o vínculo entre líderes e colaboradores está intimamente conectada ao sucesso das organizações, sendo uma condição extremamente crítica para este sucesso. A formação de equipes de alto desempenho a partir de líderes que disponham de clareza, conduta e coerência, no discurso e na prática, possibilitaram ser referência para os demais colaboradores da empresa. Figura 11 - Tipos de liderança (autocrática e participativa) Fonte: <http://www.primeironegocio.com/livros/o-monge-e-o-executivo-resumo/>. 5.4 Função do líder Segundo Benevento & Estellita (2014) o líder necessita demonstrar suas habilidades mesmo nos momentos turbulentos, procurando seu lugar, pois não serão todas as tomadas de decisão agradarão a todos. Em virtude disso é essencial colocar 43 o coração naquilo que se faz para dispor de motivação para progredir quando os outros já desistiram. Para este equilíbrio segundo Natal (2012), “’é necessário trabalhar juntos num clima de compreensão, aceitação e respeito recíprocos”. Sua principal função é promover o crescimento dos profissionais e para que isto aconteça e possa influenciar positivamente na organização, ainda de acordo com Natal (2012) é necessário: • Ser um facilitador dentro da organização; • Conhecer o potencial e limitações de nossos colaboradores; • Desenvolver a maturidade da equipe; • Criar um ambiente de confiança mútua; • Estabelecer canais de comunicação entre líder e liderado. Na Amtek Teekfor, existem dois tipos de liderança, autocrática, esta verificada nos níveis mais superior da hierarquia, e democrática nos níveis operacionais, onde há maior integração e geração de ideias e soluções rápidas para os “problemas no chão de fábrica”. 5.5 Motivação A motivação pode ser definida segundo Paulino (2016), como a potência que impulsiona a participar de um desafio, induzindo-nos a realizar ações. Por outro lado, a ausência dela causa desânimo pelo trabalho, fazendo do colaborador um simples cumpridor de suas tarefas, consubstanciando sua visão e desviando-a do processo em geral. Quando o colaborador está desmotivado, há perda de rendimento no trabalho, as horas demoram a passar, a pró atividade é inexistente. 44 Figura12 - Motivação para subir Fonte: < http://1administraciion.blogspot.com.br/2015/09/caracteristicas-la-universalidad.html>. Para motivar um grupo é necessário criar condições importantes, sabemos que cada pessoa é um ser e que reage diferente ao mundo, porém as formas mais tradicionais de motivar as pessoas são: • – Reconhecimento; • – Ser tratado como pessoa; • – Ser tratado de modo justo; • – Ser ouvido; • – Desafios; • – Novas oportunidades; • – Orgulho do próprio trabalho; • – Condições de trabalho adequadas: • – Sensação de ser útil; E • – Ser aceito como é. Através do endomarketing, que segundo REZ (2017), procura combinar estratégias de marketing dito tradicional, em favor do uso no ambiente interno da empresa, buscando ligar colaborador, produto e cliente. Sendo assim, alçasse congregar os públicos internos e externos através de uma boa comunicação, estimulando o comportamento e motivação do público interno. 45 A Amtek Teekfor, busca por meio de incentivos, premiar o alcance de metas a todos os colaboradores, ainda promovendo envio de e-mails para memorar datas especiais, e promover o reconhecimento do tempo de firma dos colaboradores. 5.6 Comunicação O princípio da comunicação de forma simplista é descrito por Kolb (1999), pela frase: “ouvir é ouro, falar é prata. Porque ao ouvir podemos aprender ou descobrir algo novo, enquanto que o ato de falar nos limita ao processamento de ideias já formadas”. Figura 13 - Tópicos sobre comunicação Fonte: < http://slideplayer.com.br/slide/355166/>. A comunicação é essencial entre as efetivações das tarefas na troca de informações dos diversos departamentos da empresa, estando ligada ao sucesso da organização. O principal objetivo, ao se comunicar, é transmitir a mensagem ao seu destino correto. As finalidades de uma mensagem podem ser diversas, consoante a quem as envia (emissor) e de quem as recebe (receptor). Internamente a finalidade do fluxo comunicacional deve sempre ser voltado para a organização, e não para os interesses ou valores pessoais (FORATO & PAIATO, 2013). 5.7 Problemas na comunicação Problemas na comunicação podem gerar o caos numa organização segundo o livro milenar A Arte da Guerra de TZU (2006): “Se as ordens não eram claras, é culpa do general se os soldados não obedeciam, mais se as ordens fossem claras é culpa dos oficias subordinados se as ordens não fossem obedecidas”. 46 A comunicação é algo imprescindível para que haja ordem. Apesar dos esforços em manter uma comunicação fluida na empresa, equívocos comuns acabam ocorrendo devido aos desafios enfrentados. São pequenas falhas, mas que podem gerar grandes transtornos por má interpretação, falta de informação ou mau entendimento. Conforme Peter Drucker, citado por Santos (2004), “60% dos problemas interativos são consequência de uma má comunicação.” 5.8 Harmonia e Interação Figura 14 - A importância da harmonia na comunicação Fonte: < http://www.eosconsultores.com.br/comunicacao-corporativa/>. Na esfera laboral é necessário resguardar a harmonia e favorecer a interação entre os colaboradores que aquinhoam o local. No entanto, existem há profissionais que não se comunicam eficientemente, fazendo que se afastem do restante da equipe, onde que muitas vezes apreciaria de sua presença. Dispor de colegas de trabalho solícitos e comunicativos propicia experiências mais lisonjeiras e produtivas, esclarecendo-se, deste modo, a relevância do ambiente de trabalho no desenvolvimento de seus colaboradores, onde afinal, é o local em que os profissionais passam a maior parte do tempo, em convivência com os colegas de seu setor, em que interagir venha ser o fator distintivo para que todo o grupo de trabalho seja eficiente e sobrepuje os momentos difíceis (ALCANTARA et. al., 2016). 47 Afim de impedir conflitos no tocante a empatia no ambiente de laboral é essencial que haja melhor compreensão dos outros colaboradores, dispondo a se colocando em seus lugares, percebendo seus comportamentos, suas ações e atitudes. Na convivência com outras pessoas, possibilitar dar oportunidades na intenção de que possam expressar suas ideias. Resolução de conflitos De acordo com Cerqueira (2016) se existem conflitos, existem evidências de que há escassez do que as pessoas carecem e almejam. Os conflitos são constituintes do processo de evolução dos seres humanos, onde são elementos essenciais na progressão dinâmica de qualquer sistema. Figura 15 - Resolução de conflitos Fonte: < http://www.octra.com.br/tag/conflitos/>. O conflito se baseia na situação envolvendo duas ou mais pessoas que trabalham numa mesma organização e possuem diferenças de crenças, valores ou objetivos, que influenciam em sua habilidade de trabalhar em grupo ou afetam seu ambiente de trabalho (PEREIRA, 2012, p. 8). Porém, concomitantemente em que há necessidade de cooperação para o alcançar os objetivos comuns, onde os interesses pessoais por vezes divergem. A partir disto surgem os conflitos organizacionais. Na empresa há um grande índice de conflitos entre as áreas de produção e qualidade. A produção é cobrada para cumprir suas metas baseadas em quantidade de produtos produzidos. Enquanto isso a qualidade busca em suas obrigações, o padrão de produto de projeto com toda conformidade. 48 A má gestão, segundo Buzetto (2016) é um dos maiores problemas no cotidiano das empresas. A procura por promoções e poder, com a grande concorrência dentro do ambiente organizacional, fazem com que os colaboradores ajam de certa forma individualista, tomando um caminho contrário da proposta de união e trabalho em equipe evadindo do interesse positivo comum da relação interpessoal. Para dirigir-se rumo a cooperação é necessário agir de forma pacifica e coerente, de acordo com os pontos elencados por Buzetto (2016): • Ter melhor percepção de si e do outro Podemos compreender o modo de pensar das pessoas discutindo, compartilhando e descobrindo crenças e valores; prestando atenção em seus sistemas, como se comunica e age. • Comunicar-se adequadamente, saber ouvir e saber se expressar A comunicação adequada se resume na expressão correta de suas ideia e pensamento. Da capacidade em ouvir e compreender o próximo e lidar com emoções. Para que haja comunicação, é necessário que o destinatário da informação a receba e a compreenda. A informação simplesmente transmitida, mas não recebida, não foi comunicada. O comunicador eficaz é um bom ouvinte, tem espírito aberto, é empático, não interrompe e faz perguntas inteligentes. Sua comunicação ajuda na ampliação de seu poder de influência. • Ter inteligência emocional: autoconhecimento, empatia e flexibilidade de comportamento A inteligência emocional parte do pressuposto de que se construa uma linguagem emotiva capaz de perceber em profundidade os sentimentos do outro e agir segundo tais sentimentos. Para tal, é necessário conhecer a si próprio, controlar suas emoções, ser otimista, empático, ter tom de voz e gestos amigáveis, ser persuasivo sem impor. • Saber dar e receber feedbacks 49 Nem sempre é fácil ser criticado devemos lembrar que o homem é um ser social e depende da interação com seus semelhantes para a garantia de sua sobrevivência. É, portanto, fundamental haver feedbacks para facilitar o processo de mudança das pessoas. Os elogios devem ser ditos em público, mas críticas não. • Ser assertivo Em muitos casos é necessário ser assertivo
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