RECURSO MULTA

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DOUTO SENHOR DIRETOR DO ÓRGÃO DE TRÂNSITO FISCALIZADOR DETRAN – SERGIPE.
Notificação nº M 36610309
JULIO CEZAR DOS REIS, brasileiro, inscrito no CPF sob o nº 481.371.895-72, vem respeitosamente perante sua presença interpor:
RECURSO ADMINISTRATIVO
contra auto de infração de trânsito supostamente praticado em 20/05/2017, às 11h24min., na Avenida Senador Julio Cesar Leite (em frente ao aeroporto), sob o numero supramencionado, nos termos que seguem:
* DOS FATOS E FUNDAMENTOS
 Da Irregularidade da Notificação 
A notificação em epígrafe aponta que o condutor do veículo Wolks, Gol 1.0, placa OEQ-3199, teria parado o mesmo sobre a faixa de pedestres em frente ao aeroporto de Aracaju, sendo indicada a infração prevista no artigo 182, VI, do Código de Trânsito Brasileiro.
Contudo, esta multa não deve prevalecer, vários motivos, vejamos:
Primeiro porque o trânsito naquele momento se encontrava bastante congestionado, o que ocasionou a circunstância em questão;
Segundo, porque a congestão no trânsito se deu em virtude de vários veículos estarem estacionados no local destinado para embarque e desembarque do aeroporto e em virtude de uma batida entre o carro que estava atrás do veículo multado e um outro, quando aquele tentou fazer uma ultrapassagem indevida. Vale ressaltar que os automóveis ESTACIONADOS no local não estavam com o pisca alerta ligado, mas sim desligados e sem o condutor;
Por fim, um fato extremamente reprovável: a agente de trânsito Pilar estava distraída, mexendo em um aparelho celular e apenas chegou até o local por conta da supramencionada batida. Momento em que visualizou o veículo em questão e multou.
Importante se faz ressaltar que, IMEDIATAMENTE, a agente foi informada de como o fato havia se dado e, de maneira grosseira, apenas avisou que aplicaria a multa. Ao ser questionada sobre os carros que estavam estacionados no local destinado para embarque e desembarque e provocando o congestionamento, a mesma disse as seguintes palavras: “multo quem eu achar que devo multar”.
Da mesma forma, conforme já exposto, não era possível retornar de marcha ré pois já haviam outros veículos atrás do meu.
Logo, percebe-se que não houve qualquer conduta voluntária capaz de gerar a irregularidade de trânsito, mas sim uma circunstância alheia à vontade do recorrente, provocada por fatores externos.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o deferimento do presente recurso, na forma do inciso I do parágrafo único do artigo 281 do Código de Trânsito Brasileiro, determinando-se o arquivamento do auto de infração e julgando-se insubsistente seu registro com o cancelamento da multa e a extinção da pontuação gerada.
Requer, ainda, seja concedido o efeito suspensivo no caso do recurso não ter sido julgado em até 30 (trinta) dias da data de seu protocolo em conformidade com o parágrafo terceiro do artigo 285 também do Código de Trânsito Brasileiro.
Termos em que espera deferimento.
Aracaju/SE, 08 de junho de 2017.
JULIO CEZAR DOS REIS