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RESUMO COMPLETO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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Aula 1 – Noções de Administração publcia
Conceito da Adm Pública
Aspecto material, objetivo ou funcional: foco na atividade que é exercida e não em quem exerce essa atividade. 
Serviço público
Atividade de fomento: incentivo a um particular que age em prol do interesse público (isenção de imposto p ex)
Atividade de intervenção: fiscalizar a atividade privada ou participar diretamente delas através das empresas estatais
Policia administrativa: restrição de liberdades individuais em prol do interesse público
Aspecto formal, subjetivo, orgânico: foco em quem exerce (pessoas, órgãos, agentes público) a atividade, seja ela qual for. Ex: autarquia que exercer qualquer atividade, será uma atividade administrativa porque a lei assim diz.
Caracteristicas da função administrativa 
Concreta: não inova na ordem jurídica, deve ser cumprida no estrito da lei, não avançando os seus limites.
Parcial: A adm publica é parte nas relações que participa, ´possui interesse
Subordinada ao controle jurisdicional: inafastabilidade da jurisdição
Sistemas administrativos (diferente de função adm)
Sistema inglês ou da unidade de jurisdição: toda e qualquer situação pode ser levada ao poder judiciário ainda que já tenha sido levada ao âmbito administrativo. (a lei não excluirá da apreciação qualquer lesão ou ameaça de direito – inafastabilidade)
Sistema francês ou contencioso administrativo: existem duas jurisdições – judiciária e administrativa (assim como o poder judiciário, tem competência pra julgar com força definitiva), no sistema francês, a causa julgada no âmbito adm não pode ser levada ao judiciário.
Aula 2 – Introd ao direito administrativo
Direito Privado
Regula relações privadas
Protege interesses particulares
Há uma relação de igualdade entre as partes
A administração pública pode fazer parte de uma relação onde impere o direito privado (ex: contrato de locação pra instalação de um prédio público – adm pub x proprietário) – mesmas obrigações que qualquer outro particular teria em seu lugar – não age com poder de império
Direito Publico
Regula a relação das pessoas com o Estado
Protege o interesse público
O Estado está acima dos particulares – age com poder de império com o fim de sobressair o interesse público em relação ao interesse particular. Exs: desapropriação, cassação de licenças e autorizações. 
Direito Administrativo é o conjunto de regras e princípios, que regem o funcionamento da máquina pública, a relação dos agentes públicos e órgãos públicos entre si e com os administrados e a gestão dos bens públicos, sempre visando proteger e atender ao interesse público. 
A administração publica submete-se ao direito administrativo em prol do interesse público. 
Regime jurídico administrativo: dá privilegio (prerrogativas) à administração publica frente aos particulares, em decorrência do dever de proteger o interesse público: poder-dever de agir (nenhum poder vem sem um dever correspondente)
Esse poder são instrumentos para se atingir o dever (interesse público)
Portanto, esses privilégios não podem ser usados para uma vontade pessoal do agente publico, tudo que ela fizer com base nesses privilégios deve ser em prol de algum interesse publico (primário)
Conceitos de interesse público
Primário: finalidade da administração publica, o interesse de todas
Secundário: inerente da adm publica, interesse particular da adm publica como pessoa jurídica de direito público (ex: aumento de arrecadação de receitas da pessoa jurídica de direito publico) – porem só pode ser almejado se em prol do interesse primário (ex: aumento de imposto – interesse secundário – para a construção de hospitais – primário - )
Aula 3 – Princípios da adm publica
Modeladores ou limitadores da adm públicos
Alguns são explícitos (positivados) outros implícitos
Supremacia do interesse público – superior aos interesses privados
- decorre do principio republicano art. 1º - todo poder emana do povo que o exerce por meio dos seus representantes eleitos direta ou indiretamente –
- A atuação estatal tem que expressar o poder do povo
- postulado do regime jurídico administrativo que concede a administração publica as suas prerrogativas e poderes. 
- não é aplicado sempre: quando a adm publica se submete ao direito privado em relação de igualdade com outra parte. 
- se aplica o principio tanto na execução da lei pela adm publica como tbm na elaboração da lei (poder legislativo tbm deve pensar no interesse publico)
- exs: desapropriação, tombamento e etc
Indisponibilidade do interesse público: só pode dispor quem é proprietário. Ngm e proprietário do interesse publico pois ele pertence a coletividade. A adm publica e gestora do interesse publico e portanto não pode dispor nem negocia-lo.
- incide em todo e qualquer ato da adm
- não poderá renunciar receitas a não ser em virtude de lei
- não poderá alienar um bem publico enquanto ele tiver afetado
- enquanto o pric da supremacia aplica prerrogativas o principio da indisponibilidade aplica limitações a adm publica
Presunção de legitimidade ou de veracidade
- presume-se a legitimidade da atuação da adm publica pois a mesma se encontra pautada em lei
- essa presunção faz com que as decisões adm sejam prontamente executadas, criando obg aos administrados e sanções aquele que descumprem.
- presunção relativa: o ônus de provar o contrario é do particular (iuris tantum)
Aula 4 - Princípios
Art. 37 – a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios aos princípios da legalidade, impessoalidade moralidade, publicidade e eficiência 
Legalidade
- no âmbito do direito privado: os particulares podem fazer tudo que a lei não proíba, sendo a sua liberdade plena ate que uma lei que a restrinja (desnecessidade de normas permissivas)
- no âmbito do direito publico: a adm pública so pode fazer o que a lei permitir, tudo é proibido ate que uma lei a permita. (desnecessidade de normas proibitivas)
- bloco de legalidade: todo o conjunto normativo a qual se submete a adm publica: constituição, lei, tratados internacionais e etc.
Impessoalidade
- 1º aspecto: vedação de favorecimentos e perseguições a alguns particulares ou ate mesmo a agentes públicos. A adm publica deve ser impessoal, sem querer atingir diretamente a um particular em especifico. Ex: remoção de um funcionário de uma repartição publica por motivo de melhorar o serviço e não para puni-lo ou beneficia-lo. 
2º aspecto: vedação da promoção pessoal por razão de obras, serviços e politicas publicas feitas pela adm publica. Essas benesses são feitas pela adm publica de forma 
geral e não por determinadas pessoas que a representam, não podendo ter relação entre elas:
Art. 37, §1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos
STF: RE 191.668-RD: as obras e serviços públicos sequer podem ser relacionados a partidos políticos. 
Moralidade
- Relacionado com a ética, boa fé, decoro, probidade e lealdade
- Não confundir a moralidade publica com a moralidade administrativa
- A moralidade pública ve de uma ideia m que não existe moralidade absoluta, vai depender da realidade em qual se insere, cada um tem uma moralidade dependendo do contexto na qual se insere
- No caso da moralidade administrativa ela é objetivada, pois diz respeito ao que se espera da adm publica. Não há exame de mérito, de conveniência sobre o servidor publico ser moral ou nao, ele está obrigado a agir dentro da moralidade, da ética. 
- A moralidade administrativa é condição de validade dos atos da adm publica.
II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportunoe o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto
- Boa-fé subjetiva: diz respeito a vontade do agente na hora do ato, a sua intenção.
- Boa-fé objetiva: é a moralidade exteriorizada na conduta, a atitude que foi tomada. É essa que importa ao direito administrativo, não importando a vontade e a intenção do agente (boa fe subjetiva). Pode ser questionada no judiciário. 
Ex: Proibição do nepotismo nos cargos em comissão (indicação). – Sumula Vinculante 13. 
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” (obs: primos não incluídos)
STF: A sumula vinculante não se aplica ao poder executivo.
- Ação de Improbidade Administrativa: legitimados são o MP ou pessoa jurídica competente. O particular não tem competência para impetrar essa ação. 
Art. 1°, Lei 8429: Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
- Ação Popular: legitimado é o cidadão – Não é qualquer pessoa, é somente o ELEITOR, que possua TITULO DE ELEITOR.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Publicidade
- 1º aspecto: transparência em relação aos atos da adm publica, para que a população possa controlar a atuação administrativa. (lei da transparência)
- 2º aspecto: a publicação dos atos administrativos em um órgão público como ato de validade do próprio ato. Ex: Diario Oficial. 
- Não é aboluto, sendo restringindo quando imprescindível à segurança do Estado.
Eficiência
- Modelo de Administração Burocratico: foco nos procedimentos, formalismo rigoroso. Ligação direta com o princípio da legalidade, que estabelece com a Administração deve agir. Modelo lento, não atendendo a demanda social
- Modelo de Administração Gerencial: Foco nos resultados. EC-88 que incluiu a eficiência no rol dos princípios da adm publica. A eficiência exige uma maior prestatividade da adm pública, maior quantidade de atendimento aos pedidos da população.
- 1º aspecto: Organização racional da adm pública, para que todos os ramos da adm publica possam atender da melhor forma as demandas
- 2º aspecto: atuação eficiente do agente público no desempenho de suas funções.
- Custo-benefício: boa qualidade na administração publica, no menor tempo e gasto possível. 
Especialidade
- Criação de ramos na adm publica para que os serviços públicos sejam realizados, criando a especialidade desses ramos para atender determinado interesse público em especial. Ex: Anatel – especializada em atender os serviços de telecomunicação
Tutela
- Permite que a adm pública controle essas ramificação que ela própria criou, através da fiscalização e averiguação se as mesmas estão cumprindo com a função para qual foram designadas 
- Não é absoluto: deve seguir os exatos ditames da lei, devendo a adm criadora agir somente no que a lei permitir. 
Autotutela
- Permite que a adm publica revise seus próprios atos, podendo anulá-los ou revoga-los. 
- Controle de mérito ou de legalidade de seus próprios atos. 
- Atos ilegais = Anulação (legalidade)
- Atos inconvenientes = Revogação (mérito – conveniente e oportuno) 
- OBS: O judiciário pode anular os atos administrativos mas jamais revoga-los. Ou seja, ele pode exercer controle de legalidade, mas nunca de mérito. 
OBS: O judiciário porém pode analisar a legalidade da revogação (Sumula 473, STF – parte final)
- O judiciário so poderá anular os atos se provocado, enquanto o executivo o fará de ofício.
- Em relação ao executivo, os particulares podem exercer o direito ao contraditório e ampla defesa na revogação ou anulação de atos que por ventura vierem o atingir.
- A anulação possui efeito ex tunc e a revogação é ex nunc (respeito ao direito adquirido e a coisa julgada)
Segurança Jurídica: 
- impede que a aplicação retroativa da nova interpretação, garantindo o direito adquirido e a coisa julgada.
Continuidade dos serviços públicos
- Impede a interrupção dos serviços públicos
- Ex: O direito de greve pode ser exercido, porém desde que uma porcentagem dos servidores continuem em atividade. 
Motivação
- Toda decisão ou ato administrativo deve ser motivado
- Deve a motivação ser prévia ou contemporânea ao ato, para que esteja passível de controle
Razoabilidade
- Adequação, necessidade e proporcionalidade
- Adequação: o ato deve ser apto à produzir o resultado almejado. Ex: conceder uma licença de funcionamento para a construção de um prédio – inadequado. 
- Necessidade (ou proibição do excesso): analise se o ato é o mais eficaz e menos prejudicial para atingir determinado fim. Ex: imediata desapropriação de terreno que 
não cumpre a função social da propriedade; existe outros meios de se fazer o proprietário cumpri-la – desnecessário
- Proporcionalidade (em sentido estrito): equilíbrio que deve existir entre os meios e os fins. Ex: Pena de morte para o crime de improbidade administrativa. – desproporcional. 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- Instrumentos para se alcançarem os interesses públicos
- Todo poder tem o seu dever correspondente
Poder Vinculado
- Não há liberdade de ação, a adm publica fica vinculada aos ditames da lei.
Ex: A aposentadoria – não há discricionariedade da adm publica para conceder a aposentadoria, quem tiver direito e exigi-la, deverá ser atendido.
Ex2: Licença para a construção.
Poder Discricionário
- Possui liberdade de ação, podendo analisar conveniência e oportunidade de seu ato. Existe os ditames legais pela qual a adm publica deve obedecer, porém a própria lei lhe concede a possibilidade do exame de mérito na situação. 
Ex: Numa determinada infração, a lei determina uma suspensão de 30 à 90 dias, podendo a adm determinar o tempo, respeitado os limites impostos pela lei.
Ex: autorização para porte de armas
Poder Hierárquico
- Relacionado à organização da adm pública. 
- A hierarquia se dá no âmbito interno de um órgão, não existindo hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes.
- Poder de dar ordem: o superior pode dar ordem ao subalterno, tendo o subalterno o dever de obedecer. O dever de obediência não é absoluto, pois sendo a ordem manifestamente ilegal, o subalterno não deverá obedece-la. 
- Poder de fiscalização: o superior pode fiscalizar o trabalho do subalterno
- Poder de delegação: o superior pode delegar atribuições ao subalterno. Deve ser parcial, temporária, não sendo absoluta, não sendo todas as atribuições que podem ser delegadas: edição de atos normativos; a decisão de recursos administrativos; e as matérias de competência exclusivas.
- Poder de avocação: retirar do subalterno competências para que seja exercida pelo superior. É uma exceção: só acontecediante de motivos relevantes.
- Hipótese em que o subalterno não precisa obedecer as ordens do seu superior, mesmo ela sendo legal: quando o superior exige do subalterno emitir consultas ou pareceres sobre determinado assunto, que exigem a opinião própria do subalterno. 
Poder Disciplinar
- Possibilidade de aplicar punições
- Diante da infração, a adm publica é obrigada a punir, não fazendo um julgamento de conveniência e oportunidade da punição, existindo a discricionariedade somente em sua medida, nas formas da lei.
- As punições devem ser sempre motivadas. (principio da transparencia0
- Pune o agente público e pessoas com vinculo especial com a adm pública (ex – alunos da univ publica ou que contratam com a adm publica)
- Multas, demolições e etc.
Poder Normativo ou Regulamentar
- Possibilidade de editar atos normativos (não são leis) – portarias, instruções normativas, decretos, regulamentos.
- Decreto de Execução ou Regulamentar: que determinam a forma de execução da lei. Pressupõe a existência de uma lei, sendo portanto um ato secundário, estando abaixo da lei na pirâmide normativa. Serve para a fiel execução da lei, não podendo ser além ou aquém da lei. No caso de extrapolar a lei, o decreto poderá ser sustado pelo Congresso Nacional
Art. 84 – Compete privativamente ao Presidente da República
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
Art. 49 – É da competência exclusiva do Congresso Nacional
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
- Decreto Autônomo (doutrina): independe da existência de lei. Ato primário.
Art. 84, VI – dispor, mediante decreto, sobre:
Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos
Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos
- Regulamentos Autorizados: o poder executivo receberia uma autorização do legislativo para regular situações não tutelada pelo legislativo. Polêmico – há quem diga que a função típica do legislativo não pode ser delegada. Também não previsão legal e nem constitucional. Quem é a favor, diz que o poder legislativo é muito demorado, não sendo possível ele legislar sobre todas as situações. Porém, não poderia criar deveres e obrigações à terceiros, podendo tutelar em relação somente a normas técnicas; a viabilização de situações concretas. 
- O poder judiciário pode regular os atos normativos expedidos pelo executivo no que tange a sua ilegalidade e inconstitucionalidade (controle de constitucionalidade ou de legalidade)
Poder de polícia
- Condiciona, restringe, limite direitos individuais em prol do interesse público
- Definição encontra-se no Código Tributário Nacional
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
- A competência para exercer o poder de polícia é a do ente que possui a competência para legislar sobre determinada situação
- Polícia administrativa: cuida de infrações administrativas – ex: estabelecimento funcionando sem licença. 
- Polícia judicial: cuida de infrações penais. 
- Poder de polícia preventivo: Anuência da administração pública para que os particulares exerçam determinado direito. Ex: licenças de funcionamento
- Poder de polícia repressivo: punições aquele que não respeitou o interesse público; normas administrativas. 
- Exs do seu exercício: proibições de fumo em locais fechados; proibição da construção de arranha-céus ao lado de aeroportos.
- Delegação do poder de polícia: entendimento do STF de que somente as pessoas jurídicas de direito público podem exercer o poder de polícia, pois agem com poder de império. Já as pessoas jurídicas de direito privado estão em pé de igualdade em qualquer relação jurídica, não podendo exercê-lo. 
- Características ou atributos
Discricionariedade: poderá se avaliar o que será fiscalizado e o que será punido.
Auto-Executoriedade: não necessita de autorização judicial para punir. Pode o particular procurar o Judiciário se entender que essa punição é ilegal.
Coercibilidade: poderá utilizar de força para aplicação da punição.
- Prazo para a punição (prescrição): 5 anos. Mas se a atuação do particular também for uma infração penal, o prazo prescricional será o previsto na lei penal.
- Diferença entre o poder de polícia e o disciplinar: o poder disciplinar só atua diante de agentes públicos e pessoas vinculadas a administração. Já o poder de polícia possui a prerrogativa de atuar diante de qualquer pessoa que esteja no âmbito externo da administração publica (particulares)
BENS PÚBLICOS
- Art. 98, CC: São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
- Atenção: bens privados de pessoa jurídica de direito privado que preste serviços públicos se submeterão ao regime público de bens, com suas características peculiares
- Classificação quanto á titularidade: Federais, Estaduais, Municipais.
- Quanto à destinação
Bens de uso comum do povo: pode ser utilizado por todos de forma igualitária. Podem ser gratuitos ou diante de contraprestação do Estado (ex: mares, praias, praças, ruas, estradas)
Bens de uso especial: possuem uma destinação específica em prol do interesse público. Ex: Um hospital público, uma escola, um quartel-general, veículos oficiais. 
Bens dominicais: bens sem destinação pública (imóveis vazios, veículos não mais utilizados).
- Quanto a disponibilidade
Indisponíveis por natureza: não possuem valor patrimonial e não podem ser negociados em decorrência de sua natureza. Ex: bens de uso comum.
Patrimoniais indisponíveis: bens que apesar de possuírem valor patrimonial, não poderão ser negociados por eles estarem afetados ao interesse público. Ex: bens especiais
Patrimoniais disponíveis: bens que não possuem nenhuma destinação pelo poder público e portanto estão disponíveis. Ex: bens dominicais.
 - Características dos bens públicos
1) Inalienabilidade: não podem ser alienados. Não é absoluta, pois os bens dominicais são disponíveis, por não ter destinação
2) Impenhorabilidade: Não podem ser alienados para quitação de dívidas pelo fato de que não são todos os bens que são disponíveis e também porque a adm publica não paga aos seus credores da mesma forma que os particulares. 
3) Imprescritibilidade: Nunca poderão ser usucapidos. Um particular pode permanecer por anos e anos em um imóvel público e nunca conseguirá a sua propriedade. Se aplica tanto a bens imóveis quanto moveis. 
4) Não onerabilidade: impossibilidade de dar o bem público como garantia. 
- A junção dessas características forma o regime jurídico dos bens públicos. Lembrando que os bens privados à serviço do público também possuirão estas características.
-Um bem público está afetado quando esta servindo a um interesse público. Ex: prédio em que funciona uma escola pública. Desafetado quando ele não possui nenhuma destinação publica. 
- Processo de desafetação: caso um bem público que antes possuía uma destinação pública e passa a não ter, este passara a ser um bem dominical.Estes poderão ser alienados. 
Art. 100, CC: Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101, CC: os bens públicos dominicais podem ser alienados, observada as exigências da lei. 
- Principais espécies de bens públicos
Terras devolutas: terras públicas sem nenhuma destinação. (dominical)
Terrenos da marinha: terra banhada por rios e mares navegáveis até 13 metros para a área terrestre. (dominical)
Terras ocupadas por índios: bens de uso especial, com a finalidade de proteção e desenvolvimento da cultura indígena. 
Plataforma continental: extensão do continente até uma profundidade de 200 metros no mar. Incluem as ilhas, que podem ser dominicais ou de uso comum do povo.
Faixa de fronteira: faixa de 150 km de largura entre países, fundamental para defesa nacional. 
Águas públicas: Rios, mares e lagos. Bens de uso comum. 
- Critérios de utilização dos bens públicos pelos particulares
Autorização de uso
- Ato administrativo
- Não há licitação
- Interesse particular
- Discricionário, podendo o bem público analisar a conveniência daquele uso.
- Precário: pode ser revogado a qualquer momento e sem qualquer tipo de indenização. Obs: no caso de ser autorização para prazo determinado (exceção) ou onerosa, caberá indenização. 
- Prazo indeterminado, em regra.
- Gratuito ou oneroso.
Ex: Fechamento de uma rua para uma festa popular.
Permissão de uso
- Idêntica a administração, se diferenciando apenas no fato de ser interesse público, havendo licitação. 
Ex: bancas de jornais em uma calçada, feira em praças públicas
Concessão de uso
- Contrato administrativo
- Interesse público
- Há licitação
- Não é ato precário, devendo se respeitar o que está escrito no contrato ou lei, cabendo indenização. 
- Prazo determinado
- Gratuito ou oneroso
- Direito pessoal; personalíssimo.
Concessão de direito real de uso
- Contrato administrativo
- Há licitação
- Interesse Público
- Não precário
- Concessão do direito real 
- Poderá ser transmitido
- Prazo determinado ou indeterminado. 
- Propriedade resolúvel: se extingue se ocorrer as hipóteses previstas em lei.
Ex: exploração de uma jazida mineral
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
- Adm Publica centralizada: atividade exercida diretamente pelo Estado (União, Estados, DF e Municípios), por meio de seus órgãos.
- Adm. Pública descentralizada: atividade exercida indiretamente pelo Estado, por meio de Pessoas Juridicas especializadas, que pode ser criada para tanto, ou que exista previamente e o Estado passa para ela a função de exercer uma atividade publica.
Não confundir com
- Concentração: tarefa exercida por um só departamento dentro de um órgão ou pessoa jurídica.
- Desconcentração: divisão de tarefas dentro de um mesmo órgão ou pessoa jurídica. Ex: União – Minist da Saúde, dos Transportes, da Educação... 
- A descentralização pode ser criada por outorga – ou seja, o Estado cria uma pessoa jurídica especializada para aquele serviço – ou por delegação – ou seja, a PJ já existe e o Estado a delega um serviço público. 
OBS: não há hierarquia entre a pessoa jurídica e o estado que a criou. Somente uma vinculação. O estado exercerá um controle finalístico sobre a PJ: analisará se a finalidade para qual ela foi criada esta sendo cumprida (supervisão ministerial)
- Compõe a adm indireta:
Art. 4º DL 200/67 – A Administração Federal compreende: 
I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidade, dotadas de personalidade jurídica própria:
Autarquias;
Empresas Públicas;
Sociedades de Economia Mista
Fundações Públicas.
Paragrafo único: As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério cuja competência estiver enquadrada em sua principal atividade
- Criação de entidades de adm indireta
Art. 37, XIX, CF – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei complementar, neste ultimo caso, definir as áreas de sua atuação. 
- Somente a autarquia é criada diretamente por lei – a sua personalidade jurídica nasce com a vigência da lei, tendo suas características tbm descritas por ela. As outras entidades são autorizadas por lei – a sua personalidade jurídica nasce com o registro em cartório – e suas características poderão ser dispostas em outro ato, um decreto. 
- As fundações públicas podem ser de direito público ou de direito privado. No caso das fundações públicas de direito publico, a sua criação, assim como as autarquias, se darão por lei. Enquanto as de direito privado terão de executar seu registro em cartório (autorizadas por lei)
- A competência de instituir uma entidade da adm indireta é privativa do Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito)
- Simetria entre criação e extinção: se ela for criada por lei, deverá ser extinta por lei. Se ela foi autorizada por lei, deverá surgir uma lei autorizando a sua extinção, e sua extinção virá através de outro ato. 
Autarquias
Art. 5º 200/67 – Para os fins dessa lei, considera-se
I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita própria, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizadas. 
- Por exercer função típica do Estado, possuirá as mesmas prerrogativas, privilégios e restrições.
- São Pessoas Juridicas de Direito Público – podem exercer o poder de polícia
- Criação e extinção da autarquia através da lei. A lei que cria, delimita suas características, e basta a sua vigência para fazer nascer a personalidade jurídica de direito publico. 
- O patrimônio da autarquia será o patrimônio do ente que a criou. O ente criador repassará a autarquia, bens públicos para que ela possa exercer a sua finalidade. 
- As autarquias são criadas para especializar as atividades do Estado. Se o Estado prestasse diretamente todos os serviços públicos, haveria uma enorme lentidão na prestação desses serviços. Diante disso, o Estado delega as autarquias determinados serviços para que ela preste um serviço melhor e mais célere. 
- A autarquia terá patrimônio próprio, assim como direitos e obrigações próprias, independente do ente que a criou
- A responsabilidade da autarquia é objetiva.
Exs de autarquia: IBAMA, Banco Central (BACEN), INSS.
- O orçamento das autarquias deverá ser previstos na Lei Orçamentária Anual, pois são recursos públicos. 
- As autarquias possuem imunidade tributária, mas somente em relação aos impostos – relativos a renda, patrimônio e serviços vinculados as suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. STF: ainda que a autarquia explore atividades que não são as previstas em lei, se o dinheiro arrecadado com elas for investido em sua finalidade principal, também não precisará pagar impostos. 
- Regime de Pessoal: antes da EC 19/98, o regime dos funcionários das autarquias era único, não podendo ter celetistas e estatutários juntos. Após a EC, não foi previsto o regime jurídico único, permitindo os dois tipos de vínculos. Porém, o STF em 2006 suspendeu essa regra, e voltou a valer o regime jurídico único. Aplicado não só pra autarquia, mas pra todas as entidades. 
- Dirigentes: indicação pelo chefe do poder executivo. Em razão disso, não possuem estabilidade, podendo ser demitidos a qualquer momento. Porém em determinadas situações, a indicação é submetida ao senado.
- Controle judicial sobre as autarquias: legitimidade e legalidade sobre seus atos
- Competência para julgar as autarquias: Autarquia Federal – Justiça Federal / Autarquia Estadual ou Municipal – Justiça Estadual. 
- No que se refere aos conflitos trabalhistas pelos que trabalhamnessa autarquia, caso o regime seja celetista, serão levados à Justiça do Trabalho. Caso o vinculo seja estatutário, serão levados a Justiça Comum (Federal ou Estadual).
- Privilégios da autarquia: Prazo para recorrer em quádruplo e para recorrer em dobro / São isentas de recolhimentos de custas / não precisam de depósito prévio para recorrer / Se submetem ao duplo grau de jurisdição obrigatório (exceções: não necessitara de duplo grau quando a decisão for abaixo de 60 salários mínimos ou quando for baseada em sumula ou jurisprudência do STF).
- Agencias executivas e reguladoras são autarquias com características especiais
- Agências Executivas: Autarquias que assinaram contrato de gestão – contrato que assina com o poder público lhe conferindo maior autonomia, ao tempo que a autarquia deverá cumprir metas estabelecidas neste contrato
FUNDAÇÕES
- Derivam do direito privado
- Características
Instituidor: dotar o patrimônio para que ele tenha uma finalidade especifica
Deve possuir um interesse social para sua criação
Não pode ter fins lucrativos
- A diferença entre uma fundação privada e publica e a pessoa do instituidor: Na privada a pessoa é física e o patimonio é de um particular. Na pública é a pessoa jurídica e os patrimônios são públicos – Personificação do Patrimonio Publico (Funai, IBGE..)
- A personalidade jurídica da fundação publica pode ser de direito privado ou de direito público. No caso de fundações públicas de direito publico, suas características se assemelharão com as das autarquias, principalmente no que tange a sua criação (autarquias fundacionais). A diferença de fato entre as fundações e autarquias é que as autarquias são a personificação de um serviço público, enquanto as fundações são a personificação de um patrimônio publico. 
- No caso de possuírem pessoa jurídica de direito privado, as fundações terão um regime híbrido com características do publico e do privado. OBS: existe doutrina que defendem a inexistência desse tipo de fundação pois a CF em nenhum momento descreveu a personalidade jurídica da fundação e tbm o fato de existir a fundação de pj de direito privado é somente para burlar o regime publico, podendo agir além do que a lei lhe permite. (Fundação Padre Anchieta – resp pela TV Cultura e Radio Cultura)
- Competência para processar e julgar: se fundação federal – Justiça federal/ Se fundação estadual ou municipal – Justiça Estadual. 
- STF: A OAB não é autarquia nem fundação, mas sim uma entidade sui generis – não faz parte da administração pública indireta; seu patrimônio não é publico. 
EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
- Possuem Pessoa Juridica de Direito Privado
- Correios, Caixa Economica (Empresas publicas) / Petrobras, Banco do Brasil (Soc de economia mista)
- São autorizadas por lei; suas características e limitações virão após através de um decreto, e sua personalidade jurídica só nasce a partir do registro em cartório
- Poderão ter duas finalidade: prestar serviços públicos ou explorar atividades econômicas
Prestadora de serviço público
- Imune a impostos (só impostos, não todos os tributos)
- Responsabilidade objetiva
- Não podem falir
- Podem sofre impetração de mandado de segurança
Exploradoras de atividade econômica
- Não são imunes aos impostos
- Responsabilidade subjetiva
- Podem falir
- Não se submetem a mandado de segurança
Regras comuns para ambas às atividades
- Necessidade de licitação
- Regime de contratação de seus trabalhadores: concurso público, com regime celetista. 
 - Os dirigentes são indicados pelo chefe do executivo sem a necessidade de submeter a indicação ao Senado em nenhuma situação (STF declarou inconstitucional)
- O controle do poder publico se submeterão a um controle finalístico do Estado
- Diferenças entre as empresas públicas e as sociedade de economia mista
Nas empresas publicas o patrimônio é publico em sua totalidade, não podendo suas ações serem negociadas na bolsa de valores
No caso das sociedades de economia mista terão capital majoritariamente público, mas pode ter capital privado desde que seja em sua menor porcentagem. Podem negociar suas ações na bolsa de valores. Porém, a maioria das ações com direito a voto deve ficar na mão do governo.
A empresa pública aceita qualquer tipo de forma empresarial (pode ser ltda, sa, comandita por ações).
Já as sociedades de economia mista necessariamente devem ser sociedades anônimas.
- Competência para julgar: se empresa publica federal – Justiça Federal / empresa publica estadual – Justiça Estadual
- Em relação às sociedades de economias mistas, todas serão julgadas pela Justiça Estadual, seja federal ou estadual. Exceção: a sociedade de economia mista federal será julgada pela justiça federal quando a união intervir como assistente ou opoente. 
CONSORCIOS PUBLICOS
- Foram inseridos no nosso OJ através da lei 11.107/2005
- Contratos assinados por diferentes entes federativos visando um interesse comum entre eles
- Da assinatura desse contrato nascerá uma pessoa jurídica, que fara cumprir esse contrato assinado, podendo ter natureza jurídica de direito privado ou de direito publico (neste ultimo caso, será uma associação pública).
- A associação pública que nasce desse contrato fará parte da administração publica indireta de cada ente federativo envolvido no contrato. Ou seja, será uma entidade transfederativa, podendo fazer parte de diferentes entes federativos.
- A associação publica sera uma autarquia dos entes envolvidos no consorcio
- Essas mesmas entidades publicas que assinaram o consorcio, assinarão também o chamado contrato de rateio, onde cada ente se obriga a repassar um valor para o funcionamento da entidade. Caso haja de descumprimento de alguma parte, pode o ente vir a ser excluído do consorcio.
- Contrato de programa: contrato que os mesmos entes assinam, declarando quais são suas responsabilidades frente aos outros entes. 
- Privilegios dos Consorcios Publicos
Poder de promover desapropriações 
Pode elevar o valor de dispensa da licitação
Não é necessário licitação para desenvolver as atividades constantes no contrato de consorcio.
- A alteração e extinção do consorcio publico devera ser aprovada pela assembleia geral da associação publica e através da ratificação por lei.
ÓRGÃOS PÚBLICOS
- Podem fazer partes da adm direta ou indireta
- Não possuem personalidade jurídica, pois nada mais são do que departamentos com suas atribuições sejam da adm direta ou indireta
- Materialização da desconcentração, em que cada órgão será um departamento do estado com finalidade propor para atingir os interesses públicos.
- Por não possuir personalidade jurídica, eles fazem parte da pessoa jurídica a qual fazem parte. Um ato realizado por um órgão será imputado a pessoa jurídica a qual faz parte. 
- Exs: União (pessoa jurídica) --------- Ministério da Saúde (órgão). ADM DIRETA
 União ------ Autarquia (Anatel) --------- Diretoria (órgão). ADM INDIRETA
- Conceito: Órgãos Públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de unções estatais através de seus agentes cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.
-Teorias dos Órgãos Públicos
Teoria do Mandato: O estado outorgaria ao mandatário (órgãos públicos e seus agentes), que age em seu nome. Não aceita, pois os órgãos não obedecerão a vontade do estado, mas a finalidade a ele instituída. Também no caso do mandato, a pessoa responde individualmente pelos atos que cometer além dos poderes lhe conferido pelo mandato. No caso dos órgãos, isso n poderia acontecer.
Teoria da Representação: Estado é equiparado aos incapazes, vez que a atuação dos órgãos e seus agentes públicos seriam equivalentes aqueles exercidas por tutores curadores. Não aceita. 
Teoria do Órgão: Órgãos são partes integrantes da pessoa jurídica – da Adm Publica Direta ou Indireta, através dos quais essa pessoa jurídica esternaliza a sua vontade. Adotada no Brasil. 
- Os órgãos são criados e extintos por lei, de iniciativado chefe do poder executivo.
- Classificação
- Quanto a sua estrutura
Simples ou Unitários: não são subdividos, não possuem divisões dentro de seu corpo, exerce a atividade de forma concentrada. 
Compostos: possuem subdivisão de suas atribuições dentro de seu corpo (ex: Ministério da Fazenda, composto pela Secretaria da Receita Federal, que por sua vez é composto pelas Superintendências regionais).
- Quanto à atuação
Singulares: aqueles em que as decisões são tomadas por uma única pessoa (ex: Presidencial da Republica – tomada de decisões pelo presidente).
Colegiados: decisões tomadas por maioria dos membros que o compõem (ex: Tribunais e Congresso Nacional).
- Quanto a sua posição estatal
Independentes: Os mais altos órgãos, representando os três poderes, sendo a maioria prevista na própria CF. Órgãos compostos por agentes políticos. (Câmara dos Deputados, Senado Federal, presidência da Republica, STF, STJ)
Autônomos: Órgãos de cúpula da adm publica, estão logo abaixo dos órgãos independentes. Possuem vasta autonomia. (Ministérios e AGU)
Superiores: Possuem de funções de controle. Não possuem tanta autonomia em relação aos outros órgãos, se submetendo a hierarquia. (Coordenadorias, os gabinetes, as procuradorias)
Subalternos: órgãos de mera execução, não possuem autonomia nem poder de mando. Apenas obedecem as ordens dos seus superiores.
- Caracteristicas Gerais
Não possuem personalidade jurídica; são centros de competências
Fazem parte da adm publica; não são autônomos – resultam da desconcentração
Não possuem patrimônio próprio – o patrimônio dos órgãos é o próprio patrimônio do Estado
Não possuem capacidade postulatória: não podem atuar em juízo representando a pessoa jurídica da qual pertencem. Mas poderão se estiverem defendendo prerrogativas próprias (no caso dos órgãos independentes e os autônomos). Ex: Senado Federal poderá impetrar mandado de segurança diante da violação de uma de suas competências.
AGENTES PÚBLICOS
- Pessoas físicas que trabalham dentro da administração pública
- Qualquer pessoa que trabalhe de forma permanente, temporária, gratuita ou remunerada.
- Espécies de agentes públicos
Servidores Públicos: adentraram através de concurso públicos e ocupam cargos públicos. Submetem-se ao regime jurídico de direito publico, com vínculo estatutário. (juízes, promotores, analistas, técnicos)
Empregos públicos: adentram através de concurso público, mas o vinculo é privado, sob o regime celetista/trabalhista. (advogado do BB ou da caixa econômica)
- A expressão funcionário público não é utilizada pela CF nem no direito administrativo. O único lugar em que ela é utilizada é no direito penal, no artigo 327 do CP.
- Lembrando que a constituição exige regime jurídico único dentro de uma mesma entidade.
- Classificação
Agentes políticos: previsto no geral pela CF. Presidente, deputados, senadores, juízes.
- Prerrogativas: presidente nos crimes comuns são julgados diretamente pelo STF. 
Agentes administrativos: exercem a atividade na adm publica de forma profissional; tbm os temporários a fim de atender excepcional interesse publico. (servidores, empregados e temporários)
Agentes honoríficos: prestam serviço ao estado de forma gratuita. Mesários e Jurados
Agentes delegados: prestam serviço ao estado de forma remunerada. Tradutores, leiloeiros.
Agentes credenciados: pessoas que são contratadas para representar o estado em eventos mediante remuneração. 
TERCEIRO SETOR E ENTIDADES PARAESTATAIS
- Primeiro setor – Estado
- Segundo setor – Mercado 
- Terceiro setor – Pessoas Jurídicas de Direito Privado sem fins lucrativos, que exercem atividade de interesse público.
- Com a reforma trazida pela EC 19/98, que substituiu o modelo burocrático pelo gerencial, se observou a maior eficiência em transferir certas atividades de interesse público para o setor privado, diminuindo a maquina estatal que não mais conseguia atender as demandas estatais. 
- O Estado não possui fins lucrativos, portanto, essas pessoas que compõem o terceiro setor também não podem possuir fins lucrativos. 
- As entidades do terceiro setor não prestam serviços públicos, mas atividades privadas de interesse público. 
- Não fazem parte da Administração pública, são entidades paralelas ao Estado. Entidades Paraestatais.
- Fazem parte do terceiro setor
1) SSA – Serviços Sociais Autônimos
- São prestados por Pessoas Jurídicas de Direito Privados sem fins lucrativos
- Podem ter qualquer tipo de forma civil (fundações, associações)
- O seu objeto é uma atividade social, voltada para a utilidade publica, para o assistencialismo e ate a profissionalização.
- O patrimônio dessas entidades pode ser tanto público ou privado. Através de repasses públicos ou de contribuições sociais tributárias
- Se submetem a fiscalização do Tribunal de Contas da União.
- Não se submetem a licitação. Cada entidade deve criar o seu regulamento para utilização das verbas publicas.
- Seus empregados possuem vínculos trabalhistas
-Ex: Sistema S – SENAI, SENAC, SESC, SEBRAI.
2) OS’s – Organizações Sociais
*contratos de gestão* - funcionam como uma troca de favores, onde uma das partes goza de maior autonomia ou benefícios do estado e em contrapartidas possui metas estabelecidas para serem cumpridas em determinado prazo. Será assinado em duas hipóteses: dentro da própria adm publica indireta, entre uma entidade e a adm publica direta; e a outra hipótese é dentro das Organizações Sociais, na qual a entidade recebe um fomento do estado.
- São a únicas pessoas jurídicas de direito privado que assinam contrato de gestão
- Conceito: São organizações sociais as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa cientifica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e a saúde, atendidos aos requisitos previstos em lei. 
- A qualificação de uma pessoa jurídica de direito privado como uma organização social passara por um juízo discricionário do estado, de conveniência. 
- O incentivo dado pelo Estado previsto no contrato de gestão, se dará através de repasse de verbas públicas, bens públicos (através da permissão de uso), e inclusive servidores públicos. 
- Também se submetem a fiscalização do TCU e do órgão a qual ela se vincula.
- No caso de desvio de verbas públicas, o MP poderá requerer ao juiz a indisponibilidade dos bens da entidade e ainda o sequestro dos bens dos dirigentes, seja no Brasil ou no exterior.
- Além do fomento das atividades da OS’s, o Estado pode contratar as atividades da OS. Nesse caso, o Estado não precisa de licitação para esse contrato.
- No caso da OS contratar serviços e comprar bens de terceiros, deverá licitar. 
- Essa pessoa jurídica de direito privado pode ser desqualificada como OS, no momento em que a pessoa jurídica passar a descumprir aquilo que for firmado no contrato de gestão, voltando a ser uma pessoa jurídica de direito privado comum.
- Exs: Santa Casa, Orquestra Sinfônica de São Paulo, Museu Afro-Brasileiro.
3) OCIPs – Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público
- Qualificação dada para uma pessoa juridica de direito privado sem fins lucrativos que realiza atividades privadas de interesse público
- Neste caso, a qualificação não é discricionária, mas vinculativo, desde que cumpra os requisitos em lei.
- O pedido deve ser feito perante o Ministério da Justiça
- Apesar de ser um ato vinculado, a lei impõe exclusões, em que determinadas entidades, mesmo que cumpram os requisitos da lei, nunca se tornarão OCIPs. Ex: sindicatos, instituições religiosas, instituições hospitalares privadas, escolas privadas, organizações sociais, cooperativas, fundações publicas e etc. 
- Área de atuação bem mais ampla do que as OS’s. 
- O vínculo das OCIPSs com o Estado é um Termo de Parceria. Basicamente so muda a nomenclatura, pois o que está previsto nele é o que se estabelece tbm no contrato de gestão. Incentivos, metas e etc.
- por ser um ato vinculativo,nada impede que haja duas OCIP’s desenvolvam a mesma atividade. Nesse caso, o Estado publicará um edital de concurso de projetos, para escolher o mais apto para o cumprimento das finalidades da adm publica. Esse concurso porem será dispensado quanto aos termos de parceria assinados pelo SUS visando o fomento a saúde e as previstas no §2º do Art. 23 do Decreto 3100/99. 
- é vedado ao Estado a realização de Termo de Parceria com OSCIPs que tenham, em suas relações anteriores com a união, incorridos em pelo menos umas das seguintes condutas
I – omissão no dever de prestar contas
II – descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos e termos de parceria
II – desvio de finalidade dos recursos
III – pratica de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos e termos de parceria
- Licitação obrigatória em qualquer caso.
- A desqualificação de uma PJ de direito privado como OSCIP pelo descumprimento da lei
4) Entidades de Apoio
- Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos
- Formadas por servidores públicos.
- Devem ter forma de associação, fundação ou cooperativa. 
- O único formato que possui regulamentação legal são as fundações
- Essas fundações devem ter como objetos a atuação no ensino, na pesquisa cientifica e etecnolgica, que sejam de interesse das UFs ou instituições cientifiacs e tecnologoicas
- Devem estar previamente cadastradas no Ministerio da Educação e no Ministerio de Ciencia e Tecnlogia
- Se sujeitam a fiscalização do MP
- O regime de trabalho dentro dela é um vinculo de direito privado, trabalhista
- Não se submetem a lei de licitação, tendo regulamento próprio para utilização de verbas publicas.
AGENCIAS EXECUTIVAS
- Contratos de gestão:
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - a remuneração do pessoal.
- As agencias executivas são as pessoas jurídicas de direito publico que assinam contratos de gestão (autarquias e fundações).
- Qualificação dada através de decreto, reconhecendo sua maior autonomia em relação às outras autarquias e fundações.
- Essas PJ podem ser desqualificadas se houver descumprimento dos parâmetros do contrato. 
- Esse contrato de gestão terá prazo mínimo de 1 ano. 
- Ex: INMETRO
AGÊNCIAS REGULADORAS
- Apesar de o estado passar para o setor privado determinadas atividades afim de propiciar um melhor atendimento das demandas sociais, ele não pode se apartar completamente delas, devendo exercer um controle de fiscalização sobre essas atividades realizadas pelo setor privado. 
- Esse controle será realizado pelas Agências Reguladoras, autarquias (somente) que regulam a fiscalização do setor privado, seja numa atividade de interesse público, seja num serviço público. 
- ANATEL, ANEEL, ANP, ANAC, ANCINE ... 
- As únicas agências reguladoras previstas na CF é a Anatel e a ANP. 
- Características especiais dessas autarquias delimitadas por cada agencia reguladora
Possibilidade da atividade regulatória – pode fiscalizar e punir o setor privado pela má execução do serviço público ou da atividade de interesse público. 
Possibilidade de exercício do poder normativo – normas técnicas ainda não editadas pelo legislativo, dentro da sua seara de atuação. (regulamentos autorizados)
Maior autonomia das Agencias Reguladoras em relação as autarquias comum – características especiais:
- dirigentes com mandatos fixos (maior liberdade de atuação) 
- indicação técnica dos dirigentes – o chefe do poder executivo vai indicar a pessoa mais apta para assumir o cargo (diferente da indicação livre das autarquias comuns)
- prazo de quarentena para os dirigentes: após cumprir o mandato, ele deverá respeitar um prazo previsto em lei para voltar a exercer atividades no mesmo setor, para que não exerça influencia. 
- possuem fontes próprias de arrecadação
- não existe instancia revisora dos atos das agencias reguladoras. Cabe controle judicial sobre a legalidade dos atos
- A fiscalização sobre as Agencias Reguladoras é praticamente a mesma das autarquias comuns. A única diferença é que nas agencias reguladoras existe a maior possibilidade de participação popular. Obrigação de realizar audiências publicas.
SERVIDORES PÚBLICOS
- Pessoas físicas que trabalham na administração pública
- Entram na administração através de concurso público – forma isonômica de contratação (obrigatório)
- Podem prestar concurso público os brasileiros e os estrangeiros, salvo os cargos reservados apenas a brasileiros.
- O concurso deve ser de prova ou de prova e títulos. 
- Uma pessoa que presta concurso para um cargo deverá exercer funções exclusivas do mesmo, não podendo exercer funções de outro cargo, configurando desvio de função.
- Todas as regras do concurso devem estar descritas no edital (lei do concurso), e este não pode dispor de nada que não esteja constante em lei.
- O edital deve ser isonômico, a não ser quando o cargo exige qualidades especiais (gênero, idade, altura)
- O edital deve possuir uma antecedencia mínima de 60 dias anterior a prova, podendo ser diminuído diante de justificação.
- O edital poderá ser modificado ate mesmo durante a realização do curso, mas somente para incluir lei nova. 
- O controle do concurso é feito tanto pela administração publica quanto pelo judiciário, podendo anulá-lo diante de alguma irregularidade.
STF: O judiciário não possui competência para anular questão de prova objetiva, somente nos casos de erros grosseiros (ex: contraria a CF). Também poderá anular questão de prova objetiva se esta não corresponder as matérias constantes no edital
- A validade dos concursos de 2 anos, prorrogáveis por mais 2 anos. 
CF: ainda dentro do prazo do concurso, poderá ser realizado um novo, com a condição de que os aprovados no anterior sejam chamados primeiro do que os realizado no segundo. 
Lei 1112 de 1990: não poderá haver novo concurso até o termino do prazo de 2 anos. 
- A prorrogação é discricionária
- Nomeação: STF – as pessoas aprovadas dentro do número de vagas previstas no edital possuem o direito subjetivo a nomeação. Nos casos em que o edital não prevê número de vagas, somente cadastro de reserva, só terá direito subjetivo à nomeação o primeiro colocado no concurso.
- Em relação aos deficientes, a CF diz que deverão ser reservados vagas para deficientes e Lei 8112, diz que até 20% de vagas para deficientes em concursos federais. Em concursos com apenas 2 vagas, não haverá reserva (50 % das vagas)
- O deficiente irá se inscrever nas vagas condizentes com as suas limitações.
- Cargo Público: é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura orgaznizacional que devem ser cometidas a um servidor. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com demominação própria e vencimento pago pelos cofre spúblicos, para provmento em caráter efetivo ou em comissão 
- Cargo efetivo: Aprovados em concurso público
- Cargos em comissão: livre nomeação e exoneração (não é uma punição – desligamento da pessoa dos quadros da adm publica – não precisa ser motivada)
- Costume de utilização dos cargos de comissão como moeda de troca de políticos, que nomeavam parentes para tais cargos. Sumula Vinculante 13 – Proibição do Nepotismo
Sumula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança,ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta ou indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
- OBS: não se aplica essa sumula aos cargos políticos
- CF: Os cargos em comissão servem apenas as atribuições de direção, chefia e assessoramento. E dentre os cargos em comissão, é necessário que aja porcentagem de cargos efetivo, ou seja, parte das pessoas que exercem um cargo em comissão, devem ser pessoas previamente concursadas. 
- Servidores Temporários: entram no quadro da adm pública através de um processo seletivo simplificado (não é concurso). Receberão atribuições temporárias nos casos de excepcional interesse público (prof substituto, calamidade publica, etc)
- O vínculo dos servidores temporários não é estatuário nem celetista, mas um vínculo jurídico administrativo.
- Direitos básicos constitucionais dos Servidores Públicos(todos)
Direito a livre associação sindical
Direito a greve (não é auto exercitável – necessita de lei que a complemente – até hoje não foi editada). STF permite a aplicação da lei de greve do setor privado no setor público.
Direitos trabalhistas previstos no art. 7º
- Direitos do servidores públicos diferente dos militares: os militares não são sindicalizados e não possuem direito a greve.
- Remuneração dos Servidores: através de subsídios pagas em parcelas únicas, na qual não incidem descontos, abonos, gratificações, prêmios e etc. (art. 37, X, CF)
- A alteração da remuneração só ocorre através da Lei, sendo a iniciativa dessa lei a depender do cargo. 
Cargo Federal – Presidente da República
Cargos na Câmara dos Deputados – Iniciativa da Câmara
Cargos no Senado Federal – Iniciativa do Senado.
- Limites de remuneração: teto geral, subteto, teto específico
- A CF diz que nenhuma remuneração será acima da remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal – teto geral
- Os Estados e o DF podem estabelecer que o teto dos servidores do judiciários, defensores, procuradores e membros do MP será o da remuneração dos Desembargadores. Essa remuneração deverá chegar ao máximo de 90.25% da remuneração dos ministros do STF. No caso dos Desembargadores ganhem a mesma remuneração dos ministros, elas só poderão alcançar 90,25% desse total – subteto (não cabe aos juízes estaduais).
- Nos municípios o teto da remuneração será o salário do Prefeito – teto específico
- Cargos eletivos: no caso de servidor efetivo que se eleger para cargo de Prefeito, poderá escolher qual remuneração quer ganhar. No caso de vereador, caso haja compatibilidade de horaria, haverá a possibilidade de acumular os cargos, assim como as remunerações
- É vedada a equiparação salarial: ainda que ele exerça a mesma função, ele não será equiparado. Porém terá direito de receber a diferença salarial correspondente ao tempo que exerceu função que não era dele. 
- Acumulação de Cargos: regra geral, não se pode acumular cargos. Exceções:
Vereadores + cargo, emprego ou função
Dois cargos de professor
Cargo de professor + cargo técnico
Cargo professor + cargo cientifico
Dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde. 
- Estabilidade: cargos efetivos – adquirida depois de 3 anos de efetivo exercício. Não contam o período em que os servidores ficaram afastados. A estabilidade existe para que o servidor não seja influenciado de forma política ou econômica, ou seja, para que não se corrompa ou se sinta pressionado no exercício de suas atribuições. Só poderá se desligar dos quadros da adm publicas através de sentença transita em julgado, decisão definitiva em processo administrativo ou através de insuficiência de desempenho. 
- A estabilidade é adquirida no serviço público num todo, em não em determinado cargo
- Provimento: ato administrativo que preenche um cargo público
- Originário: pressupõe que a pessoa nunca teve nenhum vínculo com a administração pública
- Derivado: pressupõe que a pessoa já tenha um vinculo com a adm publica
- Formas de provimento
Nomeação: única forma de provimento originário. Serve tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão
- Ato administrativo unilateral que gera o direito subjetivo a pessoa formar um vinculo com a adm publica. E esse vinculo com a adm publica sera materializado através da posse
- A posse tem que se dar em até 30 dias após a nomeação. Se isso não ocorrer, a nomeação será tornada sem efeito. 
Readaptação: quando o servidor público (plenamente capaz) sofre limitações fisicas ou mentais. O servidor será readaptado a um novo cargo condizente a sua situação. Esse cargo deve respeitar o nível de escolaridade e rendimento ao que ocupava anteriormente. Na falta de vagas num cargo condizente com a sua limitação, esse servidor ira exercer suas atribuições como um excedente
Reintegração: retorno ao cargo de um servidor público que tenha sido ilegalmente demitido, depois que a demissão foi anulada. A CF e a lei 8112 de 1990 dizem que a reintegração serve apenas para os servidores estáveis. O retorno de servidores não estáveis ao cargo não é chamado de reintegração
Recondução: No caso em que o servidor público e demitido ilegalmente e tem seu cargo ocupado por outra pessoa, no caso do servidor demitido voltar a ocupar o cargo, o substituto, se servidor estável, será reconduzido ao seu cargo anterior. Então o servidor demitido será reintegrado e o substituto será reconduzido.
- Outra hipótese de recondução acontece quando o servidor público é aprovado em novo concurso mais não consegue passar da fase de estágio probatório. Nesse caso, o servidor é reconduzido ao seu cargo anterior. Por isso se diz que a estabilidade se dá no serviço público, e não no cargo. 
- STF: é possível a recondução a pedido. 
- Nas situações de retorno, seja por reintegração ou recondução, caso este cargo não mais exista, ele será colocado à disposição para futuro aproveitamento.
Aproveitamento: se dá quando existe o retorno para uma vaga do servidor que está em disponibilidade.
Promoção: ascensão na carreira. Só ocorre em cargos de carreira e não em cargos isolados. Se dá por tempo de serviço quanto por merecimento
Reversão: volta a ativa do servidor aposentado. Pode se dar 
- de ofício: junta medica decide que não mais existe a justificativa para manter o servidor aposentado – volta obrigatória
- ou a pedido: deve ser de interesse da adm publica; a aposentadoria deve ter sido voluntária; deve ter acontecido 5 anos antes do pedido de reversão; e deve existir cargo vago. Na reversão a pedido, o servidor não fica em disponibilidade, ele só voltará a ativa se houver cargo vago.
- Posse: ato bilateral e forma o vinculo entre o individuo e a adm pública. Somente após a posse o indivíduo se torna servidor publico
- O prazo para a posse é de 30 dias da data da nomeação. Prazo improrrogável. Se não respeitado o prazo, o ato de nomeação será considerado sem efeito, devendo o indivíduo prestar um novo concurso público. 
- Exercício: efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor tem 15 dias para entrar em exercício da data da posse. Caso a nomeação seja feita para um cargo em comissão, o servidor deverá entrar em exercício na mesma data da publicação da sua nomeação
- Caso o servidor vá exercer as suas funções em outro município, ele possuirá de 10 a 30 dias para sua entrada em exercício. Nada impede que este servidor renuncie da data e entre anteriormente. Não respeitando o prazo, o servidor será exonerado, devendo prestar novo concurso para entrar na adm publica. 
- Estagio Probatório: avalia a aptidão da pessoa de exercer aquelas atribuições do cargo. No entanto ele deve respeitar requisitos objetivos de avaliação:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
- STF: prazo do estagio probatório será de 3 anos. (não vale o constante na lei 8112). 
- O prazo do estágio probatório é diferentedo prazo de estabilidade. O estágio probatório é obrigatório para todos os cargos, mesmo a pessoa já sendo estável no serviço público. 
- STF: no requisito de assiduidade, caso do servidor seja inassíduo por conta de greve, não poderá ser reprovado no estágio probatório só por esse motivo. 
- Vacância: cargo vago. Hipóteses
I – exoneração
II – demissão
III – promoção
VI – readaptação
VII – aposentadoria
VIII – posse em outro cargo inacumulável
IX – falecimento
- Remoção e redistribuição: não são formas de provimento
- Remoção: deslocamento dos servidores para exercer suas atribuições em outra localidade. Pode ocorrer de ofício – em razão de interesse da adm pública - ou a pedido (obrigatória em três casos: para acompanhar o cônjuge servidor removido de ofício; cuidar de problema de saúde próprio ou de familiar; concurso de remoção – mais interessados na remoção do que números de vagas)
- Redistribuição: deslocamento do cargo para outra localidade
- Regime disciplinar dos servidores públicos (Lei 8112 de 90, dos arts 116 até o 142)
- Art 116 – deveres dos servidores públicos
Dever de obediência: decorre naturalmente do poder hierárquico
- o servidor não precisara cumpri com esse dever quando a ordem do superior for manifestamente legal
- surge o dever (obrigação – sujeito a advertência e suspensão) de representação desse superior a uma autoridade que possa apurar a ilegalidade.
- Art. 117 – proibição e punições
- Penalidades: advertências, suspensão, demissão
- Casos em que o servidor não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que foi demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência das hipóteses de:
I – Crime contra a Administração Pública
VI – Improbidade Administrativa
VIII – Aplicação irregular de dinheiro público
X – Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
XI – Corrupção
- O poder de punir servidores decorre do poder disciplinar. A punição é obrigatória diante das irregularidades, existindo discricionariedade apenas na forma da punição, dentro dos limites estabelecidos por lei
- Advertencia: feita por escrito. 
- Após a advertência, é feita uma anotação no registro funcional do servidor, que desaparece após 3 anos da advertência, caso ele não tenha cometido mais nenhuma infração.
- Suspensão: prazo máximo de 90 dias. Pode ser substituída por multa, porém o salário é reduzido à metade durante o tempo estipulado a suspensão, continuando no serviço. OBS: a multa não é forma autônoma de punição, somente nos casos se suspensão.
- No caso de suspensão, a anotação no registro do servidor é cancelada após 5 anos.
- Demissão: nas hipóteses que ela incide, ela é obrigatória
- Prazo de prescrição das punições:
180 dias para a advertência
2 anos para a suspensão
5 anos para todo o resto. 
- Caso a infração administrativa seja também um crime, caberá o prazo de prescrição da infração penal.
- Autonomia das penas: as penas administrativas, cíveis e criminais são autônomas, ou seja, podem ser aplicadas conjuntamente ou em separado. Mesmo que uma pessoa seja absolvida na esfera penal, poderá ser condenada na esfera administrativa e na cível. 
- Exceção – hipóteses em que a absolvição penal vincula a esfera administrativa e cível:
Negativa de autoria (autoria não imputada a pessoa)
Inexistência do fato (ausência de materialidade)
- OBS: atipicidade do fato não configura nessas hipóteses – o fato pode ser irrelevante para o direito penal mas relevante para as outras esferas
- A responsabilidade administrativa é apurada por dois procedimentos
Sindicância: procedimento mais célere, servindo apenas para os casos puníveis com advertência e suspensão de até 30 dias.
- Pode ser aferir uma infração mais grave, e nesse caso, ela será anexada aos autos do PAD.
Processo Administrativo Disciplinar: a autoridade competete instaura o PAD e cria-se uma comissão de três servidores estáveis, sendo estes a realizar o processamento do inquérito administrativo
Inquerito Administrativo
- Instrução: coleta de provas e evidencias
- Defesa: o servidor tem 10 dias para apresentar a defesa. Mais de um servidor: 20 dias. Se a citação se der por edital, será o prazo de 15 dias. A não apresentação da defesa decretará a revelia do réu, porém, os efeitos da revelia não serão aplicados, devido a busca da verdade real, concedendo ao réu revel um defensor dativo.
- Relatório: reunião de todos os documentos e conclusão da comissão se o servidor é culpado ou inocente.
- Envio dos autos pela comissão para autoridade que instaurou o PAD para que ela possa proceder o julgamento. 
- O PAD poderá ser revisto diante de provas novas da inocência do servidor ou da impertinência da penalidade aplicada.
ATOS ADMINISTRATIVOS
- São considerados atos jurídicos – manifestações humanas
- Exercido pela administração pública no exercício de suas prerrogativas
- Atos administrativos diferente de atos da administração. O primeiro é exercido pela administração pública no exercício de suas prerrogativas e o segundo são atos praticados em pé de igualdade com os particulares (não há prerrogativas)
- Classificação
Atos vinculados e discricionários
- O primeiro não há liberdade de atuação, sendo expressão do princípio da legalidade, onde só poderá ser feito aquilo que a lei permita
- O segundo permitem uma maior liberdade de atuação, em escolher a forma do ato, quando ele será praticado. Também deverá respeitar a lei, porem nesses casos, a lei fornece um amplo grau de escolha do agente para tomar suas decisões. Também ocorre quando a lei traz termos indeterminados (boa-fé, conduta escandalosa), nesse caso, o agente deverá escolher a melhor interpretação que melhor atenda o interesse público. 
- O poder judiciário não pode interferir na visão do agente público, nãp fazendo analise do mérito dos atos administrativos.
Atos gerais e individuais
- Os atos gerais funcionam como leis gerais – não possuem destinatários específicos, cabendo a todos que se encaixem na hipótese abstrata demonstrada nesse ato geral – exs: instruções normativas, decretos, resoluções. Para terem eficácia, devem ser publicados em meio oficial
- Atos individuais – possuem destinatário e especifico. Ex: nomeação de uma pessoa que passou em concurso público. Não é necessário a publicação em meio oficial, basta a intimação direta do destinatário.
Atos internos e atos externos
- Os atos internos produzem efeitos somente no âmbito da adm publica, atingindo seus órgãos e agentes
- os atos externos produzem efeitos fora da adm publica, atingindo a todos os administrados.
Atos de império, gestão e de mero expediente
- Atos de império ou atos de autoridade – permite a adm publica a imposição de obrigações unilaterais aos seus administrados sem necessidade de sua concordância, podendo ser feito até mesmo de forma coercitiva. Prerrogativa da adm pública a fim de atender o interesse público
- Atos de gestão são aqueles exercidos sem prerrogativas, em pé de igualdade com os particulares
- Atos de mero expediente são aqueles atos praticados na rotina da adm pública, no seu dia, sem conteúdo decisório. Ex: movimento de processo, protocolo de petições.. 
Atos simples, compostos e complexos
- O ato simples depende da manifestação de uma única vontade para que ele seja perfeito e acabado. 
- Os atos compostos exigem duas manifestações de vontade, tendo que vir, porém, do mesmo órgão. A primeira manifestação é um pouco mais importante do que a segunda, pois esta apenas ratifica a primeira. Um subalterno que realiza um ato e necessita da ratificação do chefe
- Os atos complexos exigem duas manifestações de vontade, vindo, porém, de órgãos diferentes. Não há diferença e importância, ambas as manifestações de vontade são importanes. Ex: ato inicial de concessão de aposentadoria – manifestação da adm publica quanto do tribunal de contas da união. 
- Elementos do ato administrativo
Competência ou Sujeito – poder dado ao agente público para que ele exerça as atribuições do seu cargo- não pode ser modificada pela vontade do próprio agente
- imprescritível – não se extingue pelo não exercicio
- intransferível e irrenunciável – o que se delega é o exercício da competência, mas nunca o exercício da titularidade
- Se essas exigências não forem cumpridas haverá um vicio de competência, sendo esse vicio externalizado pelo
1) Excesso de poder – quando o agente age além da sua competência. A hipóteses em que o excesso de poder acarretara a nulidade do ato será quanto a matéria (ministério da fazenda praticando ato cabível ao ministério dos transportes) ou quando a competência para o ato for exclusiva (estados autorizando a venda de material bélico, sendo que essa é uma competência exclusiva da união), Em qualquer outra hipótese o ato poderá ser convalidado através da ratificação da pessoa que teria competência para a pratica do ato
2) Usurpação de função – ocorre quando um particular sem qualquer particular finge ser servidor e age como um. Esses atos serão considerados inexistentes.
3) Função de fato – quando o servidor público pratica as atribuições do seu cargo porem está investido de forma irregular (cargo exige ensino superior e o servidor só tem ensino médio). Nesse caso, os atos praticados pelo servidor são considerados válidos
Finalidade geral e específica
- o ato pretende atingir uma finalidade específica além do interesse público (geral)
- Vicio de finalidade = desvio de finalidade ou desvio de poder. Nulifica o ato. Hipóteses
1) Quando o servidor busca outro interesse que não o público
2) Ainda que o servidor atinja o interesse público, não atinge a finalidade especifica daquele ato. (ex: servidor que comete uma infração e é removido como forma de punição – se atingiu o interesse publico porem não o especifico do ato, pois o ato de remoção não tem a finalidade de punir)
Forma
- Exteriorização desse ato
- pode ser delimitada por lei ou livre
- o vicio de forma ocorrera quando a lei exige uma forma especifica e o agente publico não observa essa forma. Nulifica o ato. 
Objeto
- Conteúdo do ato. A alteração no mundo jurídico
- vicio do objeto – objetos impossíveis, ilegais, ou não previstos na lei
Motivo
- Causa do ato administrativo
- Ex: motivo da licença paternidade é o nascimento do filho
- vicio de motivo: 
1) motivo inexistente - quando não há causa para o ato administrativo.
2) motivo ilegítimo – a causa do ato é incongruente com a sua prática. Ex: punição por falta de higiene. Ainda que se prove que ele não tenha higiene, isso não é um motivo de punição administrativa. 
Motivação
- Justificativa do ato, o porque,
- diferente do motivo – causa
- Tantos os atos vinculativos quanto os discricionários deverão ser vinculados, onde o primeiro se demonstrara a compatibilidade legal e no segundo o porque de tomada determinada decisão. 
- A motivação deve ser prévia ou contemporânea a pratica do ato. A posterior não da certeza de que aquela justificativa de fato existia e portanto não é valida.
- Teoria dos motivos determinantes: a motivação vincula a administração. Se for comprovado que aquela motivação não existia, ainda que justifique alguma outra que justifique a pratica do ato, este deve ser anulado. Ex: o ato de nomeação não precisa de motivação; caso a adm decida motivá-la e mais tarde se provar que ela era errônea, essa nomeação será anulada. 
- Atributos do ato administrativo
1) Presunção de legitimidade – rapidez na defesa dos interesses públicos. 
- os atos administrativos, ainda que eivados de vicios, deverão ser obrigatórios para os administrados. Só não terá o dever de cumprimento no caso da anulação ou diante de decisão com efeito relativo
- Presunção relativa: o administrado poderá procurar o judiciário ou a administração publica e provar a ilegitimidade do ato. O ônus da prova é do administrado
2) Imperatividade – adm publica agindo com suas prerrogativas em defesa do interesse público
- o ato administrativo criará obrigações unilaterais (independe da concordância) aos seus administrados podendo ser exigidas de forma coercitiva
- autorização aos atos de império
- Exs: desapropriação, interdição de estabelecimentos
3) Auto executoriedade – permite que a adm publica implemente esses atos sem necessidade de autorização do poder judiciário
- Cabe controle de legalidade sujeito a anulação desses atos. Só nçao dará uma autorização previa para a sua pratica
- Exs: retirada da população de um prédio abandonado, apreensão de mercadorias ilegais
- maior celeridade
- A imposição da multa é um ato auto executável. Porém a execução (cobrança) da multa não é auto executória, pois esta será feita sempre através do poder judiciário. 
4) Tipicidade: decorre do princípio da legalidade
- a lei deve prever a possibilidade da pratica daquele ato; deve possuir respaldo legal.
- evita os atos totalmente discricionários.
- Espécies de atos administrativos
Atos normativos – atos gerais
- não possuem destinatários específicos
- funcionam como leis gerais, possui uma hipótese geral e abstrata.
- permitem a execução da lei
Atos ordinatórios
- âmbitos da administração pública
- atingem os órgãos e agentes. 
- se fundamentam no poder hierárquico
- portarias, memorandos, circulares
Atos negociais
- quando um particular faz um pedido para a adm publica, seja praticar um ato, seja para utilizar um bem
- podem ser discricionários, vinculados, precários (revogáveis a qualquer momento) ou definitivos (cassados – quando o particular não mais cumprir os requisitos do ato negocial)
1) Licença – ato vinculado e definitivo
- Licença para construir, dirigir..
2) Autorizações – discricionárias e precárias
- se em prazo determinado, caso haja revogação antes do termino do prazo, gera direito de indenização para o particular
- fechamento de ruas, exercício de atividades de interesse publico
3) Permissão – ato discricionário e precário
- pode ser por prazo determinado e indeterminado
- onerosa ou gratuita
- instalação de uma banca em uma praça
- Obs: nos casos de serviço público, necessário um contrato de permissão. Para todo o resto, existe o ato unilateral de permissão
Atos enunciativos
- conteúdos meramente declaratório ou com meros juízos de valor de quem o produz
- necessita de outro ato de conteúdo decisório para que produzam efeitos
1) Certidão: cópias de registro existente no banco de dados da adm publica. Meramente declaratório. A obtenção da certidão é um direito constitucional, sendo o prazo de expedição de 15 dias.
2) Atestado: declara um fato diante de uma situação especifica. Ex: quando uma junta medica atesta que uma pessoa pode se aposentar por invalidez.
3) Parecer: documento opinativo técnico
4) Apostila ou Averbação: ato administrativo usado corrigir, complementar ou modificar algum registro (ex: divorcio) 
Atos punitivos
- derivam do poder disciplinar quando a punição diz respeito aos agentes públicos e do poder de polícia quando a punição deriva dos particulares
- não se confunde com o ius puniendi (participação do poder judiciário) – punição administrativa, não necessita da participação do poder judiciário. 
- Extinção do ato administrativo
- Retirada dos atos do mundo jurídico
- STF: Toda vez que a extinção de um ato atingir a esfera dos particulares, estes terão o direito de exercer o contraditório e a ampla defesa
Anulação: vício de legalidade, ato ilegal
- No caso de vícios insanáveis, a anulação será vinculada – necessária.
- Caso alguns vícios sejam sanáveis, essa anulação ser discricionária. 
- efeitos: ex tunc – retroagem, resguardando os efeitos já produzidos diante de terceiros de boa-fé. 
- A anulação possui um prazo decadencial de 5 anos. Porém se aplica somente aos casos em que o ato administrativo tenha sido favorável aos particulares. No caso de má-fé do ato, esse prazo não se aplica. No caso do ato de boa-fé, será possível que se tenha um ato administrativo com vicio insanável convalidado.
- Quem tem o poder para anular os atos administrativos será

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