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Direito Administrativo

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Direito Administrativo
Regime Jurídico
Toda atividade desenvolvida pelo Poder Público terá, por finalidade única, a preservação dos interesses da coletividade, ou seja, toda vez que o Poder Público estiver atuando, não poderá fazê-lo para representar a si próprio, para representar os interesses do próprio administrador, somente para representar os interesses da coletividade.
O Regime Jurídico da Administração ou Regime Jurídico-Administrativo caracteriza-se por se delinear em função da consagração de dois princípios: supremacia do interesse público sobre o privado e indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos.
OBS: só poderá tomar posse em cargo público no Estado de Pernambuco quem estiver quite com as obrigações eleitorais. Toda prorrogação de prazo do contrato, celebrado pelo Estado de Pernambuco, deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato, sendo vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
Ato Administrativo
Ato administrativo é todo aquele editado pela administração, debaixo de regras de direito público (regime jurídico administrativo), para a preservação dos interesses da coletividade.
Essas regras de direito público vão conferir aos atos administrativos atributos e requisitos de validade que não se estendem aos particulares.
Todo e qualquer ato administrativo é susceptível de apreciação pelo judiciário. Não obstante a extensão do seu controle comporta limites em face de sua classificação.
OBS: na hipótese de omissões genéricas do Poder público, a responsabilidade civil por eventuais danos é subjetiva, situação na qual se erige a culpa como pressuposto da responsabilização.
Atributos
● Presunção de legitimidade: os atos editados pela administração pública, desde sua edição gozam desta presunção de legitimidade, já que são guiados pelo princípio constitucional da legalidade, admitindo, no entanto, prova em contrário.
● Auto-executoriedade: a administração pode executar sozinha, seus próprios atos, não necessitando de autorização prévia do poder judiciário. Assim, por exemplo, um fiscal poderá, de forma unilateral, lavrar um auto de infração em face de uma danceteria por tocar ela música acima dos limites máximos permitidos. Enquanto que o vizinho da mesma danceteria não poderá fazer nada, sozinho, contra o estabelecimento. Terá de propor medida judicial.
● Imperatividade/Coercibilidade: os atos da administração não são de cumprimento facultativo, mas obrigatório, ainda que representem sacrifício a direitos já expressos na Constituição. Em relação a este atributo pode ser ele conhecido também por coercibilidade ou ainda exigibilidade.
Requisitos de Validade
● Competência: este requisito exige que o ato seja editado por alguém que tenha legitimidade de acordo com previsão estabelecida em lei, correspondendo ao conceito de agente capaz estabelecido no Código Civil. Não pode o agente público, por isso, praticar ato que extrapole os limites de sua competência, sob pena de este ato ser nulo por excesso de poder, espécie do gênero abuso de poder, que surge como forma de ilegalidade.
● Forma: o ato administrativo, ao ser editado, deve-se revestir da forma expressamente autorizada por lei. Este requisito aparece também para os atos jurídicos no Código Civil. A diferença é que para a administração pública a forma é somente a que está prevista em lei, enquanto que no Código Civil a forma é aquela não proibida por lei. Em regra a forma é a escrita, porém os apitos ou gestos de um guarda de trânsito são também considerados atos administrativos.
● Objeto: no que tange ao objeto deve ele ser lícito. No entanto, encontramos aqui outra diferença. No Código Civil, objeto lícito significa que o particular poderá fazer tudo o que não for proibido por lei, enquanto que a administração pública só poderá fazer expressamente o que ela determina.
● Finalidade: a finalidade surge como requisito de validade somente dos atos administrativos na medida em que, ao contrário dos particulares que atuam em nome próprio, seu objetivo único é a preservação do interesse público. Afastando-se desta finalidade única incidirá em desvio de finalidade, ou desvio de poder, espécie do gênero abuso de poder, que surge como forma de ilegalidade.
● Motivo: este requisito exige que o Poder Público, ao editar seus atos, apresente as razões que o justificaram, inclusive para permitir que se faça um controle de legalidade. Dentro deste contexto, pode-se mencionar a teoria dos motivos determinantes segundo a qual todos os atos da administração pública devem ser motivados. Ainda segundo esta teoria a partir do momento em que os motivos são apresentados eles passam a condicionar a atuação do administrador que deles não poderá se afastar.
Formas de extinção
 
● Extinção Natural: é aquele que cumprido os seus efeitos ele se extingue de forma natural. O ato termina naturalmente quando o prazo do ato se extingue pelo cumprimento do seu efeito. Ex..: Concessão de férias a um servidor pela administração pública.
● Extinção Subjetiva:  dá-se pela perda do sujeito beneficiário do ato administrativo. Ex: Morte de um servidor aprovado em concurso os efeitos do ato de sua investidura é extinto.
● Extinção Objetiva: é o desaparecimento do objeto da relação jurídica que depois de praticado, o ato desaparece ocorrendo à extinção do ato administrativo. Ex: Interdição de um estabelecimento e vindo este a fechar o objeto do ato se extingue e consequentemente o seu ato.
● Renúncia: decorre da manifestação de vontade do destinatário do ato administrativo. Ex: Autorização para uso de um bem público, porém, o agente não tem mais interesse em usá-lo.
● Retirada: ocorre quando o primeiro ato administrativo é extinto pelo segundo, está fundada no advento de uma nova legislação impedindo a permanência do ato administrativo. São formas de extinção por retirada a Anulação, Revogação, Caducidade, Cassação e Contraposição.
→ Anulação: existe a retirada na forma de anulação quando o ato for ilegal, a ilegalidade ela pode ser detectada pela administração pública ou pelo poder judiciário, causando efeitos retroativos, ex tunc. Por implicar a eliminação de todos os efeitos até então gerados, a anulação não autoriza a invocação de direito adquirido. Segundo o disposto no artigo 54 da Lei 9.784/99, o Poder Público tem o prazo decadencial de cinco anos para anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para terceiros, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má fé.
→ Revogação: é a retirada do ato administrativo do ordenamento jurídico, quando este ato administrativo for inconveniente, inoportuno e que não atenda ao interesse público. A administração pública tem a liberdade discricionária concedida pela lei para revogar o ato administrativo não tendo o poder judiciário nenhum controle vinculante quanto essa forma de retirada, a não ser quando ela atipicamente exerce função administrativa revogando os seus próprios atos. Os efeitos produzidos pela revogação não retroage efeitos ex nunc, bem como não há limite temporal para administração pública revogar os seus atos, podendo fazer a qualquer tempo. Os atos que produzirem direitos adquiridos, os atos vinculados ou os atos que esgotarem os seus efeitos não serão alcançados pela revogação.
→ Caducidade: É a retirada do ato administrativo por uma norma superveniente tornando a norma anterior inadmissível. Ex: Permissão para explorar parque de diversões em logradouros público, porém, superveniente é editada uma lei que proíbe particulares de usar logradouros públicos.
→ Cassação: pressupõe descumprimento de requisitos legais por parte do beneficiário que descumpriu condições que permitia a manutenção do ato e seus efeitos. A retirada por cassação do ato administrativo ela tem duas características que são o ato vinculado e o ato sancionatório sendo este com poder punitivo para o beneficiário que deixou de cumprir as condições do ato possibilitando a sua extinção.  Ex: Cassação de licença de funcionamentode um hotel por este haver se transformado em casa de prostituição.
→ Contraposição ou Derrubada: É a retirada do ato administrativo por existir dois atos diferentes fundados em competências diversas com efeitos contrapostos. Ex: Um ato administrativo exonerando um funcionário e outro ato administrativo nomeando esse mesmo funcionário, tais atos são contrapostos.
Poderes da Administração
Poder Vinculado
Aquele em que o administrador se encontra totalmente preso ao enunciado da lei, não existindo espaço para que faça um juízo de valores, um juízo de conveniência e oportunidade. 
Por exemplo: Pedido de aposentadoria por idade de um servidor com 70 anos, que instrui o pedido com cópia do documento de identidade. Aqui a solução é única por parte do administrador na medida em que o servidor público tem limite de idade para permanecer na administração, 70 anos. Aliás, não por outra razão a essa modalidade de aposentadoria se dá o nome de “aposentadoria compulsória”.
Poder Discricionário
É aquele em que o administrador está preso ao enunciado da lei, porém, não totalmente, existindo espaço para se fazer um juízo de valores, um juízo de conveniência e oportunidade.
Por exemplo: Proprietários de um bar ingressam com um pedido junto à administração para a colocação de mesas e cadeiras na calçada em frente ao seu estabelecimento. Esse caso não comporta solução única eis que o deferimento do pedido dependerá de alguns itens tais como: tamanho da calçada, da quantidade de mesas, do movimento de pedestres naquele local, etc.
OBS: Toda vez que o examinador descrever uma situação hipotética se comportar solução única, como no exemplo da aposentadoria compulsória, então será vinculado, se comportar diversas soluções será discricionário.
Poder Hierárquico
É o poder conferido a administração para se auto-organizar, ou seja, é o poder que a administração tem para estabelecer, fixar, os campos de atuação dos órgãos, pessoas que a integram e dos seus agentes públicos. Atenção: As ordens emitidas por um superior só deverão ser cumpridas, se forem lícitas, se forem válidas.
Poder Disciplinar
É o poder conferido à administração para aplicação de sanções pela prática de infrações de caráter funcional, vale dizer, só de caráter administrativo. Este destaque é importante na medida em que o agente pode, por uma mesma irregularidade, sofrer sanções na esfera administrativa, (demissão), na esfera civil (devolução do que foi subtraído dos cofres públicos) e também na área penal, se o ilícito estiver previsto no código Penal no capítulo dos crimes contra a administração.
As modalidades mais frequentes de sanções administrativas encontradas em sede de legislação ordinária são: advertência, suspensão, demissão, alguns estatutos trabalham com demissão a bem do serviço público, na medida em que cada ente da Federação tem competência para disciplinar a matéria.
A aplicação dessas sanções de natureza administrativa só terá lugar quando houver a prática de infrações de caráter funcional, ou seja, ligadas às atribuições do cargo, do emprego, das funções, exercidas pelo servidor.
Poder Normativo
Poder conferido à administração para a expedição de decretos e regulamentos visando oferecer fiel execução à lei. É também conhecido por poder regulamentar sendo que a legitimidade para o seu uso foi entregue ao Chefe do Poder Executivo. 
Assim, na esfera federal a legitimidade é do Presidente da República; na esfera estadual é do Governador e na municipal, do Prefeito. Seu fundamento constitucional encontra-se no artigo 84 IV, em especial em sua parte final quando se lê que o Presidente da República tem competência privativa para a expedição de decretos e regulamentos para oferecer fiel execução á lei.
Poder de Polícia
É o poder conferido à administração para, disciplinar, limitar, restringir, condicionar, frear o exercício de direitos e atividades dos particulares para a preservação dos interesses da coletividade. No uso desse poder a administração poderá passar por cima de direitos individuais, ainda que expressos na Constituição Federal, para preservar interesses da coletividade.
O fundamento para o exercício do Poder de Polícia encontra-se na supremacia do interesse público sobre o do particular. Esse poder pode incidir sobre atos ou situações gerais ou sobre situações específicas. É o único que além de uma definição doutrinária apresenta também uma definição legal, pois surge como fato gerador da cobrança de um tributo, a taxa, conforme estabelece o art. 145 da Constituição.
Prescreve em 5 anos a ação punitiva da administração pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em tiver cessado.
OBS: um dos elementos que diferenciam a Polícia Administrativa da Polícia Judiciária é que a primeira se dispõe unicamente a impedir ou paralisar atividades antissociais, enquanto a segunda se preordena à responsabilização dos que vidam a ordem jurídica vigente.
Serviço Público
A execução de serviços públicos poderá se realizada pela administração direta, indireta ou por particulares. Oportuno lembrar que a administração direta é composta por órgãos, que não têm personalidade jurídica, que não podem estar, em regra, em juízo para propor ou sofrer medidas judiciais.  Exemplos: Ministérios, Secretarias de Estado, administrações regionais, subprefeituras. 
A administração indireta é composta por pessoas, surgindo como exemplos: autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista. Por outro lado, o serviço público também pode ser executado por particulares, por meio de concessão, permissão, autorização. Importante dizer ainda que todas estas figuras que integram a administração indireta têm de comum entre si os seguintes itens: são pessoas jurídicas; são criadas ou autorizadas por lei de iniciativa do poder executivo; são dotadas de autonomia administrativa , financeira e patrimônio próprio.
Autarquias
São pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica somente para uma finalidade, a prestação de serviços públicos. Elas não podem ser criadas para exploração de atividades econômicas.
● Exemplos: INSS, INCRA, BACEN.
OBS: o STF já decidiu que a OAB não precisa fazer concurso para contratar pessoas, não precisa abrir licitação para contratar serviços. O STF tem entendido que a OAB é uma pessoa jurídica “sui generis”, não configurando-se como autarquia, e tão pouco como uma associação de direito privado.
●Características: as autarquias têm autonomia administrativa, financeira e também patrimônio próprio, podendo tomar suas próprias decisões. Não existe subordinação em relação a administração direta o que não impede se mantenha um vínculo em relação a ela.
● Criação: A sua criação depende de lei de iniciativa do Executivo
● Responsabilidade: Sendo a autarquia pessoa jurídica, portanto, sujeito de direito e obrigações, e possuindo ainda autonomia financeira, verbas próprias, patrimônio próprio, será ela a responder pelas obrigações que contrair junto à terceiros. A administração direta que a criou, poderá ser chamada, mas apenas em caráter subsidiário.
Agências Reguladoras
São também espécies de autarquia. Logo, são pessoas jurídicas de direito público, prestadoras de serviços públicos. Tem autonomia administrativa, financeira, patrimônio próprio, são criadas por lei e respondem pelas suas obrigações.
No entanto são Autarquias de Regime Especial. Tem por finalidade fiscalizar a execução de serviços públicos, principalmente quando transferida para a iniciativa privada.
O que varia de uma agência reguladora para a outra é o setor, o campo de atuação atribuído para cada uma delas. Essas agências, introduzidas no Brasil, por influência do direito norte americano no final da década de 90, hoje acabam se multiplicando.
● Exemplos: ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações, ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, ANP Agência Nacional de Petróleo, ANS Agência Nacionalde Saúde, ANAC Agência Nacional de Aviação Civil.
Seu regime especial apresenta, entre outras características, o fato de serem dotadas de poder normativo, vale dizer, para a criação de regras visando a execução de serviços públicos e também porque seus dirigentes adquirem estabilidade, durante o período de duração de seu mandato, mesmo sem terem ingressado através de concurso. Assim, durante a vigência de seus mandatos, variável de acordo com a lei que criadora da agência, a demissão só poderá ocorrer pelo cometimento de falta grave.
Fundações
São pessoas jurídicas, de direito público ou de direito privado (há divergência doutrinária, havendo quem entenda que só possuem natureza jurídica de direito público), criadas somente para a prestação de serviços públicos.
As fundações particulares são regidas pelo Código Civil. O patrimônio delas é um patrimônio inteiramente particular, não se relacionando em nada com a administração pública. Essas fundações particulares, uma vez criadas, têm sua fiscalização feita pelo próprio Ministério
Público e podem ser criadas para fins sociais.
● Exemplos de Fundações Públicas: FUNAI, IPEA, FUNDAP, FAPESP, Fundação Casa, PROCON.
OBS: Não confundir estas fundações, que integram a administração indireta, com aquelas que integram a iniciativa privada. Exemplos de Fundações: Fundação Bradesco, Fundação Itaú, FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado- Fundação Airton Senna, Fundação Xuxa, são todas particulares.
● Características: As fundações têm autonomia administrativa, autonomia financeira e também patrimônio próprio.
● Criação: Sua criação é autorizada por lei específica, conforme, artigo 37, inciso XIX da CF. Isto significa que, autorizada por lei a criação de uma fundação, deve esta ser efetivamente criada com o registro de seus atos constitutivos no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
● Responsabilidade: Se a fundação é uma pessoa, é sujeito de direito e obrigações, e ainda tem autonomia financeira, verbas próprias, patrimônio próprio, ela mesma irá responder pelas obrigações que contrair junto a terceiros. A administração direta que a criou, também poderá ser chamada a responder, mas como as autarquias, apenas de forma subsidiária.
Empresas Públicas
São pessoas jurídicas de direito privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividades econômicas, contando com um capital inteiramente público e constituídas sob qualquer modalidade empresarial. Se criada para prestar serviços públicos então não competirá com a iniciativa privada. No entanto, se criada para explorar atividades econômicas passará a competir com a iniciativa privada em regime de livre concorrência. A regra é que os bens sejam privados, salvo quando prestarem serviço público.
● Exemplos: Caixa Econômica federal, Correios, Infraero.
● Características: O capital das empresas públicas é inteiramente público, não comporta a participação de particulares. Pode ser constituída por qualquer forma empresarial. As empresas públicas têm autonomia administrativa, financeira, e patrimônio próprio.
● Criação: A criação de empresas públicas é autorizada por lei. Dependerá, ainda, de registro de seus estatutos sociais, como se verifica com qualquer empresa particular.
● Responsabilidade: São as empresas públicas que respondem pelas suas obrigações, e a administração direta que as criou responderá apenas em caráter subsidiário, ou seja, só depois de esgotadas suas forças. Nunca, em caráter solidário.
Sociedade de economia mista
Personalidade jurídica de direito privado, sujeição ao controle estatal, vinculação aos fins definidos em lei, atividade de natureza econômica. Autorização e extinção por lei específica. Regime jurídico de direito público quando presta serviço público e de direito privado quando exploram a atividade econômica. A regra é que os bens sejam privados, salvo quando prestarem serviço público. Composição de capital misto, sendo a maioria público, forma jurídica de S/A (sociedade anônima).
● Exemplos: Banco do Brasil, Eletrobras, Petrobras.
● Características: Estas sociedades têm autonomia administrativa, financeira, e patrimônio próprio.
● Criação: Sua criação é autorizada por lei. Dependem de registro de seus estatutos sociais.
● Responsabilidade: São as sociedades que respondem pelas suas obrigações, e a administração direta que as criou responderá apenas em caráter subsidiário, ou seja, só depois de esgotadas as suas forças. Nunca, jamais em caráter solidário.
Desapropriação
Procedimento administrativo pelo qual o Poder Público ou o delegatário autorizado visa alcançar a transferência compulsória da propriedade de outrem, fundado em declaração de utilidade pública ou interesse social, mediante pagamento de indenização.
A desapropriação é procedimento de direito público, sendo realizada em duas fases: a primeira, chamada declaratória, envolve a indicação da necessidade ou utilidade pública ou interesse social; a segunda é executória, compreendendo a estimativa da justa indenização e a transferência do bem ao domínio do expropriante.
Recai sobre todos os bens: móveis, imóveis, corpóreos, incorpóreos, públicos, privados, e o espaço aéreo e o subsolo.
Uma vez incorporados à Fazenda Pública, os bens expropriados não podem ser objeto de reinvindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação, resolvendo-se qualquer ação julgada procedente em perdas e danos. Isso implica na impossibilidade de se invalidar a desapropriação, se o expropriado não era o legítimo dono.
A desapropriação está isenta de evicção, extinguindo a inalienabilidade bem como qualquer ônus real que pesar sobre a coisa. Sua indenização é feita em dinheiro, salvo nos casos de pagamento em títulos da dívida pública, de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, em havendo área urbana não edificada, subutilizada ou não utilizada e de pagamento em títulos da dívida agrária, no caso de Reforma Agrária, por interesse social. Há, ainda, a previsão constitucional de uma desapropriação sem indenização, assemelhada a um confisco, incidente sobre terras onde se cultivem plantas psicotrópicas legalmente proibidas.
Licitações
É um procedimento administrativo através do qual o Poder Público seleciona a proposta mais vantajosa para o interesse público nos termos previstos no edital. Portanto, como regra geral, sempre que aquele for contratar serviços, terá que abrir licitação. Em outras palavras, não pode contratar com quem quiser, mas apenas com quem apresente a proposta melhor que os demais.
Competência
É competência privativa da União, legislar acerca de normas gerais de licitações e contratos administrativos. A competência atribuída à União para legislar sobre normas gerais, não impede que Estados e Municípios legislem editando normas especificas.
Fases
O autor do projeto não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários. Sendo permitida sua colaboração com consultor ou técnico, nas funções de fiscalização.
Todas elas com objeto próprio apresentando-se em uma ordem cronológica que não pode ser alterada.
● Edital: é a lei interna das licitações, pois nele devem estar previstas todas as regras que uma vez publicadas devem ser seguidas tanto pela administração quanto pelos licitantes. Daí falar-se em princípio da vinculação ao edital. Assim, o edital deverá descrever com detalhes o objeto que será licitado, os documentos que devem ser trazidos para a fase de habilitação, o critério de julgamento das propostas, entre outros.
● Habilitação: a fase em que o poder público procura apurar as condições pessoais de cada licitante, em vista de uma futura contratação. Não adianta o licitante fazer uma proposta melhor que a dos outros e não apresentar a melhor condição de cumpri-la. Assim são exigidos documentos na área jurídica, técnica, fiscal e financeira.
● Classificação: é a fase em que o Poder Público analisa as propostas comerciais dos habilitados na fase anterior. Sendo que é subdividida emdois momentos diferentes. 
No primeiro, temos a desclassificação. Ou seja, a eliminação de dois tipos de propostas, quais sejam: as inexequíveis e as exequíveis em desconformidade com o edital.
Nesse contexto, o legislador estabelece duas hipóteses em que as propostas comerciais apresentadas deverão ser imediatamente desclassificadas pelo poder público.
● Homologação: é a fase da licitação, na qual os seus autos são encaminhados à autoridade que conduziu o procedimento, para a confirmação ou não de todas as decisões tomadas. Nela, portanto, temos uma ratificação ou não de todos os atos praticados até aquele momento.
● Adjudicação: é a entrega do objeto da licitação ao vencedor. Sendo que é possível se destacar dois efeitos básicos advindos desta. Superada as fases de habilitação e classificação, sendo apurada a proposta vencedora, é necessário adjudicar e homologar. Porém, se a proposta vencedora estiver de alguma forma viciada, impedindo a contratação, será chamado o segundo colocado.
Modalidades
● Concorrência: uma modalidade ampla, que pode ser utilizada para compras de qualquer valor e não exige pré-requisito nem procedimento preambular junto ao órgão público. É importante lembrar que algumas licitações exigem este tipo de modalidade.
● Tomada de Preços: existe um cadastro prévio dos participantes que deve apresentar os documentos solicitados ao órgão público, para avaliação e emissão de certificado.
● Convite: o licitante é convidado a participar por meio de uma carta-convite, sendo exigida a participação de pelo menos três concorrentes no certame.
● Leilão: está relacionado à venda bens imóveis e inservíveis da administração públicas, podendo ser realizada também para bens apreendidos ou penhorados judicialmente pelo poder público. Nesta modalidade, vence o participante que der o maior lance.
● Concurso: utilizada para a selecionar e premiar trabalhos de cunho técnico, científico e até artístico mediante a instituição de prêmio ou remuneração. Os critérios desta licitação, cujo objetivo é incentivar atividades ligadas à ciência, arte ou tecnologia, são definidos pelo edital.
● Pregão: é própria para contratação de bens e serviços comuns independentemente de seu valor para desburocratizar os procedimentos de licitação já existentes. Nas versões presencial e eletrônica, o pregão não determina limites para os valores, sendo que a disputa ocorre durante sessão pública. O vencedor é o concorrente que oferece o menor preço.
OBS: para a determinação de qual modalidade é utilizada na situação descrita pelo examinador, é preciso saber se a competição é viável ou inviável. Logo, se inviável, temos a inexigibilidade. Do contrário, temos a contratação por dispensa ou o certame.
Princípios
Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Igualdade; Publicidade; Probidade Administrativa; Vinculação ao instrumento convocatório; Julgamento objetivo e transparência.
Contrato Administrativo
A convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas para constituir, regular ou extinguir, entre elas, uma relação jurídica patrimonial, tendo sempre a participação do Poder Público, visando à persecução de um interesse coletivo, sendo regido pelo direito público. É o ajuste que a Administração Pública firma com o particular ou outro ente público, para a consecução de interesse coletivo.
Características
● Consensual: consubstanciado em acordo de vontades.
● Formal: não basta o consenso das partes, é necessária a obediência a certos requisitos.
● Oneroso: remunerado na forma convencionada.
● Cumulativo: compensações recíprocas e equivalentes para as partes.
● Sinalagmático: reciprocidade de obrigações.
● De adesão: as cláusulas são impostas unilateralmente.
● Personalíssimo: exige confiança recíproca entre as partes. É intuitu personae, porque o contrato representa a melhor proposta entre as apresentadas.
● Exige licitação prévia, salvo nas hipóteses excepcionais previstas em lei.
Espécies
● O contrato de obra pública: refere-se ao contrato administrativo de construção, reforma ou ampliação de determinada obra pública. Esta modalidade contratual só pode ser pactuada com profissionais ou empresas de engenharia registradas no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). Nesta modalidade é possível dois tipos de contrato, por empreitada (execução de determinada obra, total ou parcial) ou por tarefa (através de medições das tarefas executadas).
● Em relação ao contrato de serviço: se dá através do contrato celebrado pela Administração com determinado particular para o fornecimento de serviços, p.ex., transporte, montagem, instalação, entre outros.
● No que tange o contrato de fornecimento: este se dá através do contrato entre a Administração e contratado particular, com intuito de aquisição (compra) de bens, p.ex., contrato de fornecimento de materiais de escritório.
● O contrato de gestão: este refere-se ao contrato celebrado pela Administração Pública para com uma entidade ou órgão da Administração Direta, Indireta e/ou Organizações não governamentais.
● No que se refere ao contrato de concessão: trata-se de contrato administrativo pelo qual o Estado transfere, através do poder concedente, a uma pessoa jurídica privada, denominada concessionária, a prestação de serviço público mediante tarifa paga diretamente pelo usuário. Resolução de disputas relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem.
Cláusulas exorbitantes
Nos contratos administrativos, a elaboração das cláusulas é feita pela Administração. Ou seja, não há a interferência do particular. Temos, portanto, que tais contratos são de adesão. Em outras palavras, os particulares aderem às cláusulas prévia e unilateralmente estabelecidas pela Administração.
Da mesma maneira, uma alteração nas cláusulas contratuais também será realizada unilateralmente pela Administração. Isto porque, trata-se de prerrogativa do Poder Público. A mesma situação ocorre, ainda, na hipótese de rescisão contratual. 
Na verdade, então, existe um conjunto de prerrogativas atribuídas ao Poder Público por lei, ao qual se denomina cláusulas exorbitantes. Logo, o legislador coloca a Administração em uma situação de superioridade em relação aos particulares.
As cláusulas exorbitantes recebem esta denominação por que exorbitam o valor comum das cláusulas presentes nos contratos de direito privado.
Servidores Públicos
São agentes administrativos que mantêm relação funcional com o Estado, de caráter estatutário, sendo titulares de cargos públicos de provimento efetivo ou em comissão (em breve você irá entender esses termos). Exemplos: analista previdenciário do INSS e fiscal do IBAMA.
OBS: a CF88 prevê situações em que o indivíduo poderá ser admitido no serviço público mesmo sem concurso: cargos em comissão, servidores temporários (para atender necessidade temporária de excepcional interesse público), cargos eletivos, nomeação de alguns juízes de tribunais, desembargadores, ministros de tribunais), ex combatentes, agentes comunitários de saúde e agentes às endemias.
Responsabilidade Civil do Estado
A obrigação legal da Fazenda Pública de ressarcir terceiros pelos danos patrimoniais que lhe foram causados por atos comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos ou ilícitos dos agentes públicos, no desempenho de suas funções ou a pretexto de exercê-las.
Características
Tal responsabilidade é legal e não contratual. Não decorre de uma atividade direta do Estado, mas sim da constatação de danos causados em razão de suas próprias atividades.
Independe da responsabilidade criminal e administrativa para se caracterizar e é regida pelo Direito Público, pois, o Estado não pode ser equiparado ao particular.
Teses
● Teoria da culpa administrativa: leva em conta a falta do serviço, e não a culpa subjetiva do agente administrativo. Para que incorra a responsabilidade faz-se necessário que a vítima sofra um dano e comprove a falta do serviço. Exige, também, uma culpa especial da Administração, que é denominada culpa administrativa. A falta de serviço caracteriza-se: pela sua inexistência, pelo seu mau funcionamentoou retardamento. Incorrendo qualquer dessas hipóteses, a culpa administrativa é presumida.
● Teoria do risco administrativo: baseia-se no risco que o Estado causa a seus administrados. A Administração tem obrigação de indenizar a vítima pelo ato danoso e injusto que lhe foi causado, não sendo necessário à vítima provar culpa dos agentes ou falta de serviço. Para que surja a responsabilidade, mister se faz que a vítima comprove que sofreu um dano e que ele é injusto. Porém, se comprovado, pelo Poder Público, que a vítima teve culpa, a indenização será amenizada ou excluída.
● Teoria do risco integral: a administração tem o dever e de ressarcir todo e qualquer ato danoso causado à vítima, ainda que esta tenha culpa ou dolo. Esta teoria nunca foi adotada pela legislação pátria por ser extremista.
Causas Excludentes
Para que ocorra a responsabilidade civil, é de suma importância a presença dos seguintes pressupostos, a saber: o dano, a culpa do agente e o nexo de causalidade. Portanto, na falta de um desses pressupostos não se configurará a responsabilidade.
A responsabilidade civil do Estado será elidida quando presentes determinadas hipóteses, aptas a excluir o nexo causal entre a conduta do Estado e o dano causado à vítima, quais sejam: a força maior, o caso fortuito, o estado de necessidade e a culpa exclusiva da vítima.
Indenização
A indenização a ser paga pela Administração em favor da vítima pode se dar amigavelmente ou por meio da ação de indenização.
Para que a vítima receba a indenização (dano emergente, os lucros cessantes, os honorários advocatícios, correção monetária e juros) basta que ela comprove o nexo causal entre o ato do servidor e o dano que lhe foi causado.
É possível a indenização por lesão corporal (caso em que deverá ser pago o tratamento da vítima) e por morte (caso em que deverá ser custeado o funeral e a prestação alimentícia da vítima pelo tempo provável de sua vida aos seus dependentes).
Também é possível a indenização por dano moral, embora haja dificuldade em se fixar o montante a ser pago.
Ação Regressiva
Após indenizada a vítima, o Estado tem o direito de restaurar seu patrimônio, voltando-se contra o agente causador do dano.
A ação regressiva pode ser ajuizada ainda que o servidor não mais exerça o cargo. Caso o agente causador do dano já tenha falecido, a ação regressiva poderá ser ingressada contra seus herdeiros e sucessores.
Processo Administrativo Disciplinar
Um instrumento pelo qual a administração pública exerce seu poder-dever para apurar as infrações funcionais e aplicar penalidades aos seus agentes públicos e àqueles que possuem uma relação jurídica com a administração.
Fases
● Fase de Instauração.
Daí, de início, como necessidade lógica, vem a primeira fase processual que é a fase de instauração.
Na fase de instauração devem ser tomadas providências administrativas que ocasionarão efeitos importantes no desenrolar do processo punitivo.
Para a instauração, deve sempre haver obrigatoriamente motivação. E, havendo a prova da irregularidade ou mesmo indícios de sua prática, a lei é taxativa no dever que tem a autoridade de mandar apurar os acontecimentos. Vejamos o que diz o Estatuto:
Na fase de instauração, a autoridade deve verificar vários requisitos, como: competência; requisitos de estabilidade dos membros da comissão; requisito de escolaridade ou nível de cargo efetivo do Presidente da comissão;
Para instaurar um processo disciplinar, a autoridade tem que deter a competência para tal ato. Como regra geral, o chefe da repartição tradicionalmente detinha esta competência. Assim, um Superintendente, um Diretor-Geral, um Gerente-Geral, um Presidente de Autarquia, naturalmente possui o poder disciplinar, para instaurar a apuração disciplinar. Na maioria dos casos não terá competência para o julgamento, porém poderá mandar esclarecer os fatos.
Com a cada vez maior complexidade da atuação dos órgãos do Poder Executivo na República Federativa do Brasil, vê-se um movimento forte no sentido de especializar essa atribuição, criando-se corregedorias nos órgãos para, privativamente, realizar essa árdua tarefa de instauração dos processos. E, isso é muito importante, tendo em conta que, nas corregedorias, haverá uma maior especialização dos servidores que desempenharão com melhor galhardia os atos e procedimentos preparatórios, como o famoso juízo de admissibilidade. Neste juízo preparatório, o corpo de funcionários da corregedoria, motivará a necessidade de apuração ou, se não for o caso de ilícito disciplinar, poderá sugerir o arquivamento do feito.
● Fase de Instrução.
Após a fase de instauração, segue-se a fase de Inquérito Administrativo. O Inquérito se subdivide em: instrução processual; defesa e relatório final.
Na instrução, a comissão deverá juntar documentos, dando vista dos mesmos ao interessado. Providenciar a oitivas das testemunhas, com a intimação prévia do notificado para poder acompanhar a assentada. Poderá solicitar realização de perícia técnica, formulando os quesitos. Deverá fazer diligências, quando for necessário verificar in locu  alguma situação fática que mereça esclarecimento. Sendo o ato mais importante: a realização do interrogatório do envolvido.
Comprovada, em fase de indícios fortes, a infração disciplinar, deverá redigir um termo, com a devida tipificação, e expedir mandado de citação, com prazo de 10 dias para que o indiciado apresente defesa escrita. Se forem dois ou mais os indiciados, o prazo para defesa escrita será dobrado, ou seja, 20 dias.
Apresentada a defesa, a comissão terá que rebater ponto por ponto a peça do indiciado, sendo que poderá resultar dessa análise o acatamento total ou parcial das razões, ou a denegação total dos pleitos defensivos, por ausência de suporte fático-probatório e/ou desamparo legal. A Comissão tem o prazo de 60 dias para a conclusão da instrução do processo, podendo o mesmo ser prorrogado por igual prazo. Cabe ressaltar, ainda, que o prazo para conclusão dos trabalhos não é peremptório, podendo a comissão ter seu prazo de encerramento prorrogado ou ainda pode a mesma ser reconduzida por igual período de tempo. Assim, não há nulidade na extrapolação desse prazo.
Após a fase de defesa, o último ato da comissão deverá ser a apresentação do Relatório Final, findando assim a fase de instrução.
● Fase de Julgamento.
No julgamento, cujo prazo é de 20 dias, a autoridade julgadora procederá ao arquivamento ou à aplicação da penalidade, devendo acatar o entendimento da comissão processante, exceto se não houver compatibilidade entre a penalidade sugerida e o ilícito administrativo praticado e demonstrado no curso do Processo Administrativo Disciplinar. 
Note-se que, em que pese a lei fixar o prazo para julgamento em 20 dias, não há nulidade acaso ultrapassado os vinte dias, porque a teoria das nulidades em processo disciplinar é clara em admitir que esta somente ocorre quando a irregularidade processual configura prejuízo para o direito de defesa do acusado.
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