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AULA 4a Depressão Zimerman

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Psicopatologia Especial – 4ª Aula
Depressões – Zimerman – Capítulo 19
Conceituação
-indispensável a distinção entre melancolia, luto, tristeza, posição depressiva e depressão.
	-tristeza: estado de humor afetivo presente ou não em estados depressivos
	-luto: período de aceitação da perda de um objeto amado
	-melancolia: introjeção do objeto perdido com ambivalência e conflito – “sombra do objeto recaído sobre o Eu” (Freud, 1917) – luto patológico crônico.
	-posição depressiva: M. Klein, 1934 – constelação de relações objetais e ansiedades – tríade: objeto total; responsabilidade e culpa; sentimentos de reparação frente aos objetos.
	-depressão: grau maior ou menor de núcleos melancólicos (neuroses e psicoses)
	-depressão melancólica: depressão crônica, com sinais clínicos insidiosos e pouco aparentes ou bruscas e inesperadas irrupções de surtos melancólicos agudos, risco de suicídio.
-sinais clínicos: baixa auto-estima, culpa sem causa definida, intolerância a perdas e frustações, exigência consigo próprio, submissão julgamento dos outros, estado de que há algum desejo inalcançável.
Etiopatogenia
-Causas Endógenas (orgânicas): sistema límbico – hipotálamo e núcleo amigdalino – sistema imunológico – psicofarmacologia crescente.
-Depressão Anaclítica: Freud (1914) – “escolha narcísica do objeto” – busca de alguém para preencher vazio da mãe original – fantasia de retorno ao seio (objeto perdido)
			-Sptiz (1965) – bebês ao 6º e 8º mês vivenciam tal estado ao separarem-se das mães – sintomas semelhantes à depressão nos adultos.
			-Bowlbly (1969): fenômeno do apego (attachment) – necessidade de vinculação afetiva entre a mãe e o bebê – privação precoce: três fases – protesto, desesperança, retraimento (indiferença e desvalia)
-fenômeno de “hospitalismo” – Spitz; de “desapego” - Bowlby; da “síndrome da adaptação ao estresse” – Seyle – fenômenos equivalentes.
-depressão anaclítica: abandono de todo interesse e investimento em objetivos e idéias – risco de suicídio.
-Identificação do Ego com o Objeto Perdido: Freud (1917) – osmose entre o Ego e o objeto perdido – pessoa passa a atacar a si mesma – luto pelo objeto e pelo ego (desagregação e empobrecimento do ego).
-Depressão por Perdas: três níveis
			-perda de objetos necessitados (real ou fantasiada) – ambivalência: amor e ódio. 
			-perda de objetos reasseguradores da auto-estima – muletas
			-perdas do ego – depressão involutiva – época de aposentadoria, perda dos pais e amigos, envelhecimento – identificações projetivas: idealizações de outras pessoas e esvaziamento do próprio ego.
-Depressão por Culpas: seis fontes
			-ego rígido, punitivo
			-ódio de ego contra o id
			-culpas imputadas pelos outros
			-obtenção de êxitos
			-descrença do ego
			-assumir culpas dos outros
	-superego cruel: culpa, inter-relações de natureza sadomasoquista, responsáveis pela reação terapêutica negativa
-Depressão Decorrente do Fracasso Narcisista: Kohut (1971)
			-“self grandioso” – ego ideal herdeiro do narcisismo primário
			-“imago parental idealizada” – ego ideal projetado nos pais
	-indivíduos narcisistas: face ao sucesso alheio têm uma insuportável sensação de derrota, fracasso e humilhação.
-Identificações Patógenas: três tipos
			-identificação com o objeto deprimido (achar que sua maldade provocou desgraças); 	“complexo da mãe morta” – Green (1976) – assassinato psíquico do objeto mãe – depressão branca (sem ódio, sem luto e dor pela perda)
			-identificação com o objeto desvalorizado – reintrojeção da figura parental desprezada pela criança
			-identificação com a vítima – compulsão de prestar eterna solidariedade à sua vítima (aborto provocado, etc) – abortamento das oportunidades promissoras em suas vidas.
-Ruptura com os Papéis Designados: garantia de amor dos pais fundada sobre a realização das expectativas dos mesmos – desobediência leva à culpa – sentimento de ingratidão e de traição – relacionada a impasses terapêuticos
-Pseudodepressões: sentimentos de desvalia e pobreza que não correspondem à realidade do sujeito 
			-medo de atrair inveja
			-medo de ser cobrado como fonte de provimento dos outros
			-medo que sua felicidade seja entendido como tripúdio
			-necessidade de sofrimento para serem amados
Equação “8C” (fatores com permanente interação)
Completude (C1), Carência (C2), Cólera (C3), Culpa (C4), Castigo (C5), Compulsão à repetição (C6), Código de valores (C7), Capacidade para ingressar na posição depressiva (C8)
Alguns aspectos do tratamento das depressões
-depressões anaclíticas (situadas entre C1 e C3): profunda e precoce perda da mãe – propensas a somatizações, cronicamente deprimidas, humor amargo e atitude ressentida e poliqueixosa, vingativas e rancorosas – resistência a mudanças psíquicas – “Complexo do Conde de Monte Cristo” – terapeuta precisa ser introjetado como um objeto confiável por conter as angústias do paciente.
-depressões resultantes de perdas:
			- objeto bom: processa-se como o luto normal
			-objeto idealizado: desamparo, quadros melancólicos – objeto instala-se dentro do ego – paciente mantém-se ligado ao objeto perdido – necessário realizar primeiro o luto para sair dessa posição – dificuldade terapêutica: não saber que objeto foi perdido (narcisismo)
-depressões resultantes de identificações patógenas: promover desindentificações seguidas de reidentificações
			Desindentificações: processo delicado que pode levar às sensações de confusão e perda de identidade.
-depressões resultantes da ruptura com papéis designados: romper com estereótipos cronificados e assumir papéis diferentes das expectativas – podem ocorrer somatizações e despersonalização, sensação indefinida de perda de amor e da possibilidade de ocorrer alguma desgraça – aliança terapêutica com o lado sadio do paciente
-pseudodepressões: interpretação das fantasias inconscientes responsáveis pela estruturação enganosa
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