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Transtornos Psicologicos

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Transtornos Psiquiátricos na Infância 
e Adolescência e Desempenho Escolar
VII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia
Candida Helena Pires de Camargo
ExEx--Diretora do Serviço de Psicologia/ Unidade de NeuropsicologDiretora do Serviço de Psicologia/ Unidade de Neuropsicologia / Reabilitação ia / Reabilitação 
Neuropsicológica do IPQ HC FMUSPNeuropsicológica do IPQ HC FMUSP
cphpcphp@usp.@usp.brbr
Ana Carolina Ana Carolina BrocanelloBrocanello Regina Regina –– neuropsicóloganeuropsicóloga colaboradoracolaboradora
Contribuições da Neuropsicologia na 
Compreensão dos Quadros Psiquiátricos e de 
Aprendizagem
• Transtornos Psiquiátricos podem exercer efeitos diretos ou 
indiretos no comportamento e na aprendizagem. O locus onde 
tudo isto se passa é o cérebro. 
• Cérebro: órgão em permanente atividade, gerada e modulada 
por disparadores internos e externos (fontes estruturais, 
genéticas, metabólicas/bioquímicas, elétricas, sociais e de 
personalidade).
Contribuições da Neuropsicologia na 
Compreensão dos Quadros Psiquiátricos e de 
Aprendizagem
• Comportamento final de um indivíduo, seja uma 
ação auto-motivada, uma resposta a uma 
demanda externa ou um sintoma mental
envolve necessariamente um aparato cognitivo
para sua geração, organização e efetuação.
Contribuições da Neuropsicologia na 
Compreensão dos Quadros Psiquiátricos e de 
Aprendizagem
• O impacto das emoções sobre a cognição é 
evidente posto que o cérebro funciona com um 
todo , não em compartimentos isolados. 
Diferentes desordens psiquiátricas podem 
envolver os mesmos circuitos,porem de formas 
diferentes .Isto implica leques cognitivos 
distintos, apesar das manifestações 
comportamentais poderem ser semelhantes. 
Áreas de interesse
Sistema Límbico
Regiões de interesse
Gânglios da 
Base
córtex cerebral
Gânglios da Base (núcleo 
caudado; putamen, globo 
pálido)
Hipocampo
Amígdala
Regiões de interesse
Circuitos hipotéticos
• Striatum: pode ser visto como um mediador 
da aprendizagem baseada em regras. Dá 
suporte aos processamentos não-conscientes 
de informação, que levam à aquisição de 
comportamentos executados de forma 
automática e reforça a eficiência dos processos 
de alta-ordem (p.ex.: memória operativa)
Circuitos hipotéticos
• Sensório-motor: funções sensório motoras. 
• Óculo-motor: movimentos oculares.
• Cognitivo-dorsal: processos cognitivos complexos 
→ memória operativa e habilidades para estabelecer 
e mudar “sets” mentais. 
Circuitos hipotéticos
• Cognitivo-ventral: processos cognitivos, tais 
como: inibição de resposta, especialmente 
relacionadas a aspectos sociais e emocionais. 
• Afetivo-emocional: processos de informação 
baseada na recompensa emocional. Este 
circuito é pesadamente influenciado por 
enervação a partir de estruturas límbicas, como 
a amígdala. 
Circuitos hipotéticos
Papel funcional destes circuitos:
• aprendizagem motora.
• seqüenciação de movimentos.
• alocação atencional, por magnificação e 
filtragem/suspensão
• memória operativa
• aprendizagem motora implícita (procedural)
Dificuldades quanto ao diagnóstico nestas Dificuldades quanto ao diagnóstico nestas 
faixas etáriasfaixas etárias
?? Alta comorbidade entre desordens psiquiátricasAlta comorbidade entre desordens psiquiátricas
?? Cada fase do desenvolvimento pode fornecer um Cada fase do desenvolvimento pode fornecer um 
cenário cognitivo e comportamental diferentecenário cognitivo e comportamental diferente
?? Transtornos do Desenvolvimento podem Transtornos do Desenvolvimento podem 
complicar a identificação dos sintomas (ex.: T. D. complicar a identificação dos sintomas (ex.: T. D. 
Não Não --Verbal)Verbal)
?? Em crianças, mais do que em adultos, a interação Em crianças, mais do que em adultos, a interação 
com fatores ambientais contribui para o quadro com fatores ambientais contribui para o quadro 
particularparticular
Transtornos Específicos do 
Desenvolvimento
• Este rótulo diagnóstico agrupa vários tipos de 
desordens que aparecem na infância, relacionadas à 
aprendizagem e desempenho escolar. 
• Elas podem estar presentes mesmo antes desta etapa e 
se estender por toda a vida.
Transtornos Específicos do DesenvolvimentoTranstornos Específicos do Desenvolvimento
• Problemas da classificação: o enfoque é 
educacional, embora requeira os métodos de 
exame psicológico para definí-los. 
• Estudos desenvolvidos por Rourke, Denckla, 
Mesulam e Weintraub nesta área fornecem os 
subsídios para considerar estes transtornos 
como Desordens do Processamento de 
Informações.
Transtornos Específicos do DesenvolvimentoTranstornos Específicos do Desenvolvimento
• Rourke considerou-as como resultantes de disfunção 
em um de três sistemas neurais possíveis: 
¾ de centros filogeneticamente mais baixos para centros 
superiores 
¾ da córtex posterior para anterior
¾ disfunção Direita-Esquerda
• Esta conceituação permite incluir vários tipos de falhas 
de aquisição, inclusive as de adaptação emocional e 
social, bem como compreender os talentos especiais que 
muitos destes indivíduos têm, sob a ótica das 
Desordens de Processamento Neurocognitivo.
Transtornos Específicos do Transtornos Específicos do 
DesenvolvimentoDesenvolvimento
Quatro síndromes maiores são descritas sob este 
mesmo prisma:
¾Desordem de Processamento Verbal
¾Desordem de Processamento Não-Verbal
¾Desordem do Déficit de Atenção (com ou sem 
Hiperatividade)
¾Desordem de Comportamento/ Julgamento/ 
Insight
Transtornos Específicos do DesenvolvimentoTranstornos Específicos do Desenvolvimento
• Desordem do Processamento Verbal (DPV)
Decorre de problemas nas habilidades envolvidas na ou 
com a linguagem (por ex.: discriminação fonêmica, 
articulação, leitura, escrita, etc).
As dificuldades se agrupam de formas diferentes, a 
partir de um déficit primário (por ex.: de percepção 
auditiva).
Neste modelo, um déficit primário na audição fonêmica 
levaria a:
Transtornos Específicos do DesenvolvimentoTranstornos Específicos do Desenvolvimento
déficit na audição fonêmica distúrbio na atenção 
auditiva-verbal problemas na memória auditivo-
verbal OU
déficit na audição fonêmica déficit na análise 
fonoarticulatória no out put verbal na 
sintaxe, etc
Encontram-se aqui as Disfasias, Dislexias, Disgrafias, e 
alguns tipos de Discalculia de Desenvolvimento. As funções 
visuoespaciais são geralmente bem desenvolvidas. As 
disfunções são nos Sistemas Neurocognitivos de H.E.
Desordem do Processamento VerbalDesordem do Processamento Verbal
• Queixas escolares mais comuns
Dificuldades de:
¾ articulação, baixo output verbal
¾ nomeação 
¾ “achar palavras”
¾ leitura
¾ soletração, secundária às substituições fonêmicas
¾matemática, secundária às substituições de símbolos
¾ compreensão verbal
Desordem do Processamento VerbalDesordem do Processamento Verbal
Este padrão neuropsicológico pode levar ou 
ser acompanhado por quadro psicossocial:
¾retraimento social (decorrente da dificuldade 
de comunicação)
¾tendência a “atuar” os sentimentos
¾falhas no estabelecimento das relações 
sociais.
Desordem do Processamento NãoDesordem do Processamento Não--VerbalVerbal
• Decorrem de problemas nas habilidades 
envolvidas com a percepção ou produção de 
informações não-verbais (por ex.: análise 
visuoespacial, coordenação visomotora, 
formação de conceitos não verbais, prosódia).
Neste modelo um déficit primário de 
decodificação de informações não-verbais,
levaria a:
Desordem do Processamento NãoDesordem do Processamento Não--VerbalVerbal
- déficit de decodificação de informações não-
verbais distúrbio na atenção visual
no comportamento exploratório namemória visual na formação de 
conceitos. 
As habilidades de linguagem são melhor 
desenvolvidas. 
Estes déficits refletiriam disfunções nos 
Sistemas Neurocognitivos de H.D.
Desordem do Processamento NãoDesordem do Processamento Não--VerbalVerbal
• Queixas mais comuns
Dificuldades:
¾coordenação visomotora
¾habilidade visuoespacial
¾resolução de problemas não-verbais
¾percepção, julgamento e interação social
¾prosódia
¾aritmética
Desordem do Processamento NãoDesordem do Processamento Não--VerbalVerbal
Este padrão neuropsicológico pode levar ou 
estar acompanhado de:
¾extrema timidez
¾isolamento social
¾impropriedade social
¾desordens afetivas
Desordem de Comportamento/ Julgamento/ 
Insight
• Decorre de problemas nos Sistemas Neurocognitivos
envolvidos com a aquisição e desenvolvimento de 
regras e comportamento social apropriado e no 
desenvolvimento de estratégias para tomar decisões.
• Neste modelo o déficit primário estaria na habilidade 
de monitorização levando a:
Desordem de Comportamento/ Julgamento/ 
Insight
- déficit na habilidade de monitorização do próprio 
comportamento de prever e registrar as 
consequências do próprio comportamento 
comportamentos “anti-sociais”. 
As demais funções cognitivas encontram-se 
preservadas.
As disfunções refletiriam desenvolvimento 
deficiente dos Sistemas Frontais.
Desordem de Comportamento/ Julgamento/ 
Insight
• Queixas mais comuns
¾são “imunes” à disciplina
¾não pospõem gratificação
¾sentimentos de vitimização
¾ataques de cólera
¾comportamento “psicopático”
Transtornos Específicos do DesenvolvimentoTranstornos Específicos do Desenvolvimento
• Fazer o diagnóstico preciso nestes casos é de extrema 
importância dado que as decisões de tratamento vão 
refletir a postura tomada na análise dos casos. 
• Cada grupo de desordens requer uma forma de 
atendimento específico baseado na compreensão dos 
déficits primários, secundários e no impacto destas 
desordens na vida acadêmica, familiar e social.
• Na consideração dos tratamentos deve-se levar em 
conta que algumas destas desordens são 
acompanhadas por distúrbios do humor como parte 
do quadro.
Transtornos mais comuns na 
Infância e Adolescência 
Transtorno do Déficit de 
Atenção/Hiperatividade
• Abrange diversos padrões cognitivos/ 
comportamentais ou subtipos clínicos.
• Curso e sintomas: variam no tempo e ao longo do 
desenvolvimento levando à confusão diagnóstica. 
No geral incluem a “dificuldade para prestar atenção 
quando obrigado”. 
TDAH
• É caracterizado por: níveis de atenção 
inapropriados, impulsividade e hiperatividade.
• Subtipos:
1 – Tipo Combinado: inatenção e hiperatividade
2 – Tipo Predominantemente Desatento: baixa atenção sustentada.
3- Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo: problemas 
primários relacionados à hiperatividade e impulsividade, porém 
não são desatentos. 
TDAH
Sintomas Centrais:
• Impulsividade: déficit no controle inibitório →
responder sem pensar; incapacidade de resistir à
distratores.
• Distrabilidade: inabilidade para “sustentar” 
comportamentos em determinadas tarefas. Hiperfoco
em outras. 
• Hiperatividade: (física ou mental) inquietação 
motora, pular de um assunto ou atividade para outra. 
TDAH
Sintomas Centrais:
• implicam a motivação. Capacidade para sustentar a 
atividade e controlar impulsos vem da recompensa 
imediata dada pelas atividades (estimulação, prazer, 
ou valor de reforço da tarefa) ou pela antecipação 
do reforço positivo ou negativo. 
Achados Neuropsicológicos em TDAH
Déficits: 
• atenção para o ambiente e para as atividades
• sustentação e direção da motivação
• formulação de metas e planos de ação
• inibição de respostas/comportamentos
(automonitorização e correção)
Achados Neuropsicológicos em TDAH
Déficits:
• avaliação/ antecipação de conseqüências e 
resultados (programação de comportamentos 
adaptativos complexos)
• integração dos “inputs” sensoriais (detecção, 
filtragem e valoração dos estímulos) com resposta 
motora (seleção, iniciação, inibição e mudança).
TDAH
Manifestação comportamentais dos déficits:
• Impulsividade: falhas na reflexão, filtragem e 
censura.
• Distrabilidade: dificuldades na auto-
organização/ gerenciamento; “esquecimento” 
no meio da ação, concentração insuficiente para 
canalizar esforço.
• Hiperatividade: alta energia, atividade 
excessiva; “stimulus-bound”
Implicação dos Déficits na 
personalidade e adaptação social
Rótulos: 
• preguiçoso, bagunceiro, irresponsável, fútil, 
inconfiável. 
• Auto-estima baixa, autoconceito denegrido, 
desmoralização crônica, depressão.
ou
• Incansável, criativo, bem sucedido
• alta auto-estima (engaja auxiliares para 
“cobrir”suas falhas). 
Implicação dos Déficits na 
personalidade e adaptação social
• Crianças que não funcionam à altura de sua capacidade. 
• Problemas familiares: entre os pais e com a criança; 
alta correlação entre dinâmica familiar e problemas
comportamentais no TDAH.
• Dificuldades sociais: relacionadas com os problemas de 
performance: não focalizam na conversa, não aguardam
turno, não seguem regras; conhecem normas sociais mas
não inibem comportamento inapropriado.
• Dificuldades acadêmicas: problemas são mais
aparentes no setting escolar – perdem informações, não 
aguentam monotonia.
Caso clínico
• Menino, 7 a. cursando o pré-primário. 
• desenvolvimento neuropsicomotor nos prazos 
esperados.
• Aos 4 anos:
– não conseguia acompanhar a classe - dificuldades 
de psicomotricidade.
– passou a apresentar dificuldades de atenção e a 
ficar “extremamente agitado”(sic). 
Caso Clínico
Queixas atuais: 
• Professora: “espera mais do que ele dá”(sic). 
Dificuldade para copiar da lousa, a não ser que a 
professora fique “do lado”(sic). 
• Escola/casa:
– tem dificuldades em “centrar”(sic), não termina 
atividades que começa. “Vai passeando entre as 
coisas: videogame, tv, banho, brinquedos”(sic). 
– Negocia para não fazer toda a lição e faz o mais 
rápido possível. 
Caso Clínico
Temperamento e personalidade:
• muito afetivo e carinhoso 
• bastante desinibido e curioso 
• adapta-se com facilidade
• bastante sedutor, tenta convencer e fazer negociações 
para conseguir o que deseja. 
• Em casa “explode e xinga”, mas depois se arrepende.
• Obedece e cumpre castigos. 
• Fora de casa não faz birra, nem gritaria. 
• Na escola a professora percebe que ele fica muito bravo, 
porém se contém. 
Caso Clínico
• “estabanado, derruba os amigos, é impulsivo” . 
• relacionamentos interpessoais: na escola exerce 
liderança, é convidado pelos amigos para fazer 
atividades/ passeios e recebe bem os amigos em 
casa. 
– Divide brinquedos e não os quebra. Não teve 
nenhuma briga séria na escola. 
Caso Clínico – Resultados Quantitativos
Atenção (WISC-III /WRAML):
• Dígitos sc: 06, perc: 09 ↓
• Janelas Digitais sc: 07, perc: 16 =↓
• Seqüência letras e números sc: 05, perc: 5 ↓
• Resistência à distração: sc: 16, perc: 25 =↓
Memória (WRAML)
• Memória visual 
– Memória para Figuras: sc: 07, perc. 16 =↓
-Memória para Cenas: sc: 14, perc. 90 ↑
• Memória verbal
– Memória para Histórias: sc: 11; perc. 63 =
- Aprendizagem Verbal: sc: 06, perc. 09 ↓
Caso Clínico – Resultados Quantitativos
• Habilidade visuoconstrutiva/visuoespacial:
Cubos: sc: 12, perc. 75 =↑
Armar Objetos: sc: 11, perc. 63 =
Organização Perceptual sc: 51, perc. 86 =↑
• Linguagem
Linguagem espontânea: normal/ bem articulado
Vocabulário sc: 18, perc: 99 ↑↑
Compreensão Verbal sc: 52, perc: 87 =↑
Caso Clínico – Resultados Quantitativos
Informação:sc: 12, perc. 75 =↑
Semelhanças: sc: 17, perc. 99 ↑↑
Aritmética: sc: 10, perc. 50 = 
Vocabulário: sc: 18, perc. 99 ↑↑
Compreensão: sc: 09, perc. 37 =
Dígitos: sc: 06, perc. 09 ↓
QI 119, (perc. 90 ↑) superior
Completar Figuras: sc:17, p. 99 ↑↑
Código: sc: 09, p. 37 =
Arranjo de Figuras: sc:12, p. 75 =↑
Cubos: sc:12, p. 75 =↑
Armar Objetos: sc: 11, p. 63 =
Busca de Símbolos sc:12, p. 75 = ↑
QI 115, (perc. 84 =↑) médio-superior
Verbal Execução
Caso Clínico – comentários
• muito simpático e agradável ao contato 
• extremamente espontâneo no comportamento.
• mostrava vivo interesse pelos entornos do ambiente e 
situação, não hesitando em fazer perguntas sobre tudo que 
o intrigava. 
• Percebia com facilidade como as coisas e os 
relacionamentos funcionam, aplicando e generalizando 
seus conhecimentos para resolver as questões ou criar 
hipóteses do que seria mais adequado e vantajoso em 
determinadas situações.
• Este comportamento de curiosidade também parecia ser 
uma válvula de escape para a inquietude, que se 
manifestava durante toda a avaliação. 
Caso Clínico – comentários
• não podia evitar de se mexer, falar, ficar em pé 
na cadeira e até mesmo sair andando pela sala 
(dificuldade para manter o autocontrole), o que 
denunciava a presença de impulsividade e uma 
impaciência por trás das respostas rápidas . 
Comentários
• em tarefas nas quais os estímulos eram modificados 
com certa freqüência e as informações a serem 
analisadas continham significados (objetos familiares 
ou cenas) exibiu excelente desempenho. 
– Todavia, algumas vezes sua primeira resposta era 
impulsiva, baseada em análise de dados parciais, sendo 
necessária uma pequena ajuda e orientação para que ele 
levasse em conta mais detalhes, analisasse com mais 
cautela e corrigisse sua resposta.
Discussão 
• Bem dotado quanto aos recursos de inteligência, apresentando habilidades 
verbais e não verbais em equilíbrio, embora seu desempenho fosse
ligeiramente mais eficiente no plano verbal. 
• rápido para encontrar as palavras necessárias para exprimir seu pensamento, 
era fluente e bem articulado no discurso e se utilizava de um vocabulário 
rico ao se exprimir. 
• Compreendia rapidamente as instruções verbais, articulando as respostas de 
forma bem precisa e objetiva. 
• Mostrou-se bastante hábil ao estabelecer relações abstratas entre elementos, 
categorizando as informações e formando facilmente os conceitos por meio da 
linguagem. 
• bom raciocínio aritmético, conseguindo fazer as operações mentalmente e 
resolver problemas de acordo com o esperado para o seu nível escolar.
Discussão 
• Nas atividades não-verbais (que demandavam 
o uso da atenção e percepção visual/espacial , 
“interpretação” de eventos e situações via 
“leitura” dos aspectos emocionais implícitos em 
gestos e expressões), seu desempenho variou de 
acordo com o tipo de tarefa. 
• As dificuldades provinham da falta de interesse
e dos déficits atencionais e não de raciocínio 
propriamente dito. 
Discussão
• A dificuldade de atenção/concentração interferiu 
na sua capacidade de memória, onde os 
resultados foram discrepantes da sua excelente 
capacidade de categorização e organização de 
informações.
Caso Clínico - conclusão
1) ficou nítido que as dificuldades para se manter 
concentrado e motivado por períodos longos, as 
flutuações na atenção e dificuldade de inibir 
resposta impulsivas, atingiram seu desempenho.
2) Tambem ficou claro que o alto nível de energia, 
se traduzia em impulsividade, necessidade de 
expandir-se e tendência à busca de novidades , 
derivando na irriquietude progressiva em 
atividades que tendiam à monotonia.
Transtorno Bipolar na Infância e 
Adolescência
• Descrita em pré-escolares: Esquirol (1845)
pré-púberes: Kraepelin (1921)
• Mal reconhecida e diagnosticada:
– “Esquizofrenia infantil”
– Apresentação clínica muito variável
– Sintomas se superpõe aos de outras desordens, 
especialmente T.D.A.H. e T.C.
– Idade influencia a apresentação de sintomas
Características Clínicas em Crianças / 
Adolescentes
• Apresentação comum: quadro misto, “disfórico”, 
com períodos curtos e freqüentes de intensa 
labilidade de humor e irritabilidade , mais do que 
euforia (Geller, 1995; Kutcher, 1993)
• Esta apresentação dificulta o diagnóstico 
diferencial com outras desordens
Achados Neuropsicológicos em TAB
Déficits centrais:
• Problemas no funcionamento executivo:
– Distúrbio da atenção (secundário à aceleração do pensamento) 
– Distúrbio de crítica/julgamento
– Discrepância entre QIV > QIE
– Déficits de atenção visual e de memória para faces e nomes
• Mudanças no nível da atividade motora/geral ,mas 
conseguem terminar atividades
– Alterações no ritmo do desempenho e funcionamento mental
• Incongruência entre afeto e situação
– Delírios grandiosos, alucinações
– Self “expandido”
TAB – manifestações comportamentais 
• Hiperatividade (excessiva e inapropriada) nos planos 
mental, verbal, sexual
• Obssessividade e compulsividade
• Comportamento brincalhão
• Comportamento oposicionista
• Raiva e hostilidade (abruptas e intermitentes), negação de 
responsabilidade, seguidas de culpa e depressão
• Associados a mal funcionamento temporal mesial E
(Weinberg e col, 1995), e a disfunções no circuitos frontais-
subcorticais. 
TAB X TDAH
Diagnóstico diferencial difícil porque em ambos os
quadros há irritabilidade, hiperatividade e 
distrabilidade. 
Porém nos TAB: 
- humor elevado, 
- fuga de idéias, 
- comportamentos de grandiosidade (não se atém às
regras), 
- diminuição da necessidade de sono 
- hipersexualidade. 
Transtorno de Conduta e Transtorno 
Oposicionista-Desafiador
• Presença de maiores prejuízos neuropsicológicos 
nestas populações,especialmente na área verbal .
• Problemas na codificação das emoções e não na 
decodificação, influenciando a emissão de 
comportamentos sociais.
• Habilidades normais para planejar e executar, 
bem como, habilidade de processamento. 
Achados Neuropsicológicos
• Déficits nos campos social, acadêmico e 
ocupacional resultam de distorção no 
processamento das informações sociais tais 
como: atribuição de viés negativo às 
experiências (hostilidade). 
• Freqüente associação com baixo QIV.
TAB x Transtorno de Conduta
- apresentação insidiosa e curso crônico
– comportamento pernicioso e vingativo
– ausência de culpa ou remorso
– ausência de sintomas psicóticos, pressão da fala
ou fuga de idéias
– comportamento “suspeitoso”/ desconfiado (medo 
de ser pego)
– prejuízos nas habilidades baseadas em linguagem 
e controle executivo (Moffit, 1993); QIE > V
Caso Clínico
• Menino 6a5m, cursando a 1a. Série
• Motivo do encaminhamento: queixas de 
concentração e agitação.
• Desenvolvimento neuropsicomotor: 
– 6m começou a falar as primeiras, 1a 6m já falava 
frases completas .
– 11m andava sozinho. Desde pequeno é “estabanado e 
se machuca” (sic). Pais : não tem a coordenação 
motora muito boa, para jogar bola é agitado e quer 
correr. Professora : dificuldades na coordenação 
motora fina. 
Caso Clínico
• Sono agitado. Mexe-se bastante chegando a cair da cama. 
• Alimentação: há um ano parou de comer coisas que gostava e 
comia antes. Na hora da refeição a mãe tem de estar junto, 
geralmente come contrariado. Os pais têm de fazer trocas e 
negociações para que ele coma. 
• Inicio da vida escolar : 1a5m e com boa adaptação; “é bem 
sociável”. Até os três anos e seis meses - sem reclamações da 
escola, “era só elogios”(sic). 
• Pré-primário : começaram as queixas:
preferência por crianças mais velhas,mais nítida após os 
quatros anos. 
• dificuldadespara ficar sentado . “Não ficava parado, não 
deixava a professora dar aulas”(sic). Ficava para fora da 
classe ou de castigo na sala da diretora. Faz piadas para que 
os colegas dêem risada, atrapalhando a aula.
Caso Clínico 
• Não respeita limites, nem os professores.
• Após quinze dias de aula estava falando sobre drogas
com os colegas. 
• Este ano roubou lápis de cores do amigo, tirou as 
etiquetas dos lápis para que não percebessem o que havia 
feito. Pegou os lápis mesmo tendo ganho dos pais lápis 
novos. 
• Inicialmente foi matriculado para período integral, porém 
devido às queixas na escola,ficou somente no período da 
tarde. 
• Está com dificuldades no processo de alfabetização, 
escreve os números espelhados. “A parte pedagógica está 
prejudicada” , não consegue acompanhar a classe. 
Caso Clínico
• Temperamento e personalidade: é bastante sociável. Os pais o 
descreveram como uma criança viva e esperta. 
• Aos três anos e seis meses gostava de meninas mais velhas, “dizia 
que tinha namorada” (sic). 
• Aos quatro anos começou a mostrar-se mais agitado, “faz o que 
quer”(sic). 
• Fantasia bastante, conta coisas para os amigos que não são reais, 
mentiu para os colegas da escola que o pai era policial, em uma fase 
na qual gostava de policiais. 
• Mente muito, antes quando a mãe “o apertava ele confessava, hoje
jura que não fez”(sic). Obedece a ordens geralmente quando está a 
ponto de apanhar, “reclama de tudo” (sic). 
• É bastante amoroso, gosta de abraçar e beijar; porém irrita-se e 
explode com facilidade , quando não consegue algo que deseja de 
imediato; com crianças de sua idade, quando quer algo e não 
consegue, “pega à força”(sic).
• É tagarela, não consegue esperar sua vez para falar, “se 
intromete”(sic). 
Caso Clínico
• interesse por assuntos polêmicos, “que chamam atenção dos 
outros” (sic): criminalidade, presidiários, sexo e drogas. No 
ano passado queria saber sobre funck. 
• Na escola contou para os amigos que sabia o que era cocaína 
e maconha, “como deixar os amigos doidões”(sic). 
• Tem dificuldades de concentração na maioria das coisas. 
Prefere brincadeiras “físicas” - correr, andar de bicicleta, e 
brincadeiras de luta. 
• Prefere estar em contato com as pessoas. Enturma-se 
facilmente com adolescentes. 
• Como dados de história médica aos 3 anos - TCE, atingindo a 
região occipital.
Caso Clínico
• Professora: crueldade com os amigos, espeta 
colegas com lápis. Colegas tentam se 
aproximar, mas reclamam dele. 
• diagnósticos anteriores (neurologistas e 
psiquiatras): TDAH
Caso Clínico
• Atenção (WRAML e WISC-III):
Atenção Visuoespacial - Janelas Digitais sc: 9; perc: 37 =
Atenção Auditiva - Seqüência de Letras e Números sc: 10, perc: 50 =
- Dígitos sc: 9, perc: 37 =
Velocidade de Processamento de Informações sc: 26, perc: 87 =↑
• Memória (WRAML)
Memória visual – Memória para Figuras: sc: 12, perc. 75 =↑
Memória para Cenas: sc: 11, perc. 63 = 
Memória verbal – Memória para Histórias: sc: 16, perc. 98 ↑↑
Aprendizagem Verbal: sc: 19; perc. 99 ↑↑
Aprendizagem Verbal (Recuperação – após interferência) 
12/13 palavras - porcetagem de retenção 100%
Caso Clínico
Informação: sc: 13, perc. 84 =↑
Semelhanças: sc: 15, perc. 95 ↑
Aritmética: sc: 17, perc. 99 ↑↑
Vocabulário: sc: 17, perc. 99 ↑↑
Compreensão:sc: 15, perc. 95 ↑
Dígitos: sc: 9, perc: 37 =
QI: 132, (p. 98 ↑↑) muito-superior
Completar Figuras:sc: 13, p. 84 =↑
Código: sc: 14, p. 90 ↑
Arranjo de Figuras: sc: 14, p. 90 ↑
Cubos: sc: 12, p. 75 =↑
Armar Objetos: sc: 13, p. 84 =↑
Busca de Símbolos: sc: 12; p. 75 =↑
QI : 121, (p. 92 ↑) superior
Caso Clínico – comentários 
• criança alegre e falante, bastante extrovertida e 
desinibida. 
• vivacidade no contato e na execução das 
atividades propostas. 
• preocupado com o desempenho, querendo 
“acertar todas”. 
• logo se cansava das atividades que estava 
fazendo, queixando-se e sugerindo alguma 
brincadeira que desejava fazer ao invés das 
tarefas. 
Caso Clínico – comentários
• conversava “de igual para igual”, sem 
considerar hierarquia. Também apresentava 
malicia e certa ironia que são pouco comuns em 
sua idade. 
• confirmou que é bagunceiro e que gosta de
deixar as pessoas bravas, provocá-las, 
inclusive a diretora. Disse achar engraçado as 
pessoas ficarem bravas. 
• vocabulário cheio de gírias e expressões não
usuais para uma criança de sua idade e nível 
sócio-cultural.
Caso Clínico 
Questionário Desiderativo:
1+: ser rico, ganhar $ para brincar e para todo mundo 
me conhecer.
2+: leão é o rei da selva, vou ser o rei e mandar em todo 
mundo.
3+: barata, para todo mundo ficar com medo de mim. É 
legal. 
4+: planta carnívora, tem bocona, para comer e se 
alimentar.
5+: Fogo para queimar lesma, matar lesma. 
“Tia esta história não é minha”. 
Depressão
?? Apresentação típica: dificuldades na escola.Apresentação típica: dificuldades na escola.
QueixasQueixas
-- irritabilidade; oposicionismo, irritabilidade; oposicionismo, 
negativismo, “sem limites”negativismo, “sem limites”
-- queixas físicas inexplicáveis e exageradasqueixas físicas inexplicáveis e exageradas
-- hiperatividade, impulsividade,hiperatividade, impulsividade,
desinibiçãodesinibição, falta de crítica; agressividade, falta de crítica; agressividade
-- problemas de aprendizagemproblemas de aprendizagem
DepressãoDepressão
?? apresentação dos sintomas apresentação dos sintomas não está claramente não está claramente 
relacionada ao humorrelacionada ao humor (Newman e(Newman e SilversteinSilverstein, 1987), 1987)
?? prejuízos não se relacionam à subtipos de depressão prejuízos não se relacionam à subtipos de depressão 
(Newman e(Newman e SweetSweet, 1986), 1986)
?? relação entre nível de prejuízo cognitivo e severidade relação entre nível de prejuízo cognitivo e severidade 
da depressão é inconsistente da depressão é inconsistente ((SilversteinSilverstein, 1990), 1990)
?? os estudos sugerem relação entre doença afetiva e os estudos sugerem relação entre doença afetiva e 
H.DH.D. . 
Depressão em Crianças / AdolescentesDepressão em Crianças / Adolescentes
?? Déficits centrais:Déficits centrais:
?? dificuldades de atenção / concentraçãodificuldades de atenção / concentração
?? dificuldadesdificuldades visomotorasvisomotoras // visuoespaciaisvisuoespaciais ((StatonStaton ee colcol, 1981), 1981)
WISC: WISC: ↓↓ Cubos e CCubos e Cóódigo; digo; ↓↓ SemelhanSemelhançças e Compreensas e Compreensããoo
QIE < VQIE < V
HalsteadHalstead: : ↓↓ latencialatencia de resposta no Pareamento de de resposta no Pareamento de 
Figuras Familiares Figuras Familiares 
?? Achados atribuíveis à disfunção de “hemisfério direito”Achados atribuíveis à disfunção de “hemisfério direito”
Queixas podem refletirQueixas podem refletir
?? DepressãoDepressão
?? Transtorno Afetivo Bipolar (T.A.B.)Transtorno Afetivo Bipolar (T.A.B.)
?? Transtorno Oposicionista Transtorno Oposicionista -- DesafiadorDesafiador
?? Transtorno de CondutaTranstorno de Conduta
?? HipocondriaHipocondria
?? Transtorno do Déficit de Atenção/HiperatividadeTranstorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade

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