Buscar

GESTAÇÃO SINAIS E SINTOMAS 2016.2

Prévia do material em texto

Gestação normal
Profª Elina Fernandes
Gestação (gestante) Parto (parturiente) Puerpério (puérpera)
CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL
OMS = 15% das gestantes tendem a apresentar alguma intercorrência de
maior gravidade, culminando na necessidade da conclusão da gestação por
cesariana
Estimativa = 40% das gestantes vivenciam alguma forma de morbidade
Episódio do ciclo de vida das mulheres, vivenciado de modo fisiológico pela 
maioria delas. 
GESTAÇÃO
❖ Período de modificações fisiológicas, anatômicas,
psicológicas e sociais à mulher e à família;
❖ Diversos fatores envolvidos para a manutenção
da gestação*;
❖ Adaptações do organismo materno;
❖ Alta velocidade de crescimento fetal;
❖ Maior vulnerabilidade mãe-filho.
* Estatísticas
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
❖ 280 dias ou
❖ 40 semanas ou
❖ 09 meses solares ou
❖ 10 meses lunares 
❖ Período embrionário: da fecundação até o final da 12ª semana
❖ Período fetal: da 13ª semana ao nascimento (40ª semana)
❖ Nascimento prematuro (pré-termo): menos de 37 semanas
❖ Nascimento a termo: da 37ª à 42ª semana
❖ Nascimento pós-termo: a partir de 42 semanas 1 dia
PERÍODOS GESTACIONAIS
A partir da data da última 
menstruação (D.U.M.)
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
▪GESTAÇÃO A TERMO - Toda gravidez que estiver entre 
a 37ª á 41ª semanas e 6 dias .
Termo: 37 semanas completas (259 dias) a 41 semanas e 
6 dias (293 dias)
▪PARTO PREMATURO / PRÉ-TERMO – O ocorre antes da 
gestação completar 37 semanas – 23ª a 36ª semanas e 6 
dias
▪PÓS-TERMO ( Serotina ) - gestação com duração igual 
ou maior que 42 semanas 
▪40 semanas - 280 a 286 dias
GESTAÇÃO... O começo
Fecundação
GESTAÇÃO... O começo
❖ Duração da fecundação: até 14 dias.
❖ Ovo ou Zigoto migra pela tuba por aproximadamente 3 dias, quando 
chega na cavidade uterina e permanece livre por 2 dias.
❖ Fase do ovo durante este percurso: 
Mórula  Glástula Blástula (mitoses sucessivas)
❖ Nidação: ocorre no 6º dia - fase de blastocisto.
❖ Inicia-se o processo de diferenciação celular e continua a intensa 
mitose.
❖ Por volta do 9º dia o blastocisto já esta totalmente nidado.
Fecundação
GESTAÇÃO... O começo
NIDAÇÃO
GESTAÇÃO
MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DURANTE A 
GRAVIDEZ
Os sinais, sintomas e achados laboratoriais que
sugerem ou determinam a presença de gravidez
podem ser classificados em 3 grupos :
I. Presuntivos
II. Probabilidade
III. Certeza
Obs: Além do diagnóstico clínico, temos o laboratorial
ou hormonal e o ultrasonográfico
SINAIS PRESUNTIVOS
São sinais subjetivos e observados (sentidos ) pela própria mulher que 
levam a mesma supor que está grávida.
Amenorréia – atraso menstrual de 4 semanas
5 semanas - Náuseas e vômitos, anorexia, perversão do apetite e 
extravagância alimentar
Alterações mamária( hipersensibilidade ) - Congestão mamária
Com 8 semanas surge a aréola primária ( hiperpigmentação e 
espessamento do tecido ) e os tubérculos de montgomery ( em 
números de 12 a 15 – regridem no puerpério)
Com 20 semanas surge uma pigmentação de limites imprecisos ao 
redor do mamilo denominada aréola secundária – SINAL DE HUNTER
Aréola secundária
Cloasma gravídico ou melasma -
hiperpigmentação na face
Polaciúria – 6 semanas
Linha nigrans ou linha alba
SINAL DE HALBAN – lanugem na testa, junto aos 
limites do couro cabeludo
Fadiga
Chutes (movimento fetal) - 16 a 20 semanas
Aumento do útero – 7 a 12 semanas 
SINAIS PRESUNTIVOS
SINAIS PR0BABILIDADE
 Alterações da vulva e vagina
( resultante de grande aumento da 
vascularidade ) – 6 a 8 semanas
 Aspecto violáceo da mucosa 
vulvar – SINAL DE CHADWICK OU 
JACQUEMIER – 6 a 8 semanas
 Aspecto violáceo da vagina
– SINAL DE KLUGE
 SINAL DE PISKACEK -
caracteriza-se pelo 
abaulamento e 
amolecimento na zona de 
implantação
 SINAL DE HEGAR –
amolecimento do istmo 
uterino – 6 a 8 semanas
Sinais e sintomas muito sugestivos , que o examinador detecta ao 
exame.
SINAIS PR0BABILIDADE
Aumento do diâmetro ântero-
posterior do útero;
12 semanas – aumento do 
volume abdominal, quando o 
útero torna-se palpável logo 
acima da sínfise púbica;
18 semanas – percepção e 
palpação dos segmentos fetais 
cabeça e membros 
SINAIS PR0BABILIDADE
Alterações anatômicas cervicais – 6 a 8 
semanas
▪Amolecimento do colo do útero / cérvice , detectado 
através do toque vaginal – SINAL DE GODELL 
▪ Contrações de Braxton Ricks – 16 a 28 semanas
▪ Crescimento do abdome – causado pelo amolecimento 
do útero e o crescimento fetal
▪ Rechaço fetal/ Sinal de Puzos – 16 a 18 semanas , 
movimento passivo do feto, sentido durante o exame 
pélvico, é a resposta do feto sobre uma pressão aplicada
SINAIS DE CERTEZA
Sinais e sintomas definitivos, causados especificamente pela 
gravidez: 
Ausculta e contagem batimentos cardíacos 
fetais
❖ BCF – 120 a 160 bpm. 
❖ A partir 10 a 12 semanas pelo sonar-Doppler
❖ Com estetoscópio de Pinard em gestantes não obesas:
A partir da 20ª semana, segundo manual de Pré-Natal 
e Puerpério -2006 
❖ Ultra-Sonografia detecta embrião ou feto entre 4 a 6 s.
❖ Percepção pelo examinador de movimentos fetais ativos 
após 20ª semanas.
Existem três tipos de diagnósticos para a confirmação de 
uma gestação
1- Diagnóstico 
Bioquímico da 
Gestação 
Fator precoce da 
gestação (FPG) 
Gonadotrofina 
coriônica humana 
(hCG) 
2- Diagnóstico Ultra-
Sonográfico da Gestação 
▪ Ultra-sonografia
obstétrica via 
transvaginal 
▪ Ultra-sonografia
obstétrica via 
transabdominal
3- Diagnóstico Clínico 
da Gestação 
▪ Sinais de 
presunção 
▪ Sinais de 
probabilidade 
▪ Sinais de certeza
DIAGNÓSTICO BIOQUÍMICO 
Dois sinais bioquímicos de importância são emitidos pelas 
células embrionárias: 
1. Fator precoce da gestação (FPG): proteína imunossupressora presente 
no sangue materno durante a 1a semana do desenvolvimento fetal, 
formando base para testes precoces de gravidez. É um fator produzido 
pelo ovário cerca de 24 a 48 horas após a fertilização em resposta a um 
sinal embrionário. Uma vez implantado, o blastocisto passa a secretá-lo.
2.Gonadotrofina coriônica humana (hCG): é uma glicoproteína secretada 
pelo embrião a partir do estágio de 8 a 12 células, cerca de 3 dias após a 
fertilização, quando ainda não é detectável no soro materno, mas 
acredita-se servir de estímulo direto ao corpo lúteo ovariano. Pode ser 
detectado no soro materno a partir do oitavo dia após a fertilização. 
DIAGNÓSTICO HORMONAL
Gonadotrofina Coriônica Humana- hCG
▪ Teste positivo para gravidez – Níveis de B-hcG aumentam 8 
dias após a concepção, atingem níveis máximos da 9ª 
semana, depois diminuem gradativamente. 
▪ Os valores de B-hCG iguais ou superiores a 1000 mUI/ML já 
permitem a confirmação de gestação intra-uterina. 
▪ A gonadotrofina Coriônica Humana- Hcg - É um hormônio 
sintetizado pelo sinciciotrofobrasto, entretanto, a vesícula 
vitelina somente poderá ser visualizada quando os níveis de 
hcG atingirem cerca de 7200mUI/ml.
▪ TESTES IMUNOLÓGICOS– URINÁRIOS (TIG)
DIAGNÓSTICO ULTRA-SONOGRÁFICO 
ULTRA-SONOGRAFIA TRANSVAGINAL
▪ 4 semanas – SG
▪ 5-6 semanas – vesícula vitelina
▪ 6-7 semanas – eco embrionário/ bcf
▪ 12 semanas – placenta
4 SEMANAS -SACO GESTACIONAL
12 SEMANAS – BCF E PLACENTA
DIAGNÓSTICO ULTRA-SONOGRÁFICO 
OBJETIVOS DA INDICAÇÃO DA US 1º TRIMESTRE DA GESTAÇÃO:
1) Diagnóstico de gravidez em cavidade extra uterina 
2) Diagnóstico da gravidez
3) Localização do SG
4) Vitalidade ovular – bcf
5) Diagnóstico e caracterização de gemelidade
6) Cálculo da idade gestacional
7) Avaliação da translucência nucal (TN)8) Confirmação de idade gestacional 
9) Detecção de patologias obstétricas (ex: mola hidatiforme)
2º TRIMESTRE DA GESTAÇÃO:
1) Visualizar estruturas anatômicas do feto 
2) Investigar o sexo do feto 
3) Diagnosticar malformações ósseas da coluna vertebral, cardiopatias congênitas 
4) Averiguar implantação placentária 
3º TRIMESTRE DA GESTAÇÃO: 
1) Acompanhar crescimento e desenvolvimento fetal 
2) Determinar a posição do feto e inserção do cordão umbilical 
3) Avaliar volume do LA
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
 A Idade Gestacional corresponde à duração da gestação, isto é, o 
tempo em semanas completas e dias completos. Este cálculo 
também é feito a partir da DUM e serve tanto para saber o número 
de semanas de uma gestação ainda em curso, como para saber com 
quantas semanas ocorreu o parto. A IG é calculada da seguinte 
maneira:
1. Primeiro escreva a DUM num papel dessa forma: Dia / Mês.
2. Pule algumas linhas e escreva a data de hoje, se ainda estiver 
grávida, ou a data em que o parto ocorreu (o cálculo é igual para 
ambos).
3. Depois é preciso saber quantos dias tem cada Mês (Jan 31 / Fev 28 
ou 29 / Mar 31 / Abr 30 / Mai 31 / Jun 30 / Jul 31 / Ago 31 / Set 30 / 
Out 31 / Nov 30 / Dez 31).
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
4- escreva quantos dias faltam para terminar o primeiro Mês, depois escreva os 
dias de cada Mês completos e por fim escreva os dias completados no último 
Mês. Some todos os dias e divida por 7; o resultado será o número de semanas 
completas e o resto será o número de dias (da semana incompleta).
Ex: gestação em curso com DUM = 15 / 06 / 2010
DUM = 15 / Jun (Jun é de 30 dias, falta 15 dias para terminar o mês) = 15
Jul = 31
Ago = 31
Set = 30
Data de hoje = 18 / Out (já transcorreram 18 dias de Out) = 18
Soma = 15 + 31 + 31 + 30 + 18 = 125 dias
Divisão por 7 = 125 / 7 = 17 e restam 6, ou seja, IG = 17 semanas e 6 dias.
 Se a gestante não souber ou não conseguir 
precisar a DUM, a idade gestacional será 
calculada medindo a Altura do Fundo do 
Útero (AFU) e/ou o tamanho do feto 
pelaUltrassonografia (US). 
 Contudo, os valores encontrados também 
serão aproximados, considerando-se sempre 
uma margem de erro de duas semanas para 
mais e para menos.
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
x
AUMENTO DO VOLUME UTERINO
AUMENTO DO VOLUME UTERINO
• 12 semanas – sai da pelve
• 16 semanas – ponto médio entre a sínfise púbica e 
o umbigo
• 20-22 semanas – cicatriz umbilical
• 28 semanas – fundo do útero está a um terço de 
distância entre o umbigo e o processo xifóide
• 40 semanas – apêndice xifóide
MODIFICAÇÕES GRAVÍDICAS
▪ Durante o ciclo gravídico-puerperal ocorrem 
inúmeras alterações no organismo, se adaptando a 
novas necessidades da mãe e do feto. 
▪ Existem modificações em praticamente todos os 
sistemas, incluindo mudanças hemodinâmicas 
importantes e profundas alterações hormonais.
▪ Essas variações devem ser bem compreendidas 
para a correta interpretação dos achados 
fisiológicos e patológicos deflagrados neste período
+ 7 dias ao 1º dia da D.U.M. *
e
- 3 meses ou + 9 meses ao mês
em que ocorreu a D.U.M.
❖ Gestograma
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO PARTO
Aplicativos para celulares
❖ Regra de Nagele
Exemplo: D.U.M. em 13/06/2013
E quando não se sabe a DUM?
• Início do mês = dia 05
• Meio do mês = dia 15
• Final do mês = dia 25
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
D.U.M. Data atual
Exemplo: D.U.M. em 13/06/2013
64 7 Quociente = nº semanas
1 9 Resto = nº dias 
17 dias de junho
31 dias de julho
16 dias de agosto 
64 dias
Idade Gestacional em 16/08/2013 = 9 semanas e 1 dias
* * Aplicativos para celulares * *
IDADE GESTACIONAL PELA ALTURA UTERINA
Equivalência AU e IG:
❖ 20ª a 34ª semana
(McDonald, 1906)
❖ Hormonais
❖ Imunológicas
❖ Anatômico-
fisiológicas
❖ Metabólicas / 
Nutricionais
ORGANISMO MATERNO
Objetivo:
Criar um ambiente favorável para o desenvolvimento do concepto.
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
❖ Alta produção de hormônios (mais de trinta hormônios)
❖ Manutenção do corpo lúteo até o 4º mês de gestação
secreção de progesterona
❖ Produção de hormônios
Placentários (hCG, hGh,
relaxina, inibinas etc)
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
HORMONAIS
O sistema imunológico protege células, tecidos e órgãos percebidos
como próprios e ataca e destroi material antigênico estranho ou
reconhecido como “não próprio”.
IMUNOSSUPRESSÃO DA GESTANTE
Metade do embrião/feto provém do pai = corpo estranho (?)
❖ Queda imunológica tanto em número quanto em função de células.
Ex.: Células NK – matadoras naturais e
Linfócios T – células de memória
❖ Maior vulnerabilidade à doenças
Ex.: H1N1; infecção urinária*
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
IMUNOLÓGICAS
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
VOLUME UTERINO
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
VOLUME UTERINO: PLACENTA
A placenta é uma 
barreira
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
VOLUME UTERINO: LÍQUIDO AMNIÓTICO
❖ Provém da filtragem de plasma materno e fetal. Este é deglutido pelo
feto e reabsorvido em seu trato intestinal, até chegar aos rins, onde é
filtrado e excretado para a cavidade amniótica, fechando o ciclo;
❖ Normalmente claro e translúcido, de odor característico*;
❖ Aumenta em volume à medida que a gestação evolui, podendo chegar a
1000 ml;
❖ A partir da 34ª semana, o volume diminui, podendo atingir 200 ml por
volta da 41ª semana;
❖ Promove a maturação e desenvolvimento pulmonar do feto;
❖ Ajuda a evitar compressões no cordão umbilical e lubrifica a pele do feto;
❖ Oligoâmnio e Polidrâmnio
POSTURAIS
❖ Mudança de eixo
(desconforto lombar)
❖ Andar como “pata”
(marcha anserina)
ÓSSEAS
❖ Pelve
❖ Cóccix
(relaxamento das articulações)
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
ANATÔMICAS
Disposição de alguns órgãos
❖ Bexiga e trato urinário
(urgências urinárias e infecções)
❖ Intestino
❖ Coração
❖ Pulmão
(respirações + profundas)
❖ Estômago
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
ANATÔMICAS
Objetivo: Fornecimento de nutrientes e oxigênio ao concepto
❖AUMENTO DA VOLEMIA: 30% a 40%
(plasma – 45% e eritrócitos – 33%
Hemodiluição – “anemia fisiológica”)
❖Dificuldade no retorno venoso (inchaço)
❖ Débito cardíaco
❖Resistência vascular periférica (PA)
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
CIRCULATÓRIAS 
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
CIRCULATÓRIAS 
 Diafragma se eleva e o coração fica mais
horizontalizado.
 “Síndrome de hipotensão supina“ - lipotímia por
reflexo vaso-vagal, bradicardia e hipotensão.
 No parto/cesárea: pode ser necessário deslocar
manualmente o útero para a esquerda na
ocorrência de hipotensão.
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
SISTEMA URINÁRIO
▪Dilatação da pelve dos cálices e ureteres a partir da 10ª semana, 
retardando o fluxo de urina, predispondo a infecções urinária.
▪Filtração glicose rim  50% - capacidade reabsorção tubular 
permanece igual = glicosúria fisiológica.
▪Aumento da excreção de nutrientes e glicose
▪Relaxamento da bexiga
▪Aumento da vascularização
▪Polaciúria 
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
▪Consumo de O2 aumenta 20-30%.
▪Abertura últimas costelas - diafragma se eleva em 4
cm, aumentando seu diâmetro transverso em 2 cm.
▪Comum sensação de dispnéia, mais no final da
gestação - incursão diafragmática está reduzida,
devido pressão do útero sobre o diafragma.
▪Queixa de dispnéia está presente em 60-70%.
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
SISTEMA GASTROINTESTINAL
▪ Motilidade bastante diminuída.
▪ Estômago: elevado pelo aumento uterino, motilidade diminuída, tempo de
esvaziamento aumentado.
▪Aumento do apetite e sede - muda qualitativamente alimentação - avidez
por frutas ácidas, alimentos condimentados, conservas, café, frituras e etc.
▪ Aversão a certos alimentos, podendo ocorrer náuseas e vômitos.
▪ Boca: pode haver hiperemia, edema e sangramento gengival, sialorréia,
periodontite, cáries(comuns) - cuidar da saúde bucal da gestante!
▪ Pirose: 50% das gestantes, sobretudo após 5º mês.
▪ Intestino tem trânsito enlentecido (útero/ação progesterona), gerando
constipação e meteorismo.
▪ Intestino tem trânsito enlentecido (útero/ação progesterona), gerando
constipação e meteorismo.
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
SISTEMA TEGUMENTAR
▪ Estrias gravídicas
▪ Distúrbios pigmentares devido ao hormônio 
estimulador dos melanócitos. Os mais comuns são a 
linha nigra ou Alba e o cloasma
▪ Aumento do fluxo sanguíneo subcutâneo que facilita 
o aparecimento de angiomas e eritema palmar.
▪ Unhas firmes, cabelos brilhantes, sinal de ALLBAN
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
SISTEMA NEUROLÓGICO
▪Neuragia parestésia sensação de dormência na parte 
ântero –lateral , devido a compressão do nervo 
cutâneo femoral
▪Tonteiras, desmaios e sincopes: devido a alterações 
vasos motoras e hipoglicemias
▪Hipotensão ortostáticas 
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
ÚTERO
▪O útero se modifica intensamente na consistência, e no 
volume, no peso e na forma, na posição e coloração. Ao mesmo 
tempo, o útero aumenta de tamanho de forma desigual, sendo 
mais importante o crescimento da zona de implantação, o que 
lhe dá uma forma assimétrica -SINAL DE PISKACEK
▪Conversão uterina de forma globosa para cilíndrica ou ovóide
.
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
COLO/CÉRVICE
▪A intensa vascularização modifica sua 
consistência para amolecida – SINAL DE GODEL .
▪ As glândulas hipertrofiadas secretam um muco 
espesso, opaco, que obstrui o canal cervical, 
recebendo o nome de tampão mucoso
 Como preparo para a distensão a que serão 
submetidos com sua incorporação ao canal de 
parto, as paredes vaginais ficam aumentadas e 
perdem sua rugosidade características. 
 A vascularização aumentada promove a 
mudança de tonalidade das paredes vaginais 
para arroxeado – SINAL DE KLUGE.
 A vulva também exibe sinais de hipertrofia, 
podendo manter os pequenos lábios 
entreabertos, Também há tom violáceos da 
mucosa vulvar 
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
VAGINA
▪ A hipersensibilidade mamária, em geral diminui até a 10ª semana. 
É importante recomendar uso de sutiã com orifício central e de 
alças largas para uma boa sustentação da mama 
▪ Aumento da vascularização – rede de Hallen
▪ O estrogênio estimula a deposição de gordura nas mamas; 
progesterona e a prolactina acasionam o crescimento e 
desenvolvimento dos lóbulos e alveolos da mama. A prolactina 
estimula o tecido mamário a secretar leite.
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
MAMAS
❖ Até a 24ª - 26ª semana: maior estoque de gordura no tecido
adiposo (para suprir a pequena demanda fetal)
❖ A partir de 26ª semana: aumento da resistência à insulina
❖ Necessidades nutricionais: aula de 30 ou 22/08!
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
METABÓLICAS E NUTRICIONAIS
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
BIOMETRIA FETAL ULTRA-SONOGRÁFICA
▪ 1º trimestre
variação de +/- 1 semana
▪ 2 º trimestre
variação de +/- 2 semanas
▪ 3º trimestre
variação de +/- 3 semanas
▪ QUAL EXAME US DEVE-SE VALORIZAR NO CÁLCULO DA 
IDADE GESTACIONAL
❖ AUMENTO DA
❖  DÉBITO CARDÍACO
ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Boca Diminuição do pH
Hipertrofia gengiva (+50% gengivite)
Hipertrofia papilas gustativas
Esôfago
Relaxamento musculatura lisa
Esfíncter esofágico inferior 
Refluxo (+30% a 50%)
Estômago
↓Radicais ácidos 
↑Radicais básicos e muco protetor
Vesícula 
biliar ↑Tempo de esvaziamento
Cálculo biliar
Intestino
Relaxamento musculatura lisa
Obstipação
ALTERAÇÕES MATERNAS
1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre
Amenorreia
(ausência de menstruação)
Cãibras Ganho de peso
Sono e letargia
(progesterona ação inibidora)
Movimentos fetais Dificuldade respiratória
Estrias Gestação
(seios, barriga e coxas por 
superestiramentoda pele)
Mudança no centro de 
gravidade
Afastamentos dos pés
Azia – pirose – queimação
(melhora com dieta fracionada)
Náusea e vômitos Sangramento nas 
gengivas
Sialorréia
(excesso de saliva)
↑ Frequências Urinárias Cloasma gravídico
(Manchas na pele por 
alterações hormonais)
Dor nas costas - Dor lombar
(Incentivo à prática de atividade física)
Obstipação
Linha nigra
(↑Melanina)
Edema nas pernas
Mudança no caminhar 
Contrações uterinas
Produção de secreção láctea
1. Quais as principais adaptações que ocorrem no
organismo materno?
2. Dentre todas as alterações que ocorrem durante a
gravidez, quais podem alterar o sistema digestório
da gestante?
PERGUNTAS NORTEADORAS - Moodle

Continue navegando