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casos do 9 ao 12 processo civil 2 casos reduzidos

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Caso concreto 9 Questão Discursiva André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? 
R: A resposta é afirmativa. O texto do art. 359 reflete e estende a ideia de que em todo e qualquer momento processual que for possível, deve haver a interpretação e ação favorável ao incentivo da conciliação, mediação e arbitragem, nos termos do art. 3º, §§1º a 3º do CPC/2015. O CPC/73 continha disposição similar, com maior timidez e talvez pouco incentivo prático na letra do art. 448. Não se pode perder de vista a ideia de que tais dispositivos estão amparados constitucionalmente, principalmente com o art. 5o, LXXVIII da CRFB de 1988 (razoável duração do processo).
O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível?
R: Significa que em regra, a audiência de instrução deve ter começo, meio e fim de forma ininterrupta e apenas ser cindida em caráter excepcional e devidamente justificado. Trata-se do disposto no art. 365 do CPC/2015, reproduzindo a ideia prevista no art. 455 do CPC/73, ainda que com maior definição quanto às hipóteses e tempo de recomeço da audiência. Espera-se que as agendas permitam o cumprimento dos ideais da regra da não interrupção e recomeço o mais breve possível.
Caso concreto 10 Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio?
R: Sim. A dúvida de Júlio é esclarecida quando se explica que o dispositivo é que faz coisa julgada nos casos previstos em lei. É também importante salvaguardar uma importante exceção prevista na lei 9099/95, art. 38 (caput), onde ocorre dispensa de relatório das sentenças.
O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
R: O art. 494 dispõe que a sentença pode ser alterada, de oficio ou requerimento, para corrigir erro de cálculo ou erro material. Pode, também, ser alterada em razão do acolhimento dos embargos de declaração. Importante também destacar que o juiz poderá exercer o juízo de retratação nas hipóteses de indeferimento da inicial (art. 331) e de improcedência liminar (art. 332,§3º).
O caso acima admite reexame necessário?
R: O reexame necessário somente é cabível nas hipóteses em que a Fazenda Pública é condenada, nos termos do art. 496 do CPC.
Caso concreto 11 Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
R: Todos os requisitos do artigo 963 do CPC. Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: I - ser proferida por autoridade competente; II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; III - ser eficaz no país em que foi proferida; IV - não ofender a coisa julgada brasileira; V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública. Parágrafo único. Para a concessão do executor às cartas rogatórias, observar-se-ão os pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2o.
Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ? 
R: No que diz respeito a homologação de sentença estrangeira no Brasil, será incumbência do Superior Tribunal de Justiça tornar a decisão homologada, com base no que dispõe o artigo 963 do CPC/15, aos tratados entre países em vigor no Brasil, e no regimento interno do próprio tribunal superior. E se houver a necessidade de executar a decisão no território Brasileiro, a competência para processar a carta de sentença (carta rogatória), será a do juízo de 1º grau da justiça federal.
É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira?
R: Sim, é possibilidade expressa no código de processo civil a antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira, mesmo que no referido regramento haja tão-somente a expressão sobre a concessão de tutela de urgência, é pacífica na doutrina que tal disposição deve ser entendido no seu sentido lato, abrangendo não só a tutela já falada, mas também nas suas formas cautelares ou de evidência.
Caso concreto 12 Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC.Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a)Está correta a orientação do advogado ?
R: Não. A orientação está equivocada, pois de acordo com o art. 503 do CPC, a coisa julgada agora já pode abranger também a questão declaratória. É indispensável a comparação com o CPC/73, arts. 5o, 325 e 470. Pela sistemática anterior havianecessidade de ação declaratória incidental e requerimento específico. O CPC facilita e simplifica a extensão dos efeitos da coisa julgada, desde que cumpridos os requisitos previstos no texto legal.
b)No caso acima ocorre coisa julgada material e formal?
R: Sim. A coisa julgada material é a ‘autoridade’ que prevê indiscutível e imutável a decisão de mérito não mais sujeita a recurso e consequentemente, não poderá haver nova ação e processo sequencial para decidir o mesmo direito material já sentenciado. Arts. 485, 486 e 487combinados com os arts. 502 a 508, todos do CPC
 c)A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual?
R: Em regra geral a coisa julgada somente incide sobre as partes do processo, conforme a regra do art. 506. No entanto, se faz importante destacar que a regra não se aplica aos processos coletivos (art. 103 do CDC) e nos casos de alienação de coisa litigiosa (art. 109,§3º do CPC).

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