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Prof. Patrícia Costa Agosto - 2016 Saprófitos do solo e plantas em decomposição. •Traumatismos Grupo diversificado de fungos - infecção no homem e animais. Local ou se espalhar lentamente pelos tecidos adjacentes, por via linfática ou hematogênica. Micoses subcutâneas Causadores ubíquos – somente o isolamento em cultura não é significativo. Diagnostico – Invasão tecidual com o uso de KOH e cortes histopatológicos. Esporotricose Cromoblastomicose Feo-hifomicose Rinosporidiose Lobomicose Micetomas Micoses subcutâneas Esporotricose Fungo dimórfico Infecção de evolução crônica, caracterizada por pequenos tumores subcutâneos, que tendem à supuração e ulceração. Comprometimento dos vasos de drenagem linfáticos e linfonodos. Epidemiologia Distribuição geográfica mundial. •Risco ocupacional: Trabalhadores rurais e floristas. •Fungo saprófita: vegetais, solo, águas contaminadas e animais doentes. Fontes de infecção: •Através de traumatismo ou inalação (raramente) •Introdução de conídios ou fragmentos de hifas na pele Esporotricose Esporotricose Manifestações clinicas Lesão inicial nos membros (face nas crianças) Nódulo granulomatoso lesão necrótica ou ulcerativa Diagnóstico laboratorial: Material: biopsia ou exsudato de lesões granulomatosas ou ulcerativa Exame microscópico direto: KOH 10% a 20% Esporotricose pequena levedura com brotamento alongado hifas septadas, ramificadas e pequenos conídios. Diagnóstico laboratorial: Cultura: Culturas de crescimento rápido (4 dias). 25-30º - colônias inicialmente lisas e brancas, que se tornam úmidas, enrugadas ou aveludadas, e, com frequência, escurecem apresentando coloração marrom ou preta. 35- 37ºC - colônias leveduriformes de cor creme ou bronzeada, lisas, macias. Esporotricose Cromoblastomicose (Cromomicose) Fonsecaea pedrosoi, F. compacta, Phialophora verrucosa, Cladophialophora carrionii e Rhinocladiella aquaspersa. Fungos demácios com paredes melanizadas Infecção crônica com desenvolvimento lento Fonsecaea sp. Epidemiologia Regiões tropicais. Incidência pouco documentada. Trabalhador rural. Fontes de infecção: Fragmentos de vegetais ou madeira e solo contaminados. Não é contagiosa Evita-se com o uso de calça e sapato Cromoblastomicose (Cromomicose) Manifestação clinica: Lesão granulomatosa, caracterizada por lesões nodulares, verrucosas, por vezes ulceradas, localizadas, preferencialmente, nos membros inferiores. Cromoblastomicose (Cromomicose) Diagnóstico laboratorial: Material: raspados e biópsias da lesão Microscopia: KOH 10% – células arredondadas de contornos bem nítidos, acastanhados. Biópsias: Hematoxilina-Eosina (HE) – células marrons aglomeradas dentro de células gigantes. Cromoblastomicose (Cromomicose) Cromoblastomicose (Cromomicose) Fonsecaea sp. Fonsecaea pedrosoi Clodophialophora carrionii Rhinocladiella aquaspersa Diagnóstico laboratorial: Cultura: Ágar Sabouraud com antibióticos (7 a 15 dias). Colônias compactas de coloração acastanhada a negra, superfície aveludada, frequentemente enrugada Cromoblastomicose (Cromomicose) Mais de 100 espécies de fungos demácios. Infecções subcutâneas e profundas, agudas ou crônicas. Manifestação clinica: Cistos subcutâneos a sinusites e abcessos cerebrais. Feo-hifomicose Bipolaris spicifera, Wangiella dermatitidis e Exophiala jeanselmei. Forma clinica: Epidemiologia Distribuição geográfica mundial. Acomete indivíduos saudáveis e imunocomprometidos (incidência aumentando). Fontes de infecção: Fungos saprófitas do solo e de vegetais em decomposição. Feo-hifomicose Diagnóstico laboratorial: Microscopia: Hifas septadas e de pigmentação escura nos tecidos Feo-hifomicose Diagnóstico laboratorial: Cultura: Sabouraud (5 a 30 dias), à temperatura ambiente. Feo-hifomicose Colônia algodonosa ou aveludada. De cor escura e reverso preto. Infecção crônica, de evolução lenta e granulomatosa, Manifestações clinicas: Pólipos localizados nas mucosas nasal e conjuntival. Rinosporidium seeberi Rinosporidiose Epidemiologia Mundial (maior incidência na Índia). No Brasil - regiões endêmicas (nordeste e centro- oeste). Fontes de infecção: Águas estagnadas, poços e açudes. Pode ocorrer transmissão pelo ar através de poeira contendo esporos. Rinosporidiose Diagnóstico laboratorial: Material: biopsia dos pólipos Microscopia: Células arredondadas (esporângio). Cortes histológicos – grande quantidade de esporângios com numerosos esporos. Isolamento e cultivo: Não cultivável. Rinosporidiose Lobomicose “Doença de Jorge Lobo” Infecção crônica, de evolução lenta (5, 10, 15 ou mais anos) Manifestação clinica: nódulos duros queloideformes, contendo muitas células fúngicas. Loboa loboi ou Lacazia loboi. Lobomicose “Doença de Jorge Lobo” Epidemiologia América do Sul e Central (norte do Brasil (região amazônica). Sexo masculino (20 a 45 anos), trabalhadores rurais, agricultores, pescadores, seringueiros e índios. Fontes de infecção: Inoculação transcutânea de estruturas fúngicas. Lobomicose “Doença de Jorge Lobo” Diagnóstico laboratorial: Material: biopsia (diferencial com as doenças hanseníase e a leishmaniose.) Microscopia: células globosas leveduriformes com parede espessa, isoladas ou em cadeias Cortes histológicos – células arredondadas e de parede espessa. Isolamento e cultivo: Não cultivável. Lobomicose “Doença de Jorge Lobo” Infecção crônica – fungos hialinos ou demácios Manifestação clinica: aumento de volume de uma região ou órgão, com a presença ou não de fístulas que drenam um material seroso ou seropurulento e “grãos”. Micetoma Madurella grisea, M. mycetomatis e Pyrenochaeta romeroi. Epidemiologia Mundial regiões tropicais e subtropicais. pessoas pobres que não usam sapatos Fontes de infecção: Inoculação transcutânea de estruturas fúngicas. Não é contagiosa. Micetoma Diagnóstico clinico: Observação dos grãos, que drenam espontaneamente das lesões, ou que são extraídos através de punção ou biopsia. Micetoma Micetoma Diagnóstico laboratorial: Material: biopsia dos grãos Microscopia: hifas septadas, hialinas ou demácias. Cultura: Sabouraud, à temperatura ambiente. Colonia filamentosa cinza a castanha com a borda irregular Infecções fúngicas profundas no interior do corpo que podem afetar vários tecidos e órgãos. MICOSES SISTÊMICAS Paracoccidioidomicose Paracoccidioides brasiliensis. Fungo dimórfico Infecção de início pulmonar, com manifestações observadas preferencialmente na pele, mucosas, gânglios e árvore respiratória, mas que podem ser observadas em outros órgãos. Manifestações clínicas: Lesão inicial – pulmonar Disseminação linfática Mucocutânea – lesões dolorosas na mucosa oral Gastrintestinal Outras órgãos (fígado, baço, entre outros) Epidemiologia Distribuição geográfica: países latino-americanos (áreas rurais). Sexo masculino entre 30-40 anos. Paracoccidioidomicose Fontes de infecção: Inalação de esporos - Habitat ainda não definido (presentes no solo, vegetais ou na água) Isolada a partir de tatus - caçadores Paracoccidioidomicose Diagnóstico Laboratorial: Exame direto – formas características de leveduras com parede dupla e múltiplos brotamentos (em roda de leme ou Mickey Mouse). Exame histopatológico – formas arredondadas, com frequência, aparecem fagocitadas por células gigantes. Paracoccidioidomicose Cultura: Fungo dimórfico - Sabouraud (20-30dias) Colônia filamentosa pregueada branca com rachadura na superficie (lembrando pipoca estourada) e reverso castanho Colônia leveduriforme pregueada branca ou bege Paracoccidioidomicose clamidósporos intercalados ou terminais Histoplasmose Fungo dimórfico, parasita intracelular facultativo Afeta o sistema respiratório (sintomas de tuberculose) Atinge fígado, baço, linfonodos, mucosas, médula óssea, etc, ocorre por disseminação no interior dos macrofagos. Histoplasma capsulatum var. capsulatum, Histoplasma capsulatum var. duboisii, Histoplasma capsulatum var. farciminosum Macroconídios esféricos com espinhos Histoplasmose Manifestações clinicas: Infeccao assintomática, histoplasmose aguda - febre alta, tosse, astenia (fraqueza) e dor retroesternal histoplasmose disseminada – aumento dos linfonodos, do baço e fígado, febre alta, anemia, ulceras faciais (fatal sem terapia antifungica) histoplasmose pulmonar crônica – reativação de lesão dormente Epidemiologia: Mundial Países de clima temperado. Histoplasmose Fontes de infecção: Inalação de esporos presentes em aerossóis formados por solos contaminados com excretas de galinhas e morcegos. Rio de Janeiro – microepidemias. Diagnóstico laboratorial: Material: escarro, urina, raspados e aspirado de medula Exame microscópico – formas de leveduras dificilmente são encontradas. Exame histopatológico – pequenas leveduras (2-5 μm), intracelulares, dentro de células mononucleares. Histoplasmose Cultura: Fungo dimórfico de crescimento lento (15 a 30 dias). Colônia filamentosa branca com rachadura no centro e reverso castanho. Colônia leveduriforme bege enrugada Histoplasmose macroconídios)arredondados com inúmeras espículas na parede celular Patógeno oportunista Inofensivo em seu habitat normal Patogênico em um hospedeiro que se encontra debilitado ou traumatizado. MICOSES OPORTUNISTAS Criptococose Candidiase Aspergilose Levedura ambiental capsulada com tropismo pelo sistema nervoso central (meninges) Infecção crônica oportunista dos pulmões que evolui provocando meningoencefalite. Pode atingir pele e outros tecidos. Criptococose Cryptococcus neoformans Criptococose Epidemiologia: Mundial Fontes de infecção: Inalação dos esporos da natureza (tronco de árvore e fezes secas de pombos) Diagnóstico laboratorial: Exame microscoico direto – células capsuladas, que sugerem Cryptococcus sp. Criptococose Exame micológico direto de secreção do nódulo subcutâneo Cultura: Culturas de crescimento rápido (3 dias). Colônia leveduriforme aspecto mucoso (lembra leite condensado) bege e reverso incolor Cicloheximida inibe Cryptococcus.. Criptococose Ágar niger – produção de melanina usando de compostos fenólicos do meio Criptococose Diagnóstico sorológico: Material: líquor, soro ou urina Aglutinação de látex: As partículas de látex recobertas com imunoglobulinas hiperimunes Fungo saprófito Aspergilose Aspergillus sp. Aspergillus fumigatus (+comum) Aspergilose Manifestações clinicas: Imunocompetentes – Forma bronco-pulmonar alérgica com lesões localizadas em unhas, pés, canal auditivo e olhos. Imunocomprometidos (Transplante de medula e uso de corticosteroides) - Forma disseminada ou cerebral, de alta letalidade (lesões necróticas). Epidemiologia Mundial Fontes de infecção: Inalação de conídios Cosmopolitas encontrados em restos orgânicos, no solo,no ar e sobre a superfície de seres vivos. Aspergilose Diagnóstico laboratorial: Exame microscopico direto – hifas septadas e hialinas com formação de cadeia de esporos, na extremidade de cada fiálide do conidióforo. Aspergilose Cultura: Saboraud (7 dias) Colônia filamentosa finamente granulosa (lembrando fuligem), cor cinza escuro e reverso de incolor castanho Aspergilose Levedura da microbiota normal (pele, mucosas e trato gastrointestinal) Dimórfica - Candida albicans Micose sistêmica mais comum - principais agentes de infecções hospitalares Infecção com sintomas variados causada atingindo mucosas, tecido cutâneo e em alguns casos pode ser sistêmica. Candidíase Candida sp. Epidemiologia Mundial Fatores predisponentes: desnutrição, obesidade, diabetes, quimioterapia, gravidez, antibioticoterapia e uso de corticosteróides, manipulação endovenosa inadequada, neoplasias e outras doenças debilitantes. Candidíase Fontes de infecção: Isoladas de vários locais do corpo humano (cavidade oral, mucosa vaginal, região perianal e trato gastrointestinal) Diagnóstico laboratorial: Material: swabs e raspados de lesões, sangue, biopsias, urina e material retirado de cateter Exame microscópico direto – blastoconidios, pseudohifas e hifas verdadeiras Gram: secreções do trato respiratório ou material de mucosa Candidíase Cultura: Crescimento rápido (24-72h) com formação de colônias de coloração branca. Candidíase Por hoje é só!!!!!!
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