Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
C X x2 Y x1 y1 a b A B qAB CMAB wAB y2 c d j CMBC qBC = 180 - jd D FD βBC gBC e DINÂMICA A dinâmica de um sólido continua a se apoiar em dois Teoremas, o TCM – Teorema do Centro de Massa e o TMA – Teorema do Momento Angular. O TCM garante que, para um sólido de massa “m”, com aceleração do Centro de Massa a⃗CM , sob ação de um sistema de forças de origem externa ao mesmo, com resultante ∑ F⃗ ext . , é valida a seguinte relação: ∑ F⃗ ext .=m⋅a⃗CM O TMA garante que para um sólido em movimento plano, com momento de inércia (inércia de rotação) IO , em relação a um eixo que passa pelo polo “O”, e que apresente aceleração angular α⃗ , quando sob o momento resultante dos esforços de origem interna ao mesmo, é válida a relação ∑ M⃗ O=I O⋅α⃗ , desde que o polo “O”, coincida com o Centro de Massa, ou que seja um ponto do sólido com velocidade nula. Exemplo 01: No sistema Biela Manivela ilustrado, o elo AB apresenta massa mAB=3,30 kg , momento de inércia baricêntrico I zz AB=0,030 kg⋅m2 e dimensões AB = 0,35 m, a = 0,12 m e b = 0,06 m. O elo BC apresenta massa mBC=24,73kg , momento de inércia baricêntrico I zz BC=1,92 kg⋅m2 e dimensões BC = 1,05 m, c = 0,40 m e d = 0,15 m. Um motor elétrico aciona o sistema através do eixo que passa pela articulação “A”. Sabe-se que o mesmo impõe ao elo AB, frequência de rotação constante f =300 rpm . Um outro sistema é acionado através do ponto “D” do elo BC, o que resulta na reação sobre esse ponto, representada pela força FD=500⋅^i+350⋅j^ N . A força de atrito entre o eixo C e a ranhura que limita seus movimento é considerado desprezível. Para o instante ilustrado, o elo AB apresenta posição angular θAB=135 º , com aceleração de seu centro de massa a⃗CM AB=125,62⋅^i−41,87 j^ m /s2 . O elo BC apresenta aceleração angular α⃗BC=225,29⋅k^ rad /s 2 , e aceleração do centro de massa a⃗CM BC=208,04⋅i^−151,71 j^ m /s2 . Considerando desprezível o peso próprio do sistema, e para o instante ilustrado, pedem-se: a) os esforços na articulação A; b) os esforços na articulação B; c) os esforços na articulação C; d) A potência do motor elétrico. Solução: A velocidade angular o elo AB que mantém-se constante é ω⃗AB=300⋅ 2⋅π 60 ⋅k^ => ω⃗AB=31,42⋅k^ rad /s . Desta forma, sua aceleração angular é nula. A determinação da localização dos pontos de interesse é de extrema utilidade, utilizando a figura anterior, pode-se determinar as coordenadas dos pontos A, B, C, CMBC e D. O ponto “A” é a origem do sistema de eixos, logo: A(0; 0; 0). As coordenadas do ponto B podem ser obtidas pela projeção da dimensão AB nos eixos Ax e Ay: xB=AB⋅cosθAB => xB=0,35⋅cos135 º=−0,248 e y B=AB⋅cos(θAB−90 º) => yB=0,248 . As coordenadas do ponto B são: B(-0,248; 0,248; 0). A abscissa do ponto C pode ser obtida por: xC=BC⋅cosϕ−AB⋅cos (180º−135 º) Sendo que: senϕ AB = senθAB BC => ϕ=arcsen( 0,35⋅sen135 º 1,05 ) => ϕ=13,63º xC=1,05⋅cos13,63 º−0,35⋅cos45 º => xC=0,773 m As coordenadas do ponto C são: C(0,773; 0; 0). As coordenadas do ponto CMBC podem ser obtidas por: e=√(BC−c)2+d2 => e=√(1,05−0,4)2+0,152 => e=0,667 βBC=actan ( d BC−c )=actan( 0,15 1,05−0,40 ) => βBC=13,00 º xCMBC=xC−e⋅cos (ϕ+βBC) => xCMBC=0,773−0,667⋅cos(13,63 º+13,00 º ) => xCMBC=0,177 yCMBC=e⋅sen(ϕ+βBC) => yCMBC=0,299 As coordenadas do ponto CMBC são: CMBC(0,177; 0,299; 0) As coordenadas do ponto D podem ser obtidas por: CD=√(BC−c)2+(2⋅d)2 => CD=√(1,05−0,40)2+(2⋅0,15)2 => CD=0,716 γBC=actan( 2⋅d BC−c )=actan( 0,30 1,05−0,40 ) => γBC=24,78 º xD=xC−CD⋅cos (ϕ+γBC) => xD=0,773−0,716⋅cos (13,63 º+24,78 º) => xD=0,212 yD=CD⋅sen (ϕ+γBC) => yD=0,716⋅sen(13,63 º+24,78º ) => yD=0,445 As coordenadas do ponto D são: D(0,212; 0,445; 0). Organizando as coordenadas dos pontos. ponto x y z A 0 0 0 B -0,248 0,248 0 C 0,773 0 0 D 0,212 0,445 0 CMBC 0,177 0,299 0 O diagrama de corpo livre é fundamental na organização da solução, e a única regra a ser seguida é: “O Princípio da Ação e Reação”. Assim não há critério algum, na escolha das componentes das forças aplicadas nas articulações A e B do elo AB. Entretanto, uma vez escolhidas as componentes da força aplicada na articulação B do elo AB, as componentes da força aplicada na articulação B, do elo BC, serão iguais em módulo e de sentidos opostos àquelas aplicadas na mesma articulação do elo AB. ELO AB: TCM: F⃗A+ F⃗B=mAB⋅⃗aCM AB Em (x): Fx A+Fx B=3,3⋅(125,62) => F x A+F x B=414,55 eq. 01 Em (y): −F y A+F y B=3,3⋅(−41,87) => −F y A+F y B=−138,17 eq. 02 TMA: M⃗+(A−A)∧F⃗ A+(B−A)∧F⃗B=I AB zz ⋅⃗αAB M⋅k^+(−0,248⋅^i+0,248⋅j^)∧(Fx B⋅^^i+F y B⋅j^)=0 1ª Nota: o momento (binário) aplicado pelo motor é M⃗=M⋅k^ . 2ª Nota: o cálculo do momento polar de uma força F⃗ aplicada no ponto “P” em relação ao polo “O” é definido como M⃗ O F=(P−O)∧F⃗ . Entenda-se como sendo “( pontode aplicação da força−polo)∧força ” . Continuando …. M⋅k^−0,248⋅F y B⋅k^−0,248⋅Fx B⋅k^=0 => −0,248⋅F x B−0,248⋅F y B+M=0 eq. 03 ELO BC: TCM: F⃗B+ F⃗D+N⋅^j=mBC⋅⃗aCM BC Em (x): −F x B+500=24,73⋅208,04 X Y a b qAB CMAB wAB c d j CMBC d FD FAx FAy FBx FBx FByF B y N M −F x B+500=5.144,83 => −F x B=4.644,83 eq. 04 Em (y): −F y B+350+N=24,73⋅(−151,71) => −F y B+N=−4.101,79 eq. 05 TMA: (B−CM BC)∧F⃗ B+(D−CM BC)∧F⃗ D+(C−CM BC)∧(N⋅j^)=I BC zz⋅α⃗BC Recuperando as coordenadas dos pontos: Os vetores calculados por diferença de coordenadas ...… (B – CM BC)=(−0,248– 0,177)⋅i^+(0,248 – 0,299)⋅^j => (B – CM BC)=−0,425⋅^i−0,051⋅j^ (D – CM BC)=0,035⋅i^+0,146⋅^j (C – CMBC )=0,596⋅^i−0,299⋅^j Os momentos polares ….. (B−CM BC)∧F⃗ B=(−0,425⋅^i−0,051⋅^j)∧(−Fx B⋅^i−F y B⋅^j)=0,425⋅F y B⋅k^−0,051⋅F x B⋅k^ (D−CM BC )∧F⃗ D=(0,035⋅i^+0,146⋅^j)∧(500⋅^i+350⋅^j)=12,25⋅k^−73,00⋅k^ (C−CM BC)∧(+N⋅^j)=(0,596⋅^i−0,299⋅^j)∧(N⋅^j)=0,596⋅N⋅k^ Recuperando e substituindo na equação do TMA: (B−CM BC)∧F⃗ B+(D−CM BC)∧F⃗ D+(C−CM BC)∧(N⋅j^ )=I BC zz⋅α⃗BC Com: I zz BC=1,92 kg⋅m2 e α⃗BC=225,29⋅k^ rad /s 2 0,425⋅F y B⋅k^−0,051⋅F x B⋅k^+12,25⋅k^−73,00⋅k^+0,596⋅N⋅k^=1,92⋅225,29 −0,051⋅F x B+0,425⋅F y B+0,596⋅N=493,31 eq. 06 Reescrevendo o conjunto de equações, na forma matricial …. A ideia é fazer com que todas as equações apresentem todas as incógnitas, escritas na mesma sequência, e caso a equação não contenha a incógnita, a multiplicamos por zero. 0⋅F x A+0⋅F y A+0⋅Fx B+0⋅F y B+0⋅N+0⋅M=cte Fx A + F x B =414,55 1⋅F x A+0⋅F y A+1⋅F x B+0⋅F y B+0⋅N+0⋅M=414,55 −F y A + F y B =−138,17 0⋅F x A−1⋅F y A+0⋅F x B+1⋅F y B+0⋅N+0⋅M=−138,17 −0,248⋅F x B−0,248⋅F y B + M=0 0⋅F x A+0⋅F y A−0,248⋅F x B−0,248⋅F y B+0⋅N+1⋅M=0 − F x B =4.644,83 0⋅F x A+0⋅F y A−1⋅F x B+0⋅F y B+0⋅N+0⋅M=4.644,83 −F y B+ N =−4.101,79 0⋅F x A+0⋅F y A+0⋅Fx B−1⋅F y B+1⋅N+0⋅M=−4.101,79 −0,051⋅F x B+0,425⋅F y B+0,596⋅N =493,31 0⋅F x A+0⋅F y A−0,051⋅F x B+0,425⋅F y B+0,596⋅N+0⋅M=493,31 [ 1 0 1 0 0 0 0 −1 0 1 0 0 0 0 −0,248 −0,248 0 1 0 0 −1 0 0 0 0 0 0 −1 1 0 0 0 −0,051 0,425 0,596 0 ]∗[ F x A F y A F x B F y B N M ]=[ 414,55−138,1704.644,83−4.101,79493,31 ] No Apêndice B, encontra-se a resolução de um sistema linear similar, com a ajuda de uma HP 50. No caso do presente sistema linear, e o resultado é: [ F x A F y A F x B F y B N M ]=[ 5.059,382.783,70−4.644,832.645,53−1.456,26−495,82 ] Observações: 1ª) como as acelerações são elevadas, resultado devido principalmente à geometria do sistema, os esforços são consequentemente elevados. 2ª) três esforços consideradas, são negativos, ou seja, o sentido é inverso ao considerado inicialmente. São eles: Fx B , N e M . A normal pode ser ao contrário, afinal a articulação “C” possui vínculo bilateral. O momento (binário) do motor elétrico, é de certa forma inesperado, mas o fato é que o ELO BC apresenta aceleração contra seu movimento, ou seja, está em frenagem pois está chegando ao final do curso para a esquerda. Os esforços com os sentidos corretos estão indicados na figura. As respostas: (a) F⃗A=5.059,38⋅^i+2.783,70⋅^j [N ] (b) F⃗B=−4.644,83⋅^i+2.645,53⋅^j [N ] (c) F⃗C=N⃗=−1.456,26⋅^j [N ] (d) A potência do motor pode ser expressa por: Pmotor=M⋅ω ; sendo: M – o momento (ou torque) do motor e ω – a velocidade angular do motor. Pmotor=−495,82⋅31,42 [W ] => Pmotor=−15.578,66 [W ] ; a potência que o motor “retira” do sistema no instante considerado.
Compartilhar