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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Visita à Instituição de Assistência Social:
Orfanato Santa Rita de Cássia
                                 
                                          
Christiane Mukim
Cristiane Ferreira
Michele Ribeiro Mendite 
Paula Marina Braggio Corrêa Pinto
 
 
 Professora: Anelise Lusser
Rio de Janeiro – RJ
2016
                    
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Visita à Instituição de Assistência Social:
Orfanato Santa Rita de Cássia
Apresentação à Professora Anelise Lusser, Universidade Estácio de Sá, como requisito para obtenção de ponto referente à avaliação AV2 da disciplina Organização e Políticas Públicas.
                                                             
 Por: Christiane Mukim
Cristiane Ferreira
Michele Ribeiro Mendite 
Paula Marina Braggio C. Pinto
                                                                                              
                                                           
	
 Professora: Anelise Lusser
Rio de Janeiro – RJ
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------- 4
DESENVOLVIMENTO ----------------------------------------------------- 4
A VISITA AO ORFANATO ------------------------------------------------ 6
CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------- 8
REFERÊNCIAS -------------------------------------------------------------- 9
Introdução
O Orfanato Santa Rita de Cássia iniciou em 1932, quando o Sr. Comendador Mattos, dono de uma papelaria na época, resolve fundar um abrigo para as crianças abandonadas pelos seus pais e até mesmo abandonadas pelos seus funcionários por não terem condições para cria-las. O orfanato foi fundado no bairro da Tijuca e todo material escolar era suprido pela Papelaria do Comendador.
O Orfanato Santa Rita de Cássia existe há 83 anos com muita dedicação e carinhos pelas suas crianças e hoje é formado com 92 crianças do sexo feminino, sendo destas, 11 internas. O orfanato era localizado no bairro da Tijuca e hoje está localizado na bairro da Praça seca em Jacarepaguá na Rua Florianópolis 1305 Praça Seca, Jacarepaguá. 
É um acolhimento institucional na faixa etária de 4 a 10 anos como abrigo e na parte do dia atende a faixa etária de 04 a 12 anos, meninas e adolescentes em vulnerabilidade.
O Orfanato é administrado hoje pelas Irmãs da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho. A Irmã Maria Mabel de Luna Melo é a Diretora Administrativa que conta com a ajuda da Irmã Maria Dalvanira da Fonseca Lima, da Irmã Verônica Batista Cavalcanti, da Irmã Sônia dos Santos, e da Irmã Raimunda da Conceição Bernardo. Além das Irmãs, o Orfanato conta com o apoio de voluntários, parceiros e colaboradores, entre outros e vive de filantropia.
Alguns grupos de pessoas e empresas parceiras contribuem para a manutenção do local, para o pagamento salarial dos funcionários e a manutenção da estadia das internas como um todo.
Desenvolvimento
O orfanato se desenvolveu para acolher meninas, crianças e adolescentes na faixa etária de 04 a 10 anos no internato, cujos pais perderam a guarda provisória ou crianças que não conhecem seus pais e são encaminhados ao Orfanato pela Vara da Infância e/ou Conselho Tutelar e vivem em situação de vulnerabilidade ou abandono familiar. 
Hoje o orfanato também atende crianças de 04 a 12 anos na parte do dia (Externato) no contra turno escolar e este modelo de atendimento surgiu na necessidade de as mães das comunidades locais terem que trabalhar, mas não terem com quem deixar seus filhos. 
As crianças do orfanato participam de diversas atividades como roda de leitura, aula de música, capoeira, dança, gastronomia e esportes . Essas atividades ocorrem através dos estímulos das Irmãs, dos colaboradores e doadores.
O orfanato sempre pede doações pois além de ajudar as crianças também auxilia os pais das crianças do externato, que muitas das vezes são pessoas que moram na comunidade e não possuem nem mesmo o alimento de cada dia. Hoje a instituição possui o Centro de Capacitação Santa Clara, que tem como objetivo oferecer cursos, palestras, oficinas para jovens e adultos da comunidade local e para as crianças e jovens carentes do Orfanato.
A Assistente Social Betysaida trata da questão emocional e pessoal das crianças e adolescentes. Faz todo o atendimento individual (conversas pessoais) com as crianças e adolescentes e também atendimento coletivo (conversas em grupo). Relatórios são preparados para os seguintes órgãos: Juizado, Conselho Tutelar, Promotoria e relatórios internos para o Orfanato. A Betysaida também é responsável por toda a documentação (documentação de identidade) das crianças e adolescentes, e também realiza as visitas domiciliares e entrevistas de orientação com os pais daquelas que as tem. Por fim, ela também faz todo o encaminhamento dos registros e documentos pessoais para os devidos órgãos.
Sob a responsabilidade da Advogada Fátima Luisa, as questões jurídicas também são de grande importância. A Luisa orienta o Orfanato em todas as questões jurídicas e legais, junto aos órgãos competentes (Juizado, Conselho Tutelar, Promotoria e outros) e junto a quaisquer outras entidades ou empresas. Em casos de adoção, a Luisa é de extrema importância no preparo de toda a documentação legal da criança ou adolescente.
Sob a responsabilidade da Irmã Dalvanira e também da voluntária-amiga D. Nadyr, o trabalho pedagógico envolve todo o planejamento e orientação das atividades e do apoio escolar das crianças e adolescentes. Envolve também a participação da Irmã Dalvanira nas reuniões escolares e a assinatura dela nos boletins escolares das crianças e adolescentes. Por último, também faz parte a elaboração de relatórios para projetos que o Orfanato pleiteia.
A visita ao orfanato
A visita foi muito agradável. Fomos recebidas em um sábado pela manhã e guiadas pela Irmã Dalvanira.
Ao chegarmos nos deparamos com uma festa que estava ocorrendo na quadra do Orfanato, patrocinada por um grupo de amigos que decidiu fazer uma festa de aniversário para todas as internas. A festa estava bem animada , com toda decoração, brinquedos e lanches. Estava ocorrendo também uma aula de gastronomia onde algumas meninas , de uniforme próprio de cozinha , estavam aprendendo a fazer torta de frango e legumes na cozinha experimental. Tudo muito limpo e organizado.
Conhecemos cada espaço do Orfanato e do Centro de Capacitação Santa Clara. As salas de aula, os centros de atividades ( música, dança, biblioteca, pátio de brinquedos, sala de multimeios) , o refeitório, a Capela, dormitórios, horta e galinheiro. Não há qualquer luxo, mas o cuidado com cada detalhe é visível. Hoje a capacidade do internato é de dez meninas.
Conversamos com a Irmã Dalvanira que nos esclareceu algumas dúvidas. As meninas internas são encaminhadas pela juíza da vara da infância da região , Dr.ª Monica Labuto ou para abrigamento temporário enquanto suas famílias se adequam para ter novamente a guarda da menor , guarda esta perdida por algum motivo de violação dos direitos da criança; ou para encaminhamento a adoção definitiva. As meninas só podem ficar abrigadas por um período de dois anos no local . Após este período a juíza encaminha para novo abrigo. O mesmo ocorre quando completam a idade limite de dez anos. Em casos especiais , como quando as meninas possuem irmãs com a faixa etária ainda contemplada pelo orfanato, é permitida a permanência no orfanato das meninas mais velhas , até 14 anos. Já ocorreram situações em que as crianças ficaramdois anos , foram reintegradas a família e retornaram ao abrigo , ficando lá por mais dois anos. 
Quando há a necessidade de transferência das meninas para outro abrigo , é feita uma preparação prévia , onde são discutidos até os termos do Estatuto da Criança e do Adolescente para que elas saibam seus direitos e deveres. Mesmo assim , ficamos impressionadas com o fato de em tão pouco tempo muitas vezes as meninas terem que passar por tantos abrigos e diversos modelos de família. Percebemos a preocupação da Irmã com este aspecto, pois segundo ela, nenhuma menina quer ir embora para outro abrigo e em algumas vezes, até resistem ao apadrinhamento , por se sentirem seguras no Orfanato.
Enquanto estávamos no local , alguns padrinhos foram buscar suas afilhadas para passarem o final de semana em suas casas. Algumas meninas choraram e não queriam ir pois iam perder sua festa de aniversário que estava ocorrendo, mas foram levadas mesmo assim. Perguntamos sobre este sistema de apadrinhamento e nos foi explicado que existem algumas formas : o apadrinhamento financeiro visando suprir todas as necessidades de uma interna (médicos, roupas, alimentação...), o apadrinhamento de final de semana onde é feito um cadastro com a assistente social do orfanato que encaminha a solicitação para a Vara da Infância e esta autoriza ou não , e o apadrinhamento da Família Acolhedora , que também depende da autorização da Vara da Infância e consiste em a criança ficar de dois a três meses morando com uma família para criar vínculos familiares , quebrar a resistência a adoção, mas ao final do período são devolvidas ao abrigamento.
Quando uma pessoa quer se candidatar a adoção , um primeiro passo seria o apadrinhamento pois a juíza leva em consideração o vínculo já estabelecido para tomar qualquer decisão.
O Orfanato hoje não possui Psicólogos ou voluntários de psicologia. Possui uma médica voluntária de Ginecologia que vai mensalmente ao lugar. E possui uma assistente social e advogada funcionárias do Orfanato.
Com a crise econômica algumas empresas parceiras e celebridades deixaram de ajudar ou reduziram as ajudas financeiras o que tem dificultado um pouco a manutenção da Instituição.
Porém , mais que o financeiro, percebemos a necessidade de envolvimento e afeto por parte das meninas internas que sonham com um futuro melhor. 
Conclusão
 As instituições de abrigamento, como o Orfanato Santa Rita, são espaços destinados ao acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família de origem por ordem judicial e que aguardam a definição de sua custódia. 
O seu funcionamento deve ser coordenado por uma equipe multidisciplinar composta por uma equipe técnica, com psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, entre outros, e uma equipe de apoio, formada por pais sociais, zeladores, motorista, jardineiro, cozinheiro, entre outros(promotoria de justiça de defesa da infância e da juventude do distrito federal, s/i).
No artigo 92 do estatuto da criança e do adolescente (1990), consta que o dirigente do abrigo atua como guardião das crianças, sendo responsável por elas no período em que se encontram institucionalizadas. 
Uma das principais dificuldades encontradas, sobretudo quando da chegada da criança à instituição, são as condições físicas e psíquicas de total abandono, desnutrição, agressão, abuso sexual, falta de higiene, entre outros aspectos preocupantes que dificultam sua vinculação com o novo lar .Sendo o abrigamento uma medida necessária diante do cenário de desassistência estatal, individualização e mercantilização atual, faz-se urgente um novo olhar para a questão do acolhimento de crianças e adolescentes.
 Neste sentido, o trabalho do psicólogo encontra lugar de destaque devido ao desafio de tantas representações e subjetividades envolvidas no processo de acolhimento, que se entrelaçam em uma rede complexa de proteção e cuidado, principalmente junto a uma equipe multidisciplinar que busque ultrapassar a saciedade das necessidades básicas, na tentativa de amenizar o sofrimento e proporcionar afeto e acolhimento às crianças e adolescentes que chegam periodicamente e que merecem construir uma perspectiva de um futuro melhor.
Lamentavelmente , não há psicólogo no Orfanato , o que nos impulsiona a pensar sobre a possibilidade de trabalho , até mesmo voluntário , neste local.
Referências:
http://www.orfanatosantaritadecassia.com.br 
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF, 1990.

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