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Resumo Penal II AV2

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REVISAO DE PENAL II
1. Concurso de pessoas
- É a colaboração empreendida por duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou de uma contravenção penal.
- Requisitos:
Pluralidade de agentes
Relevância causal das condutas para produção do resultado
Identidade das infrações penais
Liame subjetivo
Existência de fato punível
- Pluralidade de agentes
*Duas ou mais pessoas
*No mínimo duas condutas relevantes — Principais(coautoria) culpáveis
				 — Principal+Acessória (autor +participe(culpáveis))
*Crimes unissubjetivos ou de concurso eventual admitem concurso de agentes
*Agentes culpáveis, em caso de uma dos agentes não ser culpável , fala-se em autoria mediata
- Relevância causal das condutas para a produção do resultado
*A conduta individual deve influir efetivamente no resultado. “...quem de qualquer modo...”
*A contribuição deve ser anterior ou simultânea a consumação, quando posterior e sem ajuste prévio ou de adesão, é crime autônomo.
- Identidade das infrações penais
*Regra geral – Teoria unitária., monista ou monística. Todos os coautores e partícipes se sujeitam a um único tipo penal.
*Excessão à regra: Teoria pluralística, exemplos:
a) aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante: terceiro, art.126,CP; gestante, art.124,CP;
b) corrupção passiva e ativa: func. Público corrupção passiva art.342, caput, CP; Particular, corrupção ativa, art.343, caput, CP;
*Teoria dualista: um crime para coautor/autores e outro para participes.
*Teoria mista;
- Liame subjetivo:
*Todos os agentes tem que ter um vinculo de ordem subjetiva, mesmo que seja por aderência, ou seja, não haja combinação prévia. Na ausência desta condição, estará caracterizada a autoria colateral; VONTADE HOMOGENEA – PRINCÍPIO DA CONVERGÊNCIA;
- Existência de fato punível
*Art. 31, CP - Princípio da exterioridade, se o agente não ao menos exteriorizou, ou seja, não iniciou a execução do crime, não há de se falar em existência de fato punível;
-Autoria
*Teorias:
a) Unitária: não diferencia autor de participe;
b) Exetensiva: não distingue autor de participe, porém aceita causas de diminuição de pena, para estabelecer diversos graus de autoria, aparece nesta teoria a figura do cúmplice;
c) Teoria objetiva ou dualista: distingue autor de participe. A teoria objetiva se divide em outras três teorias:
1. Teoria objetivo-formal;
2. Teoria objetivo-material;
3. Teoria do domínio do fato;
- Punibilidade em concurso de pessoas: 
*Identidade de crimes, não significa identidade de penas;
*Penas individuais, de acordo com o sistema trifásico, art.68, CP;
- Cooperação dolosamente distinta;
*Também chamada de desvios subjetivos entre agentes, determina o CP em seu artigo 29,§2º, que se um dos agentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, será aumentada de 1/3 se for previsível o crime mais grave;
-Participação:
*Conceito: É a modalidade do concurso de pessoas em que o sujeito não realiza o núcleo do tipo penal, mas de qualquer modo concorre para o crime;
*Requisitos: propósito de colaborar com a conduta do autor e colaboração efetiva;
*Espécies:
a) induzir – criar na mente;
b) Instigar – incentivar vontade preexistente;
obs: o auxilio é feito durante os atos preparatórios ou executórios, mas nunca após a consumação, salvo se ajustado previamente;
*Teorias da acessoriedade: o nosso CP adota a teoria da acessoriedade limitada, pois basta o fato ser típico e ilícito;
*Participação de menor importância a pena será diminuída de 1/6 a 1/3; Art. 29, §1º,CP;
2. Ação Penal
- Conceito: É o direito de exigir do Estado a aplicação do direito penal objetivo em face do individuo envolvido em um fato tipificado em lei como infração penal.
-Espécies:
*Ação penal Pública:
Incondicionada: depende da existência de prova de materialidade e indícios de autoria de um fato previsto em lei como infração penal. O Ministério público não precisa ser provocado.
Condicionada: a representação do ofendido, somente a vitima ou seu representante legal, “autorizam” e fazem o pedido para que o Ministério Público ofereça a denúncia; ou a requisição do Ministro da Justiça em crimes contra o presidente. Uma vez oferecida a denúncia, pelo art.102,CP, “ A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia”.
*Ação Penal Privada
Própria ou exclusiva: pode ser efetivada a queixa – crime pelo ofendido, seu representante legal ou em caso de morte pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão;
Personalíssima: somente o ofendido, exclusivamente tem o direito a queixa – crime;
Subsidiária da pública: art. 100, §3º, CP,”A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal.” Prazo de seis meses, contados do termo final para oferecimento da denúncia. QUEIXA – SUBSIDIÁRIA. Inércia do Ministério Público.
3. Princípios da Ação Penal Pública
1.Oficialidade: ou autoriedade: órgãos do Estado, oficiais, tem por embasamento o JUS PUNIENDI, direito de punir do Estado;
2.Obrigatoriedade ou legalidade: estando presente todos os elementos para a propositura da denúncia, o Ministério Público e obrigado a dar prosseguimento;
3.Indivisibilidade: a ação penal publica deve englobar todos os envolvidos (coautores e participes) da infração penal, regra que decorre do principio da obrigatoriedade;
4.Indisponibilidade ou indesistibilidade: O Ministério Público, depois de instaurada a ação, não poderá dela desistir (Art.42, CPP);
5. Intranscedência: A ação penal so pode ser ajuizada contra os supostos responsáveis pela pratica da infração penal;
6.Oficiosidade: Diz respeito a ação penal publica incondicionada pela qual o Ministério Publico tem que agir de ofício, sem precisar ser impulsionado para prosseguir com a denúncia;
4. Princípios da Ação Penal Privada
1. Oportunidade e conveniência: o ofendido tem a liberdade para iniciar a ação penal de acordo com a sua conveniência; pode renunciar tácita ou expressamente; a renúncia contra um, a todos se estenderá;
2. Disponibilidade: o ofendido, a seu critério, pode ou não desistir da ação;
3. Indivisibilidade: A queixa-crime contra qualquer dos autores do crime, obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público zelará pela sua indivisibilidade. Art. 107, V, CP;
4.Intranscedência: A ação penal privada somente pode ser proposta contra os autores e participes da infração penal;
5. Causas Extintivas de Punibilidade
Perdão ( do ofendido ou judicial)
*Do Ofendido Art. 106, I,II,III, CP.:
- Tácito: resulta de atos incompatíveis com a vontade de prosseguir com a ação (Art. 106,§1º, CP);
- Expresso: É um ato bilateral: o perdão depende de aceitação por parte do querelado, ofensor; O silêncio do querelado importa na aceitação do perdão;
* Judicial Art. 107, IX, CP.:
-Decorre somente de lei;
-Não é discricionário;
-Em regra incide em crimes culposos, ex: Art. 121, § 5º,CP ” Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.”
*Impossível analogia;
*Incomunicável aos demais envolvidos na prática criminosa, condição subjetiva ou pessoal;
*O Poder Judiciário só poderá conceder o perdão na sentença ou no acórdão;
Renúncia Art.104, caput, CP
*Ato unilateral;
*Renúncia pode ser Tácita art. 104, P.U., CP ou Expressa (declaração expressa assinada pelo ofendido, art. 50, caput,CPP.);
*Se estende a todos art. 49, CPP; 
*Somente antes da queixa;
*Em caso de morte da vítima, passará o direito de queixa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, art.31,CPP.;
Prescrição art. 109 a 118, CP
*Conceito: É a perda da pretensão punitiva ou da pretensão executória em face da inércia do Estado durante determinado tempo legalmente previsto. Em regra, o inicio do prazo prescricional, começa com a consumação do crime. Exceção são os crimes tentados, nos quais começa a contagem no último ato de execução.Em ccrimes continuados computa-se para a prescrição o fim do crime.
*Espécies:
- Prescrição da pretensão Punitiva: 
*Não há transito em julgado da condenação para ambas as partes;
*O reconhecimento da prescrição pode ser feito a qualquer momento onde esteja a ação, 1ª instância ou Tribunais;
*Apaga todos os efeitos de eventual sentença condenatória já proferida, principal ou secundária, penais ou extrapenais. Ex: maus antecedentes;
*Não serve como maus antecedentes e nem para reincidência;
-Prescrição da pretensão executória:
*Após transito em julgado para ambas as partes;
*Juiz da vara de execução;
*Extingue somente a pena;
*Não extingue efeitos penais secundários, penais ou extrapenais;
*Serve para reincidência e maus antecedentes;
 Sursis Penal art.77 a 82, CP.
*Conceito: é a suspensão condicional da execução da pena privativa de liberdade, na qual o réu, se assim desejar, se submete durante o período de prova à fiscalização e ao cumprimento de condições judicialmente estabelecidas;
*Requisitos: art. 77, CP.
- Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
 II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; (CIRCUNTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS)
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.(PENA RESTRITIVA DE DIREITOS) 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade
(SURSIS ETÁRIO), ou razões de saúde justifiquem a suspensão(SURSIS HUMANITÁRIO).
*Requisitos objetivos:
- Natureza da pena: Pena privativa de liberdade;
-Quantidade da Pena Privativa de Liberdade: não pode ser superior a 2 anos ( SURSIS ETÁRIO E HUMANITÁRIO PPL não superior a 4 anos)
-A pena privativa de liberdade não foi substituída pela pena restritiva de direitos;
*Requisitos subjetivos:
- réu não seja reincidente em crime doloso;
- Circunstâncias judiciais favoráveis;
* o juiz ao proferir a sentença declara motivadamente o SURSIS;
*Espécies de SURSIS:
-SURSIS simples: Pena privativa de liberdade não superior a 2 anos /Suspensão de 2 a 4 anos/ Prestação de serviços á comunidade ou limitação de fim de semana
-SURSIS Especial: Pena privativa de liberdade não superior a 2 anos /Suspensão de 2 a 4 anos/ reparação do danos/ proibição de freqüentar certos lugares/ proibição de ausentar-se da comarca(só com autorização do juiz);
- SURSIS Humanitário: Pena privativa de liberdade não superior a 4 anos/suspensão de 4 a 6 anos/ réu com delicado estado de saúde;
- SURSIS ETÁRIO: Pena privativa de liberdade não superior a 4 anos/suspensão de 4 a 6 anos/ réu maior de 70 anos; 
Efeitos Específicos da Condenação art. 92, CP
*Os efeitos específicos da condenação não são automáticos, o juiz precisa efetivamente e motivadamente fazer constar na sentença os efeitos específicos; 
Art. 92 - São também efeitos da condenação: 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
(Obs: somente em crimes dolosos, com pena de reclusão, pode alcançar outros filhos, não sendo só em relação a vitíma, art.93CP em relação à vitima essa incapacidade é permanente, em relação a outros filhos, pupilos ou curatelados, a incapacidade é provisória) 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. (OBS: utilização do veiculo como meio de execução) 
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.
*Princípio da Inderrogabilidade.
- Constatada a prática delitiva, a pena deve ser aplicada. A pena deve atingir sua eficácia, e para isso é necessária a responsabilização do agente pelo crime cometido. O Estado-juiz não pode deixar de aplicar e executar a pena ao culpado pela infração penal, com apenas uma exceção: o perdão judicial (art. 121, parágrafo 5º do CP).
· Obs.: Exemplo de perdão judicial: o pai, que, dirigindo pela estrada, passa por uma linha férrea e culposamente é atingido pelo trem, matando sua filha que estava no banco de trás. O princípio do perdão judicial entende que nenhuma pena pode atingir tanto o agente quanto o fato que ocasionou o crime.
Casos concretos
1. Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriou-se, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art. 168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação? 
R. Não está correta a classificação, visto que Sérgio também deverá responder pelo crime funcional tipificado no art. 312, CP, na medida em que conhecia a qualidade específica de funcionário público do irmão, Carlos, estendendo-se a ele esta elementar , nos termos do art. 30, CP, “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.”
9. João Inácio, 27 anos, mora com seu tio, Franklin Galvão, 63 anos, há exatos três anos. A Residência em que se dá a referida coabitação é situada numa área nobre da cidade do Rio de Janeiro. Em viagem de férias, pelo sul da Bahia, neste último verão, junto com seu referido sobrinho, Franklin Galvão sentiu falta de seu relógio de ouro. Chegando ao Rio de Janeiro, João Inácio, mostrando-se arrependido, confessou a um amigo seu que foi ele quem subtraiu o relógio de seu tio objetivando o vender para comprar drogas, fato este que realmente aconteceu no âmbito de seu passeio pelo sul da Bahia. O amigo de João Inácio, advogado criminalista, sugeriu-lhe contar todo o ocorrido ao seu tio, mostrando seu real arrependimento, até porque se trata de fato penal que desafia ação penal pública condicionada à representação. Considerando o caso acima, indaga-se se assiste razão ao advogado amigo de João Inácio. Responda fundamentadamente.
R. Assiste razão ao advogado. A previsão legal da necessidade de representação decorre do fato de os crimes de ação penal pública condicionada afetarem mais o interesse privado do que o interesse público, que então fica em segundo plano.
O art. 182, III, do CP autoriza que o crime de furto seja processado mediante ação penal pública condicionada à representação, se é cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente coabita. Não importa onde ocorreu o crime.
12. JOÃO MARIA, pai de ANATÉRCIA, SEMPRÔNEA e CAIO, todos menores impúberes, foi condenado por estupro de vulnerável, afigurando-se como vítima, sua filha ANATÉRCIA. Na sentença condenatória o Juiz o julgou incapaz de exercer o poder familiar. Passado o período legal após o cumprimento da respectiva pena, JOÃO MARIA conseguiu sua reabilitação e dois meses depois está sendo acusado pelo crime de furto simples. Diante da situação narrada,pergunta-se: JOÃO MARIA voltará a exercer o poder familiar sobre seu(s) filho(s) em decorrência da reabilitação a ele concedida? 
R. Não, apesar da reabilitação por fim aos efeitos automáticos da condenação, o efeito especifico da perda do poder familiar dependerá de sentença judicial para ser revogado. Porém pelo artigo 93 ,p.u.,CP, em relação à vitima do crime doloso e punido com reclusão essa incapacidade é permanente, em relação a outros filhos, pupilos ou curatelados, a incapacidade é provisória.
13. PEDRO e CALVINO têm em comum o benefício da extinção da punibilidade em relação as suas pretéritas condenações transitadas em julgado. O primeiro foi beneficiado pela Anistia, enquanto o segundo pelo Indulto. Consultando os processos do Tribunal de Justiça, depreende-se que essas duas pessoas possuem novas condenações, assim observadas: PEDRO foi condenado por Tráfico de Drogas (Lei 11343/2006), enquanto que CALVINO foi condenado por Latrocínio consumado. Diante do caso acima narrado, indaga-se: PEDRO e CALVINO são considerados reincidentes? Resposta justificada. 
R. A anistia por desconsiderar o fato como criminoso impedirá a ocorrência de qualquer efeito da condenação, entretanto o indulto põe fim somente aos efeitos primários, logo Calvino será considerado reincidente.
14. JOÃO subtraiu uma bicicleta e por este fato está sendo processado criminalmente pelo crime de Furto Simples (CP, art. 155). Ao final da instrução criminal JOÃO restou condenado à pena de um ano, tendo sua pena privativa de liberdade substituída por uma restritiva de direitos. A defesa recorre pedindo sua absolvição tendo a sentença transitado em julgado para o Ministério Público. Considerando o caso narrado, quanto tempo o Estado possui para publicar o acórdão evitando a prescrição? Esclarecendo, em tese, qual tipo de prescrição. 
R. O Estado terá, pela regra constante no art. 109,V, CP, o prazo de 4 (quatro) anos para publicar o acórdão e evitar a prescrição. Visto e observado o art.110, §1º. E o tipo de prescrição é o intercorrente, prescrição da pretensão punitiva.
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
 V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 
§ 1º - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada. 
15. Reza o CP, art. 114, I que quando a pena de Multa foi a única cominada ou aplicada, o prazo prescricional é de dois anos. No entanto, conforme disposto no inciso II do indigitado artigo, caso a pena de Multa for alternativa ou cumulativa cominada ou cumulativamente aplicada com pena privativa de liberdade, a prescrição da multa ocorrerá no mesmo prazo estabelecido por aquela pena mais grave. ADALBERTO foi condenado a uma pena de um ano pelo crime de furto, que foi substituída por uma restritiva de direitos, pena esta que foi cumulada com uma pena de multa. Passados dois anos da publicação da sentença condenatória recorrível, o Tribunal ainda não decidiu sobre o único recurso que foi interposto pela defesa, que após este lapso temporal sustenta a ocorrência da prescrição, uma vez que a pena de Multa não foi cumulada com uma pena privativa de liberdade, mas com uma pena restritiva de direitos, razão pela qual, o referido prazo prescricional opera-se em dois anos e não em quatro. Pergunta-se: assiste razão à tese defensiva? 
R. Não assiste razão a tese defensiva, pois a regra capitulada no art. 114, I, do Código Penal é cristalina quando prevê que o prazo prescricional da pena de multa se for a única cominada é de dois anos, porém Adalberto fora condenado a pena privativa de liberdade esta que foi substituída, portanto não há que se falar em prescrição para pena de multa no prazo de dois anos, pois inicialmente foi imposta uma pena privativa de liberdade. Em que pese o artigo 109, p.u. CP. Que iguala os prazos prescricionais das penas restritivas de direito com os prazos das penas privativas de liberdade.
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.

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