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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCADA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Processo n° ...
CLÁUDIA, já qualificada, vem por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA, que tramita pelo rito comum, movida por HOSPITAL CUIDAMOS DE VOCÊ LTDA., vem a este juízo, oferecer: 
CONTESTAÇÃO,
Expor e requerer o que segue:
PRELIMINAR 
Incompetência Absoluta 
Cabe esclarecer que no caso concreto há a incompetência absoluta, conforme art. 337, II, do CPC, uma vez que a matéria objeto da lide não e de interesse nem do estado nem do município quando caberia ser aplicada a regra de competência especializada da Vara de Fazenda Pública. Neste caso, o correto seria distribuir a demanda para uma das Varas Cíveis deste juízo. 80 • capítulo 2
Sobre a incompetência absoluta destaca Arruda Alvim, Manual de Direito Processual Civil – primeira parte, 13ª edição:
“A incompetência material (ratione materiae) é aquela ocorrente em razão da matéria não caber dentro das atribuições de um determinado juízo (trata-se de in competência de juízo), isto é, quando não observa, basicamente, por exemplo, a regra de que as causas cíveis vão para juízo cível e as criminais para o juízo criminal, salvo exceção legal expressa. Quanto às causas cíveis, há que se explicitar, ainda, que, tratando-se de causas que versem sobre determinadas matérias, há varas especializadas, cuja competência é absoluta, exatamente porque ratione materiae (ex.: varas de família, registros públicos etc.)”.
MÉRITO
A ré afirma que, no dia 17 de setembro de 2013, acompanhou o seu marido, Diego, ao autor, uma vez que o mesmo havia sofrido fratura exposta na perna direita, conforme diagnóstico médico, o que determinou a realização de uma cirurgia de emergência. Todo o procedimento médico a que Diego se submeteu foi custeado pelo Plano de Saúde Minha Vida, conveniado ao autor. Ocorre que mesmo após a autorização do plano de saúde para a realização do procedimento cirúrgico, a direção do hospital, aqui autor, exigiu que a ré emitisse um cheque no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), como garantia de pagamento dos serviços médicos que seriam prestados a Diego. Destaca-se que a cobrança de cheque caução é considerada ilegal pela Agência Nacional de Saúde desde 2003 através da Resolução Normativa n. 44, que dispõe:
“Art. 1º Fica vedada, em qualquer situação, a exigência, por parte dos prestadores de serviços contratados, credenciados, cooperados ou referenciados das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde e Seguradoras Especializadas em Saúde, de caução, depósito de qualquer natureza, nota promissória ou quaisquer outros títulos de crédito, no ato ou anteriormente à prestação do serviço”.
E ainda, caberia na presente hipótese afirmar que o autor agiu com vício do negócio jurídico, estado de perigo, uma vez que se valeu do desespero da ré um salvar seu marido cobrando desta, portanto obrigação excessivamente onerosa, conforme disposto no artigo 156 do CC/2002. capítulo 2 • 81
Nesse sentido é a jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça:
Do Estado do Rio de Janeiro, no recurso de Apelação, n. 0007363-45.2010.8.19.0208: Des. Joaquim Domingos de Almeida Neto - Julgamento: 16/10/2013 –Segunda Câmara Cível. Apelação Cível. Responsabilidade Civil. Exigência de pagamento no valor de R$ 10.000,00 (cheque caução). Internação em caráter de urgência. Mãe que foi a óbito 48 horas após. Alegação de cobrança adiantada referente as despesas hospitalares. Abusividade. Lei Estadual n° 3.426/00 (art. 1º). Vedação expressa. Quanto, a exigência de depósito prévio de qualquer natureza, para possibilitar a internação de doentes em situação de urgência/emergência. Dano moral. Configurado.
PEDIDO
Diante do exposto, requer a V. Exa.:
1) O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta, remetendo-se os autos para uma das Varas Cíveis da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
2) Julgar improcedente o pedido autoral.
3) A condenação da autora ao pagamento dos ônus da sucumbência.
PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental e depoimento pessoal do autor.
Espera deferimento.
Porto Alegre, 10 de outubro de 2017.
_________________________________________
ALEXANDRE DELMAR BRAUN DOS PASSOS
OAB/RS

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