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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO DE RECIFE – PE
05 LINHAS
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 1234
05 LINHAS
TRANSPORTE RÁPIDO LTDA, inscrito no CNPJ sob o nº... , representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza na rua ...., nº..., bairro ....., Recife, PE, CEP ..., vem por meio de seu advogado infra assinado, com escritório na rua ..., bairro ..., cidade ..., estado ..., CEP ..., oferecer CONTESTAÇÃO TRABALHISTA, movida por GILSON REIS, já devidamente qualificado pelos fatos e fundamentos a seguir apresentados.
DA PREJUDICIAL DE PRESCRIÇÃO PARCIAL
O reclamante foi contratado como auxiliar de serviços gerais em 13.05.2010 em 09.11.2016, recebeu aviso prévio para ser trabalhado. Seu aviso prévio teve duração de 48 dias terminados o contrato de trabalho do reclamante após essa data. 
 O reclamante ingressou no judiciário com a presente demanda em 25.01.2017, dentro do prazo legal de 02 anos, estabelecido no art 11 da CLT. No entanto, o reclamante não tem direito a receber as verbas de todo o período trabalhado, posto que, conforme artigo mencionado, só pode cobrar as verbas dos últimos 05 anos anteriores ao ingresso no judiciário, isto é, de 25.01.2012, até o termino do contrato de trabalho, já que todas as outras verbas encontram se prescritas.
Sendo assim, o processo deve então ser extinto, com resolução de mérito em relação a todas as verba anteriores à 25.01.2012 solicitadas, na forma do artigo 487 CPC. 
DA PRESCRIÇÃO TOTAL
	..., após o prazo legal de 02 anos, estabelecidos no artigo 11 da CLT. Sendo assim ocorreu a prescrição total das verbas pleitiadas, não tento o reclamante direito nunhum a verba.
	Logo, o processo deve ser extinto com resolução de mérito em relação a todos os pedidos, na forma do artigo 487, II CPC.
Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição parcial, a fim de que sejam consideradas prescritas as parcelas anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, ou seja, anteriores a 20/04/2010, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, de acordo com o art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do Superior Tribunal do Trabalho (TST).
2. MÉRITO
2.1 DO NÃO CABIMENTO DA REINTEGRAÇÃO
O RECLAMANTE apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical em 23.11.2016 da sua categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e-mail ao seu empregador, o que lhe assegura a garantia de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua reintegração.
Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no art. 543, §3º da CLT, conforme alegado, pois o registro de sua candidatura ocorreu no período de aviso prévio. Presumindo que esta situação não lhe garantisse a estabilidade, que não teria sido respeitada pela Reclamada, mesmo que este aviso fosse indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na Súmula 369, V.
Cabe esclarecer que a candidatura do Reclamante ocorreu no curso do aviso prévio, o que não lhe garante o direito a estabilidade alegada de acordo conforme Sum. 369, V, TST
Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da sua candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo aviso prévio.
Desta forma seu pedido deve ser julgado improcedente e o processo extinto com resolução de mérito, na forma do artigo 487 do CPC.
2.2. DO NÃO CABIMENTO DE HORAS EXTRAS.
O Reclamante informou que trabalhava das 05 às 15 horas de segunda à sexta feira, com intervalo de 02 (duas) horas para o almoço, e que tal jornada dava-lhe o direito de requerer o pagamento de horas extras no período trabalhado.
No entanto, pode-se verificar que a jornada cumprida não excede os limites constitucionais, seja o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas ou o diário de 8 (oito) horas, já que as duas horas de almoço não fazem parte da jornada de trabalho conforme disciplina o artigo 71 2ºCLT
Arduz ainda o Reclamante que o intervalo inter jornada não era respeitado, razão pela qual teria direito a remuneração da diferença de horas como extraordinárias;
Igualmente não assiste razão ao Reclamante uma vez que entre suas duas horas, e o intervalo da jornada de trabalho há um intervalo de 14 horas, intervalo este, maior que o mínimo de 11 horas, estabelecido no artigo 66 CLT.
Sendo assim não prospera. Os pedidos de horas extras devem ser julgados improcedentes, sendo o processo extinto com resolução de mérito na forma do art 487, I CPC.
2.3. DO NÃO CABIMENTO DO ADICIONAL NOTURNO
Por fim o Reclamante pleiteia adicional noturno pois trabalhava das 05 às 15 horas, o que o fez requerer o pagamento do adicional de trabalho noturno (ATN).
Vale destacar que o empregado não trabalhava entre 22 horas de um dia e 05 horas do dia seguinte, que é o período legal que caracteriza o ATN, segundo dispõe o art. 73, § 2º, da CLT.
Dessa forma, o Reclamante não tem direito ao referido adicional noturno, uma vez que não trabalhava no período que a CLT considera período noturno. 
Logo, seu pedido mais uma vez deve ser julgado improcedente, e o processo extinto na forma do art 487. I / CPC 
3. DO PEDIDO
Ante exposto requer, o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial das verbas anteriores, a 25.01.2012. com extinção do processo com resolução de mérito, na forma do artigo 487,II CPC
A improcedência de TODOS os pedidos do Reclamante e a extinção do processo com resolução do mérito, na forma do artigo 487, I CPC. 
4. DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de provas admitidos em direito. 
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data..
Advogado
OAB