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História do aconselhamento

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História do aconselhamento: Entrada de Rogers nesse campo
Teoria Traço e Fator, articulou a vertente experimental dos estudos psicométricos a um conjunto de práticas de atendimento que guardavam espécie de distância ótima em relação às práticas médicas e ao mesmo tempo apropriava-se de uma prática costumeira do senso comum – ato de aconselhar, atribuindo-lhe aura de cientificidade. É nesta região que Rogers se instala. E ela mesma será transformada pela emergência a teoria centrada no cliente. 
Rogers: insatisfação com os procedimentos e resultados do aconselhamento aliado a alguns efeitos colaterais positivos resultantes de sua presença acolhedora e respeitosa em relação a alguns pais de crianças: disparador de deslocamento nos focos de atuação de Rogers. Prioridade pela abordagem psicométrica ao problema, ao instrumental de avaliação e aos resultados foi substituída pela focalização na pessoa do cliente, da relação cliente-conselheiro e do processo.
História do aconselhamento: Fase da psicoterapia não diretiva
Primeiro período de elaboração de suas ideias – livro Aconselhamento e Psicoterapia – fase da psicoterapia não-diretiva. 
Expressão não-diretiva – polêmica – sinônimo de ausência de interferência do psicoterapeuta: Na verdade surge como uma reação a diretividade presente nas práticas de aconselhamento. Conselheiro: aparece então como ouvinte interessado e compreensivo, que por meio técnica da reflexão poderia propiciar exploração pessoal do cliente e que esta exploração se configurasse o mais próximo de suas vivências e percepções atuais e conscientes. 
Função do conselheiro: propor atmosfera permissiva, não autoritária no sentido de proporcionar completa liberdade para o cliente estabelecer o seu próprio andamento e direção. Objetivo de liberar o outro de suas defesas. Conselheiro tinha respostas clarificadoras e de aceitação. 
Técnica da reflexão foi objeto de pesquisas empíricas, dentro do modelo positivista de pesquisa. A atenção aos conteúdos semânticos da comunicação entre terapeuta e cliente e o interesse pragmático em provar a eficácia da técnica da reflexão, obscureceram as dimensões político-ideológicas que a terapia não-diretiva ensaiava colocar em pauta.
História do aconselhamento: As atitudes facilitadoras
Publicação de cartilhas ou manuais de como atuar de modo não diretivo. Foi alvo de piadas que associavam a não-diretividade à mera repetição. Esta técnica é colocada em suspensão pelo próprio Rogers. Rogers passa a se interessar pela presença da pessoa do terapeuta por meio da noção de autenticidade. A partir de 1957, Rogers passou a elaborar o que viria a ser um dos pilares de sua formulação teórica: as atitudes básicas e sua relação com a criação de um clima ou atmosfera facilitadores do crescimento humano: origem da psicoterapia centrada no cliente.
A pressuposição da existência de potencialidades humanas que se desdobram por meio de certas condições favoráveis presente na teoria do traço e fator, traduz-se em Rogers em tendência atualizante. Rogers se preocupa com as condições necessárias e suficientes para que a atualização da tendência a maior complexidade e integração dos organismos ocorra nos seres humanos. – Chega a equação básica segundo a qual a presença de atitudes como congruência, aceitação positiva incondicional e empatia, permitem a ocorrência da aprendizagem subjacente ao crescimento e à mudança. Esta equação básica é transposta para outros campos além do consultório a partir dos anos 70 – passagem para a Abordagem Centrada da Pessoa.
História do aconselhamento: Rogers – transformações no campo tanto do aconselhamento como da psicoterapia.
Estas formulações de Rogers, destrói as diferenças entre aconselhamento e psicoterapia. Isto permite uma liberdade para uma atuação mais ampla – atuação propriamente clinica dos psicólogos, barrada até então pela psiquiatrização da psicanálise. Outra questão posta: o lugar da aprendizagem no entendimento da psicoterapia. No livro “Psicoterapia Centrada no Cliente” define a psicoterapia como um processo de aprendizagem – aprendizagem significativa que integra dimensões afetivas e cognitivas. Conceito de aprendizagem significativa define a psicoterapia como processo de aprendizagem, sem contudo caracterizá-la como prática pedagógica. Ampliação e diversificação do Aconselhamento psicológico para além das práticas psicoterápicas.
Há um apagamento das fronteiras entre psicoterapia e aconselhamento. A separação que se dava localizando a psicoterapia no campo saúde/doença mental perseguindo objetivos curativos e do aconselhamento no eixo da adaptação/desadaptação social desaparece. Sem se identificar com objetivos educacionais, a proposta rogeriana também se distancia do modelo médico-curativo: não busca nem ensinar, nem curar, mas proporcionar uma experiência auto reveladora e produtora de mudanças na consciência e na conduta. O esmaecimento das fronteiras entre aconselhamento e psicoterapia e conceito de aprendizagem significativa amplia o aconselhamento baseado na teoria centrada no cliente para além das práticas psicoterápicas. Ideias de Rogers acenam para a possibilidade de uma clínica ampliada para os psicólogos, no entanto abre para participação de leigos e profissionais ligados aos assuntos humanos, na construção de práticas propícias à aprendizagem significativa. Nesta perspectiva introduz o questionamento do poder do especialista.

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