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Design Magazine 03

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Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
2
Criar significados e funções, mesclar identidades, 
combinar elementos, unir ideias, transformar o 
complexo em simples e ver o que os outros não veem. 
Esse é o trabalho de um designer. E nem sempre essas 
são tarefas fáceis. Na verdade, na maior parte das 
vezes, são bem complicadas.
O trabalho do designer é um constante desafio. 
Independentemente do nível de dificuldade do 
trabalho em si, ele precisa estar sempre atento a 
fatores externos, para que o resultado final de seu 
“produto” se comunique bem com o mundo e com 
o contexto onde ele se insere, sem gerar conflitos e 
ruídos acidentais.
Não importa se é design gráfico, web, de produto, 
ou até mesmo arquitetura, o profissional deve 
estar sempre atento a tudo ao seu redor. Absorver 
informações serve não só para inspiração futura, mas 
também para saber o que não fazer (tanto por ser algo 
ruim, quanto para evitar semelhanças em excesso com 
trabalhos alheios).
Enfim, que essa edição da Design Magazine Brasil, 
assim como as outras, possa servir a vocês como boa 
fonte de informação e inspiração.
Editorial
Lucas Fernandes
Atua com design desde 2010. Seu foco é direção de projetos, mas também domina outras 
áreas do design.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
3
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
4
Sumário
Embalagens Comemorativas
8
Universidade de OCAD
12
Nova marca dos Correios
16
Impressão Offset
26
Portfólio: Thiago Christo
30
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
5
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
6
Créditos
Lucas Fernandes
Diretor
Eliezer Santos
Hebert Tomazine
João Marcelo
Samuel Otaviano
Redatores
Douglas Lopes
Leandro Siqueira
Lucas Fernandes
Designers / Diagramadores
Douglas Lopes
Gilberto Ferreira
Wendel Fragoso
Ilustrações
Lucas Fernandes
Revisão
Wendel Fragoso
Capa
Thiago Christo
Portfólio da edição
Edição 03 • Junho/2014
Essa revista é parceira da Design Magazine de Portugal.
O logotipo da Design Magazine Brasil foi desenvolvido pela Elementos À Solta.
facebook.com/revistadesignmagazine.br
twitter.com/DMBr_Oficial
Redes Sociais
designmagazinebrasil.com.br
Site
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
7
Design Magazine Brasil
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
8
Embalagens Comemorativas
Hebert Tomazine
Apaixonado por minimalismo e editoração. Trabalha na área desde 2008. Atua como designer gráfico 
e editorial na Diocese de Duque de Caxias.
Ilustração de título por Gilberto Ferreira
A oportunidade de criar um design para uma embalagem 
comemorativa, seja para uma data festiva ou para um evento 
especifico, é o desejo da maioria dos designers de embalagem. 
Mas a dificuldade de mesclar e harmonizar a identidade visual 
do produto com a temática do referido evento às vezes chega 
a assustar até mesmo profissionais experientes, por acharem 
que seu processo criativo ficará limitado pela identidade visual 
do produto.
O lançamento de versões especiais de produtos é comum 
para prestigiar ou “entrar na onda” de consumo do evento. 
Grandes empresas do ramo alimentício costumam criar 
embalagens comemorativas para datas especiais ou para 
grandes eventos, seja como patrocinadores ou parceria para 
produtos oficiais.
No ano de 2013, empresas como Club Social, Bacardi, 
Heineken e Coca-Cola lançaram edições especiais de seus 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
9
Design Magazine Brasil
produtos em comemoração ao evento Rock in Rio 2013; 
Club Social lançou dois novos sabores “Chili Pepper” e “Chili 
& Cheddar”; Bacardi fez uma edição especial de um de seus 
produtos mais consumidos no Brasil, o “Bacardi Big Apple 
Rock in Rio”; Heineken e Coca-Cola lançaram latas especiais 
e limitadas de seus produtos, a Coca-Cola com a embalagem 
de “Coca-Cola Zero”, que com o auxílio do aplicativo lançado 
em conjunto, ao fotografar a lata poderia ouvir uma música do 
referido tema. A Coca-Cola na verdade parece ser especialista 
em lançar edições especiais de seu produto, em quase todo 
grande evento ela está presente com uma versão especial 
comemorativa, como agora na Copa do Mundo de 2014, e 
em datas comemorativas, como suas clássicas e ainda assim 
inovadoras embalagens natalinas. 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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O objetivo é desenvolver um design novo e criativo, que 
transmita a ideia do evento ou data comemorativa, preservando 
ainda a identidade visual da marca, ou das marcas no caso de 
eventos específicos.
É importante notar que o conceito a ser adotado precisa 
levar em consideração a visão do consumidor sobre a marca 
e com o referido evento, é necessário buscar uma correlação 
entre marca, evento, produto e consumidor.
A arte não necessariamente precisa seguir o padrão da 
identidade visual da referida marca, mas mesmo assim é 
necessário manter a harmonia, para que não haja uma briga 
por espaço e atenção do consumidor, é preciso criar uma 
unidade entre os dois. 
Mas como criar uma embalagem 
comemorativa de um produto? 
Embalagens Comemorativas
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
11
Design Magazine Brasil
Pode se utilizar equilíbrio de cores, usando o princípio 
de figura e fundo, utilizando o logotipo em monocromático 
em conjunto com um background colorido, ou definindo o 
espaço da identidade visual da marca por uma área de respiro, 
adicionando um elemento gráfico monocromático sob o 
logotipo colorido, dando destaque à marca e mesmo assim 
harmônico com o restante da arte.
Demarcando e dividindo as identidades visuais por um 
elemento gráfico, como a Coca-Cola utiliza com sua faixa 
curvilínea. Há uma separação entre as identidades visuais, mas 
no contexto elas se harmonizam e nota-se que fazem parte de 
um mesmo conjunto. Mesmo a Coca-Cola utilizando a cor azul 
em sua embalagem, você a identifica sendo o mesmo produto. 
Por quê? Porque os elementos gráficos que definem a marca 
se mantêm e estão destacados.
A visão do consumidor sobre a marca é a prioridade. A 
embalagem pode ter um design incrível, mas se o consumidor 
não identificar o produto não há sentido. Após isso, deve 
passar o conceito da identidade do evento e sua correlação 
com a marca.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Universidade de OCAD
João Marcelo
Estudante de arquitetura e urbanismo na Unigranrio, formado em técnico de design de interiores no 
Senac, apreciador de vinho e artista plástico de fim de semana.
Ilustração de título por Wendel Fragoso
O edifício canadense do Sharp Centre for Design, 
fundado como Ontario College of Art and Design, 
inaugurado em 2004, é uma das maiores universidades 
de design e arte da América do Norte e faz parte de uma 
das obras do arquiteto modernista inglês William Allen 
Alsop, conhecido pelas suas obras controversas de cores 
vibrantes e volumetria exagerada.
Will Alsop tinha como objetivo neste projeto adicionar 
um ar de modernidade ao Sharp Centre for design, 
fazendo algo inovador e que não deixasse de lado a sua 
relevância tradicional de mais de um século dedicado ao 
ensino das artes visuais. A ideia de Alsop era construir 
uma sede contemporânea, mas que dialogasse com seu 
entorno respeitando os antigos prédios da universidade.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
13
Design Magazine Brasil
A estrutura possui 9 metros de altura, 31 de largura e 84 
de comprimento. O edifício está a 26 metros acima do solo, 
apoiado em uma torre central e com 12 colunas de aço 
reforçado que sustentam a estrutura, revestidas com várias 
camadas de tintaintumescente coloridas, ótimas para 
proteger o aço em caso de incêndio, deixando a mesma em 
um aspecto de “Top table’’, como o próprio Will batizou.
A estrutura principal em formato de paralelepípedo é 
dividida em dois andares que se comunicam com o antigo 
prédio da OCAD através de uma escada central e um 
elevador. Sua fachada foi coberta por um revestimento 
Composição
Cr
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ito
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Et
ha
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Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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“pixelado” que se destaca de todo 
seu entorno tradicional. Durante o dia 
é bem difícil distinguir as janelas, que 
são distribuídas de forma assimétrica, 
dos pixelados pretos. Essas mesmas 
janelas, entretanto, durante o período 
da noite, apresentam uma iluminação 
com cores diferentes. A estrutura 
também utiliza um sistema composto 
de 16 luzes de iodeto metálico na cor 
azul de baixo consumo de energia 
que ilumina a estrutura por baixo.
A ideia de uma estrutura elevada 
deu a Sharp Centre uma área ao 
ar livre, onde a mesma é utilizada 
como praça. 
Apesar do aspecto surrealista, 
seu interior é bastante convencional. 
O mesmo se utiliza bem dos seus 
espaços internos que estão divididos 
entre salas de aula e estúdios, o 
princípio estimula a interação dos 
alunos e as salas possuem paredes 
removíveis e portas corrediças.
Créditos: UnTapping The World
Créditos: Archidose
Universidade de OCAD
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Design Magazine Brasil
O Sharp Centre for Design, 
descrito como “corajoso, ousado 
e um pouco insano”, foi um 
dos 6 edifícios honrados com o 
prêmio Royal Institute of British 
Architects (RIBA) em 2004. 
Um ano mais tarde recebeu o 
prêmio de excelência do Toronto 
Architecture and Urban Design 
Awards na categoria de building 
context, que distingue projetos 
que atingem a excelência no 
desenho urbano por meio da 
relação com o espaço público e 
a contribuição para a melhora 
da qualidade de vida da 
comunidade. O projeto vem 
sendo celebrado pois foi o ponto 
de partida para a revitalização 
de uma área negligenciada de 
Toronto no Canadá.
Repercução
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Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
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Nova marca dos Correios
Samuel Otaviano
Passagens por agências do RJ e SP. Tec. em design gráfico pelo SENAI-RJ, grad. em design (UNESA), 
MBA em Design Estratégico (ESPM-RJ), mestrando em design (PUC-RJ).
Ilustração de título por Douglas Silva
No início de maio foi apresentada uma nova identidade 
visual para os correios. De um modo geral, a recepção 
entre designers não foi muito boa, o que gerou diversas 
críticas ao que foi apresentado. Os Correios já não têm uma 
reputação muito boa por ser uma empresa pública e pelo 
seu principal serviço, a entrega de correspondências (carta, 
telegrama e correspondência agrupada), estar cada vez 
mais em desuso. Segundo o documento de apresentação 
disponível no site da agência criadora da nova marca, a 
CDA Branding & Design, esse redesenho faz parte de uma 
das ações do Plano Estratégico 2020 da estatal. Espera-
se que assim a empresa possa se modernizar e realinhar 
seu posicionamento, melhorando sua reputação junto ao 
público e fortalecendo sua marca.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
17
Design Magazine Brasil
O mesmo documento ainda afirma que essa mudança 
“sinaliza um momento autêntico de renovação de 
posicionamento da empresa frente às novas realidades do 
mercado consumidor”. Nessa apresentação são reforçados 
os atributos e diretrizes da marca que são proximidade, 
inovação, flexibilidade, dinamismo e comprometimento. 
Embora mesmo após percorrer todo o documento esses 
atributos ainda fiquem parecendo um pouco vagos, fica 
evidente que um dos requisitos estabelecidos foi o de que 
se mantivessem referências a marca anterior. Talvez isso 
seja devido ao modo como a antiga marca dos correios seja 
tão presente para o povo brasileiro, afinal, trata-se de um 
símbolo que existe desde 1970 e passou por uma única, 
e sutil, modificação nos anos 1990. Casos de redesenho 
de uma marca tradicional levantam sempre discussões 
sobre até que ponto a mudança deve ir e o quanto das 
características atuais ser mantido, e é por esse prisma que 
Tereza Bettinardi aborda a nova marca dos Correios em seu 
post disponível aqui. Por esse fator de equilíbrio entre a 
tradição e a novidade, o novo símbolo faz uma referência 
direta ao anterior mantendo-se as duas setas que remetem 
“a capacidade de ir e vir, de circular, de conectar”. A grande 
novidade é que essas setas, antes monocromáticas, agora 
assumem cada qual uma das cores da identidade visual 
(o amarelo e o azul). A modernidade fica por conta das 
pontas arredondadas e o efeito de volume e brilho através 
do degradê, além de um pequeno detalhe que simula 
uma espécie de dobra ou virada em uma das abas da seta, 
sem ficar muito claro, através dos esquemas que indicam 
o processo construtivo, qual forma geométrica aberta 
resultaria em tal figura.
Nova marca dos correios.
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Para o novo logotipo são 
atribuídas as mesmas qualidades 
de contemporaneidade e fidelidade 
ao desenho anterior, embora 
nesse caso esses aspectos fiquem 
menos evidentes por não haver a 
presença de um grid de construção 
no apresentado. De qualquer 
forma, a maior diferença está nas 
letras R, E e S e o uso de caixa alta 
na primeira letra, o que, segundo 
os seus criadores, atribui um ar 
mais pessoal que aproxima e torna 
a marca mais amigável. Ainda 
sobre o logotipo, vários aspectos 
inconsistentes foram apontados 
pela Marina Chaccur em sua análise 
entitulada “Tipo um problema dos 
Correios”, disponível aqui. 
Além desses elementos, o 
sistema de identidade visual conta 
com grafismos amarelos que se 
sobrepõem e formam ângulos entre 
si e são aplicados nas mais diversas 
situações, desde embalagens 
até crachás. Vale frisar que na 
apresentação do case algumas 
aplicações são acompanhadas da 
advertência “imagens meramente 
ilustrativos” o que denota que estas 
podem ser diferentes quando forem 
de fato implementadas. Embora não 
tenha sido explicitado o motivo dos 
grafismos, é latente a ligação dos 
mesmos com as ideias de dinamismo 
e movimento, além de resultarem 
em formas diagonais que também 
remetem as setas. A opção pela cor 
amarela parece ser uma maneira de 
se alcançar um equilíbrio entre as 
duas principais cores institucionais, já 
que, no conjunto do símbolo com o 
logotipo, prevalece a cor azul.
Nova marca dos Correios
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
19
Design Magazine Brasil
As únicas aplicações pertencentes ao universo digital 
são a tela inicial de uma simulação do que seria o site e 
um ícone para um aplicativo mobile. Acontece que, no caso 
do site, o que de fato foi implementado não condiz com 
o que está na apresentação. A simulação da páginal inicial 
do site é bastante coerente com o restante do sistema 
de identidade visual. Prevalece a cor amarela e, na parte 
de baixo como elemento de fundo, estão os grafismos. A 
marca é aplicada sobre fundo branco, conforme é sinalizada 
a prioridade para essa forma de aplicação na apresentação 
do case. No topo da tela fica o menu principal com bastante 
destaque e uma pequena faixa amarela com o que parecem 
ser os controles de acessibilidade. O restante é composto 
pelas funcionalidades mais importantes (busca por CEP 
e rastreamento de encomendas), os links (com foto e 
texto) para as áreas voltadas para pessoa física, empresas 
e responsabilidade social e uma chamada com maior 
destaque. Tudo com texto simulado em “Lorem ipsum”.
Aplicações da marca dos correios no meio digital.
Licenciado para Elisabete Lima,contato@soullisa.com
20
Essa pequena amostragem, 
apenas a página inicial, não 
demonstra nada muito inovador ou 
moderno em se tratando de um site 
para uma empresa estatal ou para 
empresas com esse tipo de serviço, 
onde geralmente prevalece para o 
público impressões de complicação e 
burocracia. Um exemplo de mudança 
nesse sentido é a página inicial que 
integra os portais da prefeitura do 
Rio de Janeiro.
Porém o que de fato foi feito na 
reformulação do portal dos correios 
em função da nova marca está muito 
distante do que foi apresentado 
como simulação na apresentação do 
case dos Correios. Para uma empresa 
que tem como oferta central do 
negócio “soluções que aproximam” 
(segundo o site dos Correios), onde 
logística e comunicação são pilares 
centrais, a presença no ambiente 
digital é um aspecto fundamental. Os 
números do site chamam a atenção. 
São pouco mais de 40 milhões de 
acessos mensais e quase 20 mil 
usuários consecutivos por segundo. 
É o 25º site mais acessado do Brasil 
e fica em primeiro lugar no mundo 
em acessos a sites com a mesma 
área de atuação (Fonte: http://blog.
correios.com.br/correios/?p=9424). 
O plano estratégico mencionado 
anteriormente prevê serviços como 
telefonia móvel virtual, financeiros 
e do segmento postal eletrônico, ou 
seja, ao que parece, gradativamente 
a presença da marca no ambiente 
digital será cada vez maior.
Analisemos então o novo site 
dos correios. 
Tela inicial que agrupa os portais da prefeitura do 
Rio de Janeiro.
Nova marca dos Correios
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
21
Design Magazine Brasil
Em primeiro lugar, a marca está aplicada no canto 
superior esquerdo sobre fundo branco, conforme sugere 
a apresentação da agência. Todos os outros recursos 
“fixos” como idioma do site, busca rápida e atalhos 
para comunicação direta com a empresa ficam do lado 
esquerdo. Até aí nada muito novo, o que destoa é a cor de 
fundo (bege claro) presente no menu principal e na barra 
com os recursos de acessibilidade. Essa cor não faz parte 
do sistema de identidade visual e confunde a barra com o 
menu como se os dois formassem um único bloco. O que 
piora a situação são os ícones associados a acessibilidade 
(meramente ilustrativos nesse caso) que ficam mais 
próximos da marca do que dos botões de contraste e 
redimensionamento do texto. O último botão dessa barra, 
“pular para conteúdo”, não tem praticamente nenhuma 
utilidade pois apenas “rola” a tela até que o conteúdo da 
página fique posicionado no topo do navegador.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
22
Os ícones do site dos correios.
O destaque para os principais 
serviços, “busca CEP ou Endereço”, 
“Rastreamento de objetos” e “Preços 
e prazos” é um ponto positivo, embora 
pudesse ter sido melhor trabalhado 
visualmente. Estes, por sua vez, 
são os serviços disponíveis na atual 
versão do aplicativo para dispositivos 
móveis dos Correios. Apesar de 
serem recursos úteis, esta plataforma 
poderia ser muito melhor aproveitada 
com a utilização de tecnologias como 
GPS e leitor de códigos de barra ou QR 
code. Voltando a análise do site, duas 
demostrações da pouca atenção que 
foi dada a organização do conteúdo 
e a nomenclatura dos links são o 
caso dos links “Notícias” e “Avisos” 
e o item do menu “Correios Online”. 
No primeiro caso, tratam-se de dois 
nomes parecidos para conteúdos 
diferentes, e no segundo, o item de 
menu corresponde a loja virtual dos 
correios, por onde se pode adquirir 
produtos e serviços diversos (selos, 
mascotes dos Correios, telegramas 
on line, camisas, caixas para 
encomendas etc). Um link chamado 
“Correios Online” no site dos correios 
é no mínimo redundante.
Todas as páginas do portal têm 
uma disposição bem tradicional, para 
não dizer antiga, em que as opções 
de menu ficam do lado esquerdo da 
página, com submenus que quando 
acionados ficam dispostos como em 
um gerenciador de arquivos ao invés 
de serem acionados apenas quando 
o mouse está sobre o item de 
menu principal. Outros elementos 
presentes, porém sem nada muito 
inovador, são os links para a página 
do Facebook, para o blog, os links 
Nova marca dos Correios
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
23
Design Magazine Brasil
externos em destaque, os links mais gerais no rodapé e o 
mapa do site. Este último, por sua vez, é apresentado de 
um modo totalmente ultrapassado tornando-o pouco útil.
Pouco desse site parece ter sido criado conforme o 
sistema de identidade visual apresentado no case pela 
agência. Exceção disso é o sistema de ícones. Porém, 
considerando a opção por um logotipo com degradês 
e volumes que lhe conferem um aspecto 3D, o fato 
de nem nos ícones e nem no restante do site haver a 
utilização desses recursos visuais resulta em um layout 
com pouca consistência. 
Por essa análise bem geral conclui-se que, além de 
terem sido negligenciados aspectos fundamentais de 
Redesign do processo de reservas on line da Virgin 
America. Inovação através uma interface simples e com 
um clima descontraído.
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
24
usabilidade, quase nada há de 
inovador no novo site dos correios 
e este não está consistente com o 
novo sistema de identidade visual da 
empresa. Perdeu-se uma excelente 
oportunidade. Os serviços dos 
Correios, por sua própria natureza, 
demandam um nível alto de 
familiarização por parte do usuário, 
seja em lojas físicas ou on line. Por 
exemplo, decidir entre a melhor 
forma de envio em função do 
melhor custo x benefício de acordo 
com o destino, o prazo de entrega, o 
tamanho e peso de uma encomenda 
requer, em muitos casos, uma boa 
dose de paciência. Em um ambiente 
digital, um serviço em que o usuário 
precisa dominar informações 
muitas vezes complexas e com 
as quais não está familiarizado, o 
melhor caminho para a eficácia é 
a construção interfaces simples 
e que se apresentem de forma 
amigável, adaptada à diversidade de 
dispositivos disponíveis atualmente. 
Essa opção seria uma excelente 
maneira de reforçar os atributos 
desejados para a marca dos 
Correios. Lembrando: proximidade, 
inovação, flexibilidade, dinamismo e 
comprometimento. Acrescentando 
que a adoção de mais empatia nas 
comunicações e processos do site dos 
Correios ajudaria muito a melhorar 
a imagem da marca. O serviço 
de SEDEX, por exemplo, embora 
seja alvo de muitas reclamações 
ainda, é associado às qualidades de 
facilidade, velocidade e praticidade, 
através do slogan “Mandou, Chegou” 
amplamente utilizado em campanhas 
publicitárias. Essa escolha é muito 
acertada. São diversas as marcas 
Nova marca dos Correios
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
25
Design Magazine Brasil
que trabalham esses atributos de 
forma muito original e inovadora 
no meio digital. Um exemplo é a 
versão beta do site de reservas de 
vôos da companhia americana Virgin 
America. Além de descomplicar 
todo o processo com uma interface 
simples e com destaque para o 
que é realmente importante, a 
empresa optou por um clima muito 
descontraído, seguindo na direção 
oposta ao padrão deste setor. Não 
que o site dos Correios tivesse que 
fazer o mesmo e usar um mascote, 
mas a tal modernidade tão desejada 
pode ser alcançada investindo-se 
de maneira criativa e realmente 
inovadora no meio digital.
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26
Impressão Offset
Eliezer Santos
Atua como freelancer desde 2012 com criação de logotipos, peças publicitárias, etc. Atualmente, tem
se dedicado a edição de vídeos e motion design.
Ilustrações por Gilberto Ferreira
Imaginemos o seguinte cenário: você acorda, toma um 
banho, sai para comprar pão e se depara com uma banca 
de jornal. Entãovocê olha a capa da Design Magazine Brasil, 
se interessa, compra um exemplar e leva pra casa. Lá, você 
senta em um canto sossegado do seu lar, abre a revista e 
se deleita com o conteúdo impresso nela. Talvez você nem 
pare para pensar em como aquele simples gesto, que já faz 
parte do nosso cotidiano há tanto tempo, evoluiu desde a 
criação do papel, passando pela criação da imprensa até 
chegar às suas mãos em forma de revista ou jornal diário. 
Foi pensando nisso que decidi contar um pouco da 
história riquíssima que se esconde além das páginas 
de uma revista ou jornal impresso. Se você gosta de 
história, então se ajeite na poltrona, e façamos uma 
breve viagem no tempo...
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
27
Design Magazine Brasil
Alemanha, 1789. Um ator e artista 
de Teatro chamado Alois Senefelder 
buscava uma maneira mais econômica 
de reproduzir textos e peças teatrais 
impressas no papel. Então, resolveu 
fazer um experimento: pegou uma 
pedra chamada pedra de Solnhofen 
(uma pedra calcária, de superfície 
lisa) e “desenhou” nela com um lápis 
á base de graxa, de forma invertida. 
Em seguida, umedeceu a pedra, e 
notou que as partes “desenhadas”, ou 
seja, cobertas com a graxa, repeliam 
a água por serem gordurosas. 
Então, ele aplicou uma tinta sobre a 
“imagem” na pedra, e notou que os 
pigmentos de tinta tinham afinidade 
com as partes gordurosas e se 
concentravam, formando assim, na 
pedra, a “imagem”, que pressionada 
contra o papel, resultava numa 
impressão muito mais rápida e de 
qualidade superior que as obtidas nas 
prensas, criadas séculos antes por 
Gutemberg. Nascia ali a Litografia, 
que é considerada a “mãe” da 
impressão Off Set.
Anteriormente, o processo 
para impressão no papel criado 
por Gutemberg era totalmente 
manual. Somente depois da 
Litografia foi possível a construção 
de máquinas que passaram a 
agilizar consideravelmente o 
processo de impressão.
Em 1803, um tipógrafo alemão 
chamado Friedrich Koenig Inventou 
a primeira prensa mecânica, que 
ele batizou de Gutemberg em 
homenagem ao inventor da prensa. 
Ela era feita totalmente em madeira, 
e tinha o seu processo quase 
Licenciado para Elisabete Lima, contato@soullisa.com
28
totalmente automatizado. Porém, seu invento fracassou 
de início. Ele então levou sua ideia para a Inglaterra, onde 
naquela época a Revolução Industrial já estava, literalmente, 
a “todo vapor”, e só então obteve sucesso. Em 1810 Koenig 
patenteia seu invento e, um ano depois, sua máquina, 
agora composta com cilindros de Aço começa a funcionar, 
agilizando em 10 vezes o processo de impressão.
Com o passar dos anos, a Litografia foi perdendo sua 
eficiência em relação à demanda que surgia, pois o processo 
de preparação da pedra/matriz de impressão era ainda 
manual, ou seja, muito lento e pouco preciso. Então, foram 
desenvolvidas matrizes flexíveis em Zinco, e o processo de 
impressão se inverteu: antes, a pedra/matriz ficava plana, e 
o papel era anexado ao cilindro, que rolava sobre a matriz, 
fazendo assim a impressão. Com as matrizes de Zinco, o 
papel passou para a superfície plana, enquanto a matriz 
passou a ser anexada ao cilindro. Surgia, então, a impressão 
no sistema Off Set.
O termo Off Set significa “fora do lugar”, e este método 
de impressão foi batizado desta forma porque a impressão 
é indireta, ou seja, é feita através de cilindros que deslizam 
sobre o papel. Este termo foi criado pelo americano Ira 
Washington Rubel, que observou uma “falha” no processo 
Impressão Offset
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de impressão por cilindro. Ele observou que, adicionando 
uma blanqueta de borracha ao cilindro, obtinha uma 
impressão com muito mais qualidade e durabilidade, pois 
a superfície emborrachada da blanqueta distribuía a tinta 
para o papel de forma mais uniforme. 
Muitas evoluções nas técnicas de impressão surgiram 
desde então. Por volta de 1900, também nos EUA, começam 
a surgir as primeiras placas de alumínio, que são usadas pelas 
gráficas até hoje. Em 1920 surgem as primeiras impressões 
a cores, e no final da década de 1960, com o avanço de 
novas tintas e compostos químicos, as impressões coloridas 
ganham força com o surgimento do padrão CMYK.
CMYK são as iniciais das tintas primárias, que neste 
processo, são utilizadas de forma a serem sobrepostas umas 
as outras para formar toda uma gama de cores. São elas: 
Cyan (Ciano), Magenta (Magenta, original do Vermelho), 
Yellow (Amarelo) e Key (chave, que neste caso, representa 
o Preto). As três cores primárias mais a adição do Preto 
revolucionaram a impressão Off Set e tornou possível 
vermos no papel uma vasta gama de cores, que antes só 
conseguíamos ver na natureza.
 O CMYK surgiu a partir de estudos sobre o RGB, da qual 
Sir Isaac Newton foi um dos precursores. A grande diferença 
entre CMYK e RGB é que, no primeiro, adicionam-se cores 
para formar outras cores. Já no modo RGB acontece o 
inverso. Porém, isso é um papo para outro dia...
Voltemos, então, aos dias atuais, onde temos várias 
novas opções de leitura, como a que você está fazendo 
neste exato momento: lendo esta matéria numa revista 
online, que se resume a milhões de pixels em cores 
RGB, etc. Mas ainda não inventaram nenhum método 
de leitura mais prazeroso do que ler, seja lá o que for, 
numa mídia impressa. Se você é Designer e trabalha com 
mídias impressas, agora que você conhece um pouco da 
história, procure acompanhar um pouco mais de perto 
o processo de impressão das suas artes. Se possível, 
visite um parque gráfico. Tenho certeza que será uma 
experiência incrível, que vai acrescentar muito em sua 
experiência profissional.
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Portfólio: Thiago Christo
Thiago Christo
Designer Gráfico, arte-finalista e é especialista em tratamento e manipulação de imagens 2D e 
3D para publicidade.
Designer Gráfico, arte-finalista e é especialista em 
tratamento e manipulação de imagens 2D e 3D para 
publicidade. Ocupou a função de designer gráfico, arte-
finalista e diagramador nas principais empresas de design 
e comunicação do Espírito Santo, entre elas Indesign 
Comunicações, C3 Comunicação, Rede Gazeta e Fire 
Marketing & Comunicação. Hoje trabalha em parceria 
com as agências de comunicação, fotógrafos e empresas 
criando imagens híbridas para publicidade e decoração. 
Ministra treinamentos de fluxo digital em empresas e ajuda 
as pessoas a chegar nos objetivos com o coaching. É técnico 
em Marketing & Design pela CONTEC – Espírito Santo – 
2000. Atua na área: desde 2000. Formado em Coaching 
pela Academia Brasileira de Coaching.
thiagochristo.com.br
facebook.com/estudiothiagochristo
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Inspirado na 2ª Guerra Mundial, este cenário é 
composto por 17 imagens.
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Totalmente criado do zero, este cenário conta 
com 8 imagens.
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