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Direito Processual Contitucional Acadêmica: Fabiano Morais Professora: Renato Negrao 10º - A – Noturno SORRISO-MT 2017 a) Quais são os fundamentos ou pressupostos da desapropriação? Discorra sobre eles. Nos casos citados na reportagem, qual seria o pressuposto? b) Qual é conceito de desapropriação? Quais são as duas fases do seu procedimento? c) É necessária a anuência dos proprietários dos terrenos? No caso de discordância, como os proprietários podem buscar impedir a desapropriação e quais são os fundamentos que podem ser utilizados para contestá-la? Questão A: A Constituição Federal de 1988 em seu artigo quinto, inciso XXIV estabelece que: A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição. Assim, os fundamentos ou pressupostos para a desapropriação são a existência de necessidade ou utilidade pública ou interesse social e a justa e prévia indenização do proprietário do bem a ser desapropriado. Como a reportagem mencionada na pergunta não foi enviada não sei responder qual o pressuposto utilizado neste caso. Questão B: A desapropriação é uma das hipóteses de perda da propriedade (artigo 1275, V do Código Civil brasileiro). O procedimento é composto por duas fases: a primeira é a fase declaratória da necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social e a segunda é a fase da indenização e transferência do bem. Questão C: De acordo com o artigo 10 do decreto-lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, a desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto (de declaração de utilidade pública) e findos os quais este caducará. O artigo 9o do mesmo decreto-lei estabelece que ao Poder Judiciário é vedado, no processo de desapropriação, decidir se se verificam ou não os casos de utilidade pública. Assim, o proprietário do bem a ser desapropriado pode debater com o Estado tão somente o valor do bem a ser desapropriado e a indenização correspondente, mas não tem como obter tutela jurisdicional acerca da pertinência ou não da declaração de utilidade pública.
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