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Medição de força Bibliografia BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V. J. Instrumentação e Fundamentos de Medidas. Rio de Janeiro: LTC, 2011. BARBOSA, F. S.. Introdução à Extensometria. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006 BORCHARDT, I. G.; BRITO, R. M. Fundamentos de instrumentação para monitoração e controle de processos. São Leopoldo: UNISINOS, 1998. Medição de força Medição de força Medir com precisão Controle de qualidade Dados ao longo de um processo Automação de processos A medição da força traz informações de: Peso Torque Pressão Variáveis que dependem direta ou indiretamente da força Ruptura Limite de resistência Escoamento Limite de proporcionalidade Contextualização Contextualização Robert Hook estabeleceu a relação entre tensão e deformação: quando uma força é submetida a uma mola, a mesma deflexiona segundo 𝐹 = 𝑘𝑥. É uma aproximação do que realmente acontece com os corpos deformáveis, pois a relação entre a força e a deflexão ´´e aproximadamente linear quando as cargas são pequenas. Assim, podemos reescrever a equação como 𝜎 = 𝐸𝜀. Durante um ensaio, no regime elástico (sem deformação plástica do material), é possível determinar o módulo de elasticidade do material. Esta informação é de grande importância no projeto de células de carga. Contextualização Células de carga são transdutores de força, nos quais uma estrutura mecanicamente rígida possui sensores fixados. Ao aplicar-se uma carga mecânica, o sistema deforma-se e a informação é transmitida ao sensor. Transdutores e função de transferência Material adaptado de João Olegário de Oliveira de Souza Transdutor É um dispositivo que converte um estímulo (sinal de entrada) em uma resposta (sinal de saída) adequada à transferência de energia, medição ou processamento da informação. Em geral o sinal de saída é uma grandeza física de natureza diferente do sinal de entrada. O que relaciona “estímulo” à “resposta” é uma função matemática (Função de transferência) representada simbolicamente pela letra S. Função de transferência ✓ Estabelece as relações que existem entre as entradas e saídas de um sistema de medição; ✓ Depende dos princípios físicos que regem o comportamento do dispositivo; ✓ Em geral, os dispositivos de um sistema de medição são construídos visando uma função de transferência linear. Função de transferência ▪ Teórica Aproximada - obtida com base em modelos teóricos; Expressa na forma de equação matemática; Ajudam no entendimento dos mecanismos de transdução e na estimativa do erro nas medidas efetuadas Indispensável para o projeto do sistema de medição. leitura u1 4321 ,,, xxxxfleitura Função de transferência ▪ Real (curva de aferição ou calibração) Levantamento experimental da função de transferência (gráfico ou tabela) - procedimento de calibração; Necessária para a utilização do instrumento; Empregam-se unidades padronizadas como estímulo. leitura u1 Função de transferência ▪ Experimental Equação matemática que melhor descreve a curva de aferição na faixa de valores de utilização do instrumento Utilizada para avaliar a função de transferência teórica leitura u1 real experimental teórica Transdutor e Função de transferência ▪ Simples: se SA é a função de transferência do transdutor, então: O = SA.G ▪ Compostos: possui mais de um estágio de transdução entre a entrada e a saída. Em cada estágio ocorre pelo menos uma alteração da natureza da informação. Balanças e medição de forças ▪ Balanças mecânicas ▪ Balanças eletrônicas ▪ Menor custo ▪ Simples operação ▪ Melhor qualidade de medição Transdutores de força Piezoelétrico Capacitivo Resistor sensor de força Extensômetro de resistência elétrica Transdutor de força piezoelétrico Cerâmicas piezoelétricas. Uma vez que a tensão elétrica aumenta quase que linearmente com a tensão mecânica aplicada, o piezoelétrico pode ser utilizado como sensor de força. Porém, deve-se observar que as cargas elétricas surgem apenas quando a carga mecânica é aplicada. A mesma será descarregada pela resistência de entrada que é utilizado para fazer a medida. Assim, não é possível utilizar um piezoelétrico na medição de força ou pressão estática. É quase tão rígido quanto uma peça de aço, permitindo que seja inserido diretamente em partes estruturais de máquinas. Transdutor de força capacitivo A variação da distância entre as placas do capacitor gera a mudança na sua capacitância. Miniaturização de componentes: fabricação diretamente sobre lâminas de silício. MEMS (Micro Electromechanical Systems). Resistor sensor de força FSR – Force Sensitive Resistor. A variação da resistência depende da força aplicada por área. Maior área de metal encostando na área condutiva = menor resistência. São conhecidos pela precisão muito baixa, com erros da ordem de 25% e pela não linearidade de saída. Extensômetro de resistência elétrica (strain gages) Resistência é proporcional ao comprimento do condutor. Quando um fio é submetido a tração: RR A l A l o oo o . R AA ll o oR F lo l Ro o o A l oR Ro+ R Fornecem uma alteração de resistência em resposta a uma alteração de comprimento (strain gauge). Utilizados para medir tensões mecânicas (distensão). Extensômetro Alteração do comprimento Resistência Extensômetro de resistência elétrica (strain gages) Fator gage / fator do extensômetro (k) Relação entre a deformação específica e a mudança de resistência de um metal. Relação entre a deformação e a mudança de resistência de um metal. Fator gage / fator do extensômetro (k) Extensômetro de resistência elétrica (strain gages) O fator do extensômetro caracteriza a sensibilidade do sensor, onde o sinal de entrada é a variação da deformação e o de saída a variação de resistência. Em 1931, Carlson desenvolvei o primeiro extensômetro de fio (unbonded strain gage). Atualmente, os extensômetros de fios metálicos (unbonded metal wire) tornaram-se obsoletos. A figura mostra um extensômetro tipo folha (o mais utilizado), o qual deve ser colado na superfície de uma estrutura onde vai ser aplicada a força ou então medidas as tensões mecânicas. Qualquer fenômeno responsável por uma deformação mecânica pode ser analisado por meio de extensômetros de resistência elétrica: medições de pressão, deslocamento, temperatura, torque, vazão, força, etc. Balanças digitais, torquímetros, manômetros, medidores de deformação, fluxímetros, etc. Extensômetro de resistência elétrica (strain gages) F F l l R F lo l A Figura mostra um extensômetro tipo folha (o tipo mais utilizado atualmente). Princípio de funcionamento F lo l A Figura mostra um extensômetro tipo folha (o tipo mais utilizado atualmente). Princípio de funcionamento oo l l R R Extensômetro de resistência elétrica (strain gages) Os extensômetros de resistência elétrica do tipo folha são os sensores mais populares na medição de força (e grandezas relacionadas) em função do seu tamanho, alta linearidade e baixa impedância. ol l K Sistema Mecânico Elemento Mola Distensão (strain) F / T GF Strain Gauge Variação de Resistência gR R Medindo força com strain gages Extensômetro de resistência elétrica (strain gages) Extensômetros de resistência elétrica com compensação de temperatura • Constantã (Cu-Ni) – mais utilizada • Karma (Ni-Cr-Fe-Al) • Nicromo(Ni-Cr) • Ou sobre semicondutores (Si ou Ge) • A escolha do sensor consiste na determinação de uma combinação de parâmetros compatíveis com o ambiente e as condições de operação do sensor • É comum que os fabricantes de extensômetros selecionem ligas no intuito de compensar os efeitos dos parâmetros que interferem no sistema – autocompensarão de temperatura. Extensômetro de uso geral – material de base Poliamida (polímero): Flexível Maleável Fácil manuseio Aplicações estáticas ou dinâmicas São possíveis alongamentos maiores que 20% Epoxifenólico (resina): Possui reforço de fibra de vidro – utilização em maiores faixas de temperatura Alongamento máximo limitado: de 1% a 2% Extensômetro de uso geral – comprimento do sensor Ligas de constantã (Cu-Ni) são dúcteis – para comprimentos maiores que 3 mm podem alongar mais que 20 %. Ilustração da média da distribuição das tensões na região sob a grade sensora do extensômetro de resistência elétrica. Quando podem ser utilizados, os extensômetros mais longos (regulares) devem ser escolhidos, pois geralmente são mais fáceis de manusear e instalar. Esta propriedade pode ser bastante importante quando aplicados em plásticos ou outros materiais que são maus condutores de calor. Como uma regra geral, quando possível, comprimentos de 3 a 6 mm são preferíveis. Os comprimentos mais usuais e que geralmente encontram-se em estoque de fornecedores encontram-se dentro desta faixa. Extensômetros fora desta faixa também custam mais caro. Extensômetros uniaxiais Extensômetros do tipo roseta Extensômetros do tipo roseta Extensômetros semicondutores Extensômetros semicondutores Introdução ao projeto de transdutores de força Introdução ao projeto de transdutores de força Define-se quais as solicitações se deseja medir Define-se a forma do elemento elástico do transdutor Dimensionamento Colagem dos sensores Limpeza da superfície Abrasão das superfície Traçado das linhas de orientação Processo de colagem dos extensômetros de resistência elétrica Limpeza final Manuseio do extensômetro Posicionamento do extensômetro Colagem Proteção Processo de colagem dos extensômetros de resistência elétrica Solada na superfície Projeto da célula de carga Projeto da célula de carga Célula de carga do tipo coluna Transdutor de força do tipo lâmina engastada Colando o Strain Gauge sobre o corpo submetido ao stress ambos estarão submetidos ao mesmo strain. F F Compressão Strain (– ) Tração Strain (+ ) F Fc F Medindo força com strain gages Transdutor de força do tipo lâmina engastada Ponte de Wheatstone Célula de carga do tipo anel Transdutor de força composto por duas viagas bi-engastadas Processo de deposição de trilhas metálicas sobre substratos por serigrafia (screen printing)
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