Buscar

GUIA DE ESTUDOS DA UNIDADE 2 Fundamentos da Administração I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fundamentos da Administração I
UNIDADE 2
1
UNIDADE 2
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO I
APRESENTAÇÃO
Nessa unidade você estudará as principais abordagens da Administração e, conse-
quentemente, as teorias, visões e experiências de estudiosos que muito contribuíram 
com a administração. Nessa segunda unidade você chega ao início do século XX, 
uma época em que a Revolução Industrial se consolida na Europa e chega à Améri-
ca do Norte. Com esse movimento, surgiram as grandes corporações de negócios, 
os gerentes profissionais como Taylor, Fayol e Ford, entre outros, que construíram a 
base da moderna sociedade industrial e organizacional na qual você vive. 
Você vai conhecer o engenheiro e economista americano Frederick W.Taylor (1856-
1915) e suas idéias sobre eficiência. Vai conhecer o Henry Ford e a sua extraordi-
nária ideia da linha de montagem. E, por fim, vai conhecer e apreciar o estudo do 
engenheiro francês Henri Fayol e suas ideias sobre as funções do processo de ad-
ministrar organizações. Conheça tais autores no quadro 1.
Frederick W.TAYLOR (1856-1915)
Teoria: Administração Científica
Henry FORD (1863-1947)
Teoria: Fordismo
Jales Henri FAYOL (1841 – 1925)
Teoria: Teoria Clássica
Quadro 1: Principais autores da Abordagem clássica.
Fonte: http://admmartins.blogspot.com.br/
A primeira teoria estudada será a “administração científica”, conhecida como o mo-
vimento taylorista, que é caracterizado pela racionalização do trabalho que se inicia 
no final do século XIX e é, efetivamente, difundido e implantado em todo o mundo no 
início do século XX. O taylorismo recebeu esse nome por ser um método de planeja-
mento e controle dos tempos e movimentos no trabalho.
2
A segunda teoria que você vai estudar será o Fordismo, assim como o nome de 
Taylor está associado à administração científica, o nome de Henry Ford, está asso-
ciado à linha de montagem móvel, mas esse foi apenas um dos inúmeros avanços 
que ele criou e que deixaram sua marca na teoria e prática da administração. Foi 
Henry Ford quem elevou ao mais alto grau os dois princípios da produção em mas-
sa, que é a fabricação de produtos não diferenciados em grande quantidade: peças 
padronizadas e trabalhador especializado.
A terceira teoria estudada nessa unidade será a teoria clássica, o personagem mais 
importante que sistematizou e divulgou essas ideias foi o engenheiro francês Henry 
Fayol, um dos integrantes da escola clássica da administração.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
É importante você ficar sabendo que, ao terminar esse assunto, você estará prepa-
rado para descrever o movimento da administração científica, sintetizando as contri-
buições de seus participantes mais destacados.
Como toda ciência, a Administração tem passado por modificações profundas ao 
longo do tempo, à medida que a complexidade do mercado e das organizações 
aumentaram e novas questões passaram a serem feitas e novas respostas foram 
demandadas dos administradores. Em especial após a revolução industrial, que foi 
como um divisor de águas histórico, mudando drasticamente os meios de produção 
e, consequentemente, o próprio modo de ser da sociedade.
Mas somente no início do século XX com os trabalhos de Frederick W. Taylor e 
Henry Fayol, que acabaram, cada um a sua maneira, com a visão que tinham das 
organizações, sistematizando o conhecimento até então produzido e acrescentando 
a estes suas próprias observações que este movimento ganhou força e acabou se 
tornando conhecido como a abordagem clássica da Administração.
Muito embora não tenham se comunicado entre si e tenham partido de pontos de 
vista diferentes e mesmo opostos, o certo é que suas ideias constituem as bases da 
chamada Abordagem Clássica da Administração, cujos postulados dominaram as 
quatro primeiras décadas do século XX no panorama administrativo das organiza-
ções”.
Maximiniano (2011) explica que a “passagem para o século XX marcou o início de 
um grande avanço para administração. Esse avanço foi impulsionado pela expansão 
da Revolução Industrial na América, que criou uma nova realidade para as organi-
zações. A escala de operações exigiu o desenvolvimento de métodos totalmente 
novos de Administração. Essa evolução teve a participação de muitas pessoas, uma 
das mais importantes foi Frederick W. Taylor, ele e seus seguidores transformaram 
a administração da eficiência do trabalho em um corpo de conhecimentos com vida 
própria”.
Frederick Winslow Taylor (http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Taylor) foi o criador e 
participante mais destacado do movimento da administração científica, seu trabalho 
junta-se ao de outras pessoas que na mesma época, compartilhavam esforços para 
3
desenvolver princípios e técnicas de eficiência, que possibilitassem resolver os gran-
des problemas.
Caro(a) estudante, a administração científica é uma abordagem de baixo para cima 
(do operário para o gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (or-
ganização empresarial). No século XX, a atenção se foca totalmente para o método 
do trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tem-
po padrão determinado para sua realização. É importante ressaltar que este cuidado 
detalhista permitiu a especialização do operário, e a organização de movimentos, 
operações, tarefas e cargos constituem a chamada Organização Racional do Traba-
lho-ORT.
Chiavenato (2001) e Andrade (2011) dividiram didaticamente o trabalho de Taylor em 
dois períodos. Veja no quadro 2.
1º período A obra tratava sobre as seguintes questões:
O primeiro período de 
Taylor ocorre quando 
publicou o seu livro de-
nominado ‘Administra-
ção de oficinas’, no qual 
se preocupava exclusi-
vamente com as técni-
cas de racionalização 
do trabalho operário por 
meio do estudo de tem-
pos e movimentos.
O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir 
custos de produção;
À administração se deve aplicar métodos científicos de pesquisa, 
experimentos para formular princípios e estabelecer processos 
padronizados que permitam o controle das operações;
Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colo-
cados em seus postos com condições de trabalho ideais;
Os empregados devem ser cientificamente treinados para aper-
feiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção 
normal seja cumprida;
A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial 
cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência 
de um ambiente positivo que favoreça à produtividade.
2º Período Para Taylor as fábricas apresentavam três problemas básicos:
O segundo período de 
Taylor é marcado com a 
publicação do livro Prin-
cípios de Administração 
Científica (1911). Taylor 
partiu do princípio de 
que a racionalização 
do trabalho deveria ser 
acompanhada por uma 
estruturação geral das 
empresas.
1) Vadiagem sistemática: Os operários só produziam 30% do 
que eram capazes por motivos como: Se aumentassem a produ-
tividade haveria desemprego; Se mantinham ociosos para prote-
ger seus interesses pessoais e os Métodos empíricos de controle 
da produção que eram ineficientes para medir a produtividade.
2) Os gerentes não conheciam os fluxos de operações das ativi-
dades que eram desenvolvidas nem o tempo gasto necessário 
para sua execução;
3) Métodos e técnicas de trabalho não uniformes.
Quadro 2: Primeiro e Segundo períodos de Taylor.
Fonte: Chiavenato (2011) e Andrade (2011). Adaptação da autora.
4
Para solucionar estes problemas encontrados, Taylor propõe a Organização Racio-
nal do Trabalho - ORT, cujos princípios são: Ciência em lugar de empirismo; Harmo-
nia em vez de discórdia; cooperação e não individualismo; Rendimento máximo em 
lugar de produção reduzida; Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar a 
maior eficiência e prosperidade. 
Você pode imaginar a importância deTaylor para o mundo da Administração? Pois 
vou lhe explicar. Taylor defendia que a organização e a administração devem ser 
estudadas e analisadas segundo os princípios científicos. Porque não bastava o ad-
ministrador compreender as organizações de forma empírica. Taylor estava preocu-
pado com o desenvolvimento de uma ciência para a administração, o principal fim da 
administração deve ser de assegurar o máximo de prosperidade ao empregador e, 
ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado da organização. Taylor 
deixou bem claro que, quanto maior a produção proporcionada pelo empregado, 
maior o ganho em termos financeiros e maior será o retorno para o empregador com 
o mínimo de custo.
Taylor, ao analisar o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores, chegou à conclusão 
de que eles aprendiam por meio da observação do que os outros estavam fazendo. 
Diante dessa situação, Taylor proporcionou a utilização de métodos e procedimentos 
diversificados para o desenvolvimento de uma mesma atividade por parte dos traba-
lhadores e, também, a diferentes níveis de produção. Foi a partir daí que Taylor con-
siderou mais oportuno separar as atividades de planejamento e de execução. A or-
ganização Racional do Trabalho- ORT consistia em vários aspectos, veja no quadro 
3.
ORT Descrição
Análise do trabalho e estudo de 
tempos e movimentos
Consistia em decompor cada tarefa em uma série orde-
nada de movimentos simples. Os movimentos inúteis 
eram eliminados, e os movimentos úteis eram simplifi-
cados, racionalizados ou fundidos com outros movimen-
tos, para proporcionar economia de tempo e de esforço 
ao operário. Agora seria possível planejar o trabalho, 
para que não houvesse alternância entre excesso e 
falta de trabalho, além de se poder medir o rendimento 
de cada operário e estipular um salário mais justo para 
quem cumprisse suas tarefas, e prêmios para quem a 
ultrapassasse.
Estudo da Fadiga Humana Tinha a finalidade de identificar os principais causadores 
da fadiga humana, uma vez que a fadiga era responsá-
vel por uma intensa queda de produtividade. A adminis-
tração científica procurou eliminar os movimentos desne-
cessários para o desenvolvimento de uma determinada 
atividade, visando à diminuição dos esforços muscula-
res.
5
Divisão do Trabalho e especiali-
zação do trabalho
O trabalho de cada pessoa deveria, tanto quanto possí-
vel, limitar-se à execução de uma única e simples tarefa 
predominante. Dessa forma, cada operário passou a ser 
especializado na execução de tarefas simples e elemen-
tares, realizando seus ajustes aos padrões descritos e 
às normas de desempenho estabelecidas pelo método. 
A ideia principal era de que a eficiência aumenta com a 
especialização: quanto mais especializado for um operá-
rio, maior será sua eficiência.
Desenho de Cargos e Tarefas O desenho de um cargo compreende a definição do seu 
conteúdo em termos de tarefas/atividades, bem como 
os métodos necessários para a sua execução e seu 
relacionamento com outros cargos. Pela descrição das 
tarefas e pela simplicidade dos cargos (soma de tarefas 
simples), o ocupante poderia aprender rapidamente os 
métodos prescritos (máxima especialização) exigindo 
um mínimo de treinamento, permitindo um controle e 
acompanhamento visual por parte do supervisor.
Incentivos salariais e prêmios 
de produção
Taylor partiu do pressuposto de que os trabalhadores 
deveriam desenvolver os seus trabalhos dentro dos pa-
drões de tempo determinados. Relacionou a remunera-
ção com a quantidade produzida. O salário era determi-
nado pelas peças produzidas por trabalhador.
Conceito de Homo Economicus O homem econômico. Segundo esse conceito, toda pes-
soa é concebida como influenciada, exclusivamente, por 
recompensas salarias, econômicas e materiais.
Condições de Trabalho A eficiência não está atrelada só à aplicação dos méto-
dos científicos e ao incentivo salarial, mas também às 
condições de trabalho. Adequação de instrumentos e fer-
ramentas de trabalho e de equipamentos, arranjo físico 
das máquinas, melhoria do ambiente físico de trabalho 
de maneira que o ruído, ventilação e iluminação e o con-
forto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhado.
Padronização dos métodos de 
trabalho
A ORT também se preocupou com a padronização das 
máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos 
de trabalho, matérias-primas e componentes, no intuito 
de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo 
produtivo, com intuito de eliminar o desperdício e au-
mentar eficiência.
Supervisão funcional Mostra a existência de diversos supervisores, cada qual 
especializado em sua área, tendo autoridade funcional 
(relativa somente à sua especialidade) sobre operários 
subordinados em comum e outros supervisores.
Quadro 3 : A Organização Racional do Trabalho
Fonte: Chiavenato (2011) e Andrade (2011). Adaptado pela autora.
É importante que você saiba que a preocupação de racionalizar, padronizar 
e prescrever normas de conduta ao administrador levou os engenheiros da 
Administração Científica a pensar que tais princípios pudessem ser aplicados a 
todas as situações possíveis. Assista a este vídeo sobre a visão de Taylor em rela-
6
ção à Administração Científica.
 <http://www.youtube.com/watch?v=LD6kGNQKt44>. 
Para finalizar esse assunto de grande importância para a evolução do pensamento 
administrativo, você deve saber que alguns autores criticaram a Administração Cien-
tífica e as principais críticas foram em relação ao mecanicismo da administração 
científica; a superespecialização do operário; a visão microscópica do homem; au-
sência de comprovação científica; abordagem incompleta da organização e limitação 
do campo de aplicação; abordagem prescritiva e normativa; abordagem de sistema 
fechado e o pioneirismo na administração. Assista a este vídeo que mostra as críti-
cas a Administração científica. <http://www.youtube.com/watch?v=hlrKBEoKfqU>.
Apesar de todas as críticas formuladas à Administração científica, há uma forte ten-
dência atual no intuito de reabilitar a imagem de Taylor. Alguns autores chegam a 
apontá-lo como o criador da administração científica.
FORDISMO
Henry Ford (1863-1947), também fez grande contribuição para a construção da 
administração: fundador da Ford Motor Company e criador da linha de montagem 
móvel que revolucionou o modo de produção e a estratégia comercial de sua época. 
Foi tal a importância do que ele realizou que alguns consideram seu feito como uma 
segunda Revolução Industrial. Ford (http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Ford) foi o ho-
mem que popularizou o automóvel, com o seu célebre modelo T: Lançado em 1908, 
seis anos depois, havia meio milhão de veículos a circular.
Figura 1: Um Ford T totalmente restaurado
Fonte: http://brauto.blogspot.com/
Historicamente, foi graças ao taylorismo-fordismo que o automóvel se tornou um pro-
duto de consumo de massas ou, pelo menos, ao alcance da classe média, inclusive 
dos operários que o fabricavam, em razão de seu baixo preço, dos salários elevados 
e das próprias facilidades de crédito introduzidas pela administração da Ford. 
7
Caro(a) aluno(a), o fordismo não se constitui em uma teoria da Administração, mas 
em uma associação dos princípios de Taylor, como o incrível complemento da linha 
de montagem que possibilitou a produção e o consumo em massa. 
No começo, a Ford trabalhava artesanalmente, 1908, o tempo médio para fabricação 
de um carro chegava a 514 minutos. Neste sistema, cada trabalhador ficava sempre 
na mesma área de montagem e fazia uma parte importante de um carro, (colocar as 
rodas, molas, motor) antes de passar para o carro seguinte. Porém, os trabalhadores 
apanhavam as peças no estoque para trazer ao seu posto de trabalho. A primeira 
providência de Ford foi tornar esse processo mais eficiente, foi entregar as peças em 
cada posto, assim,os trabalhadores não precisavam mais ficar saindo o dia todo.
A linha de montagem móvel (Veja a figura 2), na qual o produto em processo se des-
cola ao longo de um percurso enquanto os operadores ficam parados, desenvolveu-
-se rapidamente em seguiada. As consequências foram espantosas. O tempo médio 
de fabricação foi reduzido.
 Figura 2: Linha de Montagem móvel
 Fonte: http://www.novidadesautomotivas.blog.br/
 
Ford fez grandes inovações, adotou o dia de trabalho de 8 horas e duplicou o valor 
do salário, para 5 dólares por dia. Mas ele achava que seus operários deveriam po-
der comprar o produto que fabricavam o que, sem dúvida, é uma opinião avançada 
até mesmo hoje em dia.
Maximiano (2011) explica que Ford também revolucionou a estratégia comercial da 
sua época: Fabricou o primeiro carro popular, criou um plano de vendas, criou assis-
tência técnica de grande alcance, repartiu em 1914, parte do controle acionário da 
empresa com os funcionários e estabeleceu salário mínimo de 5 dólares por dia de 
8
trabalho com jornada de 8 horas. Em 1926 fabricava 2.000.000 de carros por ano. 
Produzia desde a matéria prima inicial ao produto final acabado. Além de ter criado 
a distribuição através de agências próprias e idealizado a linha de montagem, com 
produção em série, padronizada e de custo baixo.
Fica claro para você que os princípios básicos de Ford foram a intensificação, a 
economicidade e a produtividade? A intensificação consiste em diminuir o tempo de 
produção; a economicidade consiste em reduzir, ao mínimo, o volume do estoque da 
matéria prima em transformação; e a produtividade consiste em aumentar a capaci-
dade de produção do homem no mesmo período através da especialização da linha 
de montagem.
Motta e Vasconcelos (2006) relatam que “Ele propunha ao cliente escolher a cor que 
quisesse para o seu automóvel, desde que essa fosse preta, ou seja, o cliente não 
podia escolher a cor ou o modelo”.
Para concluir esse assunto, considerando o mesmo de suma importância para a 
melhoria da eficiência no processo produtivo, preciso ressaltar que esse modelo de 
gestão industrial foi a causa do seu declínio. A sociedade começa a mudar. O mer-
cado já não aceita produtos feitos em série. O consumidor começa a exigir produtos 
diferenciados e de maior exclusividade. Assista a este vídeo e preste atenção quan-
do trata a empresa Ford como líder de mercado. <http://www.youtube.com/watch?-
v=al9AZjSbIF8>. 
Pergunto: como uma a empresa se mantém no mercado até hoje? Por quê? Reflita.
TEORIA CLÁSSICA
A corrente dos anatomistas e fisiologista da organização foi desenvolvida na França 
com os trabalhos pioneiros de Jales Henri Fayol. 
link: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol). 
Essa escola era formada, principalmente, por executivos de empresas da época. 
Essa corrente foi chamada de teoria clássica da administração, cuja preocupação 
básica era aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e da disposição de 
seus órgãos componentes (departamentos) e das suas estruturas, o que explica o 
porquê da ênfase na “estrutura” organizacional.
Enquanto Taylor, Ford e outros estudiosos estavam desenvolvendo suas pesquisas 
e teorias nos Estados Unidos, Henri Fayol (1841 – 1925) estava realizando o mesmo 
trabalho na Europa. Fayol, na posição de gerente, assumiu a direção de um conjunto 
de minas de carvão e siderurgia que estava numa condição precária e as levou a um 
patamar de sucesso bastante expressivo.
Acredite, essa teoria é considerada uma abordagem “de cima pAra baixo” (da dire-
ção à execução) e do todo (organização) para as partes componentes (unidades de 
trabalho). Predominava a ênfase na estrutura organizacional, com os elementos e os 
princípios gerais da administração, com a departamentalização, possibilitando a me-
lhor maneira de subdividir a empresa a centralização de um supervisor principal.
Para você entender a diferença, entre a ideia de Taylor e Fayol, vou explicar de ou-
tra maneira: enquanto Taylor focava nas tarefas desenvolvidas no chão de fábrica; 
Fayol, por sua vez, se preocupou em trabalhar e desenvolver uma estrutura funcio-
9
nal para dar suporte ao desempenho da organização. Assim, fica claro que ambos 
estavam focados na eficiência, mas cada um com seu próprio entendimento sobre 
como alcançá-la.
Enquanto Taylor dividia tarefas, Fayol dividia a organização em departamentos; en-
quanto Taylor se preocupava com o trabalhador, Fayol se preocupava com os geren-
tes; enquanto Taylor queria aperfeiçoar a organização “de baixo para cima”, Fayol 
queria torná-la eficiente de “cima para baixo”.
Fayol distinguiu seis funções empresariais como o conjunto de operações que toda 
sempre possui. Veja no quadro 4.
Funções Empresariais Descrição
Função Técnica Relacionadas à produção de bens ou 
de serviços da empresa.
Função Comercial Relacionada à compra, venda e per-
mutação.
Função Financeira Relacionadas à procura e a gerência 
de capitais.
Função de Segurança Relacionada à proteção e preservação 
dos bens e das pessoas.
Função de Contabilidade Relacionadas a inventários, registros, 
balaços, custos e estatísticas.
Função Administrativa Relacionadas à integração de cúpula 
das outras cinco funções. Essa fun-
ção coordena e sincroniza as demais 
funções da empresa, estando sempre 
acima delas.
Quadro 4: Funções básicas da empresa.
Fonte: Chiavenato (2011) Adaptado pela autora.
Veja na figura 3, o posicionamento das funções.
Figura 3: Funções Básicas da empresa
Fonte: Blog Administração para administradores.
Fayol definiu as funções do administrador conforme o Quadro 5.
10
Funções Definições
Planejar Estabelece os objetivos da organização, especificando a ma-
neira como serão atingidos.
Organizar Coordena todos os recursos da empresa, sejam eles huma-
nos, financeiros ou matérias, alocando-os da melhor maneira, 
seguindo o planejamento traçado.
Comandar Significa fazer com que os subordinados executem o que 
deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas este-
jam claramente definidas.
Coordenar A implementação de qualquer planejamento seria inviável sem 
a coordenação das atitudes e esforços de toda organização 
(departamentos e pessoas), tendo em vista os objetivos defini-
dos.
Controlar É estabelecer padrões e medidas de desempenho que 
permitam assegurar que as atitudes adotadas são as mais 
compatíveis com o que a organização almeja.
Quadro 5: Funções do Administrador
Fonte: Andrade (2011) e Chiavenato (2011). Adaptado pela autora.
Para Fayol, essas funções da administração podem ser encontradas em todos os 
níveis da organização, mas, especialmente, nos níveis mais altos, onde elas ganham 
maior importância e força. Assista ao vídeo e entenda melhor a importância de Fayol 
<http://www.youtube.com/watch?v=eWsJgMF4Kuc> .
Preciso reforçar que a administração é um todo do qual a organização é uma das 
partes. Fayol concebe a organização como se fosse uma estrutura, em termos de 
forma e organização das partes que a constituem, além do inter-relacionamento en-
tre as partes.
Os órgãos de linha são aqueles responsáveis pelo alcance dos objetivos básicos da 
organização, possuindo autoridades pela posição ocupada na estrutura organizacio-
nal. Os órgãos de assessoria (staff), por sua vez, ligam-se indiretamente aos objeti-
vos básicos da organização através dos setores de linha, e sua autoridade é apenas 
funcional. É importante frisar que os órgãos de staff não possuem autoridade de car-
go conferido pela estrutura organizacional.
Em 1916, Fayol projeta 14 princípios gerais da administração, veja no quadro 6.
Princípios Gerais Características 
Divisão do trabalho Especialização das tarefas e das pessoas para 
aumentar a eficiência.
Autoridade e responsabilidade Autoridade se refere ao direito de dar ordens e 
serem obedecidas; a responsabilidadese refere à 
obrigação de obedecer e prestar contas.
Disciplina Respeito aos acordos estabelecidos entre as par-
tes da empresa e que exige obediência.
11
Unidade de comando Autoridade única. Cada funcionário deve receber 
ordens de apenas um superior.
Unidade de direção O controle único é possibilitado com a aplicação 
de um plano para grupos de atividades com os 
mesmos objetivos.
Subordinação de interesses 
individuais aos interesses gru-
pais
Os interesses gerais da empresa devem se sobre-
por aos interesses particulares.
Remuneração do pessoal Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos 
funcionários e das organizações.
Centralização Concentração da autoridade no topo da organiza-
ção.
Cadeia escalar Hierarquia. É a linha de autoridade que vai do 
escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de 
comando.
Ordem Deve ser mantida em toda organização, preser-
vando um lugar para cada coisa, e cada coisa em 
seu lugar.
Equidade A justiça deve prevalecer também no ambiente de 
trabalho, justificando a lealdade e a devoção dos 
empregados à empresa.
Estabilidade e duração (em um 
cargo) do pessoal
Quanto mais tempo uma pessoa permanecer em 
um cargo, melhor.
Iniciativa Os empregados devem ser encorajados a desen-
volver e a implantar planos de melhorias.
Espírito de equipe O trabalho deve ser em conjunto, facilitado pela 
comunicação dentro das equipes. Harmonia e 
união.
Quadro 6: Princípios gerais de administração
Fonte: Fayol (1978) e Andrade (2011). Adaptação da autora.
Mesmo sabendo que a Teoria Clássica foi de suma importância para o mundo da Ad-
ministração, há muitas críticas que podem ser feitas a esta teoria. São elas: Obses-
são pelo comando; a empresa como sistema fechado; e a tentativa da manipulação 
dos trabalhadores.
Agora acesse as atividades e as realize.
Até a próxima unidade!

Outros materiais